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ENTREVISTAS EXCLUSIVAS

Um bate-papo com alguns dos maiores nomes da MPB e outros artistas em ascensão.

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Em novo canal no Youtube, Bruno Negromonte apresenta em informais conversas os mais distintos temas musicais.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

MÚSICA, ÍDOLOS E PODER (DO VINIL AO DOWNLOAD) - PARTE 14


CAPÍTULO 14 


Um dia, Chico Pereira , o fotógrafo, me disse: 

—Vou organizar uma festa no próximo domingo e quero que você venha. Meus filhos conhecem um pequeno grupo na universidade que faz música. Não sei se a música é boa, mas eles são ótimas pessoas e poderão ser ótimos amigos para você. 

Cheguei ao apartamento do Chico numa tarde de domingo de 1957. Apareceu, em seguida, o Jorge Karan , que, mais tarde, teria uma importância enorme nos registros sonoros das primeiras apresentações da bossa nova. Ouvimos alguns discos de jazz, que Chico tinha acabado de importar por meio de seu contrabandista. 

Algum tempo depois, entrou na casa um grupo de meninos e meninas encabulados, com violões debaixo do braço, todos manifestamente de boas famílias, a maioria ainda estudante. Eram Roberto Menescal, Nara Leão e seu namorado Ronaldo Bôscoli, Oscar Castro-Neves, Luis Carlos Vinhas e, por fim, Carlos Lyra. Lá estava em peso a depois denominada “turminha da bossa nova”. Adorei as músicas — “O barquinho”, “Maria Ninguém” e “Chora Tua Tristeza”... adorei as poesias e adorei as pessoas, com as quais me sentia identificado. E com uma certa desconfiança inicial fui adotado por eles. 

Vou fazer uma pausa para abordar um pensamento que, na época, me perseguia constantemente. Eu não entendia por que a indústria fonográfica brasileira ignorava por completo a juventude como um mercado potencialmente muito importante, uma vez que já existiam, lá fora, os sinais da importância que os jovens de todas as classes sociais iriam ter na explosão da indústria fonográfica. Elvis Presley e Bill Haley & Seus Cometas vendiam milhões de discos aos teenagers norte-americanos, e eu estava convencido de que assistiríamos ao mesmo fenômeno no Brasil, quando a nossa juventude descobrisse seus porta-vozes. 

Quando os meninos começaram a tocar, pensei: “Aí está a música para a juventude brasileira!” Recém-chegado da França, talvez tenha imaginado encontrar ali os ecos das canções que encantavam a juventude francesa; e talvez achasse que o que era bom para a França era bom para o Brasil. Vieram à minha memória “Les feuilles mortes”, “Vous qui passez sans me voir”, “Clopin Clopant”, “La Mer”, “L’âme des poètes”, e intérpretes como Charles Trenet , Jean Sablon , Henri Salvador, Boris Vian e Juliette Greco, que me recordavam a atmosfera musical que eu tinha acabado de conhecer. 

Na mesma época, Caymmi veio nos visitar — a mim e a Aloysio — no estúdio e, no meio da conversa, nos contou a história de um jovem baiano recém-chegado ao Rio, de grande talento e de uma musicalidade muito original, que ele gostaria de nos apresentar. O encontro foi marcado para o sábado seguinte, no apartamento de Aloysio e Daisy. Caymmi chegou com um rapaz que achei ainda mais tímido do que a turma da bossa nova. 

Poucas foram as palavras pronunciadas naquela noite e, começando com “Bim bom”, muitas foram as músicas cantadas pelo jovem João Gilberto. Em poucas palavras, levamos um susto! Era algo totalmente revolucionário! A beleza do canto, a incrível qualidade harmônica do violão e o conceito rítmico revolucionário do João nos impressionaram tanto que decidimos contratar imediatamente aquele personagem que a Bahia nos mandava e que Caymmi nos recomendava. 

Muitas das músicas tinham sido escritas por Tom Jobim , que até aquele momento eu identificava como o companheiro de uma cantora da Rádio Nacional chamada Violeta Cavalcanti, contratada da Odeon na esperança de desbancar a Emilinha Borba e a Marlene. O Tom sempre andava na sombra dela; eu ficava muito perplexo ao ver um rapaz tão bonito e tão fino parecendo um gigolô! 

Durante a semana seguinte, falei longamente com Aloysio sobre o plano de lançar artistas e compositores novos para atender ao mercado jovem, e decidimos abrigar João Gilberto, Tom Jobim e a turma da bossa nova, tendo como foco direto de promoção a juventude de classe média. 

O preconceito da classe média em relação aos músicos, compositores, cantores e cantoras era enorme, e deixava antever algumas das dificuldades que iríamos encontrar. Um belo exemplo se apresentou quando Nara Leão, Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal e eu entramos num fim de tarde no apartamento do dr. Jairo, pai da Nara. Ele lia o jornal quando a filha, com a voz que a gente recorda sempre como tão intimista e suave, lhe disse: 

— Pai, eu vou ser cantora! 

Dr. Jairo abaixou o jornal, tirou os óculos, olhou-a durante alguns segundos e respondeu: 

— Quer dizer, minha filha, que você vai ser puta?! 

Tornando a levantar o jornal, prosseguiu placidamente com a leitura. E olha que o dr. Jairo era um homem liberal para os padrões da época, também pai de Danuza Leão, conhecida por seu comportamento sofisticado, às vezes extravagante, casada com Samuel Wainer, dono do jornal Última Hora. 

A falta de salas de espetáculo adequadas foi o primeiro obstáculo para o lançamento do movimento. Os locais disponíveis, os célebres “inferninhos”, eram, em geral, promíscuos. E os outros eram bares da alta sociedade carioca, dos quais o Sacha’s era o mais conhecido, onde se badalava mais do que se escutava. Os meninos começaram, então, a tocar nos colégios, nas escolas, nas universidades e nas tardes musicais da Escola Naval, aos domingos. 

O sucesso das apresentações nos deixou confiantes, Bôscoli e eu, de que encontraríamos a mesma receptividade quando os primeiros discos chegassem à imprensa, e, principalmente, às emissoras de rádio. Essa esperança desabou no momento em que apresentei a canção “Chega de saudade”interpretada por João Gilberto, ao departamento de vendas e divulgação da Odeon em 1958. Cheguei com o disco de acetato em São Paulo, contei toda a história que cercava o lançamento, cujo ponto central seria a abertura de um novo mercado dirigido para a juventude, e coloquei o disco na vitrola. 

