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ENTREVISTAS EXCLUSIVAS

Um bate-papo com alguns dos maiores nomes da MPB e outros artistas em ascensão.

HANGOUT MUSICARIA BRASIL

Em novo canal no Youtube, Bruno Negromonte apresenta em informais conversas os mais distintos temas musicais.

domingo, 18 de março de 2012

CONTEMPORANEIDADE E TRADIÇÃO FUNDEM-SE EM "LÊ", ÁLBUM DE ESTREIA DE LETÍCIA SCARPA

Em seu primeiro álbum, Letícia Scarpa expõe em sua musicalidade as diversas influências intrínsecas e externas a partir de uma ótica que transpassa todos os tipos de rótulos e ritmos.

Por Bruno Negromonte



Não é engano, é bem provável que você realmente deva ter ouvido o nome desta artista presente este mês aqui no espaço do Musicaria Brasil. Na televisão Letícia Scarpa já foi apresentadora da TV Cultura em programas como o "Vestibulando" e "Projeto Ipê" e na TV Bandeirantes em programas como o "Super Sessão Philco" e "Raio X do ABC" e atuou em novelas no SBT (Éramos Seis e Pérola Negra), além da série Telecurso 2000. Em mais de 20 anos de carreira a artista participou também de diversas peças teatrais tais como O Sonho de Alice (musical infantil de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, dirigido por Tanah Corrêa, incluindo a gravação das canções) e A Sauna, de Nell Dunn, (ao lado de Liana Duval, Imara Reis, Suzy Rego e Ísis de Oliveira, com direção de Wolf Maya) entre outras; além disso, atuou no cinema no filme "Meninos de Deus" e exerce a profissão de locutora, tendo um extenso currículo sempre relacionado a qualidade naquilo que faz.

Letícia é considerada uma artista completa, tendo como diferencial a dedicação plena aos trabalhos em que se envolve, trazendo consequentemente um tipo de excelência a esses múltiplos projetos por ela abraçados. Quanto à música e as poesias não poderia ser diferente, as mesmas fazem parte do contexto da artista não é de hoje e como sempre escreveu poemas compor pra ela é algo natural. Além do mais estudou canto em locais como Instituto Magda Tagliaferro e Voice Centro de Educação Musical, onde fez também o curso de percepção musical, harmonia, improvisação, arranjo e composição. Isso talvez seja a justificativa mais coerente para explicar a segurança apresentada neste seu álbum de estreia. Há de se levar em consideração que talvez o disco só tenha surgido agora por ser o resultado da plenitude de uma aptidão inata ao seu talento, onde o tempo foi precioso para madurar ideias e melodias congênitas e que só agora afloraram neste álbum intitulado "", no qual participou também dos arranjos e da produção.




Pleno de brasilidade, este primeiro álbum de Letícia Scarpa traz uma significativa amostra de toda a diversidade musical existente em nosso país, imprimindo em cada uma das faixas uma expressiva tessitura trazida a partir de todas as suas vivências culturais mundo a fora; pois se existe um pessoa que pode ser considerada cidadã do mundo esse alguém chama-se Letícia Scarpa. De origem pernambucana e mineira, esta paulistana não só já andou pelos quatro cantos do mundo como também em cada um desses lugares bebeu de suas respectivas fontes culturais aglutinando e expondo a sua pluralidade pessoal a serviço da arte e da música. Suas incursões por ritmos genuinamente brasileiros são capazes de nos regozijar o suficiente para entendermos que sua vivência cosmopolita não deixou que fosse perdido ao longo das estradas por qual passou as suas diferentes raízes, a sua essência.





Na contextura do trabalho, além da Letícia encontra-se Edu Maranhão (produção, violões, programações diversas, bujão de gás, papel rasgado e amassado, pads, kazoo, coro, voz, triângulo, cabaça indígena), Peter Mesquita (baixos acústico, elétrico, com arco e fretless), Stanley(acordeon), Eduardo Macedo (flautas), Fábio Mauro e Leandro Brenner (violões e guitarras), Bruno Tessele (bateria), Fábio Sá (baixo elétrico), Digo do Cavaco(bandolim), Michele Wankenne e Rodrido Del Arc (coro), além de Alex Reis, Rafael y Castro, Júlio César, Kadu Fernandes e participação de Caito Marcondes nas percussões.

