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ENTREVISTAS EXCLUSIVAS

Um bate-papo com alguns dos maiores nomes da MPB e outros artistas em ascensão.

HANGOUT MUSICARIA BRASIL

Em novo canal no Youtube, Bruno Negromonte apresenta em informais conversas os mais distintos temas musicais.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

MAESTRO JARBAS CAVENDISH - ENTREVISTA EXCLUSIVA

Por Bruno Negromonte

O professor, maestro e arranjador pernambucano Jarbas Cavendish Seixas é graduado pela Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO) desde 1992 e mestre em música brasileira; além disso é também professor auxiliar na UNIRIO, onde é responsável pelas disciplinas Harmonia e Teclado, Percepção Harmônica e Prática de Conjunto.
Seu "know-how" vai além, pois também exerceu funções administrativas tais como Chefe do Departamento de Educação Musical e Coordenador do Projeto de Pesquisa Universitária “Criação e Produção em Música Popular da UNIRIO. Atualmente, é professor na Escola de Música da UFG, onde é responsável pela disciplina Práticas Instrumentais e coordena o Núcleo de Música Popular, de onde é oriunda a Banda Pequi, banda esta que foi apresentada ao público do Musicaria Brasil ao longo deste mês.
Depois de um DVD lançado em 2004 e intitulado de "Banda Pequi Ao vivo Itaú Cultural " finalmente , depois de 10 anos de existência foi lançado no último novembro houve o álbum "Leila Pinheiro Banda Pequi Nelson Faria" (álbum esse já abordado em uma das matérias anteriores) , onde Jarbas divide os arranjos do disco com outros músicos. Segue abaixo uma entrevista exclusiva concedida por Jarbas ao nosso Musicaria Brasil!

A primeira pergunta é mais de cunho biográfico do que necessariamente profissional. Em que cidade pernambucana nasceu o menino Jarbas e de que origem vem o sobrenome Cavendish?

Jarbas Cavendish - O "menino" Jarbas é mameluco, de Casa Forte, de Pernambuco, Recife e leão do norte. Vivi anos de ouro no maravilhoso bairro de Casa Forte como verdadeiro menino de rua. Liberdade extrema em todas as fases, coisa complicada hoje em dia. Comecei música muito cedo, acho que com 4 ou 5 anos já arranhava um pianinho com minha mãe, Carmen Cavendish, virtuosa pianista tanto na linguagem erudita quanto popular.


O Brasil é sem dúvida um celeiro de grandes nomes da música instrumental, se levarmos em consideração nomes que enaltecem os instrumentos de sopro em nosso país como por exemplo Paulo Moura, Léo Gandelman, Pixinguinha, Mauro Senise, Carlos Malta e tantos outros que a lista não caberia aqui de tão extensa. Durante a sua infância e adolescência você já tinha predileção por algum músico, disco ou cantor específico?

JC - Cara, o cara em Recife na minha época ouvia de tudo, tudo mesmo, de Luis Gonzaga a Hermeto Pascoal, passando por Frank Sinatra, Lindomar Castilho e Chico Buarque, sem deixar de falar em Caju e Castanha. As rádios tocavam tudo o que era bom. Minha infância musical foi formatada dentro de uma ampla percepção da qualidade e estudei muito piano “erudito”. Acho que aos 13 ou 14 anos, quando comecei a estudar e tocar bastante violão popular já tinha mais ou menos uns 8 anos de estudo formal, no Conservatório Pernambucano de Música. Lá conheci músicos e professores como Clóvis Pereira, Guedes Peixoto, Eliana Silveira, Edson Rodrigues e o Mestre Duda. Na verdade em diversas fases da minha vida ouvi e vivi diversos músicos e "músicas".


E a convicção de que seguiria o caminho da música surgiu em que época de sua vida e se deu por que?

JC - Eu sempre tive a certeza que a música como profissão para mim era fato consumado. Afastei-me dela durante alguns anos, tendo a oportunidade de estudar economia (2 anos na UFPE), trabalhar no Banorte, ser proprietário de uma imobiliária e de um bar de relativo sucesso na época (1982), no bairro de casa amarela (Chop House). Mas em 1985 caiu a ficha e a partir de então direcionei minhas energias para a música. Transferi meu curso na UFPE para bacharelado em instrumento e me formei na UNIRIO, onde fiz concurso e de imediato comecei a carreira docente.