Todos ouviram num silêncio que achei muito promissor, até o momento em que Gurzoni , o importante gerente de vendas e elemento decisivo para o futuro sucesso do empreendimento, pegou o disco e proclamou a frase já célebre: 

— Isso é música de veado!!! E jogou o acetato no chão. O golpe final nas nossas esperanças de um rápido sucesso foi o programa “Preto no Branco”, da TV Rio, apresentado por Sargentelli. Era um pro-grama em horário nobre, de caráter sensacionalista, no qual duas pessoas se enfrentavam, uma a favor e a outra contra uma determinada idéia, posição política etc. 

Sargentelli convidou o Tom, que não aceitou, chamou o João, que recusou, convidou o Bôscoli, que também declinou. Mas não podíamos perder aquela oportunidade de falar para o grande público. 

Então, nós nos reunimos na casa da Nara para encontrarmos uma solução. E a solução, por unanimidade, se me lembro bem, foi de que cabia a mim, como representante da companhia de discos e participante do movimento, ir ao cadafalso. 

No dia do programa, vesti o terno, coloquei uma gravata e segui para a emissora, confiante na qualidade da minha missão mas preocupado com as limitações do meu português. Ao entrar no set, fiquei muito surpreso ao ver que Antonio Maria, que a priori deveria ser um defensor da nossa causa, era o convidado para baixar impiedosamente o pau em nossa música. Se o Antonio que eu via naquele instante — velho, gordo, suado, porém muito famoso — estava na oposição, seriam muito poucos os jornalistas a favor. O resultado da minha intervenção em defesa da bossa nova e da existência de uma música brasileira para a juventude deve ter sido satisfatório, porque, ao retornar à casa da Nara, a turma toda me felicitou efusivamente.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

DANIELLA ALCARPE MOSTRA SEM SUBTERFÚGIOS QUE O SEU TEMPO É O TODO SEMPRE

Compositor de destinos, o tempo para Daniella Alcarpe não escoa pelas mãos; pelo contrário, é ele quem substancia de modo inventivo o seu canto.

Por Bruno Negromonte



De fato o tempo salta para todos conforme pregoniza o título do segundo registro fonográfico da cantora paulistana Daniella Alcarpe. E por mais que ele voe e escorra pelas mãos é necessário parar e observar a artista em questão, pois seu talento vem abrindo portas e galgando espaço dentro da música popular brasileira de modo bastante peculiar. Pós-graduada em “Canção Popular”, Daniella iniciou seus estudos musicais ainda criança e, desde então, sempre procurou aperfeiçoasse ao longo dos anos. Formada em Música pela Faculdade de Artes Alcântara Machado (FMU/FAAM), a artista vem procurando aprimorar seu canto nos mais diversos centros acadêmicos e musicais paulistas, dentre eles o Conservatório Musical Souza Lima. Toda esta experiência já suficiente para endossar sua arte, mostrando que o tempo (que neste projeto ela refere-se de modo tão lírico) também é responsável por substanciar o tom preciso nesta escolha musical a qual abraçou.



"O tempo salta", é o seu segundo projeto fonográfico e sucede o elogiadíssimo "Qué que cê qué", álbum lançado em 2009 e responsável pela inserção de Alcarpe entre as maiores intérpretes da nova geração da música popular brasileira. Em seu debute a intérprete emprestou o seu canto a composições inéditas em ritmos genuinamente brasileiros tais quais o samba, o baião, o frevo e o choro. Agora, quatro anos após o lançamento do seu primeiro disco, a cantora volta de modo rebuscado ao mercado fonográfico mostrando que o tempo é muito mais que o tambor de todos os ritmos. E se de fato o tempo salta, Daniella soube aproveitar-se desse impulso de modo irrefutável para nos trazer uma outra acepção acerca deste termo que nos faz medir segundos, minutos e horas. A experiência adquirida pela artista ao longo desses anos só faz com que tenhamos a certeza absoluta daquilo que certa vez escreveu o poeta curitibano Paulo Leminski: "Haja Hoje para tanto Ontem."

Apesar dos quatro anos de intervalo entre este e o projeto anterior, "O tempo salta" apresenta-se coeso e preciso, mostrando que Daniella soube maturá-lo nos palcos do Brasil e do exterior ao longo deste hiato de forma bastante depuradaSeu canto límpido flui de modo singular em interpretações carregadas de técnicas rebuscadas e emoção, comprovando de forma incontestável que este intervalo só lhe fez bem, substanciando-lhe na medida exata toda expectativa de um público que já estava ávido por um novo trabalho. Este projeto evidencia que não dúvida alguma quanto ao seu talento e vocação. Fugindo do convencional, o canto de Alcarpe procura não tomar conhecimento de obstáculos e delimitações, fluindo e emocionando independente das medidas convencionais atribuídas ao tempo, em momentos de deleite que tornam-se eternos, pois não há hora marcada para aquilo que nos dá prazer.

"O tempo salta" é composto por onze canções. Dentre as inéditas há também as regravações de 'Trem das cores', da lavra de Caetano Veloso e gravada originalmente em 1982 no álbum "Cores, nomes". O disco ainda conta com nomes recorrentes no repertório da cantora como o do ator, cantor, produtor e compositor catarinense Carlos Careqa que assina duas regravações: 'Acho' (canção composta pelo a e registrada pelo autor em 1993 no álbum "Os homens são todos iguais") e 'Chorando em 2001' (onde Careqa divide os vocais com Daniella), assinada em parceria com Chico Mello no disco "Música para final de século", de 1999. Presente no disco estão também o maranhense Zé de Riba autor da canção 'Passarim', registrada pelo mesmo em 2009 no disco "Não tenho culpa se você não sabe sambar"; já o segundo é Fred Martins. autor da canção 'Novamente' interpretada pelo autor em 2007 no álbum "Tempo afora", mesma época em que Ney Matogrosso a incluiu no roteiro do elogiado espetáculo "Inclassificáveis". Vem dos versos desta composição a inspiração para o título do álbum.