O álbum apresenta doze faixas que passeiam por sonoridades distintas, mas que ao mesmo tempo se completam nesse trabalho que traz em seu cerne um retalho de influências diversas, mostrando o retrato de um Brasil de uma pluralidade ritmica e cultural, seja nas composições da própria Letícia Scarpa ou na única canção que não faz parte da lavra da artista e é assinada por um de seus parceiros. A faixa que abre o álbum mostra de cara uma miscelânea interessante e instigante, que vai desde o jogo de palavras que compõe uma letra que evidencia uma estilística de repetição até a atípica sonoridade da melodia (composta por bujão de gás, papel rasgado e amassado). A impressão que tal canção me traz é que o ouvinte não consiga decifrar de fato aquilo que ela queira dizer na primeira faixa de forma tão clara, mas provavelmente isso será o chamariz que prenderá o ouvinte ao longo da audição do disco; tal qual o enigma da esfinge ao invés de decifrarmos nos deixamos devorar, pois acabamos nos rendendo ao encanto de sua melodiosa voz. Afirmo com toda convicção que nessa antropofagia rítmica "Um Canto" (de autoria da própria artista) não poderia ser a tradução melódica mais fiel. O álbum segue com "Zumbaiá" (Letícia Scarpa e Michele Wankenne), música que nos remete a mais genuína sonoridade produzida em nosso nordeste e conta com a participação especial do performático artista pernambucano Antônio Carlos Nóbrega. Na lavra das canções que trazem os recorrentes temas amorosos estão "Sublime" (Evaldo Tocantins, Michele WankenneLetícia Scarpa), "Ausência" e "Lá lugar nenhum" (ambas de autoria de Letícia Scarpa e Edu Maranhão), a primeira traz o amor sob a ótica da necessidade de vivê-lo em toda a sua plenitude, a segunda aborda o amor a partir da saudade enquanto a terceira traduz um amor quase infantil. De fato, a canção que nos remete a nossa infância é "Balão" (Letícia Scarpa e Edu Maranhão) que em sua letra quase pueril traz uma singeleza interessante, nos trazendo uma gostosa sensação de reminiscência.

Já "Mulher de mil mulheres" (Letícia Scarpa e Edu Maranhão) presta uma singela homenagem ao sexo feminino e todas as especiais peculiaridades existentes dentro de cada uma que as fazem múltiplas. No álbum também há temas que recorrem à natureza como é o caso de "Temporal" de autoria do Edu Maranhão (única canção que não leva entre os compositores a assinatura da cantora) e "O canto do passarinho" de autoria única de Letícia Scarpa. Entre as três últimas faixas que fecham o disco estão "Colorindo estrelas" (Letícia Scarpa e Michele Wankenne) que recorre novamente ao amor como eixo central e os os sambas "Blá bla blá" e "Toma lá dá cá" novamente de autoria da Letícia e da Michele. Ritmo tão contagiante não poderia faltar nesse mosaico de ritmos, e se apresentam de maneira vigorosa, inclusive em um dos sambas é dado o aviso: "a roda de samba é grande cabe quem quiser entrar". Vale trazer ao conhecimento dos nossos leitores que as faixas desse álbum de estreia têm feito parte dos playlist do programa "Som do Brasil - O melhor da Música Brasileira de Todos os Tempos", na rádio WKCR 89,9 FM de Nova York desde meados de junho do ano passado e este ano de 2012 encontra-se entre os pré-selecionados da maior premiação acerca de música em nosso país, o 23º Prêmio da Música Brasileira. Isso só atesta todas as qualidade da Letícia Scarpa enaltecidas aqui, reconhecendo um talento múltiplo o qual devemos dar boas vindas para o hall dos grandes talentos de nossa música.



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quinta-feira, 15 de março de 2012

AMANDA GARRUTH - ENTREVISTA EXCLUSIVA


A vida é feita de opções, e mesmo em detrimento a outros planos esta artista fez a escolha correta. "Hora e Lugar" vem coroar essa escolha e sacramentar o nome de Amanda Garruth entre os novos talentos de nossa música.


Por Bruno Negromonte




Depois de abandonar o curso de mestrado em linguística aplicada para dedicar-se a carreira artística, esta cantora e compositora carioca (que só veio a se interessar em aprender canto após os 20 anos de idade) vem divulgando o bem conceituado álbum "Hora e lugar". Ao longo do mês de janeiro apresentamos ao público do nosso espaço a matéria A ESCOLHA CERTA DE AMANDA GARRUTH, onde abordamos de forma mais minuciosa não só a vida artística como também a biografia deste promissor talento de nossa música. A pauta teve excelente repercussão e foi a mais acessada ao longo do mês de janeiro atestando a promissora parceria e o seu sucesso em nossas páginas. Ao longo deste mês apresentaremos uma entrevista exclusiva concedida generosamente por Amanda. Nesta conversa a cantora nos fala, dentre outras coisas, de como se dá o seu processo de composição, de como foi optar por uma escolha que em nada condizia com sua vida acadêmica e traz ao conhecimento do grande público a notícia que está no processo de composição de uma nova canção em outro idioma. Além de contar um pouco mais de como se deu o processo de elaboração desse seu álbum de estreia, concebido nos Estúdios Mercury sob produção do músico Thiago Rudrea.


Segundo sua biografia você só veio a se interessar no aprendizado do canto após os 20 anos de idade. Até então como se dava a sua relação com tal arte?

Amanda Garruth - Sempre ouvi música em casa, e sempre música popular, radiofônica, comercial. No início da idade adulta, eu comecei a me interessar pela dita MPB. Meus primeiros CDs desse estilo foram um do 14 Bis, uma coletânea da Elis (que ouvi até furar), um de regravações do Tom Jobim e o "Jobiniando" do Ivan Lins.


Como se deu a decisão de abandonar o curso de mestrado em linguística aplicada para dedicar-se à carreira artística?

AG - Aconteceu de uma forma pensada, embora muito movida pela paixão. Eu não tive medo, porque eu não estava feliz no mestrado. Além disso, naquele momento, eu tinha a coragem da juventude para abrir mão de um primeiro plano em busca de outro. Mas eu ainda mantive a minha carreira de professora de inglês, que me conferia uma segurança.


