PROFÍCUAS PARCERIAS

Gabaritados colunistas e colaboradores, de domingo a domingo, sempre com novos temas.

ENTREVISTAS EXCLUSIVAS

Um bate-papo com alguns dos maiores nomes da MPB e outros artistas em ascensão.

HANGOUT MUSICARIA BRASIL

Em novo canal no Youtube, Bruno Negromonte apresenta em informais conversas os mais distintos temas musicais.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

GRAMOPHONE DO HORTÊNCIO

Por Luciano Hortêncio*





Canção: Tereza (Noite de São João)

Composição: Adelino Moreira

Intérprete - José Orlando

Ano - 1961

78RPM - Chantecler 78-0438 - 05.1961



* Luciano Hortêncio é titular de um canal homônimo ao seu nome no Youtube onde estão mais de 10.000 pessoas inscritas. O mesmo é alimentado constantemente por vídeos musicais de excelente qualidade sem fins lucrativos).

ARY TOLEDO, 80 ANOS

DICK FARNEY, 30 ANOS DE SAUDADES

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

BAÚ DO MUSICARIA



A exatamente cinco anos, esta é uma das matérias que estava sendo publicada em mês como este:


Link para relembrar a matéria:

40 ANOS DEPOIS, RUA QUE INSPIROU VINICIUS E TOQUINHO VOLTA À MPB


O síndico, Cézar Mendes, é o centro gravitacional de Illy Gouveia, mosquito e outras revelações

Por Pedro Henrique França


Nova MPB (Foto: Daryan Dornelles)

Basta dizer “Rua Nascimento Silva” que invariavelmente alguém vai cantarolar a canção de Vinicius de Moraes e Toquinho feita para Tom Jobim. A música cita a rua de Ipanema em que o compositor brasileiro mais reconhecido no mundo morou entre 1953 e 1962. Foi ali, em seu apartamento, que, como também lembra a letra, Tom e Vinicius ensinaram Elizeth Cardoso a cantar as faixas do álbum Canção do Amor Demais, considerado marco zero da bossa nova. Foi também no apartamento que nasceu Chega de Saudade e canções da peça Orfeu da Conceição. Durante décadas, 107 foi o número que marcou a Nascimento Silva. Mas a rua, que também foi residência de Renato Russo, ganhou há alguns anos um novo número para um outro Jobim praticamente chamar de seu.

É no 395, a 700m do afamado 107, que Daniel Jobim, neto de Tom, tornou-se mobília. Daniel não mora no predinho, como é chamado carinhosamente por seus moradores, ex-moradores e frequentadores, mas é considerado parte dele de tanto que aparece por lá. A expressão “mobília” vem do baiano Cézar Mendes, o violonista, compositor e cartão de visitas do edifício de quatro andares. Seu apartamento é o menor da torre, mas é o que vive mais cheio de gente e música.

Cezinha, como é conhecido, chama Daniel Jobim de mobília, bem à baiana, porque “Ele é do tipo que liga e eu falo: ‘Passa aqui em casa’, e ele diz: ‘Estou aqui, na janela’”. Não é o único. As cantoras Karine Carvalho e Teresa Cristina estão entre as visitas assíduas. Marisa Monte também dá as caras, seja para conversar com o amigo, para falar de parcerias (seladas desde o tempo dos Tribalistas, que, além de Marisa, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, ainda tinham Cézar e o baixista Dadi Carvalho) ou para buscar o marido, o empresário Diogo Pires Gonçalves, que vira e mexe está por ali. Tom Veloso, filho de Caetano e também parceiro musical de Cézar, é dos que chegam sem tocar o interfone. Anuncia-se, com frequência, atirando pedras na janela. Ali, fizeram juntos Sol, Eu e Tu com o auxílio extra de Caetano e registrada por Carminho.

“Eu não preciso de muito. E a gente sabe que o povo da música são uns fodidos. Então o pessoal chega aqui, junta um dinheiro, pede uma cerveja e faz uma comida. Ter esses encontros já me faz muito feliz”, diz Cezinha.

Entre os antigos habitantes que já passaram por ali estão o casal Alinne Moraes e Mauro Lima, a cantora Maria Gadu e o rapper Criolo. Os atuais moradores também circulam bastante no apê do síndico. Entre eles, o cineasta Toni Vanzolini, o sambista Mosquito (que bate à porta pelo menos três vezes por dia), o jornalista Jorge Velloso (sobrinho-neto de Caetano) e sua mulher, a cantora-revelação Illy Gouveia. Juntos, formam uma espécie de comunidade. Quando não estão reunidos presencialmente, acompanham a rotina uns dos outros pelos barulhos produzidos em seus próprios apartamentos. Nessas, já surgiu até composição. Outro dia, Mosquito dedilhava ao cavaquinho, arriscando uma letra, quando foi ajudado por Illy, que gritou um verso direto de seu apartamento. “O bom de morar num prédio de músicos é isso: você pode tocar à vontade que ninguém vai se incomodar”, diverte-se o sambista.

