PROFÍCUAS PARCERIAS

Gabaritados colunistas e colaboradores, de domingo a domingo, sempre com novos temas.

ENTREVISTAS EXCLUSIVAS

Um bate-papo com alguns dos maiores nomes da MPB e outros artistas em ascensão.

HANGOUT MUSICARIA BRASIL

Em novo canal no Youtube, Bruno Negromonte apresenta em informais conversas os mais distintos temas musicais.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

GRAMOPHONE DO HORTÊNCIO

Por Luciano Hortêncio*



"Quem melhor interpretou a obra de Lauro Maia (Fortaleza, CE, 1912-Rio de Janeiro, 1950) foram justamente dois grupos vocais cearenses: Vocalistas Tropicais e Quatro Ases e um Coringa. E estes últimos aqui estão com um grande sucesso de Lauro, marchinha que imortalizaram na Odeon em 3 de agosto de 1943, com lançamento em setembro do mesmo ano, disco 12355-A, matriz 7350. "Trem de ferro" seria regravado por João Gilberto em 1961". (Samuel Machado Filho)




Canção: Trem de ferro

Composição: Lauro Maia

Intérprete - 4 Ases e 1 Coringa

Ano - 1943


* Luciano Hortêncio é titular de um canal homônimo ao seu nome no Youtube onde estão mais de 10.000 pessoas inscritas. O mesmo é alimentado constantemente por vídeos musicais de excelente qualidade sem fins lucrativos).

PAULINHO DA VIOLA LANÇA DISCO GRAVADO AO VIVO EM SP

Com 22 faixas, 'Sempre se pode sonhar' reúne clássicos do compositor carioca, além de parceria dele com Marisa Monte e Arnaldo Antunes. Shows foram realizados em 2006, no Teatro Fecap


Paulinho da Viola ainda não aderiu às lives, mas estuda convites para shows on-line
(foto: Gualter Naves/divulgação )

Nos últimos meses, Paulinho da Viola anda mais apegado ao violão e afastado de seu cavaquinho. Compõe, mas também tem recuperado canções do baú, algumas inacabadas, outras esquecidas. E há tempos não pisa na pequena marcenaria que mantém no quintal de sua casa, no Rio de Janeiro, onde gosta de reparar instrumentos e outros objetos de madeira. Como se, neste período de pandemia, o processo de criação – e de literalmente colocar a casa em ordem – se mostrasse mais urgente.

Mesmo sem parar de compor – a seu modo, sem pressa, geralmente estimulado por algum momento ou alguma ideia –, o músico de 77 anos ainda não tem data para lançar seu aguardado disco de inéditas. O último foi o clássico Bebadosamba, de 1996.


Elifas 

Mas, em tempos também de resgates, a gravação ao vivo de shows que ele apresentou durante quase um mês no Teatro Fecap, em São Paulo, em 2006, deu origem ao disco Sempre se pode sonhar, que acaba de chegar às plataformas digitais. A capa leva a assinatura de Elifas Andreato, que ilustrou 14 álbuns ao longo da carreira de Paulinho.

O músico conta que demorou para ouvir as gravações, porque elas estavam em um tipo de arquivo que não era fácil acessar. Assim, só após a conversão para outro suporte é que pôde ouvi-las – e diz ter se surpreendido com a qualidade dessas gravações. Nesse processo, João Rabello, seu filho, o ajudou a selecionar a melhor versão de cada uma delas para o novo álbum.

Foi uma sequência de shows impecáveis, em São Paulo. Logo na estreia, Paulinho mostrou um repertório que pouco mudaria ao longo das demais apresentações, mesclando clássicos, como Nervos de aço, Timoneiro, Coração leviano e Dança da solidão; músicas que não cantava ao vivo havia tempos, como Não quero você assim; e novas canções em sua interpretação, como Para mais ninguém (que já tinha sido gravada por Marisa Monte), Sempre se pode sonhar (parceria com Eduardo Gudin) e Ela sabe quem eu sou, inédita até agora e que, no novo disco ao vivo de Paulinho, ganha a primeira gravação.

Ainda nesta safra de novidades estava o samba Talismã (gravado depois, em 2007, no álbum Acústico MTV de Paulinho), que foi fruto da parceria com Marisa Monte e Arnaldo Antunes.

Em meio à pandemia, Paulinho não cogita fazer shows antes da vacina, mesmo com a recente flexibilização e a reabertura de casas de shows seguindo protocolos de segurança. “Não há a menor possibilidade disso agora”, diz.

O mesmo ele enfatiza ao comentar sobre o adiamento do carnaval em 2021 por conta do novo coronavírus. “Enquanto não tiver uma vacina, uma segurança mesmo, acho que isso não volta. Como você vai fazer carnaval, que é uma coisa que reúne milhares, milhões de pessoas num determinado bloco, como tem hoje no carnaval de rua de São Paulo?”, questiona.

Um dos grandes nomes da música brasileira que ainda não aderiu às lives, ele tem pensado sobre o assunto e recebido convites para fazer apresentação nesse formato.


ROTINA 
Por ora, Paulinho prefere manter sua rotina em casa, dedicando atenção especial à música. E diz que, sim, há canções para fazer um novo álbum de inéditas. “Tenho guardadas muitas letras, tenho até melodias de amigos e parceiros que não consegui ainda colocar letra”, afirma. “Por exemplo, este período agora que estou em casa, peguei mais o violão, mas, em vez de fazer sambas, vinha música de violão, choros, uma valsa para violão. Não sei explicar como isso acontece. Mas tenho muitas letras também de parceiros, e tem até letras minhas que eu não consegui musicar. Se for fuçar mesmo, poderia fazer um disco. Tenho um samba que eu fiz para o Elton (Medeiros) que não gravei”, conta.


Sobre a pandemia e se acha que as pessoas podem sair melhores dela, Paulinho acredita que “não necessariamente”. “Talvez saiamos diferentes. A gente não sabe o que vai acontecer. Você vê agora, por exemplo, na Europa, onde muita coisa estava liberada, foram obrigados a fechar muita coisa de novo. Então, a gente não sabe o que vai acontecer depois. Imagino que, como temos visto no mundo, esperamos que haja consciência em relação a isso, que é uma coisa que depende da gente, da ciência. Como as pessoas vão se comportar em relação a isso, como nossos dirigentes vão se comportar em relação a isso? Ninguém sabe. Não há certeza de nada.”
(Estadão Conteúdo)


SEMPRE SE PODE SONHAR
.De Paulinho da Viola
.Sony Music
.22 faixas
.Disponível nas plataformas digitais


Fonte: Estadão Conteúdo

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

GARGALHADAS SONORAS

Por Fábio Cabral (Ou Fabio Passadisco, se preferir)

Resultado de imagem para passa disco


- Vocês passam o vinil pro CD, é?
- Não.
- E porque a loja se chama passa disco?

ELZA SOARES E TITÃS - COMIDA (VIDEOCLIPE OFICIAL)

Videoclipe oficial da faixa "Comida"

Composição: Sergio Britto, Marcelo Fromer e Arnaldo Antunes Direção e Fotografia: Marcos Hermes Edição e finalização: Fabio Luis III Produção: Marcos Hermes, Rafael Ramos e Pedro Loureiro Figurino, maquiagem e cabelo Elza Soares: Wesley Pachu #ElzaSoares #Titãs #Comida Ouça nas plataformas digitais: https://ElzaSoares.lnk.to/TitasComidaID Letra Bebida é água Comida é pasto Você tem sede de quê? Você tem fome de quê? A gente não quer só comida A gente quer comida Diversão e arte A gente não quer só comida A gente quer saída Para qualquer parte A gente não quer só comida A gente quer bebida Diversão, balé A gente não quer só comida A gente quer a vida Como a vida quer Bebida é água Comida é pasto Você tem sede de quê? Você tem fome de quê? A gente não quer só comer A gente quer comer E quer fazer amor A gente não quer só comer A gente quer prazer Pra aliviar a dor A gente não quer só dinheiro A gente quer dinheiro E felicidade A gente não quer só dinheiro A gente quer inteiro E não pela metade Bebida é água Comida é pasto Você tem sede de quê? (De quê?) Você tem fome de quê? A gente não quer só comida A gente quer comida Diversão e arte A gente não quer só comida A gente quer saída Para qualquer parte A gente não quer só comida A gente quer bebida Diversão, balé A gente não quer só comida A gente quer a vida Como a vida quer A gente não quer só comer A gente quer comer E quer fazer amor A gente não quer só comer A gente quer prazer Pra aliviar a dor A gente não quer só dinheiro A gente quer dinheiro E felicidade A gente não quer só dinheiro A gente quer inteiro E não pela metade Diversão e arte Para qualquer parte Diversão, balé Como a vida quer Desejo, necessidade, vontade Necessidade, desejo (é) Necessidade, vontade (é) Necessidade ______________________________________________________________________________________________ ELZA SOARES http://www.facebook.com/elzasoaresofi... http://www.instagram.com/elzasoaresof... 

http://www.twitter.com/elzasoares 

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

LENDO A CANÇÃO

Por Leonardo Davino*


Amor com café

"Amor com café", de Cecéu, expressa o desejo de todos os apaixonados: virar dia e noite colado com o amante. Aliada ao som dos instrumentos do forró, "Amor com café" faz qualquer lençol pegar fogo.
Presente no disco Alegria (1982) a canção ainda é um grande sucesso e marcou a carreira de Elba Ramalho, a frevo-mulher que melhor traduz - corpo e performance vocal - a mensagem do sujeito da canção.
Nos versos "E de manhã cedo fazer o café, trazer na cama, depois do café a gente se ama, a gente se gama depois do café", a canção de Cecéu dialoga com "Café da manhã", de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, quando esta diz: "nossa chama outra vez tão acesa e o café esfriando na mesa esquecemos de tudo": erótico diálogo da voz masculina com a feminina.
A inversão do título (ao invés do comum "café com amor", temos "amor com café") estabelece a prioridade do sujeito da canção de Cecéu. Ele impõe regras - "Se você quiser o meu amor Tem que ser assim" - e seduz o outro com uma saraivada de dengos, chamegos e outras propostas afins.
E quem não quer um amor assim? Sem preocupações da ordem do tempo (sem ninguém dar fé que o dia vai acabar) e da exposição social (agarradinho, escondidinho), mas pura e simplesmente voltado para o encontro dos dois parceiros: "nesse dá-me, dá-me; toma, toma; pega, pega".
Se para Camões o "amor é fogo que arde sem se ver", os amantes de "Amor com café" parecem querer viver e figurativizar isso de corpo e alma. Resta ao ouvinte voyeur a visão do desejo em pulsação.


***

Amor com café
(Cecéu)

Se você quiser o meu amor
Tem que ser assim

Agarradinho, escondidinho
Bem bonitinho
Somente pra mim

E de manhã cedo
Fazer o café
Trazer na cama
Depois do café
A gente se ama
A gente se gama
Depois do café

Ficar o dia inteiro
Nesse dá-me, dá-me
Nesse toma, toma
Nesse pega, pega
Nesse coma, coma
Nessa brincadeira
Sem ninguém dar fé

Que o dia vai acabar
E a noite já vem
E nosso amor pegando fogo
Vamos se queimar
Somente a gente nesse jogo
Pra se ganhar
E muito mais se querer bem




* Pesquisador de canção, ensaísta, especialista e mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e doutor em Literatura Comparada, Leonardo também é autor do livro "Canção: a musa híbrida de Caetano Veloso" e está presente nos livros "Caetano e a filosofia", assim como também na coletânea "Muitos: outras leituras de Caetano Veloso". Além desses atributos é titular dos blogs "Lendo a canção", "Mirar e Ver", "365 Canções".