O Thiago Rudrea se faz muito presente neste seu trabalho. Como se formou essa parceria musical tão rentável?

AG - Conheci o Thiago através do Studio Mercury. O Thiago tinha gravado o piano do meu CD single. Depois, eu o convidei para tocar no meu show "Lado B Inglês". Foi após a primeira apresentação desse show que o Thiago me ligou e propôs gravarmos um CD em parceria: eu, ele e o Studio Mercury. Nós três aceitamos e fizemos o CD "Hora & Lugar".


O Brasil, apesar de ter inúmeras e excelentes compositoras, tradicionalmente atribui à figura feminina mais o papel de intérprete. Em “Hora e Lugar” você exerce os dois papéis sem titubear em nenhum momento. Como se dá o seu processo de composição?

AG - Eu me assumi compositora/letrista por necessidade. Na época do single, eu queria gravar mas não conhecia compositores. Então o Jorge Canaan transformou textos meus em música. Quando chegou a época do "Hora & Lugar", o mesmo aconteceu, só que com mais parceiros. O meu processo de composição é descompromissado. Eu vou escrevendo poemas de acordo com a minha necessidade e disponibilidade emocionais e com a minha inspiração.


Sabemos que o título do disco se deu a partir da canção “Cantiga do tempo”. De que forma se deu a escolha dos versos que batizam o álbum?

AG - Eu tive o estalo quando me dei conta de que o meu verso "Que tudo tem hora e lugar" simbolizava a fase que eu estava vivendo na época da feitura do disco. Isto é, a minha busca pelo meu momento e espaço de realização.


Como aconteceu a escolha do repertório deste álbum de estreia?

AG - Surpreendentemente, eu já tinha o repertório pronto quando nós começamos a fazer o "Hora & Lugar". Eram canções que eu já vinha fazendo ao vivo em shows e composições novas que eu já tinha guardadas.


Antes de apresentar este álbum ao grande público você vem de alguns espetáculos que parecem ter sido fundamentais para o amadurecimento desta ideia de um registro fonográfico. O que você trouxe de experiência, principalmente dos espetáculos “Vida-Ciranda” e “Lado B Inglês”, para o disco?

AG - Eu trouxe o repertório, o produtor musical (Thiago Rudrea) e a minha identidade vocal.


Você, além do espetáculo “Lado B Inglês”, também já exerceu a atividade de professora de inglês. Porém neste seu trabalho não consta nada neste idioma. Há a pretensão de no futuro ter algo neste sentido, um disco voltado exclusivamente para o inglês?

AG - Hoje não tenho planos de fazer um disco todo em inglês. Mas gravar uma música ou outra em inglês é uma grande possibilidade. Eu estou terminando uma parceria dessa com o Eric Brandão, ou seja, uma letra minha em inglês musicada por ele. (Ninguém sabe disso ainda. Estou falando pela primeira vez.)


Você tem profundas raízes na cidade de Cachoeiro do Itapemirim, que é o berço de Roberto Carlos, aquele que é considerado o rei de nossa música, e também do conhecido escritor Rubem Braga. Por conta da formação acadêmica na área de letras e por trazer contigo, hoje, a convicção da escolha certa enquanto artista, em algum momento esses dois nomes exerceram influências em sua vida?

AG - Diretamente não mas indiretamente sim. O Roberto Carlos é uma figura muito presente na vida de todos os brasileiros, portanto comigo não é diferente. Eu assisto às apresentações dele e escuto as músicas dele desde criança. Quanto ao Rubem Braga, eu estou em falta com a obra dele. Ainda não tive a chance de lê-lo.


O arranjo de uma das canções de sua lavra (“O monte”) traz a participação de dois coros, um de criança e outro de senhoras. Como aconteceu a concepção desse arranjo?

AG - O arranjo é do Thiago e a bela ideia de ter os coros também foi dele. A minha função foi conseguir as senhoras e as crianças para formarem os coros. Busquei senhoras através de amigos. As crianças são primos meus. Depois fiz teste com cada uma para, finalmente, irmos para o estúdio.


Por fim, gostaria primeiramente de agradecer pela atenção dispensada ao nosso Musicaria Brasil e saber como tem sido a receptividade deste seu trabalho desde o lançamento, além de deixar aberto o nosso espaço para as suas considerações finais.

AG - Em primeiro lugar, o CD foi acolhido pelas pessoas que acompanham os meus shows. Além disso, eu consegui um espaço muito bom na mídia (jornal, rádio e TV) de Cachoeiro de Itapemirim por meio do meu tio, que é meu produtor lá. No Rio, eu tenho o apoio do projeto Estrada 55 (do Ricardo Loureiro), fiz o Papo Cabeça, da TV Gama e o UVA Music, da TV UVA. Também fiz o Ondas de Amor, na rádio Catedral. Em outros estados, até onde eu sei, teve o Conversa de Botequim, na Rádio Cultura, de Porto Alegre; o Viamundo, da Rádio Inconfidência, de Minas Gerais, a Webrádio Cultura, de Santa Maria (RS) e a Rádio Unimontes, de Montes Claros (MG).