Dentre as faixas inéditas há 'Lágrima de Amor', um belíssimo tango composto pelo cantor e compositor paulistano Tiê Alves e que apesar do bandoneon vem imbuído substancialmente de uma brasilidade que evidencia-se não só na interpretação da cantora como também em seu arranjo. Isso mostra uma característica que vem mantendo-se evidente desde o primeiro álbum da artista: a necessidade de edificar uma sonoridade própria, onde a tradição e o regionalismo mescla-se de modo harmonioso com a contemporaneidade como pode-se perceber em faixas como 'Choro', composta por kléber albuquerque e que também traz em sua essência a marca que Alcarpe vem pontuando. o experiente cantor e compositor Joca Freire apresenta-se em parceria com Daniel Borges assinando a canção 'Véu'. A canção retrata a história de uma eterna espera de uma noiva que espera seu pretenso futuro marido voltar de uma pescaria, no entanto este dia nunca chega. Ainda há no álbum o choro 'Realmente', de autoria João Marcondes e a 'Canção de desmeninar', composta por Douglas GermanoO álbum encerra com 'Obrigado', um samba composto por Lucy Casas. 


A ficha técnica do trabalho além da assinatura da cantora conta também com nomes como João Marcondes (violão, coro, percussão, bandolim, produção, conceito, arranjos e direção musical); Gilberto de Syllos e Franco Lorenzon (baixos acústicos), Kabé Pinheiro (percussões); João Poleto (flautas e saxofones); Micaela Marcondes (violino); Martin Mirol (bandoleon); Rafael Mota (congas); Júlio César Barro (atabaques); Nani Barbosa (coro); Daniel Conti (coro); Daniel Cukier (produção executiva), Adriano Gambarini (fotografia), Daniel Canton (arte) e Felipe Ferreira (cabelo e maquiagem).

Se o poeta pede ao tempo o prazer legítimo, Alcarpe vem sabendo muito bem traduzir esta condição ao longo da trilha que resolveu seguir preconizando versos e melodias de modo contínuo neste caminho escolhido. A cantora não deixa limitar-se pelo ontem, o hoje ou o amanhã. Ela mostra-se atemporal na concepção de um som que foge dos convencionais rótulos existentes. Sua música vai além e o seu tempo faz-se tambor de todos os ritmos, pois ele torna-se algo maior e essencial nesta busca. Deste modo ela atesta que seu canto é um prazer que está aquém de todas as medidas, e por mais que o tempo salte sua sonoridade de tão coesa é capaz de fugir de qualquer delimitação de modo indelével, mostrando que sua música é algo maior que qualquer decurso existente.


Maiores informações:
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Contato para shows e eventos - producao@alcarpe.com.br
Myspace - https://myspace.com/daniellaalcarpe
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Onde comprar:
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Pop discos - http://www.popsdiscos.com.br/detalhe.asp?shw_ukey=39816


Venda Virtual:
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Amazon - http://www.amazon.com/s/ref=ntt_srch_drd_B002P9SPWY?ie=UTF8&field-keywords=Daniella%20Alcarpe&index=digital-music&search-type=ss
Tradebit - http://www.tradebit.com/mp3-artist/993935/daniella-alcarpe
7digital - http://www.7digital.com/artist/daniella-alcarpe/release/o-tempo-salta

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

PROGRAME-SE


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terça-feira, 24 de setembro de 2013

MARCOS VALLE, 70 ANOS


Irmão do letrista Paulo Sérgio Valle e primo do compositor Pingarilho. Começou a estudar piano clássico aos seis anos de idade. Formou-se em piano e teoria musical em 1956, pelo Conservatório Haydée Lázaro Brandt. Em seguida, estudou acordeom e, mais tarde, violão, passando a frequentar jam sessions em casas noturnas cariocas.


Considerado como um dos integrantes da segunda geração da bossa nova, iniciou sua carreira artística em 1961 integrando um trio, juntamente com Edu Lobo e Dori Caymmi. Nessa época, começou a compor suas primeiras músicas em parceria com o irmão Paulo Sérgio Valle. O trabalho da dupla foi registrado, pela primeira vez, em 1963, com a gravação da canção "Sonho de Maria", pelo Tamba Trio. 

Em 1962, gravou seu primeiro LP, "Samba demais", registrando suas composições "Amor de nada", "Razão do amor", "Tudo de você", "Sonho de Maria", "E vem o sol" e "Ainda mais lindo", todas em parceria com Paulo Sérgio Valle, além das canções "Vivo sonhando" (Tom Jobim), "Moça flor", (Durval Ferreira e Lula Freire), "Canção pequenina" (Pingarilho), "Ela é carioca" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Ilusão à toa" (Johnny Alf) e "A morte de um Deus de sal" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli). O disco foi contemplado com vários prêmios. Nessa época, começou a apresentar-se em shows.

Em 1965, participou do espetáculo "A bossa no Paramount", realizado no Teatro Paramount (SP), no qual interpretou duas canções inéditas que se tornariam emblemáticas em sua carreira de compositor: "Preciso aprender a ser só" e "Terra de ninguém", ambas com Paulo Sérgio Valle. A segunda, contou com a participação de Elis Regina, então em início de carreira, alcançando, de imediato, enorme sucesso. Nesse mesmo ano, lançou o disco autoral "O compositor e o cantor Marcos Valle", com destaque para as canções "Gente", "Preciso aprender a ser só", "Samba de verão", "A resposta" e "Deus brasileiro", todas com Paulo Sérgio Valle. Ainda em 1965, viajou para os Estados Unidos, onde fez parte, durante sete meses, do conjunto de Sérgio Mendes, Brasil’65, com o qual se apresentou em casas noturnas, universidades e no programa de televisão de Andy Williams. 

Em 1966, a gravação de Walter Wanderley de sua música "Samba de Verão" (c/ Paulo Sérgio Valle) alcançou o 2º lugar nas paradas de sucesso norte-americanas, recebendo, mais tarde, em torno de 80 regravações nesse país. Voltou para o Brasil ainda nesse ano. 