TRÊS ÁLBUNS DE TIM MAIA CHEGAM ÀS PLATAFORMAS DE STREAMING

Os álbuns Tim Maia (1978), Nuvens (1982) e Dance Bem (1990) foram financiados e produzidos pelo próprio artista


(foto: Divulgação)


Depois de anos indisponíveis, três discos de Tim Maia acabam de chegar às plataformas digitais. Os álbuns Tim Maia (1978), Nuvens (1982) e Dance Bem (1990) foram financiados e produzidos pelo próprio artista, por meio dos selos Seroma (as iniciais de Sebastião Rodrigues Maia, nome real de Tim) e Vitória Régia.

O álbum de 1978 está incompleto nos serviços de streaming. Das nove faixas originais, apenas cinco estão disponíveis. O disco é o primeiro que Tim gravou totalmente em inglês e teve tiragem modesta à época do lançamento, tornando-se cobiçado por colecionadores. Com dicção em inglês perfeita, resultado dos anos em que morou nos Estados Unidos, ele interpreta músicas como With No One Else Around (que em 1979, no álbum Reencontro, ganharia versão em português intitulada Pra Você Voltar).

Um dos melhores e mais obscuros discos de Tim, Nuvens traz a bela faixa-título escrita por Cassiano, que compôs o primeiro hit do cantor, Primavera. Também vale conferir a releitura de Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda (Casinha de Sapê), da lavra de outro amigo do artista, Hyldon, e o funk Haddock Lobo Esquina com Matoso, na qual relata como conheceu Jorge Ben, Roberto e Erasmo Carlos.

Já o animado Dance Bem traz regravações de sucessos de Tim com novos arranjos. Acenda o Farol, Vale Tudo e O Descobridor dos Sete Mares estão no repertório. Outra faixa do álbum é Paixão Antiga, que fez parte da trilha sonora da novela


Fonte: Estadão Conteúdo 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

MPB COM TUDO DENTRO

Por Rodrigo Faour



DUDA BRACK LANÇA CLIPE COM NEY MATOGROSSO, 'DONO' DE BOATE

Cantora gaúcha apresenta o single Toma essa, gravado antes da pandemia em Curitiba


No novo clipe de Duda Brack, Ney Matogrosso é o dono da boate onde ela se apresenta
(foto: INSTAGRAM/REPRODUÇÃO)


São promissores os sinais do ressurgimento de Duda Brack na cena depois de seu primeiro álbum, lançado em 2015 com o título É são bem promissores. Após conhecer Ney Matogrosso durante um show do projeto Primavera nos Dentes, organizado para interpretar recriações de músicas do grupo Secos & Molhados, feito com o baterista Charles Gavin, o baixista Pedro Coelho (que participou da peça Cássia Eller – O musical), o guitarrista Paulo Rafael (dos melhores do país, responsável por solos imortais das músicas de Alceu Valença) e o guitarrista Felipe Ventura (da banda Baleia), Duda acaba de lançar o single e o clipe da canção Toma essa.

A gaúcha gravou o clipe em 2 e 3 de março na boate Paradis Club, em Curitiba, poucos dias antes de a pandemia da COVID-19 ser decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como surto planetário. O resultado, uma espécie de continuação do clipe de Pedalada, lançado em março, trabalha com a mesma equipe, a direção dividida entre Duda, Ana Campos e Rebeca Brack.

Com roupas provocantes, sua personagem se apresenta na boate da qual Ney Matogrosso é o dono. Assim que o namorado de Duda chega à sua procura, Ney o desafia e todos os personagens da casa iniciam a coreografia de luta. É um dos melhores momentos do vídeo. Todos aparecem em ótimas atuações dentro da linguagem de curta-metragem, como ocorreu em Pedalada.

Aos 27 anos, Duda conta que Ney a convidou para que ela lançasse seu disco pelo selo Matogrosso Produções depois de vê-la em cena no Primavera nos Dentes. Homem de raros elogios, Ney disse à reportagem que Duda é "de uma das melhores cantoras de sua geração".


PAUSA 

Com a pandemia, o álbum novo ficou para, se tudo correr bem, primeiro semestre de 2021. 

Questionada sobre o tempo que levou entre o primeiro trabalho, de 2015, e o segundo, preparado agora, Duda acha curioso o fato de muitas pessoas perguntarem sobre essa pausa.

A cantora diz que não tinha muitas expectativas em 2015, não sabia que caminho tomar e passou por uma depressão. "Só tinha 20 anos e estava em um momento sem nenhuma pretensão. Havia questões da vida pessoal que acabaram se embaralhando com a profissional. Sinto agora que estou mais leve, mais segura e pronta, me entendendo mais."

domingo, 27 de dezembro de 2020

DISCOS DE VINIL ATRAEM ATENÇÃO DA NOVA GERAÇÃO

SR. BRASIL

sábado, 26 de dezembro de 2020

ALMANAQUE DO SAMBA (ANDRÉ DINIZ)*

Resultado de imagem para ALMANAQUE DO SAMBA



O que ver?

Foi por meio do cinema que nossos cantores, compositores e instrumentistas populares tornaram suas obras e fisionomias conhecidas pelo país afora. Desde o alegórico filme Coisas nossas, de 1931, que acabou por inspirar Noel Rosa a compor o samba “São coisas nossas”; o filão musical foi definitivamente incorporado à cinematografia brasileira: em 1933, por exemplo, o filme A voz do carnaval apresentou uma cantora-atriz que se tornaria famosa com o nome de Carmem Miranda; Favela dos meus amores, título de um samba de Nássara, apresentou ao público o lirismo e o talento da vida dos morros cariocas, e o mais alegre e rendoso filme musical brasileiro foi Alô, Alô, Carnaval, com direção de Ademar Gonzaga. As obras de Carmem Miranda, a exemplo de Banana da terra, fizeram da portuguesa-carioca o símbolo do cinema musical brasileiro. A Era da Atlântida, a Hollywood brasileira, consolidou musicais carnavalescos que ficaram jocosamente conhecidos como “chanchada”. Filmes como Na corda bamba (1958) e Quem roubou meu samba? (1959), entre outros, cristalizaram definitivamente o samba como gênero cinematográfico.
Entretanto, seria com o Cinema Novo, movimento que ficou muito conhecido no exterior, que a sétima arte no Brasil iria romper com o bom-mocismo industrial da produção cinematográfica vigente nos anos 1950. O samba passa a ser o protagonista de vários filmes, trazendo com ele o modo de vida dos sambistas, ou seja, o reflexo verdadeiro das populações mais pobres da sociedade brasileira. Esse encontro com o real, advindo também de um posicionamento político dos diretores, fez com que o cinema subisse o morro nas batucadas do samba. Filmes como Rio, 40 graus e Rio, Zona Norte, ambos de Nelson Pereira dos Santos, são bons exemplos. O Cinema Novo, na década de 1960, ajudou na consolidação da imagem de inúmeros sambistas, como a do compositor-ator Zé Kéti.
A seguir, indico alguns filmes que o leitor pode encontrar com facilidade. Isso não impede que o cinéfilo e o sambista de plantão corram atrás dos clássicos que citei acima. Boa sessão!

• Carmem Miranda, de Jorge Ileli (Brasil, doc., 18 min, p&b, 35mm, 1969)
Retrato da vida e da morte da atriz e cantora mais famosa que o Brasil teve até hoje.

• Nelson Cavaquinho, de Leon Hirszman (Brasil, doc., 14 min, p&b, 35mm, 1969)
A relação de Nelson Cavaquinho com seu ambiente, amigos e vizinhos do morro da Mangueira. Depoimento do artista sobre episódios da sua vida e sobre sua produção musical. O vídeo pode ser encontrado na série Brasilianas, da Funarte, vol.13.

• Saravah, de Pierre Barouh (Brasil/França, doc., 91 min, cor, 1969)
Com Maria Bethânia, Paulinho da Viola, Pixinguinha, João da Baiana e Baden Powell, entre outros. Imagens de incrível relevância na música brasileira. Mostram, inclusive, Pixinguinha e João da Baiana, cujos registros visuais são escassos. Maria Bethânia e Paulinho da Viola participam de uma alegre e antológica roda de samba na praia de Itaipu, Niterói. A gravadora Biscoito Fino lançou o filme em dvd em 2005.

• Conversa de botequim, de Luiz Carlos Lacerda (Brasil, doc., 10 min, p&b, 35mm, 1972)
Biografia documental de João da Baiana, com participações de Donga e Pixinguinha. Faz parte do vol.13 da série Brasilianas, da Funarte.

• Álbum demúsica, de Sérgio Sanz (Brasil, doc., 10 min, p&b, 16mm, 1974)
Músicas de Pixinguinha, Almirante, Ismael Silva, Nelson Cavaquinho, Cartola, Gilberto Gil e Macalé comentam o filme. Nara Leão e Nelson Motta falam de música popular brasileira. É uma rápida e rica síntese da MPB, e também está incluído no vol.13 da série Brasilianas, da Funarte.

• Natal da Portela, de Paulo César Saraceni (Brasil, drama, 100 min, cor, 35mm, 1988)
Com Milton Gonçalves, Almir Guineto, Grande Otelo, Zezé Motta. O filme mostra a vida de Natal, garoto humilde que perdeu um braço na infância e se tornou famoso bicheiro e patrocinador da Portela.

• Nelson Sargento, de Estevão Ciavatta (Brasil, doc., 21 min, cor, 35mm, 1997) Relato
biográfico do sambista, durante uma visita ao morro da Mangueira.

• Paulinho da Viola – Meu tempo é hoje, de Izabel Jaguaribe (Brasil, doc., 83 min, cor, 2002)
Documentário sobre Paulinho da Viola, que apresenta seus mestres, amigos, família e influências musicais.

• Batuquenacozinha, de Anna Azevedo (Brasil, doc., 19 min, cor, 35mm, 2004)
Tia Doca, Tia Eunice, Tia Surica: a história do samba passa pelo quintal, pela
cozinha, pela vida e pelos sonhos dessas três mulheres. Pastoras da Velha Guarda
da Portela, elas são organizadoras de históricas rodas de fundo de quintal, espaço
de resistência do chamado samba de raiz.

• O jaqueirão do Zeca, de Denise Moraes e Ricardo Bravo (Brasil, doc., 20 min, cor, 35mm, 2004)
Mostra o processo de escolha do repertório dos discos de Zeca Pagodinho. 
Captura reuniões musicais de sambistas ocorridas nas casas do cantor em Xerém e na Barra.

• ChicoBuarque– Estaçãoderradeira, de Roberto de Oliveira (Brasil, doc., 79 min, cor, 2005)
Com Chico Buarque, Velha Guarda da Mangueira, Leci Brandão, João Nogueira, Beth Carvalho, Nelson Sargento, Alcione, Nelson Cavaquinho e Jamelão, entre outros. Quinto DVD da série retrospectiva da obra de Chico Buarque, mostra o Chico sambista, conhecedor da música popular brasileira, e sua afinidade com a escola de samba carioca Estação Primeira de Mangueira.

• Vinicius, de Miguel Faria Jr. (Brasil, doc., 122 min, cor, 2005)
Com Toquinho, Zeca Pagodinho, Mariana de Moraes, Caetano Veloso e Chico Buarque, entre outros. A realização de um pocket show em homenagem a Vinicius de Moraes é o ponto de partida para a reconstrução da carreira do diplomata, cantor e compositor. Vale conferir a vida desse poeta, que é das mais sedutoras de nossa história cultural.