AG - Para terminar, quero agradecer a você, Bruno, pelo espaço concedido. Muito obrigada. Quero agradecer também a vocês, leitores do Musicaria Brasil, que chegaram até esta última linha da entrevista. Obrigada pela atenção. Vamos em frente. Grande abraço.


Maiores informações:
Site Oficial - http://amandagarruth.com.br/
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sábado, 10 de março de 2012

PERNAMBUCO, UM EFERVESCENTE CALDEIRÃO CULTURAL

A música de Pernambuco nunca esteve em tamanha efervescência como de uns anos pra cá. A cada novo ano surgem novas e agradáveis surpresas na cena cultural da terra do rei do baião.

Por Bruno Negromonte



No último mês de janeiro o programa Roda Viva, apresentado pela Tv Cultura de São Paulo, teve como convidado o cantor e compositor pernambucano Lenine e, dentre os participantes, lá estava o também cantor, parceiro e compositor do entrevistado, Lula Queiroga. Queiroga, em dado momento, ao se referir a diversidade musical existente em sua terra soltou a seguinte frase: "Pernambuco não é para amadores". Essa definição mostra o porquê de Pernambuco está na crista da onda do cenário musical brasileiro de uns tempos para cá. O estado apresenta-se como um dos caldeirões mais efervescente do cenário cultural brasileiro. Fábio Cabral, proprietário da loja com o maior acervo de música genuinamente pernambucana existente na cidade do Recife, a Passadisco, contabiliza mais de 100 lançamentos de artistas pernambucanos em 2011 e, ao longo deste ano, pretende contribuir de maneira bastante consistente para que 2012 seja mais um ano tão vitorioso para o cenário musical pernambucano quanto o ano anterior, haja em vista que dentre os lançamentos previstos há alguns que levará a assinatura de sua loja (Fábio recentemente lançou o selo Passadisco, que leva o mesmo nome de sua loja).

Neste primeiro trimestre de 2012 Fábio lançou o álbum duplo "Pernambuco frevando para o mundo" (trabalho abordado ao longo do mês anterior em nossas páginas) e ainda em 2012 este, digamos, propulsor da música pernambucana tem por pretensão aumentar esta lista com mais um título cujo a temática fará alusão as festividades juninas. Além do lançamento do selo Passadisco, nestes três primeiros meses do ano já chegaram as lojas diversos álbuns de artistas pernambucanos, como por exemplo "Avante", do cantor, compositor Sérgio Roberto Veloso de Oliveira, o Siba (ex-integrante do Mestre Ambrósio); a gravadora Deck também acaba de lançar em cd, dvd (e posteriormente em vinil) o registro ao vivo do show feito pela Nação Zumbi no Marco Zero em 2009, no fim da turnê baseada no álbum Fome de Tudo. Sem contar com os trabalhos temáticos voltados para o carnaval, como: Galo, frevo e folião – Vários intérpretes (o álbum oficial do maior bloco de carnaval do mundo), Pé de frevo (Vários intérpretes), Compositores e foliões (Vários intérpretes), Festival de Música Carnavalesca do Recife (Vários intérpretes), Turma do Pinguim (Pinguim), Se vira no frevo - Vol. 02 (Som da Terra), Evoé, Nabuco (Almir Rouche), Carnaval ao vivo (Vates e Violas), Fervo (André Rio), As 22 melhores de J. Michiles (J. Michiles), A serenata carnavalesca nº2 (Getúlio Cavalcanti), Carnaval arretado (André Pinheiro), É folia geral (Reginaldo Siqueira) entre outros.

Outra banda que promete entrar com tudo no mercado fonográfico ao longo de 2012 é a Circo Vivant. A banda que foi formada inicialmente em 2004 (passando por uma reformulação em 2007) vem de um elogiado EP lançado em 2009 intitulado Bipolar. Três anos depois, o grupo apresenta ainda neste semestre o seu primeiro álbum, cujo título é AfroAméricaLatinidade (alusão aos ritmos e influências presentes em sua sonoridade). O grupo, formado por Petruchio (voz, percussão, efeitos), Pedro Vivant (voz, guitarra e escaleta), Juninho Duarte (baixo), Do Jarro (bateria), Gustavo Joe (teclado e sintetizadores) e Ganga Barreto (percussão) fará o espetáculo de lançamento do disco no arquipélago de Fernando de Noronha ao longo deste mês de março.
Outra banda no mesmo contexto é a Ska Maria Pastora, que também estreia em disco em 2012 e apresenta ao público o disco “As mar­gens do Rio Doce”. Após um EP lançado em 2008 (mesmo ano da formação do grupo), eles chegam com este álbum que tem na produção a assinatura de Yuri Queiroga e reúne 11 com­po­si­ções auto­rais, além de duas relei­tu­ras para os clás­si­cos do frevo per­nam­bu­cano “Cabelo de Fogo” (Maestro Nunes) e “Elefante de Olinda” (Clidio Nigro e Clóvis Vieira).

