sábado, 9 de dezembro de 2017

PETISCOS DA MUSICARIA




Por Joaquim Macedo


MULHERES CANTORAS E COMPOSITORAS DE PERNAMBUCO – NERIZE PAIVA

Nerize Paiva

A mesma dificuldade que o colega Luciano Hortêncio encontrou ao pesquisar uma biografia fechado ou mesmo textos soltos para falar e retratar Nerize Paiva, eu sinto agora ao concluir esta série que faço sobre “Cantoras e Compositoras de Pernambuco”.

Vou aqui beliscando textos, informações, dados e acervos destes colegas, o Luciano, o Bruno Negromonte, o Nirez, Abílio Neto, Samuel Machado Filho e assim por diante.

Eu Quero é me Virar, frevo-canção de Alvim


A única vantagem que tenho sobre os desconhecedores por completo de Nerize é que a ouvi inúmeras vezes no rádio e fui a shows de auditório, acompanhando minha mãe, Dagô.

Também esperava o momento de levantar as saias – danadinha – e gostava muito de ouvi-la cantar.

Os apresentadores a anunciavam como “A bomba atômica do Nordeste”. Viveu 82 anos (1932-2014). Sua morte, em 2014 foi assim sentida por Luciano Hortêncio “Nerize Paiva festejou esse Natal no céu. Foi chamada pelo menino Jesus, em 24 de dezembro. Havia sofrido muito, tanto de dores físicas, quanto pelo ostracismo a que foi relegada. A cantora pernambucana não fugiu à regra aplicada no Brasil, de se esquecer o artista tão logo deixe de atuar.

Paulo da Portela dizia: ‘O meu nome já caiu no esquecimento. O meu nome não interessa a mais ninguém’.

Como não havia praticamente nada na internet sobre Nerize – continuou Luciano -consegui fotos, fonogramas, informações e dados gerais com os amigos citados acima”.

Aruê, Aruá, de Catulo da Paixão Cearense, com Nerize Paiva


Com apenas 1,60 de altura, quando subia no palco da Rádio Jornal do Commercio levava o público, principalmente os homens – à loucura. O “Furacão do auditórios reinava entre as décadas de 1950 e 1970, época de ouro do rádio pernambucano.

Com a chegada da televisão, os castings das rádios tiveram uma baixa e aí começou o ocaso de Nerize Paiva. Quando sua mãe faleceu, Nerize foi morar no Rio de Janeiro e lá conheceu um gaúcho, descendente de alemão, o sargento da Marinha Gercy Rutz.

Foi amor à primeira vista. Em março de 1991, se casaram, em Manaus e foram morar no Recife, com Rutz até onde deu.

Na comemoração do seus aniversário de 2010, sua turma mais chegada foi até a Imbiribeira, no Recife-PE, levada por Carmem Tovar. Daquela Nerize, que era ovacionada no auditório da Jornal do Commercio não tinha quase nada – testemunha Luciano, um dos presentes.

Nerize – Foto Fernando Machado


No lugar de cantar “Sebastião, Meu Bem”, preferiu interpretar “Bom Dia, Tristeza”, Adoniran Barbosa.

Semana que vem, tem mais…..

1 comentários:

Unknown disse...

Eu assisti show dela na tv jornal, a pequena maia grande mulher levava o publico ao delírio.

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