Os músicos também se comunicam por gritos, que ecoam pelos vãos do prédio. Recentemente, aumentaram a frequência. Até as panelas entraram na trilha sonora. Nenhuma razão política, diga-se. A algazarra tem motivos financeiros. Trata-se de uma brincadeira interna para comemorar cada vez que toca a música de algum deles na novela. Atualmente, Cézar está com três músicas de sua autoria em produções da TV Globo. Duas delas em A Força do Querer: Flor do Ipê, parceria com Arnaldo Antunes e Tom Veloso, gravada por Marisa Monte, e Mande um Sinal, composta com Ronaldo Bastos e cantada por Djavan.

E ainda tem Se For para Mentir, outra parceria com Arnaldo, interpretada por Roberta Sá e Chico Buarque, que é executada na novela das 19h, Pega Pega. Mosquito também já teve pelo menos três músicas executadas em novela, assim como Illy, que até há pouco tempo era a razão dos gritos com sua gravação de Só Eu e Você, composição de Chico César, trilha da novela Sol Nascente.

Durante a foto para esta reportagem, os outros moradores orbitavam em torno do baiano e de seu inseparável violão (que a atriz Fernanda Torres, sua amiga, chama de “extensão de seu próprio corpo”). A música cantada durante a sessão de fotos chama a atenção: “Traz o violão, vai ter cantoria, só não gosta da Bahia quem não sabe desfrutar / Bota mais farinha, pimenta da boa, já virei mobília, vivo sem patroa / Nessa vida à toa, todo meu afã / Boa noite, Osvaldo, bom descanso e até amanhã”. A letra é do sambista Mosquito e de Teresa Cristina, outra mobília do 395. Feita em homenagem a Cezinha, reúne bordões e trejeitos do baiano que fazem desse ponto de Ipanema encontro de outros músicos e personalidades da cultura.

“Ele tem essa questão geográfica, é a janela de entrada do prédio e uma figura agregadora. Então, todo mundo que vem aqui, mesmo que seja para ir à casa de outra pessoa, acaba passando em Cezinha”, conta o cineasta Toni Vanzolini. Foi o que aconteceu alguns meses atrás, quando a apresentadora Regina Casé passou pelo apartamento da estrela local para esperar Illy e Jorge Velloso terminarem de se arrumar. O trio havia combinado de ir junto a um evento.

“Cezinha é o cacique do prédio. A história aqui começa por ele, e tenho muito a agradecer. Ele me apresentou Dadi, que gravou em meu EP, conheci Marisa por meio dele, assim como Quito (Ribeiro, compositor), que me deu a canção do disco. O predinho ainda me trouxe o Mosquito, que foi o primeiro cara que me convidou a subir num palco no Rio. Nada disso teria acontecido se eu não morasse aqui”, comenta Illy.

Espécie atual de Solar da Fossa (o casarão de Botafogo, no Rio, onde moraram e circularam nos anos 1960 nomes como Tim Maia, Gal Costa, Paulo Coelho e Paulo Leminsky), o predinho da Nascimento Silva tem festa e música, mas não é bagunça. Raramente o barulho ali ultrapassa a barreira das 22h, 23h.

E nem é o caso de a produtora e empresária Paula Lavigne, dona do predinho e razão de tanta gente da cultura morar ou circular por ali, ter que se preocupar. O síndico é atento a qualquer desordem. Morador do local há oito anos, ele tem a paciência de um baiano de Itapuã, que só pode se retar (ficar bravo, em bom baianês) se algo fugir do controle: a água acabar, a luz dar problema ou alguém falar que vai passar em sua casa e der o “zig now”, expressão muito usada por baiano para dar o perdido, dar o bolo. Todos os problemas (dele e de muitos que o visitam em busca de um respiro) se resolvem aos acordes do violão. Deu ruim, é só gritar da rua e cantar com o síndico. No predinho, tudo acaba em música.