Outro grupo que apesar de ter tido seu disco de estreia lançado ao longo de 2011 vem galgando espaço e atenção ao longo deste ano é o "Rua do Absurdo". O grupo formado por Caio Lima (voz e sintetizador), Hugo Medeiros (bateria e marimba de vidro), Nelson Brederode (Cavaco e Bandolim), Yuri Pimentel (baixo e baixo acústico) e Bruno Giorgi (guitarra e overdubs) auto-definem-se como curiosos exploradores das fronteiras estéticas da música, se propõem dar forma a um emaranhado de influências como free jazz, samba e trip rock. Lula Queiroga os bem sintetizou: “Não foi surpresa nenhuma ouvir um material tão bem acabado vindo de uma galera que leva música tão a sério. Do absurdo trabalha bonito entre os timbres e as pausas. A letra cantada faz parte da textura. E o encontro disso tudo resulta numa obra detalhista, minimal. Parabéns a todos da banda Rua e a Nelson por nos lembrar que o cavaquinho pode ser um instrumento tão nobre”.

Em outros gêneros, a música pernambucana também não fica para trás. Nomes do samba e do choro também tem vez como Rui Ribeiro que apresenta-nos Cumplicidade, Beto do Bandolim que vem com Folia das cordas e Gerlane Lops, que traz em CD e DVD o registro, gravado ao vivo no Teatro Guararapes, do espetáculo Da branca. Há também o Nebulosa Quinteto, grupo instrumental influenciado por nomes como Tom Jobim, Villa-Lobos, Hermeto Pascoal, Capiba e Luiz Gonzaga. Formado por Bruno Vitorino (contrabaixo acústico), Fred Lyra (guitarra), Márcio Silva (bateria), Luciano Emerson (clarinete e clarone) e Cecília Pires (flauta); com apenas um ano de formação o quinteto apresenta o resultado dessa miscelânea de sons e influências. Ainda no segmento instrumental vem o trio Saracotia, que é formado por Rodrigo Samico (violão de 7 cordas), Rafael Marques (bandolim de 10 cordas) e Marcio Silva (bateria) que este ano estreia a sua bolacha. Destaque também para Dois animais na selva suja da rua, álbum a ser lançado ainda neste primeiro semestre por Paulo Neto (que foi o vencedor do concurso "Vale cantar Noel" e participou da edição 2006 do programa Ídolos) e traz um álbum repleto de grandes compositores de nossa música popular.



Tal qual
Paulo Neto, outro que apresenta um trabalho no mesmo segmento e de alta qualidade é A foto onde eu quero estar do artista recifense Fênix onde além de assinar seu álbum como João Fênix também vem como compositor assinando seis das 10 faixas presentes no discoe ainda é o autor da versões de outra faixa ("O equilibrista e o as animais"), numa seleção que é completada por pessoais interpretações para "Meu Rio" (Caetano Veloso), "Hallelujah" (Leonard Cohen) e "Delírios" (Paulo César Pinheiro e Pedro Amorim). O público infantil também está assegurado de música de qualidade, pois o professor Bruno César com o trabalho Canções do dia e canções da noite, que traz o músico (especializado em metodologia do ensino da música) passeando por 14 faixas que vão desde canções de domínio público até outras da lavra do artista. O Cd foi fruto de anos de práticas e pesquisas em sala de aula e tem sido muito bem recomendado por pais e profissionais da área de educação musical. Outro exímio artista a lançar-se no mercado fonográfico neste primeiro semestre veio de Petrolina e aportou no Recife para consolidar uma carreira iniciada em sua terra natal. Dono de uma aveludada voz e de um suingue contagiante, o cantor e compositor Zé Manoel que desde a infância tem o piano como companheiro, agora em 2012 também apresenta seu primeiro disco. Com cerca de 15 anos de carreira, um EP lançado em 2009 e na bagagem o título do festival Pré -Amp (cujo prêmio de cerca de R$15 mil reais foi investido na elaboração deste primeiro trabalho), o artista traz um trabalho essencialmente autoral norteado por influências como Chico Buarque e Dorival Caymmi.

Esse caldeirão chamado Pernambuco é assim! Um lugar que vive em constante ebulição e a música se faz força-motriz de sua cultura, mostrando de maneira paradoxa, que há um nicho de mercado para artistas independentes ou não de todos os gêneros, bastando para isso ter talento e apresentar um trabalho que preza pela qualidade no gênero que defende. E é isso que ainda este ano nos apresentará novos trabalhos nomes como Geraldinho Lins, Maciel Melo, Otto e Quinteto Violado totalizando cerca de 35 álbuns até então. Sem esquecer que 2012 também é o ano do centenário de um dos artistas mais representativos do cenário musical brasileiro de todos os tempos, que é Luiz Gonzaga. Até a data do seu centenário, que ocorrerá em dezembro, haverá um número sem fim de lançamentos voltados à obra do velho Lua , como era conhecido por muitos. Dentre os lançamentos há um que merece destaque: o cd duplo em tributo ao rei do baião a se lançado pela Lua Music no segundo semestre.

CARLINHOS VERGUEIROS, 60 ANOS

Carlinhos Vergueiro, um artista que dispensa apresentações, chega aos 60 anos neste mês de março apresentando a obra do centenário Nelson Cavaquinho.