Guiados blocos do carnaval carioca

Este guia do carnaval carioca, apesar de não pretender incluir todos os blocos do Rio de Janeiro, é para o folião que tem fôlego. O Rio, como outras cidades do país, vive uma efervescência do seu carnaval de rua. Os blocos de sujos, as pequenas escolas, os ranchos e as bandas arrastam uma multidão pelos bairros da cidade, fazendo da festa de momo um momento mágico de brincadeira e convivência democrática. Não há carnaval mais democrático que o do Rio — pode haver igual! E esse guia básico é a comprovação disso. Bairros da Zona Sul e da Zona Norte oferecem um cardápio farto de ricos festejos para o amante do samba, da marcha, do frevo e do funk, entre tantos outros estilos que povoam o carnaval. Aqui fiz um roteiro afetivo, mas busquei sempre que possível destacar aqueles blocos que beiram a unanimidade. Quem não chora ou não mama indo atrás do Bola Preta? Mas prestem bem atenção: como nada é muito regular no carnaval, é importante conferir a programação dos blocos mais perto dos desfiles, pois trajetos e horários estão sujeitos a mudanças. Uma boa dica é consultar os sites: www.rio.rj.gov.br; www.samba-choro.com.br e www.papodesamba.com.br.


Pré-carnaval

Duas semanas antes

SÁBADO

• Banda de Ipanema – A Banda foi fundada em 1965 pelo conhecido agitador cultural Albino Pinheiro. Com o passar dos anos, virou basicamente um desfile de travestis e drag queens, com suas irreverências e fantasias caprichadas. O desfile começa na rua Teixeira de Melo, passa pela praia e retorna pelas ruas Joana Angélica e Visconde de Pirajá. A banda também desfila no sábado e na terça de carnaval, por volta das 15h.

• Imprensa Que Eu Gamo – O bloco, criado em 1995 por um grupo de jornalistas, capricha nas críticas a problemas cotidianos – característica histórica dos blocos carnavalescos. Os foliões utilizam como matéria-prima as notícias saídas dos fornos das redações e as mazelas da categoria. A bateria da escola de samba São Clemente, de Botafogo, empolga a galera. A concentração é no Mercadinho São José, esquina da rua das Laranjeiras com a Gago Coutinho, por volta das 15h.

• Nem Muda Nem Sai de Cima – Bloco fundado e apadrinhado pelo compositor Aldir Blanc, tem como ilustre integrante o compositor Moacyr Luz, entre outros boêmios do bairro. Os foliões invadem as ruas da Muda, acompanhados por ritmistas do Salgueiro. Concentra no famoso Bar da Dona Maria, na rua Garibaldi, ponto de encontro dos boêmios tijucanos, por volta das 17h, indo até a rua Conde de Bonfim e retornando ao local de concentração.

DOMINGO

• Cordão Literário Carnavalesco Armazém do Manuel – O cordão surgiu em 2002, em homenagem ao poeta Manuel Bandeira, que morou na rua Morais e Vale, na Lapa. A concentração é em frente ao n.1 dessa rua, às 15h, e o desfile passa pelo Circo Voador e a rua Joaquim Silva antes de retornar ao ponto de início.

• Segura pra Não Cair – O bloco de Vila Isabel concentra na esquina da rua dos Artistas com a Ribeiro Guimarães, onde ficam os bares Estephanio’s e o Bar do Zé. Destaque para os ritmistas da Vila Isabel. A saída é às 16h.


Uma semana antes

SÁBADO

• Bloco do Rabugento – O nome do bloco homenageia um conhecido cachorro de rua da Vila da Penha e revive as antigas marchinhas que marcaram os grandes carnavais e os blocos de sujo. O cachorro é tão querido que até o sambista Luiz Carlos da Vila já fez um samba em sua homenagem. O bloco concentra às 17h na esquina da rua Pascal com a Marco Pólo e entra pela avenida Meriti.

• Gigantes da Lira – O bloco foi criado para os pequenos foliões, mas os adultos também se divertem. A banda Acorde Gigante toca marchinhas, modinhas e serestas e o bloco é acompanhado de palhaços, pernas de pau, malabaristas e trapezistas. Concentra na pracinha da rua General Glicério, em Laranjeiras, desce a rua Cristóvão Barcelos e volta para a praça. O início é por volta das 17h.

• Rio Maracatu – Fundado por cariocas e pernambucanos em 1997, o bloco leva para Santa Teresa maracatus, sambas, cocos e cirandas. Destaque para a bateria com surdos de alfaia, pandeiros, caixas e xequerês. O trajeto é curto, do largo do Curvelo ao do Guimarães, e começa às 16h. O segundo desfile é na terça-feira, no mesmo horário. Acontece na praia de Ipanema, indo até o posto 9.

• Simpatia É Quase Amor – “Alô, burguesia de Ipanema!!” Nascido às vésperas do carnaval de 1985, em meio à campanha pelas Diretas Já, o bloco tem seu nome inspirado em um personagem do subúrbio criado por Aldir Blanc – Esmeraldo Simpatia é Quase Amor. O mais charmoso bloco da Zona Sul concentra na praça General Osório, segue pela Teixeira de Melo e vai pela Vieira Souto até o posto 10. O desfile começa por volta das 17h, cantando a alegria de ser carioca. O bloco sai também no domingo pelas ruas de Ipanema, no mesmo horário.

• Xupa Mas Não aba – O bloco foi criado por foliões inspirados no antigo Cardosão das Laranjeiras, bloco da rua Cardoso Junior extinto há alguns anos. A concentração é na rua Cardoso Junior, às 13h, em Laranjeiras. 

DOMINGO

• Eu Sou Eu e Jacaré É Bicho d’Água – Fundado em 2001 no Bar do Costa, o bloco fica parado num cruzamento de quatro dos principais bares de Vila Isabel, o Bar do Costa, o Zeca’s Bar, a Padaria Abaeté e a Adega do Bacana. Às 16h.

• Suvaco do Cristo – O bloco nasceu no Jardim Botânico, sob as axilas da estátua do Cristo Redentor. O nome foi inspirado em uma expressão de Tom Jobim. O compositor queixava-se de que em sua casa tudo mofava porque ele vivia no “sovaco do Cristo”. Membros da igreja Católica implicaram com o nome, e um bispo anônimo chegou a sugerir uma alternativa: Divinas axilas. A concentração é no Bar Jóia, na esquina na rua Jardim Botânico com a rua Faro. O Suvaco tem escondido o horário do desfile para evitar tumultos, mas costuma sair por volta das 13h.

QUARTA-FEIRA

• Esse É o Bom, Mas Ninguém Sabe – O bloco concentra na Quadra dos Guararapes, ao lado da descida do túnel Rebouças para o Cosme Velho, e desce até a praça São Judas Tadeu, ao lado da estação do trenzinho do Corcovado. A saída é por volta das 18h.

QUINTA-FEIRA

• Escravos da Mauá – Criado no carnaval de 1993, o bloco tem uma roda de samba que rola o ano inteiro no largo de São Francisco da Prainha, perto da praça Mauá. 
Esse é o local da concentração do Escravos, que percorre as ruas do bairro da Saúde, nas proximidades da praça Mauá, da Pedra do Sal e do morro da Conceição, a partir das 19h.

SEXTA-FEIRA

• Bloco do Bip-Bip – O bloco leva o mesmo nome do botequim comandado por Alfredo Jacinto Melo, o Alfredinho, que realiza uma tradicional roda de samba o ano inteiro. A concentração é em frente ao bar, na rua Almirante Gonçalves, em Copacabana. O desfile acontece no primeiro minuto do sábado de carnaval.

• Carmelitas – Bloco carnavalesco fundado em 1990, nas ladeiras de paralelepípedo de Santa Teresa. O nome vem de uma lenda que se refere a uma freira que pulava o muro do Convento das Carmelitas, situado na Ladeira de Santa Teresa, para brincar o carnaval. Seus componentes costumam sair com véus de freira na cabeça. A concentração é na rua Dias de Barros esquina com a

Ladeira de Santa Teresa, a partir das 19h, e o desfile termina no largo dos Guimarães. • Concentra Mas Não Sai – Fundado por Beth Carvalho no início dos anos 1980, foi o precursor dos blocos que não desfilam. Nos últimos anos, tem concentrado na rua Ipiranga, em Laranjeiras, em frente ao bar Severina, com uma multidão de gente. Às 20h.

• Rola Preguiçosa – O bloco desfila na orla da Lagoa, concentra às 18h na esquina de Maria Quitéria com Epitácio Pessoa, passando pela Visconde de Pirajá, entrando em Ipanema e seguindo pela rua Farme de Amoedo, até a dispersão em frente ao bar Bofetada. A atriz Zezé Mota é a madrinha do bloco. 

• Vem ni Mim Que Eu Sou Facinha – O bloco “fica”, e não sai, do local conhecido como “largo da Facinha”, na praça General Osório, esquina com a Prudente de Moraes, em frente à Casa da Feijoada, a partir das 17h. O bloco também “fica” na terça-feira no mesmo local e horário. 


Carnaval

SÁBADO

• Bloco do Barbas – Fundado em 1983 por Nei Barbosa e Nelsinho Rodrigues (filho do escritor Nelson Rodrigues), no antigo Bar Barbas, o bloco tem como uma de suas atrações o banho de mangueira de um carro-pipa que acompanha o desfile renovando a energia dos foliões. O bloco concentra na esquina das ruas Arnaldo Quintela e Assis Bueno, em Botafogo, às 14h.

• Bloco do Gato, Futebol e Samba – Fundado em 1950, o tradicional bloco do subúrbio carioca concentra no Bar do Gato, na rua Djalma Dutra. É mais um bloco que não desfila, fica como evento no palco da praça Major Aderbal Costa, em Pilares. Às 16h.

• Céu na Terra – O bloco concentra no largo do Curvelo e segue de bondinho até o largo das Neves. Cantando marchinhas e composições próprias, desfila às 15h, com bonecos gigantes e pernas de pau pelas ladeiras de Santa Teresa. Tem como destaque o fabuloso e animado naipe de metais. Desfila de novo na segunda-feira, no mesmo horário, concentrando na rua Dias de Barros, em frente ao bar do Serginho. Em seu segundo desfile, o bloco vai até o largo das Neves e depois volta para o largo dos Guimarães.

• Cordão do Bola Preta – Fundado em 1918, o Bola Preta é o mais antigo bloco de rua do carnaval carioca. Homenageado em uma das mais famosas marchinhas, “Quem não chora não mama”, ele é parte da história da folia da cidade e leva uma verdadeira multidão pelas ruas do centro do Rio. Concentra em frente à sua sede, na esquina das ruas Evaristo da Veiga e Treze de Maio, na Cinelândia. O Bola, apesar do horário – 9h –, é imperdível.

• Dois pra Lá Dois pra Cá – Fundado em 1991 pelo dançarino Carlinhos de Jesus, o bloco é uma mistura de samba de salão com samba no pé, recomendado para dançarinos e amantes da dança. Concentra na Casa da Dança Carlinhos de Jesus, na rua Álvaro Ramos, às 14h, e circula pelos bairros de Botafogo e Copacabana, nas proximidades do túnel Novo. É o único bloco do Rio deJaneiro que atravessa um túnel.

• Empolga às 9 – O bloco é formado por integrantes da bateria do Monobloco e tem um repertório que inclui sambas, marchas e funks. No sábado, às 18h, desfila em Botafogo, saindo da Casa da Matriz e seguindo pela Visconde de Caravelas até o bar Plebeu. Sai também no domingo, em Ipanema, fazendo apresentação nas areias do posto 9, às 21h.