Por qual circunstância você pernambucano que é foi parar em Goiás e Como se deu esse inusitado encontro entre dois pernambucanos, amantes da música e de profissão semelhantes que é você e o Alexandre Magno? (Temos que levar em consideração que do Recife a Goiás há mais de 2000 km de distância)

JC - Antes de parar em Goiás vivi 13 anos no Rio de Janeiro, onde finalizei meu curso e comecei a carreira docente. Lá desenvolvi e coordenei um projeto semelhante a Pequi intitulado Orquestra de Música Popular da UNIRIO, chegando a gravar um Cd em 1995. No Rio conheci minha atual esposa, a flautista Verônica Alde, Napolitana de nascimento que veio viver com os pais em Goiânia. Encontramos-nos na UNIRIO e no período de 1996 até 1998, pedi licença da universidade e foi morar e administrar a fazenda do meu sogro, tendo uma ímpar experiência profissional e de vida. Retornei ao Rio e em 2000 já estava definitivamente morando em Goiânia, trabalhando na UFG. Quando cheguei aqui encontrei uma escola forte em diversas áreas de atuação e minha vinda deu-se por conta de um acordo técnico cooperativo entre as instituições, para o desenvolvimento da música popular na escola de música da ufg (EMAC). A razão da minha vinda deu-se primeiro pelo meu interesse pessoal em sair do Rio, uma cidade já extremamente violenta, e o fato de no meu currículo existir diversas ações na referida matéria. Entre outras ações destacam-se o Projeto de Extensão Orquestra de Música Popular da Unirio, ter sido membro da comissão de elaboração e implantação do curso de música popular da unirio, o Projeto Workshop de música popular, com parceria com o banco do Brasil, onde troxe para sala de aulas músicos como Carlos Malta, João Lira, Cristóvão Bastos, Pedro Luis e a Parede, Lenine, Ed Mota, Joyce, Cássia Eller e o trompertista Winton Marsales. Essas ações justificaram minha vinda pra Goiânia e logo que cheguei aqui, com esforço da diretora Glacy Antudes e por sua solicitação e incondicional apoio (nossa madrinha) montei o projeto Banda Pequi. Aqui conheci meu irmão Alexandre Magno, na época professor substituto de trombone e "cabôco arretado"de bom. A liga foi imediata a partir desse momento começamos a pesquisa de repertório, adequação ao nível dos alunos, aquisição de equipamentos,etc. Hoje o Alexandre é professor efetivo e está em fase final de doutoramento nos estados Unidos, com previsão de retorno para 2012.


A Banda Pequi é um projeto de extensão Projeto de Extensão e Cultura da Escola de Música da UFG, mas é possível fazer parte dela alunos de outras instituições ou esse projeto se dá apenas para atender a demanda da UFG?

JC - A ideia inicial do projeto foi fazer um rebuliço no cenário musical local, tanto acadêmico como de produção. A demanda de alunos disponíveis na escola sempre foi grande e o projeto estabeleceu a disciplina conjunto musical, disponível nas grades curriculares dos diversos cursos da EMAC como fonte de alimento. Porém por ser um projeto de Extensão a interação com a comunidade também tinha de ser contemplada, possibilitando sim a presença do músico não aluno no projeto. No início foi difícil colocar na cabeça das pessoas a possibilidade de se acreditar num projeto dessa natureza. Diziam que nossa história não duraria um ano. Completamos dez. Hoje temos sete professores tocando e envolvidos no projeto, alunos de mestrado, graduação, ex-alunos e músicos da comunidade. Todos os integrantes recebem bolsa de ajuda de custo da Pro-Reitoria de Extensão e somos um projeto também da Reitoria.


Quem acompanha a Pequi sabe que em 2006 foi lançado em DVD pelo Projeto Rumos do Instituto Itaú Cultural um show realizado no projeto Toca Brasil em 2004. Por que o caminho inverso? Por que não primeiro o CD e depois o DVD?