MPB - MÚSICA EM PRETO E BRANCO

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Juliano Holanda

terça-feira, 29 de agosto de 2017

LENDO A CANÇÃO

Por Leonardo Davino*


Retrato da vida


Num país solar, tropical, o período das chuvas é sempre sinônimo de reclusão, de recuo interior, de ficar em casa, de amar em segredo, de cantar oitavas abaixo. É isso que o sujeito da canção “Retrato da vida” de Dominguinhos e Djavan faz. “Esse matagal sem fim / Essa estrada, esse rio seco / Essa dor que mora em mim / Não descansa e nem dorme cedo // O retrato da minha vida / É amar em segredo”, diz.
A vereda de onde canta o sujeito de “Retrato da vida” está mais próxima do sertão de Guimarães Rosa de que do sertão de Graciliano Ramos. Justapõe “matagal sem fim” e “rio seco”, a fim de encenar ao mesmo tempo a esperança e o atual estado de solidão, em que o outro “não quer saber de mim / e eu vivendo da tua vida”. O sertão do sujeito da canção é úmido, tem esperança no verde novo da “boa colheita” que ele acredita está por vir.
Gravada por Djavan no disco Bicho solto (1998) e por Mariene de Castro em Colheita (2014), nas duas versões temos o uso da passionalização. Ou seja, dos tons baixos, do prolongamento das vogais, da continuidade melódica, na intenção de modalizar o percurso do estado da paixão presente na letra. As tensões internas do sujeito lírico são transferidas para a voz que canta lenta e continuadamente. À exceção da derradeira estrofe, quando o sujeito cancional é tomado pela esperança e canta uma oitava acima: “O teu beijo em meu destino / Era tudo o que eu queria / Ser teu homem, teu menino / O ser amado de todo dia”. O reduto emotivo da inter-subjetividade dá lugar à vontade de ter o outro “aqui”, oscilando a tessitura da canção, da voz dos intérpretes.
Esse gesto do plano da letra interferindo no plano da voz importa para pensarmos a cena apresentada pelo sujeito da canção. A última estrofe cantada uma oitava acima é quase uma exasperação que não chega a se configurar, já que ele não quer interferir no ciclo que se mostra anunciando a presença futura do ser amado.
“Retrato da vida” é uma canção de maio: “Esses campos não tardam em florir”. O ciclo da colheita que recompensará “a dor que mora em mim” está próximo. As noites frias de junho, a festa do milho verde, o aconchego em torno da fogueira beneficiará os amantes, em especial, o sujeito que canta esperançoso. A voz de Mariene de Castro, por exemplo, é acompanhada por uma sanfona melancólica, ajudando a retratar a vida do sujeito, uma vida que depende da vida do outro: “Deus no céu e você aqui”.
No plano da intertextualidade, “Retrato da vida” dialoga com “Deusa da minha rua”, de Newton Teixeira e Jorge Faraj. Enquanto aquela pergunta: “Mas e você o que faz / Que não repara no chão / Por onde tem que passar / E pisa em meu coração?”; essa diz: “Minha rua é sem graça / Mas quando por ela passa / Seu vulto que me seduz / A ruazinha modesta é uma paisagem de festa / É uma cascata de luz / Na rua uma poça d'água, espelho da minha mágoa / Transporta o céu para o chão”. Temos nas duas canções uma narratividade ancorada na voz de um sujeito dependente e resignado (“E tudo parece seguir / Fazendo a vida tão direita”). Organizadora do sentido global do texto, a narrativa tem sua função efetivada no gesto da inter-subjetividade mimética, no modo como Mariene e Djavan registram a canção, já que “Retrato da vida” e “Deusa da minha rua” são serestas, repletas de passagens que, cantando a paisagem, cantam o estado interno do sujeito.
A lírica do amor romântico normatiza e universaliza a mensagem da canção. O conteúdo afetivo da letra investe na disjunção entre o sujeito da canção (enunciador) e o outro (objeto de desejo). A “dor que mora em mim” une um ao outro. Tudo ocorre como se, pela narrativa bem circunscrita, o sujeito aproximasse a colheita. E o fragmento do ciclo da existência, o “retrato da vida” apresentado no título, é traduzido na sensibilidade dos intérpretes da canção.


***

Retrato da Vida
(Dominguinhos / Djavan)

Esse matagal sem fim
Essa estrada, esse rio seco
Essa dor que mora em mim
Não descansa e nem dorme cedo

O retrato da minha vida
É amar em segredo

Não quer saber de mim
E eu vivendo da tua vida
Deus no céu e você aqui
A esperança é quem me abriga

Esses campos não tardam em florir
Já se espera uma boa colheita
E tudo parece seguir
Fazendo a vida tão direita

Mas e você o que faz
Que não repara no chão
Por onde tem que passar
E pisa em meu coração?

O teu beijo em meu destino
Era tudo o que eu queria
Ser teu homem, teu menino
O ser amado de todo dia






* Pesquisador de canção, ensaísta, especialista e mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e doutor em Literatura Comparada, Leonardo também é autor do livro "Canção: a musa híbrida de Caetano Veloso" e está presente nos livros "Caetano e a filosofia", assim como também na coletânea "Muitos: outras leituras de Caetano Veloso". Além desses atributos é titular dos blogs "Lendo a canção", "Mirar e Ver", "365 Canções".

PASSA DISCO EM NOVO ENDEREÇO

Enquanto os cães ladram a caravana continua a passar como bem diz o provérbio.