• Laranjada Samba Clube – Mais um dos muitos blocos que desfilam pelas ruas de Laranjeiras, formado por integrantes do G.R.E.S. Unidos do Santa Marta e pelos alunos da oficina de bateria do próprio bloco, tocando sambas antigos e marchinhas. Concentra na pracinha da General Glicério às 16h.

DOMINGO

• Bloco do Meu Kantinho – É o bloco do Centro Cultural Meu Kantinho (também conhecido como Kantinho do Cloves), que abriga uma escola de música para crianças. A concentração é em frente ao Centro Cultural, na rua Indígena, e o desfile segue animado pelas ruas da Penha Circular a partir do meio-dia. Também sai na terça-feira, no mesmo horário.

• Cordão do Boitatá – O cordão desfila pelas ruas do Centro do Rio, com seus músicos no chão e uma orquestra de sopros. Nos últimos anos, tem arrastado uma verdadeira multidão. Para evitar aglomerações, o Boitatá só divulga o local e a hora da saída no dia do desfile.

• Que Merda É Essa? – Conta-se que o bloco tem esse nome porque, ao desfilar pela primeira vez, quem estava no Simpatia É Quase Amor teria perguntado que bloco era esse que vinha na contra-mão. O bloco sai do bar Paz e Amor, na esquina das ruas Garcia D’Ávila com Nascimento Silva, às 14h. Segue até a praia, onde espera para se encontrar com o Simpatia.


SEGUNDA-FEIRA

• Bloco de Segunda – Um dos blocos mais irreverentes do Rio de Janeiro, invade as ruas de Botafogo, concentra na Cobal do Humaitá, no lado da Voluntários da Pátria, e sai em direção à rua Martins Ferreira, pegando o caminho de volta à Cobal pelo largo dos Leões. Às 17h.

• Rancho Flor do Sereno – Resgata as antigas tradições do carnaval carioca. Idealizado pelo compositor Elton Medeiros, busca tocar o repertório do tempo dos ranchos, sociedades e corsos. Mais uma vez, Alfredinho, do Bip-Bip, é quem comanda os foliões. Imperdível. Rua Almirante Gonçalves 50 (ao lado do Bip Bip), Copacabana. Às 19h.

• Se Melhorar, Afunda – Fundado em 2005, é provavelmente o único bloco intermunicipal do carnaval carioca. Concentra na praça Leone Ramos, em São Domingos, Niterói, atravessa até o Centro do Rio de barca e ainda tem fôlego para andar pelas ruas dessa região. Às 15h.

• Volta,Alice – O bloco fica concentrado em Laranjeiras, na esquina das ruas Mario Portela e Alice, que têm os respectivos bares Tasca do Edgar e Bar do Serafim. Às 15h.


TERÇA-FEIRA GORDA

• Bloco da Ansiedade – É o bloco de frevo, com bonecos gigantes, sombrinhas, passistas e banda. Um pouco do carnaval do Recife no Rio de Janeiro, concentrando no Mercadinho São José, em Laranjeiras, às 15h. 

• Clube do Samba – Bloco carnavalesco fundado em 5 de maio de 1979 por João Nogueira, Antonio Carlos Austregésilo de Athay de, Paulo César Pinheiro, Beth Carvalho, Sérgio Cabral e Elizeth Cardoso, entre outros sambistas, escritores, poetas e intelectuais. A concentração acontece na avenida Atlântica, e o bloco percorre o caminho entre as ruas Santa Clara até o 
restaurante Alcazar. Às 14h.

• Meu Bem Volto Já – Os tradicionais desfiles do bloco, na quinta-feira antes do carnaval, agora passaram para a terça-feira gorda. Concentrando às 15h na avenida Atlântica, no início do Leme, o bloco é comandado por Jorgito.


Na avenida Rio Branco

• Bohêmios deIrajá – Tradicional bloco do subúrbio carioca, tem como um de seus principais foliões o sambista Zeca Pagodinho. Abre a noite na avenida Rio Branco, às 19h.

• Bloco dos Arengueiros – Uma das primeiras agremiações do morro da Mangueira, o bloco atravessa a avenida Rio Branco cantando o samba do ano da Estação Primeira. Sua principal atração é a bateria da escola. Às 20h.

• Bafo da Onça – Fundado em 1956, no bairro do Catumbi, centro do Rio de Janeiro. O Bafo, que sempre foi o principal rival do Cacique de Ramos, empolga a Rio Branco com seus belos sambas. Sai às 21h.

• Cacique de Ramos – O maior dos blocos de embalo do carnaval carioca desfila a partir das 22h cantando sambas como “Vou Festejar” e “Caciqueando”, que animam as principais rodas de samba do Rio de Janeiro durante o ano.


QUARTA-FEIRA DE CINZAS

• Bloco Suburbanistas – O bloco foi inspirado no show homônomo de Dorina, Luiz Carlos da Vila e Mauro Diniz, cantando e contando pelas ruas do Irajá as histórias do subúrbio. Concentra no IAPM, rua Marinho Pessoa, às 15h.

• Bloco Virtual – O bloco relembra os antigos banhos de mar à fantasia do início do século. Concentra no posto 9 e vai até o Arpoador. Às 18h.


Pós-carnaval

QUINTA-FEIRA
• Voltar pra Quê? – O bloco concentra às 20h30 em frente ao teatro Rival, no tradicional bar Carlitos.

SÁBADO
• Bloco Bafafá – É mais um bloco que não desfila, fica concentrado no posto 9, onde a festa é comandada pela orquestra do Cordão do Bola Preta e DJ. A partir das 20h30.

DOMINGO
• Monobloco – Grupo criado por Pedro Luís e a Parede, leva 200 ritmistas pela praia do Leblon, a partir das 14h. São acompanhados por uma verdadeira multidão. Seus ensaios durante o ano são muito concorridos.


Outros blocos que merecem ser conferidos

Badalo de Santa Teresa, desfila no mesmo dia do Carmelitas, levando uma multidão para as ladeiras de Santa Teresa; Bagunça Meu Coreto, na praça São Salvador, em Laranjeiras; Blocodos Coqueiros, na charmosa Ilha de Paquetá; Devassos da Cardeal, concentra (e não sai) no Bar do Gallo, rua Cardeal Dom Sebastião Leme, em Santa Teresa; Discípulos de Oswaldo, formado pelos servidores da Fundação Oswaldo Cruz, concentra no Bar do Chico, em Manguinhos; É do Pandeiro, com bateria só de pandeiros, desfila na Lapa e no Jardim de Alah; Ih,É Carnaval, formado por alunos da UFRJ, desfila pela avenida Pasteur; Maracangalha, com bateria composta apenas por mulheres, concentra na Cobal do Humaitá; Quem Não Güenta Bebe Água, concentra na Adega do Juca, na rua Gago Coutinho, em Laranjeiras; Só pra Ver o Que Vai Dar, mais um bloco de Botafogo, concentra na esquina das ruas Arnaldo Quintela e Oliveira Fausto; Tramela, que incendeia as ruas da Abolição, concentra na rua João Pinheiros.



Pequena cronologia do samba

1840 Primeiro baile carnavalesco, realizado no Hotel Itália, no Rio de Janeiro.

1845 A polca chega à cidade do Rio de Janeiro.

1846 Surge o personagem carnavalesco do zé-pereira.

1855 É inaugurado o precursor da vida noturna do Rio de Janeiro, o Teatro Alcazar, na antiga rua da Vala, atual Uruguaiana.

1885 Surge o primeiro cordão carnavalesco, batizado de Flor de São Lourenço.

1897 As serpentinas e os confetes são introduzidos no carnaval brasileiro, trazidos da Europa.

1899 Chiquinha Gonzaga compõe a primeira marchinha de carnaval, “Ó abre alas”.

1900 Surge a pioneira gravadora Casa Edison (RJ).

1902 O cantor Bahiano grava o primeiro disco no Brasil, cantando o lundu “Isto é bom”, de Xisto Bahia.

1905 Nasce Ismael Silva, o principal nome da geração de sambistas do Estácio de Sá.

1906 Chega ao Brasil o lança-perfume. Os desfiles de carnaval são transferidos da rua do Ouvidor para a recém-aberta avenida Central.

1912 Frederico Figner inaugura a primeira fábrica de discos da América Latina, a Odeon (RJ).

1916 Donga e Mauro de Almeida compõem o lendário samba “Pelo telefone”.

1917 “Pelo telefone” é gravado.

1920 Alcançam sucesso no carnaval as marchinhas “Pé de anjo”, de Sinhô, e “Pois não”, de Eduardo Souto e Filomeno Ribeiro, a primeira já impressa com a designação de marcha.

1922 É realizada a primeira transmissão radiofônica no Brasil (RJ).

1925 Primeiro concurso de sambas e marchinhas, no teatro São Pedro, no Rio de Janeiro.

1927 A Odeon lança seu primeiro suplemento de discos gravados pelo sistema elétrico.

1928 Sinhô lança seu grande sucesso, “Jura”.

1928 Surge a primeira escola de samba do Brasil, a Deixar Falar, no Rio de Janeiro.

1928 Faz sucesso o samba de Sinhô “A favela vai abaixo”, alusivo à demolição do morro da Favela.

1928 Inaugurado o Café Nice na avenida Rio Branco (RJ).

1929 Surge a Estação Primeira de Mangueira.

1930 Carmen Miranda é consagrada nacionalmente com a marchinha “Para você gostar de mim (Taí)”, de Joubert de Carvalho.

1931 Noel Rosa lança “Com que roupa?”, primeiro sucesso interpretado pelo poeta da Vila.

1932 Realiza-se na Praça Onze o primeiro desfile competitivo das escolas de samba (RJ).

1932 Getúlio Vargas comparece ao primeiro baile de carnaval do Teatro Municipal, no Rio de Janeiro.

1934 “Agora é cinzas”, de Bide e Marçal, faz grande sucesso no carnaval.

1934 Surge a escola de samba Portela.

1936 Surge a Rádio Nacional.

1937 É criada a Lavapés, primeira escola de samba de São Paulo.

1938 Dorival Caymmi tem seu samba “O que é que a baiana tem?” cantado por Carmen Miranda no filme Banana da terra.

1939 Ary Barroso lança “Aquarela do Brasil”.

1942 Ataulfo Alves e Mário Lago lançam o sucesso “Ai, que saudades da Amélia”.

1942 Orson Welles filma o carnaval carioca.

1949 Primeira transmissão do carnaval carioca, pela rádio Continental.

1950 Inaugurada a TV Tupi de São Paulo, primeira emissora de televisão da América Latina.

1951 Almirante lança na Rádio Tupi do Rio de Janeiro a série de programas “No tempo de Noel Rosa”.

1952 Morre o cantor Francisco Alves em desastre na Dutra (estrada Rio–São Paulo).

1953 Surge a escola de samba Acadêmicos do Salgueiro.

1955 O conjunto Demônios da Garoa lança “Saudosa maloca”, de Adoniran Barbosa.

1956 O samba “Brasil, fonte das artes”, de Djalma Sabiá, Éden Silva e Nilo Moreira é gravado pela cantora Emilinha Borba em disco da Continental.
Pela primeira vez um samba-enredo era gravado por uma cantora profissional.

1958 Surge a bossa nova no Rio de Janeiro.

1959 João Gilberto grava o LP Chega de saudade, marco da bossa nova.

1962 Primeiro Congresso Nacional do Samba.

1963 Cartola e sua esposa Zica inauguram o Zicartola, restaurante musical que agregou grandes nomes do samba.

1963 Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes lançam “Garota de Ipanema”.

1963 A Salgueiro é campeã do carnaval carioca com o enredo “Chica da Silva”.

1963 É instituído o dia 2 de dezembro como Dia Nacional do Samba.