JC - Pelo fato da Pequi ser um projeto institucional de uma universidade federal, muito das necessidade de mercado como tocar sempre, em qualquer lugar, de qualquer forma, nós não temos. Tudo o que fizemos até hoje foi por convite, solicitação. Nosso encontro com o Itaú cultural começou de forma espontânea, quando o Rumos esteve em Goiânia e nos conheceu. O Edson Natale, gerente do Núcleo de música ficou encantado e nos convidou para participar da apresentação e Sampa e gravação do DVD. Foi um divisor de águas na vida da Pequi.


Na canção “Rapa côco” de sua autoria é perceptível ao longo do arranjo levadas que nos remetem a cultura pernambucana como o maracatu, assim como em todo o trabalho da Pequi é notável a música muito arraigada aos ritmos brasileiros mais genuínos. Como se dá a concepção dos arranjos entre vocês?

JC -
No início do projeto tínhamos uma preocupação em adequação do nível dos arranjos com o potencial instrumental da banda. Fomos a Recife, Alexandre e eu e trouxemos vários arranjos de Duda, Flávio Fernandes, Edson Rodrigues e Dimas Sedícias entre outros. Como nossa formação musical passa com forte influência pela música pernambucana é lógico que sempre fizemos (e faremos) baião, frevo, maracatu, etc. Eu tenho escrito bastante para o grupo mas também utilizamos convidar amigos arranjadores para abastecer nosso banco de partituras. Podemos destacar Rafael dos Santos, Adail Rodrigues e recentemente meu amigo Nelson Faria.


Algo que observei entre os participantes do projeto é que o Nosso Trio (os músicos Nelson Farias, Ney Conceição e Kiko Freitas) coincidentemente tocaram (ou ainda tocam) com o João Bosco. Na concepção do projeto vocês cogitaram a ideia da participação do João ou desde o início a Leila já vinha sendo cogitada para protagonizar junto à Pequi esse projeto?

JC -
Esse encontro surgiu de um convite feito pela organização de um belo festival de música chamado Canto da Primavera, realizado na cidade de Pirenópolis (GO) onde já estavam se apresentando e dando aulas o nosso trio. Quando o Nelson soube desse convite se animou bastante e indicou o convite para que a Leila pudesse participar conosco do show. A liga foi perfeita e fizemos uma bela apresentação. Dessa apresentação surgiu a idéia da gravação do Cd e nosso repertório foi basicamente dividido entre as músicas e arranjos do Nelson, nossas músicas e após músicas com a Leila. Nossa idéia sempre foi tentar um intercâmbio com os melhores músicos para elevar nossa performance. Já deram canja conosco Arismar do Espírito santo, Carlos Malta, Teço Cardoso, Zé Canuto, Marcelo Martins, Thiago Espírito Santo, Rafael dos Santos e Monica Salmaso. A Leila caiu como luva na nossa vida e existe sim para 2011 a tentativa de ampliar o repertório para fazermos com João Bosco um show completo. Seria o máximo.


Como se deu a escolha do repertório do CD ( um repertório que abrange desde Moacir Santos, Tom Jobim e Guinga até Chico Buarque, Milton Nascimento e Nelson Faria)?

JC -
Nosso repertório e escolhido pela qualidade musical. Realmente tentamos tocar de tudo o que é bom. Hoje temos um banco de dados com músicas específicas para big band com mais de 80 peças. Tocamos Duda, Gilberto Gil, Luiz Gonzaga, e diversos outro feras. Um dado interessante é que os alunos de bacharelado em composição da EMAC têm no 5º período a disciplina conjunto musical obrigatório onde eles escrevem para diversos grupos como orquestra, coro, quarteto de violão e banda pequi. Atualmente abrimos nossas apresentações com a música Berimbau, de Baden Powell com arranjo de um de nossos alunos, o Talantilio.


Assim como a Pequi, existem outros grupos no estilo “Big Band” em nosso país como por exemplo a Spok Frevo Orquestra e a Mantiqueira; mesmo a música instrumental brasileira sendo tão rica nunca ela nunca teve o espaço merecido na mídia como um todo. Jarbas, desses 10 anos de existência da Banda Pequi, quais as maiores dificuldades encontradas a frente desse projeto?