Por Bruno Negromonte


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Reduto da música brasileira (em especial da pernambucana), a loja Passa disco ganhará novo endereço a partir de setembro. Após quase 14 anos na Estrada do Encanamento, 480, no bairro do Parnamirim a loja mudará não apenas de endereço, mas também de bairro. A partir do início do próximo mês migrará para um tradicional endereço comercial em uma das ruas mais movimentadas do Espinheiro: Galeria Hora Center (Rua da Hora, 345).

Resultado de imagem para galeria da horaVale o registro que a Passa disco é uma das últimas lojas do setor existente na capital pernambucana (se não levarmos em consideração a comercialização de CD's e DVD's em livrarias como Saraiva e Cultura). Levando em consideração a ascendente crise no mercado fonográfico físico, Fabio mantem-se firme no seu propósito não só negociando LP's, CD's e DVD's como também oportunizando a gravação de novos nomes do cenário musical pernambucano como é o caso do Projeto Sal através do selo homônimo ao nome da loja. Além da banda em destaque pelo selo já foi lançado discos como "Zé da Flauta - Psicoativo", "Cláudia Beija - A.M.A.R.T.E", "Quando a canção acabar", "Xico Bizerra e Dominguinhos – Luar Agreste no Céu Carirí" e a série de discos que gerundiou ritmos como o frevo e o forró.

Fabio Cabral, proprietário da loja, relutou o quanto pode para manter-se no endereço que em breve dará adeus, mas confessa que o contribuiu para a mudança de endereço tem sido recorrentes fatos: a proibição de pequenos shows que marcaram a trajetória da loja, o preconceito tão presente nos comentários de outros lojistas acerca do público que frequenta eventos como a Feira de Vinil. Tal evento chegou a ser levado para o Paço Alfandega, mas Fabio Passa Disco (como vem sido conhecido desde o surgimento da loja) sentia falta de um local próprio para essa atividade assim como também para a realização dos mais distintos projetos que sedimentaram a importância da loja desde o início de suas atividades como o lançamentos de CDs e pocket shows.

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"Também tenho interesse em ampliar. A loja no Parnamirim era uma das menores e precisava trabalhar com estoque meio reduzido. Nessa nova galeria, terei praticamente o dobro do espaço e vamos poder atender melhor os clientes e ampliar a área de vinis", diz o empresário que retomará também a posse de relevantes nomes da música nordestina a partir da Academia Passadisco da Música Nordestina. Para começar com pé direito, na inauguração da loja no novo endereço, homenagem a dois ícones do frevo: Capiba e Claudionor Germano. Mas independente do endereço físico, a Passa Disco pode ser encontrada 24 horas, 7 dias por semana no mesmo endereço virtual de antes: https://www.passadisco.com.br/.

O QUE MUDA COM O STREAMING?

Por David Dines



Com a revolução digital dos últimos 20 anos, a indústria da música promoveu um aumento contínuo dos padrões de volume e compressão das gravações. Como esse fenômeno muda com o controle desses níveis nas mãos das plataformas de streaming?

A guerra dos volumes teve seu início antes mesmo do surgimento do CD. No centro do fenômeno está a compressão, efeito que aumenta a intensidade geral de determinado som em detrimento de sua dinâmica, e é utilizado especialmente para definir o volume final da faixa no processo de masterização.

Desde a década de 1960, diversas gravadoras lançavam mão de uma compressão maior nas faixas de compactos do que de álbuns, para que soassem mais altas e se destacassem nas rádios e jukeboxes. Com o CD e o áudio digital, foi possível elevar o padrão da compressão para além do que era fisicamente possível no vinil, e o desejo de soar mais potente na competição com outras mídias (especialmente televisão e Internet) esbarrou numa limitação do próprio efeito: o excesso de compressão causa a distorção do som e, consequentemente, diminui a qualidade geral do áudio. Nos anos 2000, álbuns como “Death Magnetic“, do Metallica, chamaram a atenção de público e imprensa em todo o mundo para os níveis muito elevados de volume e compressão, que faziam com que a audição se tornasse mais cansativa do que prazerosa.

No início da década de 2010, instituições ligadas a áudio e telecomunicações desenvolveram uma nova maneira de se medir a intensidade do som gravado, criando a unidade métrica LUFS (“loudness units full scale”, ou unidades de intensidade em ampla escala), mais apropriada para avaliar a compressão geral de uma gravação. Com o surgimento do iTunes Radio, os serviços de streaming começaram a intervir no áudio e estabelecer seus padrões de LUFS, que buscam uniformizar a experiência do usuário ao escutar músicas de diferentes épocas e estilos.

Recentemente, o YouTube e o Spotify tornaram-se notícia em blogs especializados por terem fixado seus padrões de compressão sonora em, respectivamente, -13 e -14 LUFS, que são relativamente altos, mas não excessivos. O que isso significa, na prática? Que, caso você abuse da compressão na sua masterização, o volume da sua faixa vai ser diminuído até atingir o padrão da plataforma, não importando o desejo de soar mais alto. Sua faixa pode, inclusive, soar mais baixa no serviço de streaming do que outras músicas que tenham sido masterizadas em um volume geral inferior e que tenham mais amplitude dinâmica.