1964 Silas de Oliveira compõe “Aquarela brasileira”, considerado um dos mais belos sambas-enredos da história.

1964 Estreia o show Opinião.

1965 Estreia o show Rosa de Ouro.

1966 Chico Buarque lança “A banda”.

1967 Paulo Vanzolini lança seu primeiro LP, intitulado Onze sambas e uma capoeira.

1968 É realizada a primeira Bienal do Samba.

1968 Ocorre o primeiro desfile oficial das escolas de samba de São Paulo, realizado na avenida São João, tendo se sagrado campeã a Escola de Samba Nenê da Vila Matilde.

1969 Gilberto Gil lança o samba “Aquele abraço”.

1970 Paulinho da Viola compõe “Foi um rio que passou em minha vida”.

1970 É criada a primeira Velha Guarda do samba, a da Portela.

1972 Morre o maior compositor de samba-enredo de todos os tempos, Silas de Oliveira (RJ).

1973 Elis Regina grava “Folhas secas”, de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito.

1974 Gravação do histórico LP Elis e Tom.

1974 Cartola lança seu primeiro LP, Cartola, aos 65 anos.

1975 Clara Nunes lança “O mar serenou”, de Candeia.

1975 Surge o Grêmio Recreativo de Arte Negra Escola de Samba Quilombo.

1976 Cartola lança o seu maior sucesso, “As rosas não falam”.

1976 Paulinho da Viola lança os antológicos LPs Memórias cantando e Memórias chorando.

1977 Toquinho faz no Canecão, no Rio de Janeiro, um show antológico ao lado de Vinicius de Moraes, Miúcha e Tom Jobim.

1978 Candeia lança o magnífico LP Axé, considerado por muitos sambistas e críticos o melhor da história do samba.

1978 Germano Mathias lança o LP Antologia do samba-choro, com Gilberto Gil.

1979 Estreia em São Paulo a Ópera do Malandro, de Chico Buarque.

1979 Aldir Blanc e João Bosco compõem “O bêbado e a equilibrista”, hino que marca a volta dos exilados pela ditadura.

1979 Beth Carvalho lança o LP No pagode.

1980 Morre Angenor de Oliveira, o Cartola (RJ).

1980 Geraldo Filme lança, pela Eldorado, seu primeiro LP: Geraldo Filme.

1984 Chico Buarque e Francis Hime compõem o samba “Vai passar”, em protesto contra a ditadura militar.

1984 É realizado o primeiro desfile carnavalesco no Sambódromo (RJ), espaço projetado por Oscar Niemeyer.

1985 É lançado o LP Raça brasileira.

1986 Zeca Pagodinho lança seu primeiro LP, Zeca Pagodinho.

1988 A Vila Isabel é campeã do carnaval carioca com o enredo Quizomba, a festa da raça.

1991 Surge o Pagode do Trem, liderado por Marquinhos de Oswaldo Cruz.

1991 O desfile das escolas de samba de São Paulo é realizado pela primeira vez no Sambódromo do Anhembi – Pólo Cultural e Esportivo Grande Otelo, idealizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

1993 Beth Carvalho lança o disco Beth Carvalho canta o samba de São Paulo.

1996 O Pagode do Trem começa a acontecer anualmente no dia 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba.

2002 Com produção executiva e artística de Hermínio Bello de Carvalho, é apresentado no Rio de Janeiro o show O samba é minha nobreza.

2003 É criado o selo Quelé, exclusivo de samba, no Rio de Janeiro.



Onde ouvir o samba?

Para informações mais atuais sobre espaços de samba pelo país, visitar o competente site www.choro-samba.com.br. Aqui vão apenas algumas sugestões.

• Aracaju(SE)
RECANTO DO CHORINHO
sexta às 21h, domingo às 18h
Parque da Cidade – Industrial
(79) 215-6402

SARAU DA FAMÍLIA ARGÔLO
domingo às 10h
rua Marechal Deodoro 997 – Getúlio Vargas
(79) 221-2867


• Belém (PA)
BAR DO GILSON
sexta às 23h, sábado e domingo às 16h
rua Padre Eutíquio 3.172 – Condor


• Belo Horizonte (MG)
BAR DO BOLÃO
quinta às 20h
rua Vila Rica 637 – Padre Eustáquio
(31) 462-1569

CARTOLA BAR
sexta e sábado às 21h, domingo às 20h
rua Vila Rica 1.168 – Caiçara
(31) 3464-9778

DIRETORIA
sexta às 18h
av. Martinica 340 – Santa Branca
(Pampulha)
(31) 3495-3317/ (31) 9667-2910

MERCADO DE SANTA TERESA
sábado às 14h
rua São Gotardo 137 – Santa Teresa

OPÇÃO
sexta e sábado às 19h
rua Alabandina 619 – Caiçara
(31) 3415-6905

PARADA BALL
domingo às 16h
av. Andradas 4.000 – Esplanada
(31) 3466-3000

PEDACINHOS DO CÉU
quarta às 19h, quinta a sábado às 21h
rua Belmiro Braga 774 – Alto Caiçara
(31) 3462-2260

RECICLO
quinta e sexta às 22h
av. do Contorno 10.564 – Barro Preto
(31) 3295-3378


• Brasília(DF)
BAR DO CALAF
sábado às 14h
Setor Bancário Sul, quadra 2, bloco S, lojas 51/57 – Plano Piloto
(61) 3325-7408

CLUBE DO SAMBA DE BRASÍLIA
segunda às 20h
Restaurante Feitiço Mineiro; SCLN 306,
bloco B, lojas 45/51 – Plano Piloto
(61) 3272-3032/ (61) 3340-8868

MONUMENTAL
sábado às 12h
SCLS, 201 Sul, bloco C, loja 33 – Plano Piloto
(61) 3224-9313

PLANO B
sexta às 21h
Arena Futebol Society (Setor de Clubes Sul) – Asa Sul


• Campina Grande (PB)
SALOON BAR
quarta às 22h (quinzenal)
Parque Evaldo Cruz – Centro


• Campinas (SP)
CENTRO CULTURAL EVOLUÇÃO
sábado às 22h
rua Regente Feijó 1.087 – Centro
(19) 3232-9959

ESTAÇÃO SANTA FÉ PIZZA BAR
terça às 21h
av. Albino J.B. de Oliveira 1.265 – Barão Geraldo
(19) 3289-4800/ (19) 3289-0687

SALSINHA & CEBOLINHA
sexta às 21h
rua Cecília Zogbi 20 – Barão Geraldo
(19) 3289-9709


• Cuiabá (MT)
BAR CHOROS E SERESTAS
de quarta a sexta às 22h, sábado às 16h
rua João Lourenço de Figueiredo 163 – Jardim Tropical
(65) 634-4914


• Curitiba(PR)
AO DISTINTO CAVALHEIRO
quinta às 19h
rua Saldanha Marinho 894 – Centro
(41) 3019-4771

BETO BATATA
sábado às 12h
rua Professor Brandão 678
(41) 262-0840

BISTRÔ DO PARQ UE BARIGUI
sábado às 13h
rua Eduardo Sprada 4.520 – Champagnat
(41) 335-4477

CONSERVATÓRIO DE MÚSICA POPULAR
quinta às 17h
rua Mateus Leme, esquina com rua Treze
de Maio – Centro Histórico
(41) 322-1525

NILO SAMBA CHORO
sexta e sábado às 22h
rua Goiás 640 – Água Verde
(41) 345-9501


• Florianópolis (SC)
BAR DO TIÃO
sexta e sábado às 22h
rua do Marfim 325 – Monte Verde
(48) 238-6259

CASARÃO
quinta e sexta às 21h
praça xv 320 – Centro
(48) 222-9092

PRAÇA XI
sexta às 21h, sábado às 12h
rua Constâncio Krumel 1.149 –
Praia Comprida
(48) 259-2942


• JuizdeFora (MG)
BAR DO GAUDÊNCIO
sábado às 20h
rua Belmiro Braga 278 – Alto dos Passos
(32) 9977-7721


• Macaé(RJ)
BICO DA CORUJA
quarta às 20h
rua Benedito Lacerda 134 – Pororoca


• Maceió (AL)
CHOPEIRAS ORÁKULO
segunda às 22h, sábado às 17h
rua Barão de Jaraguá 171, praça Raiol – Jaraguá
(82) 326-7616

FLAMANTE (ANTIGO BAR DA RESENHA)
segunda às 20h, sexta e sábado às 22h av. Siqueira Campos, vizinho ao ginásio do Sesi – Trapiche

Q G DO ESPETO – FAROL
segunda às 20h, domingo às 18h
rua Belo Horizonte – Farol/ Sanatório

Xô BOI (GRUPO Q G)
sexta às 21h
av. Muniz Falcão 264 – Barro Duro
(82) 358-2133


• Manaus (AM)
ET BAR
sexta às 23h, sábado e domingo às 18h
boulevard Amazonas 629 – Centro
(92) 232-5387/ (92) 9126-2091

MATUTO BAR
sexta às 21h
rua Maceió 417 – Nossa Senhora das Graças
(92) 9616-2971

PARENTINA PEIXARIA & GRILL
av. Pedro Teixeira,
Centro Comercial Le Bon Marché
(92) 3656-6228


• Niterói(RJ)
CANDONGUEIRO
sábado às 22h (quinzenal)
estrada Velha de Maricá 1.554 – Pendotiba
(21) 2616-1239

COISAS DA ANTIGA
sexta às 23h
av. Ewerton Xavier 3.360 – Itaipu
(21) 2703-3330 / (21) 9803-5046

MARACANGALHA
av. Sete 503 – Piratininga
(21) 2619-2089/ (21) 8141-2900

Q UINTA DO PARQ UE
rua Demétrio de Freitas 83 – Maceió
(21) 2616-8649

SAMBA DO DINIZ
domingo às 19h
(apenas no primeiro domingo do mês)

Bar Mãe D’Água
Praça Leoni Ramos 7 – São Domingos
(21) 2717-3903


• Porto Alegre (RS)

BAR DO CANHOTO
de terça a sábado às 21h
av. Presidente Roosevelt 1.400 – São Geraldo

BAR DO NITO
sexta e sábado às 21h
rua Lucas de Oliveira 105 – Auxiliadora
(51) 3333-6221

BAR DO RICARDO
de quinta a sábado às 21h
rua Caldre Fião 358 – Partenon

BUTIKIM SOM BRASIL
de segunda a domingo às 19h
Shopping Figueiras; rua Aquidaban
(53) 9963-0123

SE ACASO VOCÊ CHEGASSE
de segunda a sábado às 19h
rua Venâncio Aires 866 – Cidade Baixa
(51) 333-2044


• Porto Velho (RO)
EMPORIUM RESTAURANTE E CHOPERIA
quinta às 20h
av. Presidente Dutra 3.366 – Caiari
(69) 221-2665

• Recife (PE)
BAR CALIFORNIA
sábado e domingo às 17h
rua Arthur Muniz, 2o Jardim – Boa Viagem
(81) 3088-7590

BAR DO NENO
terça às 19h
rua Padre Roma 722 – Parnamirim
(81) 3268-6821

CASA DO COSME
domingo às 13h (quinzenal)
estrada da Batalha 4.218 – Vila da Compensação
Jaboatão dos Guararapes
(81) 3461-1444

PAGODE DO DIDI
quarta e sexta às 21h
rua Ulhoa Cintra s/n (atrás do Banco do Brasil e dos Correios) – Santo Antônio

RESTAURANTE ANFITRIÃO
quarta às 21h
rua do Bom Jesus – Recife Antigo

SESC SANTA RITA
quarta às 16h (apenas na quarta semana do mês)
rua Cais de Santa Rita 156 – São José
(81) 3224-7577