JC -
Sinceramente nossa aceitação aqui é unânime. Onde tocamos temos sempre um bom público, fiel e já nosso fã. Tocamos bastante em festivais, feiras e congressos, onde temos a oportunidade de apresentar nosso trabalho a um público variado e nacional. Acredito que nossa dificuldade é logística, somos 20 músicos e transportar, alimentar e pagar tanta gente fica inviável. Nossa resistência se resume no grupo acadêmico, que dá suporte logístico e administrativo. Em 2010 fizemos uma apresentação em Florianópolis no congresso da associação nacional de pesquisa e pós graduação em música e foi um arraso. Foi universidade, prefeitura, congresso, governo estadual, todos ajudando nessa empreitada.


A Leila Pinheiro certa vez falou que o problema de alguns artistas não está na pirataria física, na carrocinha que negocia cd’s nos grandes centros urbanos do país; mas sim na pirataria feita em casa a partir de discos baixados na internet. Como se dá a sua relação enquanto músico com esse tipo de situação?

JC -
Quando eu era adolescente fiquei maravilhado com a liberdade que trazia a nova tecnologia da fita cassete. Diversas músicas e autores numa mesma fita, era a liberdade total.
Comparo esse momento atual da internet como um processo sem volta. Não sei se é bom ou ruim, pois o problema de divulgação fica aparentemente resolvido, agora, como pagar direito a todos os profissionais envolvidos no processo?
Um dia após o lançamento do Cd o site “um que tenha” já disponibilizada o Cd na íntegra para ser baixado. Pela divulgação acho bom, só não vemos dindim.


Existem grandes festivais de música instrumental em nosso país como, por exemplo, o de Alto Paraíso aí em Goiás e aqui em Olinda (PE) a Mostra Internacional de Música (MIMO). Eu venho acompanhando a MIMO a cerca de 03 anos e o que tenho percebido é que a música instrumental é bem aceita como um todo. Os concertos geralmente são lotados e isso comprova que a música de qualidade, se concederem espaço, será bem aceita. A questão está no direcionamento que se é dado para a música. Como Educador e músico que você é gostaria de saber qual a sua concepção em relação a música e a educação básica em nosso país? Deveria ser algo curricular desde os primeiros anos escolares?

JC -
A música instrumental sempre vai ter espaço, onde quer que seja ou esteja. É assim e sempre foi. É a qualidade quem rege essa relação e sempre haverá um bom ouvido perdido nessa massa. A música instrumental não deve se apoiara na mídia de entretenimento, pois não é seu local de atuação. Os festivais são a oportunidade de divulgação do nosso trabalho, tanto aqui como no exterior. Nosso objetivo para 2011 é tentar entrar em circuitos fora de Goiânia, como o próprio MIMO, que acompanho e estimo. Aqui em Goiás temos o Canto da Primavera e o Goyaz Jazz Festival que são referência para nós e já passaram por aqui diversos monstros da música instrumental.


Em 2007 você esteve a frente do projeto Pixinguinha assumindo a direção musical paralelamente com o projeto da Pequi. Em 2011 há mais algum projeto em vista ou esse ano que estamos iniciando, a princípio é apenas para a difusão desse álbum lançado?

JC -
Todo ano tento realizar outras atividades tanto artística como de educação. Estamos tentando uma turnê com o projeto Sons do Cerrado, que participou do Pixinguinha, junto com Yamandu Costa. Outro grande desejo é uma ida da Pequi a Recife, Rio, São Paulo, Noruega e Canadá. São sonhos, planos. Nossa história mostra que já realizamos alguns que ninguém acreditava acontecer, portanto, vamos sonhar...

JORGE MAUTNER, 70 ANOS

Por Bruno Negromonte



Jorge Henrique Mautner completou 70 anos agora em janeiro. Carioca da gema, Jorge Mautner vive de forma filosófica e intensa casa minuto de sua vida acho que desde o dia 17 de janeiro de 1941. Filho de Anna Illich e Paul Mautner. Ambos vieram para o Brasil como refugiados na Segunda Guerra Mundial. Sua mãe, Anna, era austríaca de origem iugoslava e católica, se ocupava dos afazeres domésticos; seu pai Paul, judeu-austríaco, era extremamente culto, e entre outras atividades, trabalhou no Brasil com a comunicação da agência de resistência judaica anti-nazista. Mautner nasceu pouco tempo depois do desembarque de seus pais em terras tupiniquins: "Eu nasci aqui um mês depois de meus pais chegarem ao Brasil, fugindo do holocausto".