Em 1967, lançou o LP "Braziliance! A música de Marcos Valle", registrando suas canções "Os grilos", "Preciso aprender a ser só", "Batucada surgiu", "Samba de verão", "Vamos pranchar", "Deus brasileiro", "Patricinha", "Passa por mim" e "Se você soubesse", todas com Paulo Sérgio Valle, "Seu encanto" (c/ Paulo Sérgio Valle e Pingarilho), "Dorme profundo" (c/ Pingarilho) e "Tanto andei". Ainda nesse ano, gravou o LP "Viola enluarada", exclusivamente autoral, com destaque para a faixa-título (c/ Paulo Sérgio Valle), gravada em duo com Milton Nascimento, um de seus maiores sucessos, além de "Próton elétron nêutron", "Maria da favela", "Homem do meu mundo", "Terra de ninguém", "Eu", "Tião Braço Forte" e "O amor é chama", todas com Paulo Sérgio Valle, "Viagem" (c/ Ronaldo Bastos), "Bloco do eu sozinho" (c/ Ruy Guerra), "Réquiem" (c/ Milton Nascimento, Ruy Guerra e Ronaldo Bastos) e "Pelas ruas do Recife" (c/ Paulo Sérgio Valle e Novelli). 

Em 1968 lançou, nos Estados Unidos, o LP "Samba’68", contendo versões assinadas por Ray Gilbert para algumas de suas canções, como "The answer" e "If you went away" ("A resposta" e "Preciso aprender a ser só", respectivamente), além de "So nice" (Summer samba), versão de Norman Gimbel para "Samba de verão". 

Em 1969, gravou o LP "Mustang cor de sangue", com destaque para a faixa título e para a canção "Dia de vitória", ambas com Paulo Sérgio Valle. 

Na década de 1970, teve intensa atuação em trilhas sonoras de novelas. Atuou, também, na área publicitária, tendo assinado diversos jingles de muito sucesso, com destaque para "Hoje é um novo dia", tema de fim de ano da Rede Globo, até hoje veiculado pela emissora. 

Em 1970, gravou o LP "Marcos Valle", com destaque para "Quarentão simpático" (c/ Paulo Sérgio Valle) e "Pigmalião" (c/ Paulo Sérgio Valle e Novelli). 

Em 1971, lançou o LP "Garra", com destaque para "Com mais de 30", "Black is beautiful" e "Minha voz virá do sol da América", todas com Paulo Sérgio Valle, e "Que bandeira" (c/ Paulo Sérgio Valle e Mariozinho Rocha). Ainda nesse ano, venceu a IV Olimpíada da Canção de Atenas com "Minha voz virá do sol da América", defendida por Cláudia. 



Em 1972, lançou o LP "Vento sul", registrando composições próprias, como "Revolução orgânica", "Malena" e a faixa-título, todas com Paulo Sérgio Valle, além de "Vôo cego" (Cláudio Guimarães) e "Paisagem de Mariana" (Frederyko), entre outras. 

Em 1973, gravou o LP "Previsão do tempo", exclusivamente autoral, que incluiu as canções "Flamengo até morrer", "Os ossos do barão" e "Tiu-ba-la-quieba", todas com Paulo Sérgio Valle, além de "Não tem nada não" (c/ João Donato e Eumir Deodato), entre outras. Ainda nesse ano, compôs a trilha sonora do filme "O fabuloso Fittipaldi", registrada em disco. 

Em 1974, gravou o LP "Marcos Valle", contendo, entre outras, suas canções "No rumo do sol", "Meu herói" e "Casamento, filhos e convenções", todas com Paulo Sérgio Valle. 

De 1975 a 1980, morou nos Estados Unidos, onde participou do LP de Sarah Vaughn "Songs of the Beatles", interpretando com a cantora a faixa "Something" (George Harrison). Trabalhou, também, com Airto Moreira, com quem dividiu os arranjos do disco "Touching you, touching me", gravado pelo intrumentista e compositor, indicado para o Prêmio Grammy. Teve, também, canções de sua autoria gravadas por artistas norte-americanos, como o grupo Chicago e a cantora Sarah Vaughn, que registrou as versões "If you went away" e "The face I love" (respectivamente "Preciso aprender a ser só" e "Seu encanto") no disco "I love Brazil". 

Em 1981, retornou para o Brasil. Nesse mesmo ano, lançou o LP "Vontade de rever você", em que registrou composições próprias, como "Bicho no cio" e "Velhos surfistas querendo voar", (ambas com Paulo Sérgio Valle e Leon Ware), e "A Paraíba não é Chicago" (c/ Paulo Sérgio Valle, Laudir de Oliveira, Leon Ware e Peter Cetera), entre outras. 

Em 1983, gravou o LP "Marcos Valle", contendo exclusivamente canções de sua autoria, como "Estrelar", "Fogo do sol", "Samba de verão" e "Viola enluarada" todas com Paulo Sérgio Valle. 

Em 1984, lançou um compacto simples contendo a canção "Bicicleta", que se tornou outro grande sucesso. 

Em 1986, gravou o LP "Tempo da gente", exclusivamente autoral, contendo as canções "O tempo da gente" (c/ Paulo Sérgio Valle e Ary Carvalho), "Sem você não dá" (c/ Erasmo Carlos), "Tá tudo bem" (c/ Vinícius Cantuária) e "Pior que é" (c/ Eumir Deodato), entre outras. 




A partir de 1990, suas músicas começaram a ser muito executadas em pistas de dança de casas noturnas de Londres, alcançando um grande sucesso em outros países da Europa e no Japão. 

Em 1995, recebeu o título de "Homem do Momento", conferido pela revista inglesa "Straight no chased". A partir desse ano, seus discos "The essential Marcos Valle", "The essential Marcos Valle 2", "Previsão do tempo", "O compositor e o cantor" e "Vontade de rever você" começaram a ser lançados nos mercados europeu e japonês. 

Em 1998, gravou o CD "Nova bossa nova", contendo composições próprias, como "Novo visual (New look)", "Abandono (Abandon)", "Cidade aberta (Open city)" e "Bahia blue", entre outras. Ainda nesse ano, foi lançado o "Songbook Marcos Valle", produzido por Almir Chediak, contendo parte expressiva de sua obra. 

Em 1999, apresentou-se no "Festival de Verão: Rio, sempre Bossa Nova", projeto da Prefeitura do Rio de Janeiro realizado no Parque Garota de Ipanema. 