Irmão do pianista Guilherme Vergueiro. Pai da cantora Dora Vergueiro. Músico de formação clássica, iniciou seus estudos de piano com seu avô, Guilherme Fontainha. Aos sete anos de idade, já se apresentava em diversas cidades do interior de São Paulo. Mais tarde, estudou com Osvaldo Lacerda (composição musical) e Tumiko Kavanani (teoria musical). Começou a compor em 1968, acompanhando-se ao violão.


Iniciou sua carreira artística em 1972, como finalista do Festival Universitário da TV Tupi, do qual participou com o samba "Só o tempo dirá", lançado em compacto simples pela Chantecler no ano seguinte. Ainda em 1973, gravou outro compacto com suas canções "Poeta sem versos" e "Garra" (c/ João Garcia), lançado pela mesma gravadora quando, ainda funcionário da Bovespa.

Seu primeiro LP, "Brecha", contendo exclusivamente músicas de sua autoria, foi gravado em 1974, com produção musical de Fernando Falcon para a Continental, contendo, entre outras, a faixa-título e ainda a canção "Vendaval, lucidez".


Em 1975, tornou-se conhecido do grande público ao classificar-se em 1º lugar no Festival Abertura (TV Globo), com sua música "Como um ladrão", incluída no repertório de seu segundo LP, "Só o tempo dirá", ao lado de "Se cuide" e "Como dói", entre outras.

Ainda na década de 1970, gravou os LPs "Carlinhos Vergueiro" (1976), "Pelas ruas" (1977) e "Contracorrente" (1978).

Na década de 1980, lançou os LPs "Na ponta da língua" (1980), "Passagem" (1981), "Felicidade" (1983), "Carlinhos Vergueiro" (1986) e, comemorando 15 anos de carreira, "Carlinhos Vergueiro e convidados" (1988), que contou com a participação de Paulinho da Viola, Djavan, Chico Buarque, Caetano Veloso, Martinho da Vila, Toquinho, Ney Matogrosso, Mestre Marçal, Edu Lobo, João Nogueira e Luiz Melodia.

Trabalhou também como produtor fonográfico, tendo sido responsável pelos LPs "Geraldo Filme" (1980), "As flores em vida" (1985), último disco de Nélson Cavaquinho, "A ópera do malandro" (1985), de Chico Buarque, para o filme de Ruy Guerra, e pelo trabalho que reuniu sambas inéditos do compositor Candeia, em 1986.

Lançou, em 1990, o LP "Minha cara".

Em 1995, participou, ao lado de Zizi Possi e Ney Matogrosso, do show "Raros e inéditos" (Sesc), lançado em CD.

Atuou, como intérprete, nos discos "Almanaque" (PolyGram,1982), de Chico Buarque, "As flores em vida" (1985), de Nélson Cavaquinho, "Chico Buarque da Mangueira" (BMG,1988), "Candeia" (Funarte, 1988) e "Estácio e Flamengo: 100 anos de samba e amor" (Saci, 1995), e dos songbooks de Ary Barroso (Lumiar) e de Chico Buarque (Lumiar, 1999).

Seu samba "Vendaval" foi incluído no CD "Os grandes sambas da história", lançado pela BMG e Editora Globo em 1998.



Em 1999, gravou o CD "Contra-ataque: samba e futebol", contendo suas canções "Raí", "A voz do Brasil" e "Voz irmã", todas com J. Petrolino, "Nação Corinthians" (c/ J. Petrolino e Faveco Falcão), "Lições de vida" (c/ J. Petrolino e Toquinho), "Camisa molhada" (c/ Toquinho), "Torresmo à milanesa" (c/ Adoniran Barbosa), "Monalisa" (c/ Paulo César Feital), "Tocaia de cobra" (c/ Paulo César Pinheiro), "Procotólo", "Zico", "O cúmulo do samba" e "Vendaval".

Em 2004, lançou o CD "Por todos os sonhos" (Som Livre), que contou com a participação de Chico Buarque, Fagner, Alceu Valença e o grupo Toque de Prima. Constam do repertório do disco suas composições "Forró de amor", "Eu quero ver" e "Sangue bom", todas com J. Petrolino, "Leve" (c/ Chico Buarque), "Lugar de cobra é no chão" (c/ Arlindo Cruz), "Motivos banais" (c/ Carlos Cola), "Pretensão" (c/ Paulinho da Viola) e "Relaxa" (c/ Elton Medeiros), entre outras. Nesse mesmo ano, fez shows em dupla com Ruy Faria, no Rio de Janeiro.

Em 2005, lançou, com Ruy Faria, o CD "Dupla brasileira - Só pra chatear", reverenciando duplas vocais que marcaram o cenário da música popular brasileira, como Francisco Alves e Mário Reis, Cascatinha e Inhana, Zé e Zilda, Jackson do Pandeiro e Almira, Joel e Gaúcho, Jonjoca e Castro Barbosa, Toquinho e Vinicius, Irmãos Tapajós e ainda Cynara e Cybele. O disco foi gravado ao vivo no Teatro Rival (RJ), no ano anterior. Também em 2005, a dupla fez show de lançamento do disco no Mistura Fina (RJ).

Suas músicas foram gravadas por vários artistas, como Beth Carvalho, Cristina Buarque, Clementina de Jesus, Demônios da Garoa, Dora Vergueiro, Élton Medeiros, Francis Hime, João Nogueira, Leny Andrade e Toquinho, entre outros.