Em sua vinda para o Brasil, os pais de Mautner deixaram na Europa a filha do casal, Susana, trazendo como consequência a mãe de Mautner uma paralisia em razão do trauma sofrido por essa separação imposta pelas condições adversas. Assim, devido a esse problema de saúde sofrido pela mãe de Maunter ele fica sob os cuidados de uma babá chamada Lúcia, que era ialorixá. Foi quando ele conhece o candomblé.

Pouco tempo depois, 1948, seus pais se separam e sua mãe casa-se cm um violonista chamado Henri Müller. Müller toca na Orquestra Sinfônica de São Paulo e por esse motivo Jorge Mautner passa a morar em São Paulo junto com o seu padrasto. Henri ensina Jorge a tocar violino.

Em São Paulo, Jorge vai estudar no Colégio Dante Alighieri. E apesar de ótimo aluno, é expulso do colégio antes de concluir o 3º ano do ensino médio, por ter escrito um texto considerado indecente. De quebra, sai do colégio com a "alcunha" de tarado. Mas aí o "tarado"Mautner já esta envolvido com o mundo das letras e começa a escrever seu primeiro livro, Deus da chuva e da morte, aos 15 anos de idade. O livro foi publicado em 1962 e compõe, com Kaos (1964) e Narciso em tarde cinza (1966), a trilogia hoje conhecida como Mitologia do Kaos.

Em 1962, adere ao Partido Comunista Brasileiro, convidado pelo professor Mario Schenberg para participar, com José Roberto Aguilar, de uma célula cultural no Comitê Central. Após o golpe militar de 1964, é preso. É liberado, sob a condição de se expressar mais "cuidadosamente",Coisa que óbviamente não vem a acontecer.

Em 1966, vai para os Estados Unidos, onde trabalha na Unesco e trabalha na tradução de livros brasileiros. Também dava palestras sobre esses livros para a Sociedade Interamericana de Literatura. A partir de 1967, passa a trabalhar como secretário do poeta Robert Lowell. Conhece Paul Goodman, sociólogo, poeta e militante pacifista anarquista da nova esquerda, de quem recebe significativa influência.

Em 1970, vai para Londres, onde se aproxima de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Volta ao Brasil e começa a escrever no jornal O Pasquim. Nesta época, conhece Nelson Jacobina, que será seu parceiro musical até os dias atuais.


Em 10 de dezembro de1973, no período mais duro da ditadura militar, participa do Banquete dos Mendigos, show-manifesto idealizado e dirigido por Jards Macalé, em comemoração dos 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Do espetáculo participam também Chico Buarque, Dominguinhos, Edu Lobo, Gal Costa, Gonzaguinha, Johnny Alf, Luis Melodia, Milton Nascimento, MPB-4, Nelson Jacobina, Paulinho da Viola, Raul Seixas, entre outros artistas. Com apoio da ONU, o show acontece no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, transformado em "território livre", e resulta em álbum-duplo gravado ao vivo. O disco foi proibido durante seis anos pelo regime militar e liberado somente em 1979. Já em 1987 lança, com Gilberto Gil, o movimento "Figa Brasil" no show O Poeta e o Esfomeado. Figa Brasil ligado ao movimento Kaos, voltado à discussão de questões ligadas à cultura brasileira.

Dentre as obras de Mautner estão os livros Deus da chuva e da morte, de 1962 (que recebeu o Prêmio Jauti de literatura); Fragmentos de sabonete, de 1973; Kaos; Narciso em Tarde Cinza; Floresta Verde Esmeralda; Miséria Douradaundamentos do Kaos; Sexo do Crepúsculo; Poesias de Amor e de Morte; Panfletos da Nova Era; O Vigarista Jorge. Seu mais recente livro, Mitologia do Kaos, lançado em 2002 pela Azougue, recebeu montagem para teatro realizada pelo diretor baiano Fábio Viana. O espetáculo, de criação coletiva, reúne música, dança e teatro e foi intitulado Filhos do Kaos. É parte de um trabalho de pesquisa cênica, artística e estética que vem sendo realizado há muito tempo pelo diretor para o projeto denominado Trilogia do Kaos.Mautner, " que esteve em Salvador especialmente para assistir à estréia da performance artística, declarou "Filhos do Kaos é a própria tragédia grega viva, e todos nós sabemos (e viva Rei Lopes!) que a Grécia Antiga é aqui no Brasil!".