• Ribeirão Preto (SP)
MUSEU DO CAFÉ
domingo às 9h
av. Zeferino Vaz s/n; dentro do campus
da USP – Monte Alegre
(16) 633-1986


• Rio de Janeiro (RJ)

BAR DO ARMINDO
sexta e sábado às 20h
Clube Guanabara; av. Repórter Nestor
Moreira 42 – Botafogo
(21) 2542-9424

BAR SUJINHO
sexta às 19h
Campus da UFRJ – Praia Vermelha

BIP-BIP
terça às 21h, domingo às 20h
rua Almirante Gonçalves 50 – Copacabana
(21) 2267-9696

BUTIQ UIM DO MARTINHO
quinta às 19h, sexta às 20h, domingo às 19h
Shopping Iguatemi; rua Barão de São
Francisco 236/ 2o piso – Vila Isabel
(21) 2577-7160

CACIQUE DE RAMOS
domingo às 17h
rua Uranos 1.326 – Ramos
(21) 3880-8023/ (21) 3880-9248

CARIOCA DA GEMA
de segunda a quinta às 21h, sexta às 20h,
sábado às 21h
av. Mem de Sá 79 – Lapa
(21) 2221-0043

CASA DA MÃE JOANA
de terça a sexta às 20h, sábado às 22h
av. Gomes Freire 547 – Lapa
(21) 2531-9435/ (21) 3970-2631

CLUBE DOS DEMOCRÁTICOS
de quinta a sábado às 22h
rua do Riachuelo 91 – Lapa
(21) 2252-4611

CENTRO CULTURAL CARIOCA
quinta às 21h, sexta às 19h, sábado às 22h
rua do Teatro 37, praça Tiradentes – Centro
(21) 2252-6468

CENTRO CULTURAL MEMÓRIAS DO RIO
quinta às 20h, sexta às 19h, sábado às 22h
av. Gomes Freire 289 – Lapa
(21) 2221-5441/ (21) 3681-1636

CIRCUITO-MAUÁ
sexta às 19h (apenas na última semana do mês)
largo de São Francisco da Prainha – Saúde

CLUBE BOQUEIRÃO
sexta às 21h
rua Jardel Jercolis 50 (ao lado do MAM) – Centro

CLUBE GUANABARA
quarta às 19h
av. Repórter Nestor Moreira 42 – Botafogo

CLUBE RENASCENÇA
segunda às 14h, sábado às 15h
rua Barão de São Francisco 54 – Andaraí
(21) 9628-9329

CORDÃO DA BOLA PRETA
segunda às 19h, sexta às 20h
rua Treze de Maio 13/ 3o andar – Cinelândia
(21) 2240-8049/ (21) 2240-8099

DAMA DA NOITE
quarta às 22h, quinta às 18h, sexta às
19h, sábado às 21h
av. Gomes Freire 773 – Lapa
(21) 2509-4237

DCE DA UFRJ
quinta às 21h
av. Pasteur 250 – Urca

ERNESTO
quinta às 20h, sexta às 22h
largo da Lapa 4 (ao lado da Sala Cecília Meireles) – Lapa
(21) 2509-6455

ESTEPHANIO’S
domingo às 18h
rua dos Artistas 130 – Tijuca
(21) 2520-4421

PAGODE DA FAMÍLIA MANGUEIRENSE
sábado às 12h (apenas na segunda semana do mês)
quadra da Mangueira; rua Visconde de Niterói 1.072 – Mangueira
(21) 3872-6786/ (21) 3872-6787

PAGODE DA FAMÍLIA PORTELENSE
sábado às 14h (apenas na primeira semana do mês)
quadra da Portela; rua Clara Nunes 81 – Madureira
(21) 2489-6440

PAGODE DA TIA CIÇA
sábado às 20h
Clube Pau Ferro; rua Honório de
Almeida 132 – Irajá
(21) 9352-7458/ (21) 9688-6540

PAGODE DA TIA DOCA
domingo às 17h
rua João Vicente 219 – Madureira
(21) 3018-5474/ (21) 2450-4067

PAGODE DO TIO CHAGAS
domingo às 17h
Country Clube da Praça Seca; rua
Cândido Benício s/no – Praça Seca

RIO SCENARIUM
de terça a quinta às 18h, sexta e sábado às 19h
rua do Lavradio 20 – Lapa
(21) 2233-3239/ (21) 3852-5516

SACRILÉGIO
de terça a quinta às 21h, sexta às 23h,
sábado às 20h
av. Mem de Sá 81 – Lapa
(21) 2222-7345/ (21) 3970-1461

SAMBA NO HORTO
sexta às 22h (quinzenal)
Clube Dezessete (Clube dos Macacos)
rua Pacheco Leão 2.038 – Jardim Botânico
(21) 2539-8215

TRAPICHE GAMBOA
quarta às 21h, quinta a sábado às 22h
rua Sacadura Cabral 155 – Gamboa
(21) 2516-0868


• Salvador (BA)
BAR FUNDO DO CRAVINHO
segunda às 19h
Terreiro de Jesus – Pelourinho
(71) 321-7802

CAFÉ-TEATRO SESI
quinta às 19h
rua Borges dos Reis 9 – Rio Vermelho
(71) 334-6800

TEATRO VILA VELHA – CABARé DOS NOVOS
quarta às 17h
Passeio Público – Campo Grande


• São Luís do Maranhão (MA)
BAR DA PRENSA
quarta às 19h
Praia Grande
(98) 9971-3279

CLUBE DO CHORO
quinta às 21h
sede da APCEF – Calhau
(98) 248-1576/ (98) 248-5732


• São Paulo (SP)
BAR BRAHMA
sexta às 18h
av. São João 677 (esquina com av. Ipiranga) – Centro
(11) 3333-0855

BAR MANGUEIRA
segunda e quinta às 21h, sexta às 20h,
sábado às 12h, domingo às 18h
rua Cláudio Soares 124 – Pinheiros
(11) 3034-1085

BAR MEMORIAL
sábado às 14h
rua República do Iraque 1.326 – Campo Belo
(11) 5542-4667

BAR SAMBA
terça e quarta às 21h, quinta e sexta às 22h, sábado às 14h, domingo às 20h
rua Fidalga 308 –Vila Madalena
(11) 3819-4619

CAFÉ DU RÈVE (BAR DO CIDÃO)
segunda às 20h, quarta, quinta e sexta às 22h, sábado e domingo às 21h
rua Deputado Lacerda Franco 293 – Pinheiros

CONTEMPORÂNEA
sábado às 10h
rua General Osório 46 – Santa Ifigênia
(11) 221-8477 / (11) 220-2954

Ó DO BOROGODÓ
de segunda a sexta às 22h, sábado às 15h, domingo às 20h
rua Horácio Lane 21 – Pinheiros
(11) 3814-4087

PÉ DE CANA
de segunda a sexta às 20h
rua Cunha Gago 31 – Pinheiros
(11) 3812-1877

PIRAGRILL
domingo às 15h
rua Wisard 161 – Vila Madalena
(11) 3097-8262

RASGUEIRA BAR
sábado às 14h
rua Gabriele D’Annunzio 1.346 – Campo Belo
(11) 5042-3070

SALVE SIMPATIA
quarta às 21h, quinta e sexta às 20h, sábado às 14h
rua Mourato Coelho 1.329 – Vila Madalena
(11) 3034-2159/ (11) 3814-0501

SAMBA DA VELA
segunda às 20h
Casa de Cultura de Santo Amaro; praça
Francisco Lopes Ferreira 434 – Santo Amaro
(11) 5522-8897

TRAÇO DE UNIÃO
sexta às 22h, sábado às 14h
rua Cláudio Soares 73 – Pinheiros
(11) 3031-8065/ (11) 3816-7693

VILLAGGIO CAFÉ
sexta e sábado às 22h
praça Domingo Orione 298 – Bela Vista
(11) 251-3730


• Vitória (ES)
CHOPP-HAUSS
terça às 20h
rua Anísio Fernandes Coelho, 1 – Praia de Camburi
(27) 3225-3490

MANO GIM
sábado às 16h
av. Alberto Torres 895 – Jucutuquara
(27) 3332-3855

QUIOSQUE RANGOS
sexta às 21h
Praia da Curva da Jurema – Praia do Canto
(27) 9944-5601



O que ler?

A bibliografia sobre o samba ficou mais de cinco décadas praticamente circunscrita aos poucos memorialistas e jornalistas que militavam com todos os seus argumentos na defesa do gênero. Foram esses homens que registraram preciosas passagens de nosso cancioneiro popular, que felizmente não silenciaram perante o contínuo descaso com a memória da cultura do povo brasileiro.
Nas décadas finais do século XX, as universidades, avessas até então ao estudo da cultura e do cotidiano das camadas mais simples da sociedade, principiaram um movimento de valorização de nossa história musical, vista a partir de então como espaço privilegiado de discussão identitária. São inúmeros trabalhos publicados, muitos de altíssima qualidade, que vêm somar-se aos pioneiros escritos de valorização da história do samba.
Um número razoável deles vem alcançando o mercado editorial. Se estamos longe de preencher todas as lacunas da tradição musical brasileira – haja vista os significativos “elos perdidos” –, a relevância do papel do samba na cultura do século XX pôs sua já longa trajetória na ordem do dia dos pesquisadores. 
Neste pequeno roteiro do que o leitor deve ter em mãos para saciar as suas infindáveis dúvidas, organizamos o que pensamos constituir os principais trabalhos sobre o samba. Indicamos obras esgotadas e em catálogo, pois muito dos que não estão disponíveis em modernas livrarias podem ser encontrados em saborosos sebos, onde o leitor mistura o prazer de achar um clássico com o clima nostálgico de uma época singular.
Dividi o roteiro em ordem preestabelecida: biografias, carnaval, coleções, obras de referência e outras leituras. Ao final, listo alguns livros de história para complementar a “sapiência” do leitor, apresentando um leque de focos interpretativos da sociedade brasileira. Convido-os ao prazer da leitura e da pesquisa.

• Biografias

NO TEMPO DE ALMIRANTE, UMA HISTÓRIA DO RÁDIO E DA MPB, de Sérgio Cabral (Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990). Outro livro de Sérgio que tem o traço da minúcia e o olhar de quem entende. A vida de Almirante conduz o leitor para um painel sugestivo da Era do Rádio.

ARACA, ARQ UIDUQ UESA DO ENCANTADO, de Hermínio Bello de Carvalho (Rio de Janeiro: Folha Seca, 2004). Um relato quase biográfico de quem conviveu durante décadas com Araci de Almeida, a melhor intérprete da obra de Noel Rosa. Indispensável.

NO TEMPO DE ARY BARROSO, de Sérgio Cabral (Rio de Janeiro: Lumiar, 1995). Ary tem inúmeras biografias, mas a de Sérgio reconstitui quase o dia-a-dia do compositor sob um olhar de quem convive há décadas com o samba.

CARMEM MIRANDA, UMA BIOGRAFIA, de Ruy Castro (São Paulo: Companhia das Letras, 2005). Finalmente Carmem ganha uma biografia à altura de sua rica história de vida. Ruy, craque da arte de biografar, traz uma Carmem apaixonante como cantora, atriz, amante, amiga, mulher e, acima de tudo, sambista de primeira. E com ela toda uma Época de Ouro da cultura musical brasileira. Indispensável.

DORIVAL CAYMMI – O MAR E O TEMPO, de Stella Caymmi (São Paulo: Editora 34, 2001). A jornalista Stella Caymmi reuniu a experiência de seus estudos na área da música com o privilégio informativo de ser neta de Dorival. Acabou tecendo o melhor trabalho sobre o oceano de cultura que é o baiano.