Lançou em 2010, em época de Copa do Mundo, o CD “Contra ataque”, um disco sobre samba e futebol, contendo suas canções “Raí” e “Voz irmã”, ambas com J. Petrolino, “Camisa molhada” (c/ Toquinho), “Lições de vida” (c/ Toquinho e J. Petrolino), “Nação Corinthians” (c/ Faveco e J. Petrolino), “Monalisa” (c/ Paulo César Feital), “Tocaia de cobra” (c/ Paulo César Pinheiro), “Torresmo à milanesa” (c/ Adoniran Barbosa), “Irresistível” (c/ Afonso Machado e Dora Vergueiro), “Linhas de prazer”, “Romário”, “Zico” e “O cúmulo do samba”. Neste mesmo ano lançou também uma justa homenagem ao amigo e parceiro Adoniran Barbosa intitulado "Dá Licença de Contar".

Recentemente lançou Nelson Sempre, uma homenagem ao também amigo Nelson Gonçalves.

Com mais de 150 canções gravadas, Carlinhos Vergueiro tem parcerias com Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Toquinho, Sueli Costa, J. Petrolino, Paulo César Pinheiro, Elton Medeiros, João Nogueira, Paulinho da Viola, entre outros.

Entre suas composições mais famosas, pode-se citar: "Por que será?", com Vinicius de Moraes e Toquinho (1977); "Torresmo à Milanesa", com Adoniran Barbosa (1980); "Camisa Molhada", com Toquinho (1976); "Como um Ladrão" (1975) e "Nosso Bolero", com Chico Buarque (1986); "Tocaia de Cobra", com Paulo César Pinheiro (1998); e "Dia Seguinte", com J. Petrolino (1978) (gravada por Beth Carvalho), entre outras.


Discografia Oficial


Só o tempo (dois compactos simples) (1973)

Poeta sem versos/Garra - gravadora Chantecler - compacto simples (1973)

Brecha (1974)

Faixas:01 - Brecha
02 - Lucidez
03 - Samba do Herói
04 - Panos Quentes
05 - Sarda
06 - A Morte Passou por Perto
07 - Vendaval
08 - O Ponto
09 - Há Tanto Tempo
10 - Coisas do Amor
11 - Nó na Garganta
12 - Sempre me Virando


Carlinhos Vergueiros (1975)
Faixas:
01 - De Onde Vem
02 - Pelas Ondas do Bar
03 - Paraquedista
04 - Precipício
05 - Eco
06 - Só o Tempo Diria (Participação Especial: Velha Guarda da Portela)
07 - Como Um Ladrão
08 - Como Dói
09 - Se Cuide
10 - Os Olhos das Meninas
11 - Aragem de Fé
12 - Foi Fatal

Carlinhos Vergueiro (1976)
Faixas:
01 - Comentário
02 - Marginal
03 - Camisa Molhada
04 - Periferia
05 - Eu Sei Que Vou Te Incomodar
06 - E o Vento Levou
07 - A Espera da Boca
08 - Zona Forte
09 - Antes de Dormir
10 - Sem Sentir
11 - Inês
12 - Desculpe Alguma Coisa


Pelas Ruas (1977)
Faixas:
01 - Briguemos
02 - Marginais da Manhã
03 - Valsa
04 - Galo, o Último Cantor
05 - Conhaque
06 - Porque Será
07 - Teimosia - Participação Especial: Christina
08 - Mormaço
09 - Noção da Batalha
10 - Ferve na Noite
11 - Em Nome dos Amantes
12 - Boa Noite Morte


Contra Corrente (1978)
Faixas:
01 - Prenda do Lar
02 - Contra Corrente
03 - Orelhão de Avenida
04 - A Fugitiva
05 - Panela de Pressão
06 - Homem Calado
07 - Trilha Sonora
08 - Noturno Paulistano
09 - Rendição
10 - As Duas Margens do Rio
11 - Toque Outra Vez


Na Ponta da Língua (1980)
Faixas:
01 - Copo na Mão
02 - Desatino
03 - Turma do Muro
04 - Pesca Submarina
05 - Zona Tropical
06 - Alvorada
07 - Na Ponta da Língua
08 - Dia Seguinte
09 - Amarcord
10 - Samba na Garganta
11 - A Garota
12 - Fogo Cruzado


Passagem (1981)
Faixas:
01 - Samba Menor
02 - Melhor pros Dois
03 - Bandida
04 - Samba do Brilho
05 - Morena
06 - Refém
07 - Passagem
08 - Camisa de Força
09 - Baque
10 - Tudo que Faltou
11 - Vendaval


Felicidade (1983)
Faixas:
01 - A voz do Brasil
02 - Sonho de salsa
03 - Tempo na mão
04 - Ciúme
05 - Felicidade
06 - Ninfeta
07 - Sobe e desce (hino da troça sobe e desce, olinda)
08 - Pretinha
09 - Uma estória de amor
10 - O ilusionista