Entre seus sucessos musicais gravados por grandes nomes da MPB, incluem-se O vampiro (Caetano Veloso), Maracatu atômico (Gilberto Gil e Chico Science & Nação Zumbi), Lágrimas negras (Gal Costa), Samba dos animas (Lulu Santos) Rock Comendo Cereja, O vampiro e Samba Jambo com (Jonge).

Seu último registro fonográfico foi o CD "Eu Não Peço Desculpas", em parceria com Caetano Veloso.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

70 ANOS DO MAIOR DISCÍPULO DE LUIZ GONZAGA

Recuperado de um infarto, Dominguinhos festeja o aniversário hoje, na maior casa de forró de São Paulo. A maior atração será ele mesmo, que volta a tocar e cantar, ao lado da filha.

Por José Teles

José Domingos de Moraes, Dominguinhos, patrimônio do povo brasileiro, faz 70 anos hoje, de bem com a vida. “Posso dizer que sou um homem feliz, e ainda mais por ser um homem reconhecido no meu País”. A felicidade de Dominguinhos é ainda maior, porque ele voltou a gozar de boa saúde, depois de um susto que o coração lhe pregou (teve um princípio de infarto), no mês passado: “Os médicos me garantiram que estou ótimo, fui tratado a tempo, e a recuperação está sendo rápida”, conta o músico, por telefone. Hoje ele volta a cantar e tocar, na festa de aniversário que lhe será oferecida na maior casa de forró de São Paulo, O Canto da Ema. Dominguinhos não sabia ainda quais os colegas que estariam na festa, mas a música estava garantida com ele e a filha, a cantora Liv Moraes (do seu segundo casamento com pernambucana Guadalupe).

Nascido em 12 de fevereiro de 1941, na zona rural de Garanhuns, Dominguinhos, chamado de Neném (só viraria Dominguinhos nos anos 60), e os irmãos Moraes e Valdomiro apresentavam-se nas ruas de Garanhuns como os Três Pinguins. Ele era o pandeirista. Aprendeu com Lula Preto, que tocava com seu pai, o mestre Chicão, agricultor, e sanfoneiro. Lula Preto, cujo nome era Luiz Gonzaga o ajudou assim, indiretamente, a conhecer outro Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. O cantor foi a Garanhuns em 1949, e trouxeram até ele Os Três Pinguins. Gonzaga gostou de Neném. Deu-lhe um maço de notas como cachê, e disse-lhe que o procurasse se um dia fosse ao Rio de Janeiro.

Em 1954, ele, o pai e o irmão viajaram de pau de arara para a então Capital Federal. Moraram em Nilópolis, num quarto alugado por Moraes, que já vivia lá. Dominguinhos trabalhava numa tinturaria. No final de semana tocava com o pai e irmãos, nas praças, passando o chapéu. Um dia foram à casa de Luiz Gonzaga, no Meier, Zona Norte carioca. Não tinham nada a perder. Depois de Gonzaga recebê-los só tiveram a ganhar. Dominguinhos ganhou de Lua um sanfona de 80 baixos. Além da sanfona, que o ajudaria a ganhar o pão por muito tempo, ganhou a amizade de Luiz Gonzaga que, em música, via longe. Viu que aquele adolescente franzino não era apenas mais um sanfoneiro, e o “adotou”. No dia 13 de dezembro, nomeou, oficialmente, Neném do Acordeão, na época com 15 anos, seu herdeiro artístico. A “nomeação”, aconteceu na festa de aniversário de Gonzagão, diante dos convidados.



“Seu Luiz só ficou com raiva de mim uma vez, foi quando soube que eu ia casar”, lembra Dominguinhos. Ele estava viajando com a primeira formação do Trio Nordestino (com Zito Borborema e Miudinho), quando soube que a namorada, Janete estava grávida: “Eu estava com 17 anos, e seu Luiz disse que minha carreira iria acabar ali”. Foi só um arroubo comum a Luiz Gonzaga, homem de pavio curto. A carreira de Dominguinhos só fez crescer a partir dali. Para sustentar a mulher e o filho, tocou em programas de rádios, em boates, clubes, foi enriquecendo seu vocabulário musical, com todos os gêneros possíveis de músicas.



