terça-feira, 26 de dezembro de 2017

CLAUDETE SOARES, 80 ANOS

Resultado de imagem para CLAUDETE SOARESComeçou sua carreira como cantora infantil no programa "A raia miúda", de Renato Murce, na Rádio Nacional, apresentado diretamente do Teatro João Caetano (RJ). Em seguida, passou a se apresentar no "Programa do guri", de Silveira Lima, na Rádio Mauá. Dois anos depois, apresentou-se no programa "Papel carbono", de Renato Murce. De lá foi para a Rádio Tupi e, participando do programa "Salve o baião", na Rádio Tamoio, conheceu Luiz Gonzaga que a apelidou de "Princesinha do Baião". No seu primeiro disco, um 78 rpm, gravado pela Columbia em 1954, cantou dois baiões, "Você não sabe" (Eny de Castro Perret) e "Trabalha, Mané" (João Luís da Silva e João da Silva). No final dos anos 50, foi convidada por Silvinha Telles para substituí-la como cantora do Hotel Plaza (RJ). Na casa noturna, dividiu o palco com Luís Eça, João Donato, Baden Powell e Milton Banana, entre outros músicos. Em 1960, gravou duas faixas com as músicas "Sambop" (Durval Ferreira e Maurício Einhorn) e "A fábula que educa" (Silvino Júnior, Orlandivo e Eumir Deodato), no LP, da Copacabana, "Nova geração em ritmo de samba", do qual participaram também Marilúcia, Silvino Júnior e Eumir Deodato. Ainda em 1960, convidada por Ronaldo Bôscoli, apresentou-se no show "A noite do amor, do sorriso e da flor", na antiga Faculdade de Arquitetura do Rio de Janeiro. Participou, também, do programa "Brasil 60", de Bibi Ferreira, levado ao ar pela TV Excelsior (SP). Ainda nos anos 60, começou a divulgar o repertório da bossa nova em casas noturnas de São Paulo, primeiro na Baiúca, depois no Cambridge, atingindo o sucesso como atração no Juão Sebastião Bar, para depois inaugurar a boate Ela, Cravo e Canela, com Pedrinho Mattar, no espetáculo Um show de show. Em 1964, gravou "Claudette é dona da bossa", seu primeiro LP solo, lançado pela gravadora Mocambo, em que se destacam as músicas "Garota de Ipanema", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e "Tristeza de nós dois", de Durval Ferreira, Bebeto e Maurício Einhorn. No ano seguinte, gravou "Claudette Soares", LP que incluiu, entre outras, a canção "Primavera", de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes. Em 1966, apresentou-se, com Taiguara e o Jongo Trio, no espetáculo "Primeiro tempo 5 x 0", dirigido pela dupla Mièle e Bôscoli, realizado na boate Rui Bar Bossa e depois no Teatro Princesa Isabel (RJ). Do show resultou o LP homônimo, lançado pela Philips no mesmo ano.



Ainda em 1966, foi premiada com o Troféu Euterpe de melhor cantora do ano e participou do I Festival Internacional da Canção (RJ), interpretando "Chorar e cantar", de Vera Brasil e Sivan Castelo Neto. No ano seguinte, contratada pela Rede Record, apresentou-se no programa "Jovem Guarda" interpretando "Como é grande o meu amor por você", de Roberto e Erasmo Carlos. Em 1968, gravou um disco somente com músicas de Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Um ano depois, gravou o LP "Quem não é a maior tem que ser a melhor", lançado pela Philips. Em 1970, participou do V Festival Internacional da Canção, interpretando "Mundo novo, vida nova", de Gonzaguinha. No ano seguinte, apresentou-se, com Agildo Ribeiro e Pedrinho Mattar, no show "Fica combinado assim", realizado no Teatro Princesa Isabel (RJ). Ainda nesse ano, ficou nas paradas de sucesso durante 56 semanas consecutivas, com a canção "De tanto amor", de Roberto e Erasmo Carlos, incluída em LP lançado pela Philips. Em 1972, casou-se com o músico Júlio César Figueiredo, e fixou-se definitivamente em São Paulo, recebendo nos anos 90 o título de cidadã paulistana. No final dos anos 70, idealizou o projeto de gravação de uma série de LPs com Dick Farney. Gravou apenas dois discos da série, devido ao falecimento do cantor. Com a morte do amigo, afastou-se, aos poucos, da carreira artística, retomando-a nos anos 90, após seu divórcio. Apresentou-se no Teatro Rival (RJ), com os espetáculos "Nova leitura", em 1991, e "Não há mulheres iguais", uma homenagem às maiores compositoras brasileiras, de Chiquinha Gonzaga a Rita Lee, em 1992. No ano seguinte, homenageou Vinicius de Moraes com o show "Claudette Soares interpreta Vinicius". Em 1996, acompanhada pela orquestra de cordas "Cellos em Sampa", estreou no Memorial da América Latina de São Paulo, com o espetáculo "Claudette en-canta Taiguara: Geração 70". Comemorando 50 anos de carreira, lançou, em 2000, o CD "Claudette Soares ao vivo". O disco contou com a participação de Roberto Menescal, Garganta Profunda, Claudinha Telles, Velha Guarda da Mangueira, Lucinha Lins, Regininha, Daniel Gonzaga, Paulinho da Viola, Jorge Benjor, Fábio Júnior e Fafá de Belém, entre outros convidados. Em 2002, apresentou-se, com Leandro Braga, na casa noturna Mistura Fina, em show de lançamento do CD "Claudette Soares & Leandro Braga". Em 2007 Claudette lançou o CD "Foi a Noite", dedicado ao repertório de Tom Jobim. Em 2011 a cantora grava o CD "A Dona da Bossa Ao Vivo".


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