No fim das contas, o benefício é geral: músicos e selos agora devem entregar suas masters com volumes e compressão menos agressivos para que soem melhores ao público, acabando com práticas de mercado que empobreciam a qualidade final do áudio.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

PAUTA MUSICAL: JOEL NASCIMENTO

Por Laura Macedo





O LP “O Pássaro”, segundo da carreira de Joel Nascimento já mostrava a qualidade de Joel Nascimento como intérprete e compositor.

Acompanham Joel, Dino, no Violão de 7 Cordas, Jorginho, no pandeiro, Moacyr Silva, no sax, e Copinha e Jorginho nas flautas e flautins.


“O Pássaro” (Joel Nascimento).


“Bares da cidade” (Joel Nascimento / Paulo César Pinheiro).


“A felicidade” (Tom Jobim)


“Somente saudade” (Joel Nascimento)


CORPO DO MÚSICO WILSON DAS NEVES É ENTERRADO NO CEMITÉRIO DE SULACAP, NO RIO

Velório do artista foi realizado na quadra da escola de samba Império Serrano durante a noite deste domingo (27). Wilson lutava contra um câncer no estômago.

Por Alba Valéria Mendonça


Corpo de músico foi sepultado às 10h50 no cemitério de Sulacap


O corpo do músico Wilson das Neves foi sepultado por volta das 10h50 desta segunda-feira (28), no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. Representantes de velhas guardas de várias escolas de samba foram prestar a última homenagem ao artista. Segundo um dos filhos de Wilson, o professor de educação física Julio Cesar das Neves, o músico vai deixar saudades e um legado de correção e seriedade.

"Ele era um pai carinhoso, atencioso e responsável,porém sem muito nhem nem nhem. Ele era sério, direto não só na música, mas em tudo o que fazia. Era meu ídolo maximo. Deixa uma mensagem positiva de vida, de ideia e de conceitos, de caráter e dignidade. Vai fazer muita falta", disse Júlio César.

Sambista Wilson das Neves morre aos 81 anos


O documentarista Cristiano Abud, que desde 2007 vem preparando um documentário sobre a vida de Wilson das Neves, lembrou que uma das últimas coisa que o músico fez foi ver o filme. "Ele começou a passar mal logo depois de ver o filme, que está fase de finalização. Começamos a gravar e acompanhar o trabalho dele antes mesmo de buscarmos patrocínio. Sem dinheiro, vínhamos fazendo esse trabalho de 2007 a 2013. O pessoal da banda do Chico Buarque até brincava com a gente, dizendo que o filé ia se chame "E o vento levou", por causa da das horas de gravação. Agora, em fase de finalização, só faltava mesmo ele ver o filme. E ele gostou muito" disse Abud que pretende lançar o documentário em dezembro.

O velório do músico foi realizado na quadra da Império Serrano na noite de domingo (27). Amigos e membros da bateria também prestaram homenagens. Um sistema de som tocava clássicos da carreira do músico, especialmente "o samba é meu dom". Uma bandeira da agremiação foi colocada sobre o caixão.

Representantes de escolas de samba chegam pra o enterro de Wilson da Neves em Sulacap (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)


Filho de Wilson, Julio Cesar Azeredo das Neves contou que o quadro do pai, que lutava contra um câncer no estômago, piorou nas últimas três semanas. "Ele estava doente mas num quadro estável. Aí ele foi piorando, e a gente resolveu levá-lo num medico", explicou. Segundo ele, a homenagem da escola e da classe musical conforta o momento de dor da família. "Essa é a casa dele, aonde ele foi ele levou o nome da Império Serrano", disse Julio Cesar.

Bandeira do Império Serrano é colocada sobre o caixão de Wilson das Neves (Foto: Henrique Coelho/G1 Rio)


Wilson das Neves morreu na noite deste sábado (26) no Rio de Janeiro. Ele lutava contra um câncer e estava internado em um hospital na Ilha do Governador. Conhecido e saudado no meio artístico pelo bordão "ô sorte", Das Neves era baterista, instrumentista, compositor e cantor.

Diversos artistas prestaram homenagem a Wilson das Neves, como Chico Buarque, com quem ele tocava bateria desde 1982, e Zeca Pagodinho, que o chamou de "um dos mais importantes músicos brasileiros". A escola de samba Império Serrano declarou luto oficial de três dias.