Carlinhos Vergueiro (1986)
Faixas:
01 - Música
02 - Nosso Bolero
03 - Cigano
04 - Muito à Vontade
05 - Nada é em Vão (Participação Especial: Fagner)
06 - Samba na Cidade
07 - Andorinha
08 - Minha Nega
09 - Fissura
10 - É Disso Que o Povo Gosta


Carlinhos Vergueiro e Convidados (1988)
Faixas:
01 - Como Um Ladrão (Com Paulinho da Viola)
02 - Zona Tropical (Com Caetano Veloso)
03 - Noturno Paulistano (Com Djavan)
04 - Brecha (Com Chico Buarque)
05 - Dia Seguinte (Com Martinho da Vila)
06 - Porque Será (Com Toquinho)
07 - Modo de Ser
08 - O Ilusionista (Com Ney Matogrosso)
09 - Torresmo à Milanesa (Com Marçal)
10 - Refém (Com Edu Lobo)
11 - Desatino (Com Luiz Melodia)
12 - Samba Menor (Com João Nogueira)


O Cúmulo do Samba (1997)


Minha Cara (1990)
Faixas:
01 - Minha Cara
02 - Nem Tudo
03 - Dando um Tempo
04 - Sabedoria
05 - Blues Noite
06 - Coração Transparente
07 - Sem Nexo
08 - Samba Novo
09 - Longe dos Olhos
10 - Cabeça e Coração


Os grandes sambas da história (1998)
Faixas:
01 - Apesar de Você (Benito Di Paula)
02 - Tudo se Transformou (Maria Creuza)
03 - Samba de Orly (Chico Buarque)
04 - Dança da Solidão (Beth Carvalho)
05 - Gota D´água (Chico Buarque)
06 - Meu Sapato já Furou (Clara Nunes)
07 - Você Abusou (Antônio Carlos & Jocafi)
08 - O Pequeno Burguês (Martinho da Vila)
09 - Se Segura, Segurança )João Nogueira)
10 - Tranchan (Maria Bethânia)
11 - O Bêbado e a Equilibrista (João Bosco)
12 - Abre Alas (Ivan Lins)
13 - Vendaval (Carlinhos Vergueiro)


Contra-Ataque - Samba e futebol (1999)
Faixas:
01 - Nação Corinthians
02 - Raí
03 - Voz Irmã
04 - Torresmo à Milanesa
05 - Procotólo
06 - Monalisa
07 - Tocaia de Cobra
08 - Zico
09 - O Cúmulo do Samba
10 - Camisa Molhada
11 - A Voz do Brasil
12 - Lições de Vida
13 - Vendaval


Ao Vivo (2001)
Faixas:
01 - Cúmulo do samba / Samba da benção
02 - Samba da minha terra / Arrepio no braço
03 - Samba menor / Dia seguinte
04 - Por que será / Prendas do lar
05 - Tiro ao Álvaro / Torresmo à milanesa
06 - Procotólo / Como um ladrão
07 - Eu sei que vou te amar / Forró de amor
08 - Lições de vida / Nosso bolero
09 - A Rita / Mais feliz
10 - Camisa molhada / As rosas não falam
11 - Monalisa / Minha festa
12 - Trem das onze / Faixa bônus - "Kixoxó"


Por todos os Sonhos (2004)
Faixas:
01 - Noites de cão
02 - Lugar de cobra é no chão
03 - Sem tribo
04 - Motivos banais
05 - Pretensão
06 - Forró de amor
07 - Relaxa
08 - Leve
09 - Eu quero ver
10 - Sedução
11 - Sangue bom


Só Pra Chatear (2005)
Faixas:
01 - Só pra chatear
02 - Se você jurar
03 - Provei
04 - O canto da ema
05 - Seja breve
06 - Kalú
07 - Meu primeiro amor (Lejania)
08 - Amor de cinema
09 - Foi uma pedra que rolou
10 - Sou jogador
11 - Injuriado
12 - Amigo é pra essas coisas
13 - Deixa a menina
14 - Sem compromisso
15 - Peçam bis
16 - Adeus


Mano a Mano - Nossa Aliança (2009)
Faixas:
01 - Lugar de Cobra é No Chão
02 - Pra Que Se Despedir
03 - Cigano
04 - Desritimou
05 - Arrepio No Braço
06 - Nossa Aliança
07 - Nosso Bolero
08 - Fui (Vou Vazar)
09 - Vai Ouvir
10 - Maria e Ademar
11 - Linhas de Prazer
12 - Feitio de Oração


Dá Licença de Contar (2010)
Faixas:
01 - Sausosa Maloca
02 - Um samba no Bexiga
03 - Véspera de Natal
04 - Minha Nega
05 - Bom dia tristeza
06 - Samba do Arnesto
07 - Apaga o fogo, Mané
08 - Torresmo à milanesa
09 - Aguenta a mão, João
10 - As mariposas
11 - Tiro ao álvaro
12 - Trem das onze


Nelson Sempre (2011)
Faixas:
01 - A Mangueira Me Chama
02 - Beija-flor
03 - Palavras Malditas
04 - Palhaço
05 - Nome Sagrado
06 - Depois da vida
07 - Noticia
08 - Folhas Secas
09 - Luz Negra
10 - O Meu Pecado
11 - Pranto de Poeta
12 - Deus Não Me Esqueceu

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