MÁRIO REIS, O FINO DO SAMBA, de Luiz Antônio Giron (São Paulo: Editora 34, 2001). Mário sempre foi um personagem enigmático, com uma vida particular muito resguardada, mas creio que o jornalista Giron, com seu tino de selecionar informações relevantes, sedimentou a primazia do cantor em fundar uma nova estética em nosso cancioneiro.

NO TEMPO DE NOEL ROSA, de Almirante (Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977). Almirante, a “maior patente do rádio”, segundo Sérgio Cabral, foi um incansável divulgador da obra de Noel. Conheceu-o em 1923, quando fizeram parte do mesmo grupo musical, e acompanhou sua existência até o fim. O livro traz quase um depoimento de quem conviveu com o poeta. Infelizmente, está esgotado.
NOEL ROSA, UMA BIOGRAFIA, de Carlos Didier e João Máximo (Brasília: UNB, 1990). Trabalho histórico sobre a vida de Noel Rosa, escrito por dois craques da pena. É Noel, o samba e o Rio por inteiro. Indispensável, mas também esgotado.

ORESTES BARBOSA: REPÓRTER, CRONISTA E POETA, de Carlos Didier (Rio de Janeiro: Agir, 2005). Orestes Barbosa reaparece nessa biografia completa e definitiva, um padrão de rigor, minúcia e abrangência. Há ampla reconstituição do meio em que ele atuou, da imprensa em geral, da reportagem policial, dos embates políticos, do rádio, do ambiente musical e da vida boêmia: é todo um Rio que ressurge.

NOSSO SINHÔ DO SAMBA, de Edigar de Alencar (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968). Essa primeira biografia de Sinhô recupera a importância de sua trajetória e do ambiente musical da época, mas está esgotada. Vale procurar em sebos.

A Funarte, na década de 1970, realizava concursos de monografias sobre a cultura musical brasileira. São desse período incontáveis livros sobre o samba. Podemos listar as biografias de Orlando Silva, Candeia, Assis Valente, Geraldo Pereira, Ismael Silva, Braguinha, Carlos Cachaça e Adoniran Barbosa, entre outros. Site: www.funarte.gov.br.

A Prefeitura do Rio de Janeiro, em projeto também valoroso, vem lançando em conjunto com a editora Relume Dumará pequenas biografias e temas da cultura carioca. Vale a pena consultar: Chico Buaque, Zé Kéti, Antônio Maria, Wilson Batista, Nelson Cavaquinho, Vinicius de Moraes, Monarco, Zeca Pagodinho, Os blocos, A revista do rádio, entre outros. Site: www.relumedumara.com.br.

• Carnaval

O CARNAVAL CARIOCA ATRAVÉS DA MÚSICA, de Edigar de Alencar (Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980). Levantamento minucioso das músicas do carnaval carioca, oferece um grande painel da formação da maior festa popular do país. Infelizmente, está esgotado.

AS ESCOLAS DE SAMBA DO RIO DE JANEIRO, de Sérgio Cabral (Rio de Janeiro: Lumiar, 1996). Pioneiro levantamento sobre a história das escolas de samba do Rio de Janeiro, feito com depoimentos de seus criadores e o resultado de todos os desfiles, de 1932 a 1996.
FALA MANGUEIRA, de Marília Trindade Barbosa, Carlos Cachaça e Arthur Oliveira Filho (Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1980). Esse livro reconstitui a história da escola e do morro, com seus hábitos e costumes. Aí está todo o reino do samba da Verde-e-rosa. Também esgotado.

HISTÓRIA DO CARNAVAL CARIOCA, de Eneida (Rio de Janeiro: Record, 1987). O livro traça o perfil do carnaval carioca, e pela qualidade do texto acaba sendo uma ode à festa que os cariocas organizam, desde o entrudo até os desfiles de hoje. Também esgotado.

O LIVRO DE OURO DO CARNAVAL, de Felipe Ferreira (Rio de Janeiro, Ediouro, 2005). Ótimo trabalho sobre a história do carnaval. Linguagem direta, com boxes informativos, dando ao leitor um verdadeiro painel qualificado da festa popular mais famosa do mundo.

SALGUEIRO, ACADEMIA DE SAMBA, de Haroldo Costa (Rio de Janeiro: Record, 1984). Haroldo é uma das referências no estudo do carnaval carioca. Em seu livro está o enredo da história do Salgueiro e do samba carioca.

A VELHA GUARDA DA PORTELA, de João Baptista M. Vargens e Carlos Monte (Rio de Janeiro: Manati, 2001). Primeiro livro sobre a mais tradicional e charmosa das velhas guardas do samba. João e Carlos, dois craques da pesquisa, não deixam a paixão pela escola atrapalhar o olhar de historiador.


• Coleções e revistas

HISTÓRIA DO SAMBA, lançada pela editora Globo em 1998, é a maior coleção sobre o samba de todos os tempos. Cada volume é acompanhado por um CD e traz textos explicativos e farta iconografia. Os capítulos trazem indicações de bibliografia, e podem ser achados em sebos.

NOVA HISTÓRIA DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA, lançado pela editora Abril, na segunda metade dos anos 1970. São LPs com oitos faixas, que trazem as mais relevantes composições e interpretações da MPB, sempre acompanhados de fascículos com fotos e textos biográficos. Vale conferir, se achar em sebos.

REVISTA MÚSICA BRASILEIRA. Com mais de 30 números devidamente dirigidos pelo jornalista e escritor Luís Pimentel, foi impressa até agosto de 2001. Constam fotos, entrevistas, discografia comentada e inúmeras matérias relembrando e homenageando grandes nomes de nossa história musical. Tels: (21) 2220-4609/ 2265-3407; site: www.revistamusicabrasileira.com.br.


• Dicionários e enciclopédias

DICIONÁRIO CRAVO ALBIN DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA. É o mais completo dicionário da música brasileira on-line. Coordenado pelo pesquisador, escritor e professor Júlio Diniz, estará em breve nas livrarias. Por enquanto ele só pode ser consultado no site: www.dicionariompb.com.br. 

DICIONÁRIO MUSICAL BRASILEIRO, de Mário de Andrade (Coordenação Oneyda Alvarenga. Belo Horizonte: Itatiaia, 1989). A discípula e colaboradora de Mário de Andrade, Oneyda Alvarenga, organizou o trabalho de mais de 16 anos de pesquisa do modernista. O estudo mapeia as influências musicais dos africanos e portugueses no Brasil.

ENCICLOPÉDIA DA MÚSICA BRASILEIRA: POPULAR, ERUDITA E FOLCLÓRICA (São Paulo: Art Editora/ Publifolha, 1998). É a principal enciclopédia editada sobre a música brasileira.

ENCICLOPÉDIA DA MÚSICA BRASILEIRA: CHORO E SAMBA, seleção de verbetes: Zuza Homem de Mello (São Paulo: Art Editora/ Publifolha, 2000). Versão reduzida da anterior, contendo só o universo do samba e do choro, organizada por mestre Zuza Homem de Mello.

NOVO DICIONÁRIO BANTO DO BRASIL, de Nei Lopes (São Paulo: Pallas, 2003). Mais um trabalho de Nei Lopes que fica na literatura brasileira. Muito do universo do samba o leitor encontrará nessa obra vultosa.


• História do Brasil

HISTÓRIA DA VIDA PRIVADA NO BRASIL, vários autores (São Paulo: Companhia das Letras, 1999, vol.3). É um privilegiado painel de reflexões sobre a sociedade brasileira, em que os autores tecem análises sobre os efeitos das transformações econômicas e tecnológicas no cotidiano de nossa sociedade. Aborda da Belle Époque à Era do Rádio.

NOVA HISTÓRIA CRÍTICA DO BRASIL, de Mário Furley Schmidt (São Paulo: Nova Geração, 1997). Livro do ensino médio que revolucionou o estudo da história ao abordar, de forma leve e descontraída, e sob a ótica das minorias, os processos históricos que construíram a sociedade brasileira.

A REPÚBLICA NO BRASIL, vários autores (Rio de Janeiro: Nova Fronteira/ Cpdoc, 2002). Organizado pelas professoras Angela de Castro Gomes, Dulce Chaves Pandolfi e Verena Alberti, o livro é escrito de forma leve e contém trabalhos de renomados pesquisadores da área de história. Seu objetivo é contar o

período republicano através de alguns temas específicos. Por isso sua leitura não é linear. A farta iconografia ajuda o entendimento, tornando-se verdadeira narrativa paralela. Recomendo a leitura do Capítulo 7, “Cultura e identidade nacional no Brasil do século XX”, escrito pela professora Lucia Lippi Oliveira.


• Outros livros de interesse

BIM BOM, A CONTRADIÇÃO SEM CONFLITO DE JOÃO GILBERTO, de Walter Garcia (São Paulo: Paz e Terra, 1999). Primeiro grande trabalho de fôlego sobre as inovações musicais surgidas após a batida diferente do violão de João Gilberto. O livro une, de forma extremamente rica, a transgressão e a continuidade contidas na estética de João Gilberto. Indispensável.

A CANÇÃO NO TEMPO, 85 ANOS DE MÚSICAS BRASILEIRAS, de Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello (São Paulo: Editora 34, 1998, vols. I e II). Se individualmente os autores representam a nata da pesquisa musical no Brasil, juntos produziram livros que mapeiam as principais canções de sucesso, trazendo sempre agradáveis introduções aos capítulos e pequena cronologia da época. Indispensável.

A CANÇÃO POPULAR BRASILEIRA, de Vasco Mariz (Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2002). Vasco Mariz é nome obrigatório no estudo da música no Brasil. Através de ensaios sobre temas e personagens da música popular, Mariz monta um painel sugestivo de nossa história musical.

CANTORES DO RÁDIO: A TRAJETÓRIA DE NORA NEY E JOÃO GOULART E O MEIO ARTÍSTICO DE SEU TEMPO, de Alcir Lenharo (Campinas: Editora Unicamp, 1995). Importante trabalho sobre a cultura de massas nos anos 1950 através da trajetória de Nora Ney e João Goulart. Inova pelas fontes inéditas e pela construção permanente de diálogos entre o meio musical e sua contemporaneidade.

CARTAS CARIOCAS, de Hermínio Bello de Carvalho (Rio de Janeiro: Folha Seca, 2000). Os livros de Hermínio são prazerosas e informais viagens pela música popular brasileira. Imperdível.

A CASA EDISON E SEU TEMPO, de Humberto M. Franceschi (Rio de Janeiro: Sarapuí/ Petrobras, 2001). É o melhor painel do início das gravações no Rio de Janeiro. Acompanham o livro antológicas gravações da época. 

CHEGA DE SAUDADE, de Ruy Castro (São Paulo: Companhia das Letras, 1997). Clássico livro sobre a bossa nova. Registra todo o caldo cultural do movimento e sua forte influência norte-americana.

DO SAMBA-CANÇÃO À TROPICÁLIA, organizado por Santuza Cambraia Naves e Paulo Sergio Duarte (Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003). Resultado de seminário que abordou o período de surgimento da bossa nova até a tropicália, o livro traz textos de acadêmicos, jornalistas, músicos, letristas, críticos etc. Vale conferir pela qualidade, pluralidade e visão multidisciplinar dos trabalhos.

ECOS DA FOLIA, UMA HISTÓRIA SOCIAL DO CARNAVAL CARIOCA ENTRE 1880 E 1920, de Maria Clementina Pereira Cunha (São Paulo: Companhia das Letras, 2001). Excelente trabalho sobre os primórdios do carnaval carioca. A autora analisa o carnaval de rua sem o olhar linear e de discussão identitária tão presentes nos trabalhos que abordam o tema. É o “povo” com suas brincadeiras e agremiações uma porta aberta para melhor compreendermos a história de nossa sociedade.