Império Serrano preparou bandeira especial em homenagem a Wilson das Neves (Foto: Henrique Coelho/G1)

MINHAS DUAS ESTRELAS (PERY RIBEIRO E ANA DUARTE)*




30 - Getúlio, Juscelino, Ademar: Amizade com o poder

Com sua inteligência e humor ferino, meu pai era muito requisitado pelos grandes políticos da época. Frequentava palácios e gabinetes. Sua capacidade de falar ao povo atraía os políticos, que lhe pediam músicas — na maioria das vezes, marchinhas de Carnaval — para suas campanhas. Foi assim com Getúlio Vargas, por quem foi recebido muitas vezes no Palácio do Catete. Numa delas, no início de sua separação de Dalva e afastado da Rádio Nacional, meu pai e alguns artistas estavam num bate-papo animado com o presidente, quando Getúlio perguntou: “Herivelto, como é que vai a nossa Rádio Nacional?”. Meu pai, meio surpreso pela falta de informação do presidente, respondeu: “Deve ir bem, meu presidente. Não sei muito o que acontece por lá, porque meu contrato não foi renovado”. “Isso não é possível! Um artista como você não pode estar fora da Nacional. Você é um dos nossos patrimônios culturais!” Alguns dias depois, meu pai recebeu um telefonema de Vítor Costa, diretor da Rádio Nacional, todo meloso: “Herivelto, você anda sumido. Vê se aparece pra conversarmos. E olha, Herivelto, dinheiro não vai ser problema pra gente acertar sua vida aqui, tá bom?”. E assim aconteceu a volta de Herivelto à Rádio Nacional. Outro político que lhe pediu músicas para suas campanhas foi Ademar de Barros. A composição “A caixinha do Ademar”, feita para a campanha à presidência da República de 1950, que ele não venceu, foi gravada por Nelson Gonçalves com o pseudônimo de Quincas Gonçalves.

Quem não conhece
Quem não ouviu falar
Na famosa caixinha do Ademar
Que deu livro
 Deu remédio
Deu estrada
Caixinha abençoada
Já se comenta de norte a sul
Com Ademar tá tudo azul 

Outras duas músicas da campanha de Ademar foram gravadas por Araci de Almeida, também com pseudônimo. Não sei bem como era o acerto dele com os políticos, mas me lembro de que na época ele andava com a ideia fixa de ter um avião. Não deu outra. Quando Ademar perguntou a meu pai o que que-ria, ele disse: “Quero um avião!”. E o governador ofereceu a ele e a Benedito Lacerda, seu parceiro, um Junker, que devia ser da Vasp. Era um avião de três motores, um no bico e dois nas asas. Foi um alvoroço. Meu pai ficou todo prosa, porque era dono de um avião. E a gente, na maior empolgação, torcendo para chegar logo o dia em que nos levaria para dar uma volta. Lembro que uma das vezes em que fomos convidados para um passeio no avião estávamos em São Paulo. Mal levantou voo no aeroporto de Congonhas, tivemos de retornar, pois a torre avisara que havia caído um pedaço do avião. Fomos ver e era a tampa do reservatório de combustível que havia se soltado. Foi um susto e tanto. Logo passou o entusiasmo de meu pai e Benedito — descobriram que sustentar um avião não era para qualquer um . Tentaram fazer de tudo com o aparelho: carga, turismo, passeio, transporte… Algum tempo depois desistiram e passaram adiante aquele monstro por 200 mil cruzeiros, uma nota na época. Também o presidente Juscelino Kubitschek era muito amável com os artistas e apreciava estar com meu pai. Ele gostava muito de música e de dançar e convidava os compositores da época com frequência para irem ao Palácio do Catete. Papos agradáveis rolavam e saraus musicais aconteciam . Numa dessas reuniões, meu pai foi convidado a visitar Brasília, que ainda não passava de um grande projeto e muitas máquinas levantando poeira. Outros artistas foram junto, entre eles Dilermando Reis, Ataulfo Alves, Grande Otelo, Onéssimo Gomes. Na sede do governo em Brasília, o Catetinho, Juscelino falou bastante do seu projeto aos artistas, abraçado a meu pai. Explicou a importância de sua obra e, apontando uma poeira que se levantava a alguns quilômetros adiante, disse: “Herivelto, tá vendo a poeira que cobre aquela máquina gigantesca? Lá vai ser a maior avenida de Brasília, a W3. Quero que você vá lá, escolha um terreno, qualquer um, e diga pro meu assessor aqui”. Mesmo tendo de pagar o equivalente, hoje, a 50 reais por mês, meu pai fez pouco-caso daquele papo do presidente. Não acreditou na obra, não enxergou o futuro. E hoje não sou herdeiro de um terreno na avenida W3, em Brasília. Teve outra história parecida. Ele era amigo do prefeito de Angra dos Reis, que o adorava, e foi convidado para passar um fim de semana com ele. Quando estavam lá, em meio a muita cantoria e alguns drinques, o político, todo orgulhoso de sua cidade, ofereceu a meu pai: “Herivelto, posso te oferecer uma ilha aqui em Angra!”. “Ilha?” “Claro, uma ilha. Angra tem centenas e eu ainda posso te oferecer uma!” “Muito obrigado, senhor prefeito, mas o que eu faria com uma ilha? Muito obrigado.” E, mais uma vez, não sou herdeiro de uma ilha em Angra dos Reis. Este era o meu pai, um homem completa-mente sem visão para o mundo prático. 