Em 2000, realizou, com Victor Biglione e os músicos canadenses Jean Pierre Zanella (sax e flauta) Jean-François Groulx (sintetizador), Jim Hillman (bateria) e Norman Lachapelle (baixo), o show de encerramento das comemorações dos 500 anos do Brasil, em Montreal. 

Em 2001, participou, ao lado de Roberto Menescal, Wanda Sá e Danilo Caymmi, do Fare Festival, realizado em Pavia (Itália) pela Società dell’Academia, em colaboração com a prefeitura da cidade. Nesse mesmo ano, lançou o CD "Bossa entre amigos", gravado ao vivo, com Roberto Menescal e Wanda Sá, no Teatro Rival.

Em 2003, lançou, com Victor Biglione, o CD "Live in Montreal", registro ao vivo do espetáculo realizado em 2000 no Canadá.

Em 2004, participou, ao lado de Gilberto Gil e outros artistas, da gravação do CD "Hino do Fome Zero" (Roberto Menescal e Abel Silva). Também nesse ano, apresentou-se, ao lado de Johnny Alf, João Donato, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Wanda Sá, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Durval Ferreira, Eliane Elias, Os Cariocas e Bossacucanova, no espetáculo "Bossa Nova in Concert", realizado no Canecão (RJ). O show foi apresentado por Miele e contou com uma banda de apoio formada por Durval Ferreira (violão), Adriano Giffoni (contrabaixo), Marcio Bahia (bateria), Fernando Merlino (teclados), Ricardo Pontes (sax e flauta) e Jessé Sadoc (trompete), concepção e direção artística de Solange Kafuri, direção musical de Roberto Menescal, pesquisa e textos de Heloisa Tapajós, cenários de Ney Madeira e Lídia Kosovski, e projeções de Sílvio Braga.

Em 2005, apresentou-se no Songbook Café (RJ). Também nesse ano, esteve no palco do Bar do Tom (RJ), ao lado de Roberto Menescal, Wanda Sá e Carlos Lyra, com o show "Bossa entre amigos". Ainda em 2005, participou da segunda apresentação do espetáculo "Bossa Nova in Concert", no Parque dos Patins (RJ). Nesse mesmo ano, lançou o CD "Jet-Samba".

Em 2006, foi contemplado com o prêmio Tim, na categoria Melhor Disco Instrumental, pelo CD ''Jet-Samba'', cuja produção foi assinada pelo próprio artista.

No ano seguinte, após realizar turnê de 20 shows pela Europa, foi o homenageado no mês de junho pelo Instituto Cultural Cravo Albin na série "Sarau da Pedra", projeto realizado com patrocínio da Repsol YPF e apoio da gravadora Biscoito Fino. No evento, foi afixada no Mural da Música do instituto, diante da presença de várias personalidades da cena cultural carioca, uma placa com seu nome, a ele dedicada pela relevância de sua obra musical. Produzida por Heloisa Tapajós e Andrea Noronha, a comemoração contou com palestra do crítico musical Antonio Carlos Miguel e um show realizado por Kiko Continentino (teclado), Paulo Russo (contrabaixo), Marcelo Martins (sax e flauta) e Renato “Massa” Calmon, com músicas de autoria do compositor homenageado, que assumiu o teclado, ao final da apresentação, para interpretar, ao lado de Jorge Vercilo (voz e violão), a canção “Pela ciclovia”, parceria de ambos.

Em 2008, participou do espetáculo "Bossa nova 50 anos", realizado na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, acompanhado pela cantora Patrícia Alvi. Também no elenco, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Oscar Castro Neves, Wanda Sá, Leila Pinheiro, Emílio Santiago, Zimbo Trio, Leny Andrade, Maria Rita, Fernanda Takai, João Donato, Bossacucanova e Cris Delanno. O show, em comemoração aos 50 anos da bossa nova, e também celebrando o aniversário da cidade do Rio de Janeiro, teve concepção e direção de Solange Kafuri, direção musical de Roberto Menescal e Oscar Castro Neves, pesquisa e textos de Heloisa Tapajós, e apresentação de Miele e Thalma de Freitas.




Em 2008, lançou, com João Donato, Carlos Lyra e Roberto Menescal, o CD “Os Bossa Nova”, contendo suas canções “Até o fim” (c/ Carlos Lyra), “Gente” (c/ Paulo Sérgio Valle), “Entardecendo” (c/ João Donato) e “Bossa entre amigos” (c/ Roberto Menescal), além de “Samba do carioca” (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes), “Tereza da praia” (Tom Jobim e Billy Blanco), “De um jeito diferente” (João Donato e Lysias Ênio), “Sextante” (Carlos Lyra), “Vagamente” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), “A cara do Rio” (Roberto Menescal e João Donato), “Ciúme” (Carlos Lyra), “Balansamba” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), “Até quem sabe” (João Donato e Lysias Ênio) e o meddley “Bewitched, bothered and bewildered” (Richard Rodgers e Lorenz Hart)/”Este seu olhar” (Tom Jobim)/”Só em teus braços” (Tom Jobim). Participaram também do disco os músicos Jorge Helder (baixo), Paulo Braga (bateria), Jessé Sadoc (trompete), Dirceu Leite (sax e flauta), Jaques Morelenbaum (cello) e Carlos Bala (bateria).

Lançou, em 2009, ao lado de Celso Fonseca, o CD “Página Central”, contendo 12 inéditas parcerias de ambos: “Vim dizer que sim”, “Faz de conta”, “Azul cristal”, “Vôo livre”, “Ela é aquela”, “Pra tocar assim”, “Encantadas”, “Quase perto”, “No balanço do meu samba”, “Três da tarde”, “Curvas do tempo” e a faixa-título. O disco contou com a participação do Grupo Azymuth, de Jaques Morelenbaum e da cantora Patrícia Alví.

Em 2010, fez turnê de shows no circuito Blue Note do Japão, tendo como convidado Roberto Menescal. Nesse mesmo ano, apresentou-se na segunda edição do festival de música instrumental Copa Fest, no Golden Room do Copacabana Palace (RJ).