O primeiro disco, no entanto, só gravaria dez anos depois de ter saído de Garanhuns, em São Paulo, na gravadora Cantagalo, fundada por outro sanfoneiro célebre, Pedro Sertanejo. Seu LP de estreia recebeu um título paradoxal: Fim de festa. Mas a festa estava só começando. A partir daí sua carreira correria paralela e complementar à de Luiz Gonzaga. Como o Rei do Baião, amargou tempos bons e ruins. Estava no palco do Teatro Tereza Rachel quando Luiz Gonzaga foi admitido no circuito universitário, com o aval dos tropicalistas. Dominguinhos seria o sanfoneiro preferido desta turma, e dois anos mais tarde, presentearia Gilberto Gil com um dos maiores sucessos de sua carreira: Só quero um xodó, feita em parceria com sua então companheira Anastácia. A música de Dominguinhos estendeu-se para todas esquinas da MPB, do forró mais tradicional à sofisticação de Chico Buarque. Seu próximo disco (e DVD), já gravado, não poderia ter título mais apropriado: O iluminado, conta com participações de Gilberto Gil, Yamandú Costa e Elba Ramalho. No entanto, não chegou às lojas porque Dominguinhos não tem gravadora, nem até agora conseguiu patrocínio (sic).


Discografia Completa - Dominguinhos

Fim de festa (1964)
Faixas:
01 - Fim de festa
02 - Do jeito que Deus mandou
03 - Taca fogo na fogueira
04 - Frevo cantagalo
05 - Desafio a São João
06 - Amor ingrato
07 - Baião
08 - Rala o côco Lili
09 - Ingratidão
10 - Ninguém é demais
11 - Não há compreensão
12 - Garanhuns


Cheinho de molho (1965)
Faixas:
01 - Panorama
02 - Forró na Caiçara
03 - Cheinho de molho
04 - Samba matuto
05 - Escadaria
06 - Juazeiro
07 - Na casa de Dona Anita
08 - Homenagem a Januário
09 - Doce de côco
10 - Canto do sabiá
11 - Paulo Afonso
12 - Vira e mexe


13 de dezembro (1966)
Faixas:
01 - Sapo de Galocha (Dominguinhos)
02 - Forró do Araripe (Dominguinhos)
03 - Domingando (Dominguinhos)
04 - Cuidado Violão (José Toledo)
05 - Passa Tempo (Orlando Silveira)
06 - O Valente Pedra Branca (Jorge Paiva)
07 - Treze de Dezembro (Luiz Gonzaga)
08 - Pé de Serra (Luiz Gonzaga)
09 - Forró em Puxinanan (Zito Borborema - Sebastião Nobrega)
10 - Homenagem a Velha Guarda (Sivuca)
11 - Vamos Acordar (J. Luna - Pedro Sertanejo)
12 - O Canto do Galo (Jorge Paiva)


Festa no sertão (1973)
Faixas:
01 - Baião Mimoso (Dominguinhos - Anastácia)
02 - Este é Forró (Dominguinhos - Anastácia)
03 - Forró da Pesada (Dominguinhos - Anastácia)
04 - Toque esta Outra Vez (Domguinhos - Anastácia)
05 - Você Queria Tá aí (Dominguinhos - Anastácia)
06 - Enigmático (Altamiro Carrilho)
07 - Forró em Petrolina (Anastácia - Dominguinhos)
08 - Esse é Boa (Anastácia - Dominguinhos)
09 - Amor Estou Voltando (Anastácia - Dominguinhos)
10 - Festa no Sertão (Anastácia - Dominguinhos)
11 - Minha decisão (Anastácia - Dominguinhos)
12 - Homenagem a Pixinguinha (Dominguinhos - Anastácia)


Lamento de caboclo (1973)
Faixas:
01 - Triunfo
02 - Lamento de caboclo
03 - Piauiense
04 - Palmeira dos Índios
05 - No tempo do meu pai
06 - Enchendo o saco
07 - Perigoso
08 - Homenagem à Nazareth
09 - Palmares
10 - Frevo em Olinda
11 - Alagoinhas
12 - Casamento no Joazeiro