* A presente obra é disponibilizada por nossa equipe, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudiável a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo.

JOHNNY HOOKER E LINIKER LANÇAM PARCERIA NA FAIXA 'FLUTUA'

A faixa faz parte do novo disco do cantor recifense, 'Coração', e é inspirado em uma história de amor homossexual


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Johnny Hooker lançou em julho o seu novo single Flutua, que conta com a participação especial da cantora Liniker. A faixa faz parte do seu novo disco, Coração.


A letra é inspirada em uma história de amor homossexual e reflete sobre a resistência e de um afeto que ultrapassa obstáculos. Sobre a participação da cantora paulista, Johnny pontua que quando a viu no palco, pensou que 'tinham que fazer algo juntos'. A capa do single, por sua vez, mostra os dois artistas se beijando.

Hooker já havia apresentado a música no programa Conversa Com Bial, da Globo, no começo do mês e a apresentação vitalizou nas redes sociais.




domingo, 27 de agosto de 2017

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS DA MPB

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Renato Braz é uma das gratas surpresas surgidas na música popular brasileira a partir dos anos de 1990. Seu primeiro disco chegou ao mercado em 1996, mas o início de sua carreira se deu tocando bateria e cantando em bares e casas noturnas de São Paulo, além de participar de diversos festivais de música por todo o país. O seu modo discreto de conduzir a carreira acabou por fazê-lo um artista muito bem conceituado, no entanto sem o destaque merecidoapesar de belíssimos trabalhos lançados ao longo dessas últimas duas décadas de estrada. Com discos pautados na qualidade sonora e uma seleta escolha de repertório, Renato (ao lado de Mônica Salmaso, Zeca Baleiro, Pedro Mariano, Chico César e alguns outros poucos que agora não me recordo), vem se destacando como um dos mais expressivos nomes da geração surgida na MPB ao longo dos anos de 1990. Seu  primeiro disco, como dito lançado em 1996, trouxe como título o seu nome e apresenta um repertório que fugia da linha mercadológica fonográfica vigente a partir de um repertório que conta com faixas como "Anabela" (Mário Gil e Paulo César Pinheiro), "Bambayuque" (Zeca Baleiro), "Retirantes" (Dorival Caymmi), "Estrela da terra" (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro), "7x7" (Guinga e Aldir Blanc), "Pagã" (Chico César), "Passarinheiro" (Jean Garfunkel e Pratinha) e "Meu drama" (Silas de Oliveira e Joaquim Ilarindo), entre outras. Apesar de ser um estreante, este disco contou com a participação dos músicos Sizão Machado, Mário Gil, Laércio de Freitas, da também iniciante Mônica Salmaso e do conceituado e exigente Dori Caymmi, que participou da faixa "O porto". Por este disco, em 1997, o CD "Renato Braz" foi indicado para o Prêmio Sharp, na categoria Revelação.

Desde então o artista hoje em questão vem galgando espaços significativos dentro da música popular brasileira contemporânea de qualidade a partir de projetos como o CD "História antiga", que lançado em 1998 contém em seu repertório músicas de autores como Dori Caymmi, Paulo César Pinheiro, Tom Jobim, Vinicius de Moraes Zé Dantas, Edu Lobo, Chico Buarque, entre outros. Novamente o disco contou com a participação de Dori Caymmi no violão e nos arranjos. Essa amizade com o Dori acabou os aproximando ao ponto do cantor, instrumentista e compositor radicado nos EUA esteja quase sempre presente nos projetos fonográficos do músico e cantor paulista. Sua discografia conta ainda com projetos como "Outro quilombo" (que ratifica a seleta escolha de repertório a partir de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Sueli Costa entre outros). Por conta do CD "Outro quilombo", foi contemplado com o o Prêmio Visa/Edição Vocal, em 2002, o que lhe rendeu a gravação, nesse mesmo ano, do CD "Quixote", no qual registrou as músicas como "Disparada" (Geraldo Vandré e Téo de Barros) e "Canto das três raças" (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), entre outras; o CD "Por toda a minha vida – As canções de Jean e Paulo Garfunkel"; "Papo de passarim", disco gravado ao vivo no Teatro Fecap (SP) em parceria com Zé Renato; projeto lançado em 2012; ao lado do músico Nailor Proveta o disco "Silêncio - Um tributo a João Gilberto" (2014). Em 2015 lançou "Saudade" (projeto voltado para o mercado americano onde constam algumas regravações ao lado do nomes como Paul Winter,Dixon Van Winkle, Dori Caymmi, Ivan Lins e The Dmitri Pokrovsky Ensemble) e "Canela" (projeto ao lado do Quarteto Maogani). Atualmente vem divulgando "Mar Aberto" (2016), projeto lançado ao lado do amigo Mário Gil.