Dividindo o palco com a o grupo Casuarina, apresentou-se, em 2011, no espaço Oi Futuro (RJ), pelo projeto “A Bossa do Samba”, concebido e dirigido por Solange Kafuri, com curadoria de Rildo Hora e Marco Antonio Bompet, arranjos e direção musical de Itamar Assiere, apresentação em vídeo de Tárik de Souza, pesquisa de Heloisa Tapajós, coordenação geral e direção de produção de Giselle Kafuri, e produção executiva de Humberto Braga. O show contou com a participação de Patrícia Alvi (vocal), Jorge Helder (contrabaixo), Zé Canuto (sax e flauta) e Renato Massa (bateria). Nesse mesmo ano, gravou o programa "Agora no ar" (Rádio Roquette Pinto), apresentado pelo jornalista e pesquisador cultural Ricardo Cravo Albin.

Com repertório autoral, apresentou-se, em 2012, ao lado da cantora americana Stacey Kent no Teatro do Via Sul Shopping, em Fortaleza, no Bourbon Street, em São Paulo, e na casa Miranda, no Rio. Os shows contaram ainda com a participação do saxofonista Jim Tomlinson, marido de Stacey.



Em 2013, foi premiado no “Worldwide Awards”, evento realizado no espaço Koko, em Londres. Nesse mesmo ano, comemorando 50 anos de carreira, apresentou-se no espaço Miranda (RJ), em duas noites seguidas, tendo como convidados Carlos Lyra e Diogo Nogueira, um em cada noite. Ao lado da cantora norte-americana Stacey Kent, lançou, nesse mesmo ano, o CD “Ao vivo”, gravado na casa Miranda (RJ), com uma banda formada por Alberto Continentino (baixo acústico), Luiz Brasil (violão), Jessé Sadoc (trompete, flugelhorn e co-autoria dos arranjos), Marcelo Martins (sax e flauta), Aldivas Ayres (trombone) e Renato Massa (bateria). O disco contou com a participação especial de Jim Tomlinson (saxofone), marido da cantora. No repertório, suas canções “Look who’s mine” (c/ Paulo Sergio Valle, vrs: Alan e Maryllin Bergman), “The face I Love” (c/ Pingarilho e Paulo Sergio Valle, vrs: Ray Gilbert), “The answer” (c/ Paulo Sergio Valle, vrs: Ray Gilbert), “Drift away” (c/ Peter Hall), “Summer samba” (c/ Paulo Sergio Valle, vrs: Norman Gimbel), “Gente” (c/ Paulo Sergio Valle), “Passa por mim” (c/ Paulo Sergio Valle), “Batucada” (c/ Paulo Sergio Valle, vrs: Ray Gilbert), “La petite valse” (c/ Bernie Beaupere), “If you went away” (c/ Paulo Sergio Valle, vrs: Ray Gilbert), “Pigmaleão” (c/ Novelli e Paulo Sergio Valle), “The Crickets” (c/ Paulo Sergio Valle, vrs: Ray Gilbert), “She told me, she told me” (c/ Paulo Sergio Valle, vrs: Ray Gilbert) e “The White Puma”.


Fonte: Dicionário da MPB



Discografia Oficial

Samba Demais (1963)


Faixas:
01 - Vivo sonhando (Tom Jobim)
02 - Amor de nada (Paulo Sérgio Valle - Marcos Valle)
03 - Moça flor (Luiz Fernando Freire - Durval Ferreira)
04 - Canção pequenina (Pingarilho)
05 - Razão do amor (Paulo Sérgio Valle - Marcos Valle)
06 - Tudo de você (Paulo Sérgio Valle - Marcos Valle)
07 - Sonho de Maria (Paulo Sérgio Valle - Marcos Valle)
08 - Ela é carioca (Tom Jobim - Vinicius de Moraes)
09 - Ilusão à toa (Johnny Alf)
10 - Ainda mais lindo (Paulo Sérgio Valle - Marcos Valle)
11 - E vem o sol (Paulo Sérgio Valle - Marcos Valle)
12 - A morte de um Deus de sal (Roberto Menescal - Ronaldo Bôscoli)
BONUS TRACKS
13 - Amor de nada (instrumental version)
14 - Ainda mais lindo (instrumental version)





O Compositor e o Cantor (1965)


Faixas:
01 - Gente (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
02 - Preciso Aprender a Ser Só (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
03 - Seu Encanto (Paulo Sergio Valle, Pingarrilho - Marcos Valle)
04 - Passa Por Mim (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
05 - Summer Samba (Samba De Verão) (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
06 - A Resposta (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
07 - Deus Brasileiro (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
08 - Dorme Profundo (Pingarrilho - Marcos Valle)
09 - Vem (Luiz Fernando Freire - Marcos Valle)
10 - Mais Amor (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
11 - Perdão (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
12 - Não Pode Ser (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)



Braziliance (1966)


Faixas:
01 - Os grilos (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
02 - Preciso aprender a ser só 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)  
03 - Batucada surgiu (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle) 
04 - Seu encanto (Paulo Sergio Valle - Pingarrilho - Marcos Valle)
05 - Samba de verão 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle) 
06 - Vamos pranchar 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle) 
07 - Tando andei (Marcos Valle)
08 - Dorme profundo (Pingarrilho - Marcos Valle)
09 - Deus brasileiro 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle) 
10 - Patricinha 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle) 
11 - Passa por mim 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle) 
12 - Se você soubesse 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle) 





Samba '68 (1968)


Faixas:
01 - The answer
02 - Crikets sing for Anamaria
03 - So nice [Summer samba]
04 - Chup, chup, I got away
05 - If you went away
06 - Pepino Beach
07 - She told me, she told me
08 - It’s time to sing
09 - Batucada
10 - The face I love
11 - Safely in your arms



Viola Enluarada (1968)

Faixas:
01 - Viola Enluarada (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle)
02
 - Próton Elétron Nêutron (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle)
03
 - Maria da Favela (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle)
04
 - Bloco do Eu Sozinho (Marcos Valle e Ruy Guerra)
05
 - Homem do Meu Mundo (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle)
06
 - Viagem (Marcos Valle e Ronaldo Bastos)07 -  Terra de Ninguém (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle)
08
 -  Tião Braço Forte (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle)
09
 - O Amor é Chama (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle)
10
 - Réquiem (Marcos Valle - Miton Nascimento - Ronaldo Bastos  - Ruy Guerra)
11
 - Pelas Ruas do Recife (Marcos Valle - Paulo Sérgio Valle  - Novelli)
12 - Eu (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle)