A ERA DOS FESTIVAIS, UMA PARÁBOLA, de Zuza Homem de Mello (São Paulo: Editora 34, 2003). Jornalista e pesquisador, Zuza traz em mais uma obra fundamental para os amantes da MPB toda a riqueza estética de um dos períodos mais férteis da história cultural brasileira.

A ERA DO RÁDIO, Lia Calabre (Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004, 2ed.). Esse livro de bolso traz um excelente panorama da época de ouro do rádio no Brasil, desde a primeira transmissão, passando por seu auge nos anos 1940 e 1950, até o seu declínio com o surgimento da televisão.

EU NÃO SOU CACHORRO NÃO, Paulo César de Araújo (Rio de Janeiro: Record, 2002). O livro não aborda estritamente o universo do samba, mas trava um debate, muitas vezes com atores da cultura do samba, bem elaborado entre a tradição e a modernidade no meio musical. Sua conclusão é que o que não está dentro da tradição (como o samba e choro, por exemplo) ou da modernidade (como a bossa nova e a tropicália) é rotulado de cafona e brega. É tudo uma questão de construção, segundo o autor.

FEITIÇO DECENTE, TRANSFORMAÇÕES DO SAMBA NO RIO DE JANEIRO (1917-1933), de Carlos Sandroni (Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001). Já nasceu clássico. Unindo pesquisa em diversas áreas (etnomusicologia, história, literatura, sociologia...), Sandroni busca entender o porquê de o samba ter mudado de paradigma na década de 1930. Seu texto é um grande panorama da cultura afro-brasileira no Rio de Janeiro e o primeiro a argumentar de forma consistente sobre a diferença musical e simbólica entre “Pelo telefone”, de Donga, e os sambas produzidos por Ismael Silva, Bide e Marçal. Indispensável.

GEOGRAFIA CARIOCA DO SAMBA, de Luiz Fernando Vianna, com fotos de Bruno Veiga (Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2004). Com textos ilustrados por imagens históricas e pelo ensaio fotográfico de Bruno Veiga, o livro traz, desde a Praça Onze até a Barra da Tijuca e Jacarepaguá, todos os recantos onde o samba se consolidou e se revigorou. Ganham destaque os personagens e lugares que fizeram a história do gênero. Vale conferir.

HISTÓRIA SOCIAL DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA, de José Ramos Tinhorão (São Paulo: Editora 34, 1998). Um mergulho ao estilo Tinhorão nas estruturas socioeconômicas que “determinaram” nosso legado musical. Indispensável.

ISMAEL SILVA: SAMBA E RESISTÊNCIA, de Luiz Fernando Medeiros de Carvalho (Rio de Janeiro: José Olympio, 1980). Um dos primeiros trabalhos acadêmicos sobre o samba, esse livro do professor Luiz Fernando aborda o texto na obra de Ismael Silva, salientando suas ricas interpretações no ofício de criador popular.

O LIVRO DE OURO DA MPB, de Ricardo Cravo Albin (Rio de Janeiro: Ediouro, 2003). Ricardo Cravo Albin, conhecido jornalista, pesquisador e produtor, passeia em seu livro pela modinha e o lundu até chegar aos dias atuais. É uma viagem por toda a MPB.

O MISTÉRIO DO SAMBA, de Hermano Vianna (Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995). Clássico livro sobre o gênero, da década de 1990. Hermano, reconhecido antropólogo, parte de um encontro entre intelectuais e compositores populares na década de 1920 para defender a tese de que o samba é a cristalização – “coroação” – secular de um constante, sólido e conflituoso intercâmbio das culturas que formaram a sociedade brasileira. Indispensável.
NA RODA DO SAMBA, de Francisco Guimarães (Rio de Janeiro: Funarte, 1978, vols. I e II). Pioneiro livro sobre o universo do samba no Brasil. Francisco Guimarães, o Vagalume, cronista do carnaval carioca, descreve de forma simples os personagens e ambientes do samba no calor de sua formação.

O NACIONAL E O POPULAR NA CULTURA BRASILEIRA, José Miguel Wisnik e Enio Squeff (São Paulo: Brasilense, 2001). Clássico estudo lançado primeiramente no começo da década de 1980, o livro reúne dois ensaios, “Reflexões sobre um mesmo tema” e “Getúlio da Paixão Cearense (Villa-Lobos e o Estado Novo)”, onde os autores “desconstroem” o conceito de nacional-popular, apontando para uma visão mais complexa (e completa) da arte na cultura brasileira. Indispensável.

NO PRINCÍPIO, ERA A RODA, de Roberto M. Moura (Rio de Janeiro: Rocco, 2004). Moura é jornalista, crítico musical e um estudioso do samba e da comunicação. Autor de vários livros, entre eles Carnaval – Da Redentora à praça do Apocalipse, nos traz nessa nova publicação revelações de que a roda é anterior ao samba e sua verdadeira motriz. Seu trabalho, fruto de tese de doutorado, desnuda as rodas dos subúrbios do Rio e de outras cidades do país, demonstrando seu valor simbólico, agregador e social. Já é um clássico.

PAGODE, A FESTA DO SAMBA NO RIO DE JANEIRO E NAS AMÉRICAS, de Alejandro Ulloa (Rio de Janeiro: MultiMais, 1998). Alejandro analisa o surgimento, nas Américas, dos ritmos oriundos da fusão da música negra com a européia. Tango, rumba, merengue, jazz e samba passeiam por uma visão integrada de todo esse processo social de criação criticamente abordado pelo autor.

PANORAMA DAMÚSICA POPULAR BRASILEIRA, de Ary Vasconcelos (São Paulo: Martins, 1964, vols. I e II). Pesquisa alentada e organizada pelo jornalista Ary Vasconcelos. Graças à minúcia e à sensibilidade musical de Ary, muito da memória musical brasileira foi preservada. Vale conferir.

PARA TUDO NÃO SE ACABAR NA Q UARTA-FEIRA, A LINGUAGEM DO SAMBA-ENREDO, de Julio César Farias (Rio de Janeiro: Litteris, 2002). Com depoimentos de personalidades do carnaval carioca, Julio César analisa a linguagem do samba-enredo da década de 1990.

PIONEIROS DO SAMBA: CARLOS CACHAÇA, ISMAEL SILVA E BICHO NOVO, de Artur Loureiro de Oliveira Filho (Rio de Janeiro: Museu da Imagem e do Som/ Faperj, 2002). Livro organizado pelo professor Artur a partir de entrevistas com os personagens.

500 ANOS DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA, de Artur Loureiro de Oliveira Filho (Rio de Janeiro: Museu da Imagem e do Som/ Faperj, 2001). É um fino panorama da história da MPB, apresentada por seu Artur, um patrimônio da pesquisa musical brasileira.

RÁDIO NACIONAL: O BRASILEM SINTONIA, de Luiz Carlos Saroldi e Sonia Virgínia Moreira (Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005). Um belo trabalho sobre a história da Rádio Nacional, uma das mais importantes emissoras do país. Com ótimas ilustrações, retrata bem o clima da época e conta os bastidores do mundo do rádio.

SAMBA, de Orestes Barbosa (Rio de Janeiro: Funarte, 1978). O poeta e letrista Orestes Barbosa aclimata com seu olhar de repórter o samba à cidade do Rio de Janeiro – seu berço natural para o autor. Esgotado.

SAMBA, O DONO DO CORPO, de Muniz Sodré (Rio de Janeiro: Maud, 1998). Clássico trabalho sobre o samba. Nele, Muniz Sodré, renomado estudioso da cultura negra, da mídia e da indústria cultural, discorre sobre a origem e a sedimentação do samba, bem como sua apropriação pela mídia. Indispensável.

O SAMBA AGORA VAI... A FARSA DA MÚSICA POPULAR NO EXTERIOR, de José Ramos Tinhorão (Rio de Janeiro: JVC Editores, 1969). Com sua verve sempre açodada, mas pronto para o embate de idéias, o maior historiador da MPB critica a internacionalização da música brasileira e sua dominação ideológica e cultural pelos países desenvolvidos. Vale conferir pela pesquisa, argumentação e escrita agradabilíssima. Está esgotado.

SAMBEABÁ, O SAMBA Q UE NÃO SE APRENDE NA ESCOLA, de Nei Lopes (Rio de Janeiro: Folha Seca/ Casa da Palavra, 2003). Escrito por um dos principais personagens do samba carioca e pesquisador da cultura afro-brasileira, tem linguagem clara e objetiva, sem comprometer o conteúdo do texto. É o samba, desde as baianas da Pequena África até sua completa difusão na cultura brasileira. Detalhe: o livro é ilustrado por Cássio Loredano. Indispensável.

SAMBISTAS E CHORÕES, ASPECTOS E FIGURAS DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA, de Lúcio Rangel (Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1962). O crítico Lúcio Rangel, durante décadas considerado a maior referência sobre música popular brasileira, fala dos gramofones, do samba, do choro e de alguns principais atores dos gêneros. Esgotado.

TEM MAIS SAMBA – DAS RAÍZES À ELETRÔNICA, de Tárik de Souza (São Paulo: Editora 34, 2003). O crítico e pesquisador Tárik de Souza reuniu seus artigos publicados em livros, encartes e sites. É um consistente painel do gênero, embora os artigos possam ser lidos separadamente. Imperdível.

TIA CIATA E A PEQ UENA ÁFRICA NO BRASIL, de Roberto Moura (Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura/ Coleção Biblioteca Carioca, 1995). Moura realiza um trabalho precursor sobre a população afrodescendente pobre que formou na Cidade Nova uma das veias mais férteis da música popular carioca. Esgotado.

VELHAS HISTÓRIAS, MEMÓRIAS FUTURAS: O SENTIDO DA TRADIÇÃO NA OBRA DE PAULINHO DA VIOLA, de Eduardo Granja Coutinho (Rio de Janeiro: EdUerj, 2002). Trabalho que aborda a história de vida de Paulinho da Viola, tendo como fio condutor das análises o debate em torno da tradição e da modernidade na cultura brasileira.

ZICARTOLA – POLÍTICA E SAMBA NA CASA DE CARTOLA E DONA ZICA, de Maurício Barros de Castro (dissertação de mestrado, Uni-Rio, 2002).


Pioneiro estudo sobre o restaurante musical que foi o palco de encontro de sambistas da Zona Norte e da Zona Sul. A narrativa é construída com métodos e técnicas da história oral e o grande mérito do trabalho está em relacionar o espaço físico do Zicartola à complexidade do seu tempo.

• Songbooks

O instrumentista e arranjador Almir Chediak iniciou há algumas décadas um primoroso trabalho sobre os mais renomados compositores do nosso cancioneiro popular. Esses arranjos feitos para grandes mestres de nossa música – que Almir passou a chamar de Songbooks – podem ser considerados um pilar da preservação de nossa memória musical. Sempre com muitas fotos e bons textos biográficos, seus acordes cifrados já abordaram a obra de Ary Barroso, Chico Buarque, Caetano Veloso, da bossa nova, Rita Lee, Cazuza, Noel Rosa, Gilberto Gil, Vinicius de Moraes, Carlos Ly ra, Edu Lobo, Antônio Carlos Jobim, João
Donato, Francis Hime, Braguinha, entre tantos outros, em edições bilíngues.

Indispensável. Site: www.lumiar.com.br.





* A presente obra é disponibilizada por nossa equipe, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudiável a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo.




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