SEPULTAMENTO DE CORPO DE WILSON DAS NEVES SERÁ, NESTA SEGUNDA (28), NO RIO DE JANEIRO

Amigos e parceiros de palco se despediram de Wilson das Neves, velado na escola de samba na Império Serrano, escola de samba da qual era padrinho

Por Márcia Maria Cruz


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Depois da despedida realizada na noite de ontem na Escola de Samba Império Serrano, o corpo do instrumentista, cantor e compositor Wilson das Neves será enterrado hoje às 10h no Cemitério Jardim da Saudade no Rio de janeiro. Carioca da gema, admirado no mundo da música pelo talento e respeitado por sua história no samba, Wilson morreu aos 81 anos em decorrência de um câncer no Hospital da Ilha do Governador.

A morte foi anunciada por comunicado divulgado nas redes sociais no último sábado: “É com grande pesar que comunicamos a todos a partida do nosso grande mestre que foi tocar suas baquetas do outro lado. Ficaremos com as boas lembranças. Salve nosso Mestre! Salve Wilson das Neves!” O Império, agremiação de que Neves era Padrinho, decretou três dias de luto.“O Império e a sinfônica do samba lamentam o falecimento de seu baluarte. O Império declara luto oficial de três dias.”

Wilson das Neves não testemunhou a revolução que anunciava no samba que compôs com Paulo César Pinheiro. Em versos dizia que o Brasil mudaria, quando o morro descesse fora do carnaval, no entanto, as palavras do compositor, no entanto, seguem inspirando seja no morro ou no asfalto: “a evolução já vai ser de guerrilha e a alegoria um tremendo arsenal/ o tema do enredo vai ser a cidade partida / no dia em que o couro comer na avenida/ se o morro descer e não for carnaval.”

Começou a tocar como baterista de Chico Buarque na década de 1980 e por seu talento participou de cerca de 800 discos, em parceria com nomes como Elza Soares, Roberto Carlos, Elis Regina, Wilson Simonal, Elizeth Cardoso, Cartola, Nelson Cavaquinho, Clara Nunes, João Nogueira e Beth Carvalho. Recentemente, tocou com o rapper Emicida, participando da faixa “Trepadeira”. Com talento que extrapolava participou dos grupos Os Gatos e Os Catedráticos. Sambista do Império Serrano, foi parceiro de Aldir Blanc, Paulo César Pinheiro, Ney Lopes, Cláudio Jorge, Martinho da Vila, Moacyr Luz e Chico Buarque. Lançou-se como cantor em 1996, com o álbum “O som sagrado de Wilson das Neves”, em que registrou “O samba é meu dom”.

O talento e a genialidade de Wilson foram destacados por diversos artistas, que lamentaram a passagem do cantor, com a postagem de fotos em perfis da rede social. “Nosso profundo sentimento com a passagem de Wilson das Neves, um dos mais importantes músicos brasileiros. Nosso carinho para a família desse grande mestre”, disse Zeca Pagodinho. A cantora Teresa Cristina também se pronunciou. “Não há palavras para descrever o que representa a partida de Wilson das Neves. Sorte a nossa, de ter ouvido seus ensinamentos”, escreveu.

Parceiros de longa data, em 2015, Elza Soares e Wilson das Neves voltaram a se encontrar quando completava 47 anos da gravação do álbum Elza Soares – Baterista: Wilson das Neves. Em sua conta do Instagram a cantora demonstrou tristeza pela passagem do amigo: “Acabo de sair do palco, e receber a notícia sobre meu amado Wilson das Neves”. Fabiana Cozza lembrou do último encontro com o mestre, quando cantaram juntos O samba é meu dom", canção que Fabiana tomou emprestado para dar o título de seu primeiro trabalho. “Nosso último encontro em junho deste ano, na PUC-RJ. Eu não consigo dizer nada tamanha a minha tristeza. Só obrigada! Maria Gadu também postou em sua conta no Instagram: Ô sorte ter te conhecido e estado tantas vezes ao seu lado. Voa, Maestro!

O diretor de cinema Fernando Meirelles postou em sua conta no Instagram foto de Wilson na abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro, quando o bamba do samba dividiu o palco com o menino Thawan. Os dois vestidos de branco sambaram no centro do Maracanã na cerimonia que foi dirigida por Meirelles. “Dia triste. Foi-se Wilson das Neves” escreveu Meirelles.

Confira algumas fotos publicadas por artistas e amigos no Instagram:

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