Mustang côr de Sangue (1969) 


Faixas:
01 - Mustang cor de sangue (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
02 - Samba de verão 2 (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
03 - Catarina e o vento (Arnoldo Medeiros - Marcos Valle)
04 - Frevo novo (Paulo Sergio Valle, Novelli, Marcos Valle - Taiguara)
05 - Azimuth (Novelli - Marcos Valle)
06 - Dia de vitória (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
07 - Os dentes brancos do mundo (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
08 - Mentira carioca (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
09 - Das três às seis (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
10 - Tigre da Esso que sucesso (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
11 - O Evangelho segundo San Quentin (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
12 - Diálogo (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle - Milton Nascimento)
13 - Azymuth (alternate take)
14 - Tigre de Esso, que sucesso (instrumental alternate take)
15 - Feio aerodinâmico (Azymuth No.2) (instrumental alternate take)
16 - Beijos sideral (B-side)


Marcos Valle (1970) 




Faixas:
01 - Quarentão Simpático (Marcos Valle - Paulo Sergio Valle)
02 - Ele e Ela (Marcos Valle) - Participação: Angela Valle
03 - Dez Leis (Is That Law) (Marcos Valle - Paulo Sergio Valle)
04 - Pigmalião (Marcos Valle - Paulo Sergio Valle - Novelli)
05 - Que Eu Canse e Descanse (Marcos Valle - Paulo Sergio Valle)
06 - Esperando o Messias (Marcos Valle - Paulo Sergio Valle) - Participação: Golden Boys
07 - Freio Aerodinâmico (Marcos Valle) - Participação: Angela Valle
08 - Os Grilos (Marcos Valle - Paulo Sergio Valle)
09 - Suíte Imaginária (Marcos Valle) Canção, Corrente, Toada, Dança



Garra (1971) 


Faixas:
01 - Jesus meu Rei (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
02 - Com mais de 30 (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
03 - Garra (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
04 - Black is beautiful 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
05 - Ao amigo Tom (Paulo Sergio Valle - Osmar Milito - Marcos Valle)
06 - Paz e futebol 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
07 - Que bandeira (Paulo Sergio Valle - Mariozinho Rocha - Marcos Valle)
08 - Wanda Vidal 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
09 - Minha voz virá do sol da América 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
10 - Vinte e seis anos de vida normal 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
11 - O cafona 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)



Vento Sul (1972)



Faixas:
01 - Revolução orgânica (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
02 - Malena 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
03 - Pista 02 (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
04 - Vôo cego (Cláudio Guimarães)
05 - Bôdas de sangue (Marcos Valle)
06 - Democústico 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
07 - Vento Sul 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
08 - Rosto barbado 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
09 - Mi hermoza 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
10 - Paisagem de Mariana (Frederyko)
11 - Deixa o mundo e o sol entrar 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
BONUS TRACK
12 - O beato



Previsão do Tempo (1973) 

Faixas:
01 - Flamengo até morrer (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
02 - Nem paletó, nem gravata 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
03 - Tira a mão 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
04 - Mentira 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
05 - Previsão do tempo (Marcos Valle)
06 - Mais do que valsa 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
07 - Os ossos do barão 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
08 - Não tem nada não (Eumir Deodato - Marcos Valle - João Donato)
09 - Não tem nada não 
(Eumir Deodato - Marcos Valle - João Donato)
10 - Samba fatal 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
11 - Tiu-ba-la-quieba 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
12 - De repente, moça flor 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)




Marcos Valle (1974) 

Faixas:
01 - No rumo do sol (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
02 - Meu herói 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
03 - Só se morre uma vez 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
04 - Casamento, filhos e convenções 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
05 - Remédio pro coração 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
06 - Brasil X México (Marco Valle)
07 - Tango 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
08 - Nossa vida começa na gente 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
09 - Novelo de lã (Walter Mariani - Marcos Valle)
10 - Cobaia 
(Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
11 - Charlie Bravo (Marcos Valle)



Vontade de Rever Você (1980) 

Faixas:
01 - A Paraíba Não É Chicago
02 - Bichono Cio
03 - Velhos Surfistas Querendo Voar
04 - Campina Grande
05 - Sei Lá
06 - Pecados de Amor
07 - Garimpando
08 - Não Pode Ser Qualquer Mulher



Marcos Valle (1983) 



Faixas:
01 - Estrelar
02 - Fogo do sol
03 - Samba de verão
04 - Para os filhos de abraão
05 - Naturalmente
06 - Tapa no real
07 - Tapetes, guardanapos e cetim
08 - Dia d
09 - Mais do que amor
10 - Viola enluarada



Tempo da Gente (1986) 


Faixas:
01 - O Tempo da Gente (Marcos Valle - Paulo S. Valle - Ary Carvalho)
02 - Sem Você Não Dá (Marcos Valle - Erasmo Carlos)
03 - Um Tempo Musical 
(Marcos Valle - Paulo Sérgio Valle)
04 - Ah! Você Mulher 
(Marcos Valle - Paulo Sérgio Valle)
05 - Prótons, Elétrons, Nêutrons 
(Marcos Valle - Paulo Sérgio Valle)
06 - Tá Tudo Bem (Marcos Valle - Vinícius Cantuária)
07 - Vôo No Tempo 
(Marcos Valle - Paulo Sérgio Valle)
08 - Pior Que é (Marcos Valle - Eumir Deodato)
09 - Na Rede (Marcos Valle)
10 - No Início (Marcos Valle - Paulo Sérgio Valle)




Nova Bossa Nova (1999) 

Faixas:
01 - Novo Visual
02 - Abandonu
03 - Cidade Aberto
04 - Bahia Blue
05 - Freio Aerodynamico
06 - Mushi Mushi
07 - Nova Bossa Nova
08 - Nordeste
09 - Bar Ingles
10 - A Vantagem De Rever Você




Escape (2001) 

Faixas:
01 - Escape
02 - Maria mariana
03 - O índio e o brasil
04 - Poweride
05 - Apaixonada por você
06 - Realidade
07 - On line
08 - Lost in tokyo subway
09 - Festeira
10 - Fundo falso




Bossa Entre Amigos (Com Roberto Menescal and Wanda Sá) (2002) 

Faixas:
01 -  Ah! Se eu pudesse (Roberto Menescal - Ronaldo Bôscoli)
02 - Telefone (Roberto Menescal - Ronaldo Bôscoli)
03 - Vagamente (Roberto Menescal - Ronaldo Bôscoli)
04 - O barquinho / Você (Roberto Menescal - Ronaldo Bôscoli / Roberto Menescal - Ronaldo Bôscoli)
05 - Samba de verão (Marcos Valle - Paulo Sérgio Valle)
06 -  Seu encanto (Marcos Valle - Pingarilho - Paulo Sérgio Valle)
07 - Ao amigo Tom (Marcos Valle - Osmar Milito - Paulo Sérgio Valle)
08 - Preciso aprender a ser só (Marcos Valle - Paulo Sérgio Valle)
09 - Viola enluarada (Marcos Valle - Paulo Sérgio Valle)
10 - Você e eu (Carlos Lyra - Vinicius de Moraes)
11 - Rapaz do bem (Johnny Alf)
12 - Este seu olhar (Antonio Carlos Jobim)
13 - E nada mais (Durval Ferreira - Lula Freire)
14 - A rã (João Donato - Caetano Veloso)
15 - Tem dó (Baden Powell - Vinicius de Moraes)
16 - Nova bossa nova (Marcos Valle - Paulo Sérgio Valle)
17 - Benção bossa nova (Marcos Valle - Carlos Lyra - Paulo Cesar Pinheiro)
18 - Bossa entre amigo (Roberto Menescal - Marcos Valle)




Live in Montreal (Com Victor Biglione)(2002) 


Faixas:
01 - Azimuth
02 - Preciso aprender a ser só
03 - Samba de Verão
04 - Terra de ninguém
05 - Gente
06 - Minha voz virá do sol da América
07 - Manhã de Carnaval
08 - Frevo
09 - Viola enluarada
10 - Ao amigo Tom
11 - Os grilos
12 - What are you?
13 - Fé cega faca amolada
14 - Mustang cor de sangue
15 - Batucada surgiu





Contrasts (2003) 


Faixas:
01 - Parabéns (Dança do Daniel) (Marcos Valle - Stephen Bond)
02 - Que que Tem (Marcos Valle)
03 - Besteiras de Amor (Marcos Valle - Joyce)
04 - Nega do Balaio (Marcos Valle - Ronaldo Bastos)
05 - Tema do Tiago (Marcos Valle)
06 - Disfarça e Vem (Marcos Valle - Ronaldo Bastos)
07 - Contrasts (Marcos Valle)
08 - Valeu (Marcos Valle - Joyce) - 4Hero Remix (Participação: Joyce)
09 - Água de Coco (Marcos Valle / Paulo Sergio Valle)
10 - Passatempo (Marcos Valle)
11 - My Nightingale (Marcos Valle / Ronaldo Bastos)
12 - Valeu (4 Hero Remix) (Marcos Valle -
 Joyce)
13 - Parabéns (Dança Do Daniel), Daz-i-kue - Bugz In The Attic Remix) 
14 - Nega do Balaio (Buscemi's Jungle Jazz Remix)




Jet Samba (2005) 

Faixas:
01 - Selva De Pedra
02 - Jet-Samba
03 - Bar Ingles
04 - Campina Grande
05 - Adams Hotel
06 - Brasil / Mexico
07 - Catedral
08 - Vem
09 - Previsao Do Tempo
10 - Posto 9
11 - Esperando O Messias
12 - La Petite Valse




Conecta ao Vivo No Cinematheque (Live) (2008) 


Faixas:
01 - Jet Samba
02 - Esperando o Messias
03 - Valeu
04 - Garra
05 - Wanda Vidal
06 - Água de Coco (Com Canja de Jorge Continentino)
07 - Próton Elétron Nêutron (Com DJ Plínio Profeta)
08 - Mentira (Com DJ Nado Leal)
09 - Batucada Surgiu (Com DJ Nado Leal)
10 - Cara Valente (Com Marcelo Camelo)
11 - Samba de Verão (Com Marcelo Camelo)
12 - Nem Paletó Nem Gravata / O Vencedor (Com Marcelo Camelo)
13 - Dragão (Com Fino Coletivo)
14 - Boa Hora (Com Fino Coletivo)
15 - Estrelar (Com Kassin +2)
16 - Sincerely Hot / O Cafona (Com Kassin +2)




Página Central (Com Celso Fonseca) (2009) 

Faixas:
01 - Página Central
02 - Vim dizer que sim
03 - Faz de conta
04 - Azul cristal
05 -Voo livre
6 - Ela é aquela
07 - Pra tocar assim
08 - Encantadas
09 - Quase perto
10 - No balanço do meu samba
11 - Três da tarde
12 - Curvas do tempo


Estática (2010) 

Faixas:
01 - Vamos Sambar (Marcelo Camelo - Marcos Valle)
02 - Prefixo (Marcos Valle)
03 - Papo de Maluco (Joyce - Marcos Valle)
04 - Arranca-Toco
05 - Baião-Maracatu (Marcos Valle - Ronaldo Bastos)
06 - Novo Acorde (Reprise)
07 - Novo Acorde (Marcos Valle - Paulo Sergio Valle - Wanda Sá)
08 - 1995 (Marcos Valle)
09 - Estática (Marcos Valle)
10 - Na Pista
11 - 1985
12 - Esphera (Marcelo Camelo - Marcos Valle)
13 - Eu Vou
14 - 1975 (Marcos Valle)
15 - Vamos Sambar (Instrumental Bonus Track)



Marcos Valle e Stacey Kent - Ao Vivo 50 Anos (2013)

Faixas:
01 - The White Puma (Puma Branco)
02 - Look Who’s Mine (Dia De Vitória)
03 - The Face I Love (Seu Encanto)
04 - The Answer (A Resposta)
05 - Drift Away
06 - Summer Samba (Samba De Verão)
07 - Gente
08 - Passa Por Mim
09 - Batucada Surgiu
10 - La Petite Valse
11 - If You Went Away (Preciso Aprender A Ser Só)
12 - Pigmalião 70
13 - The Crickets (Os Grilos)
14 - She Told Me, She Told Me (Sonho De Lugar)
15 - My Nightingale (Com. Jim Tomlinson) (Bonus Track)

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