Tudo Azul (1973)
Faixas:
01 - A gente vê depois
02 - Frevo baiano
03 - Garoto do pife
04 - Sem mistério
05 - Evocação
06 - Tudo azul
07 - É isto mesmo
08 - Lamento sertanejo
09 - Recife a João Pessoa
10 - Sanfona sentida
11 - Arrastando as alpargatas


Dominguinhos e seu acordeon (1974)
Faixas:
01 - Cururú no Bréjo (Dominguinhos)
02 - Algodão (Zé Dantas - Luiz Gonzaga)
03 - Vai quem Pode (Dominguinhos)
04 - Saudoso (Dominguinhos - Anastácia)
05 - Oito Baixos Pra Frente (Dominguinhos - Anastácia)
06 - Machucadinho (Dominguinhos)
07 - Piadinho do Vovó (Dominguinhos - Zé Lagoa)
08 - Cuidado Comigo (Dominguinhos)
09 - Passeando (Dominguinhos)
10 - Velhos Tempos (Dominguinhos)
11 - Quadrilha na Palhoça (Dominguinhos - Anastácia)
12 - Dêdo Quente (Dominguinhos - Anastácia)


Forró de Dominguinhos (1974)
Faixas:
01 - São João do carneirinho (Guio de Moraes - Luiz Gonzaga)
• Eu só quero um xodó (Dominguinhos-Anastácia)
02 - O Chero da Carolina Amorim Roxo - Zé Gonzaga)
• O xote das meninas (Zé Dantas-Luiz Gonzaga)
• No meu pé de serra (Humberto Teixeira-Luiz Gonzaga)
03 - Sebastiana (Rosil Cavalcanti)
• Coroné Antônio Bento (Luiz Wanderley-João do Vale)
04 - Olha pro céu (José Fernandes - Luiz Gonzaga)
• São João bonito (Dominguinhos-Anastácia)
05 - Maria Joana (Luiz Bandeira)
• Qui nem jiló (Humberto Teixeira-Luiz Gonzaga)
06 - Na fugueira (Dominguinhos - Anastácia)
07 - Imbalança (Luiz Gonzaga - Zé Dantas)
• 17 légua e meia (Carlos Barroso-Humberto Teixeira)
08 - Forró tema (Dominguinhos - Anastácia)
09 - Siri jogando bola (Luiz Gonzaga - Zé Dantas)
• Respeita Januário (Humberto Teixeira-Luiz Gonzaga)
• Forró de Mané Vito (Luiz Gonzaga-Zé Dantas)
10 Baião (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)
11 São João na roça (Luiz Gonzaga - Zé Dantas)
• Tenho sede (Dominguinhos-Anastácia)
12 Lá e cá (Dominguinhos - Anastácia)
• Forró em Petrolina (Dominguinhos-Anastácia)


Domingo, menino Dominguinhos (1976)
Faixas:
01 - Quero um xamego - (Dominguinhos - Anastácia)
02 - O babulina - (Dominguinhos - Anastácia)
03 - Destino traquino - (Dominguinhos - Anastácia)
04 - De mala e cuia - (Dominguinhos - Anastácia)
05 - Minha ilusão - (Anastácia)
06 - Gracioso - (Altamiro Carrilho)
07 - Tenho sede - (Dominguinhos - Anastácia)
08 - Forró do sertão - (Dominguinhos - Anastácia)
09 - Veja - (Dominguinhos - Anastácia)
10 - Cheguei pra ficar - (Dominguinhos - Anastácia)
11 - O canto de acauã - (Dominguinhos - Anastácia)
12 - Baião violado - (Dominguinhos)


Oi lá vou eu (1977)
Faixas:
01 - Eu vou de banda - (Dominguinhos - Anastácia)
02 - O que aconteceu, menina - (Dominguinhos - Anastácia)
03 - No dia em que eu vim me embora - (Caetano Veloso - Gilberto Gil)
04 - Detrás do meu quintal - (Dominguinhos - Anastácia)
05 - Oi, lá vou eu - (Dominguinhos - Anastácia)
06 - 6 Xote da gameleira - (Dominguinhos - Anastácia)
07 - Catingueira fulorou - (Dominguinhos - Anastácia)
08 - Desilusão - (Dominguinhos - Anastácia)
09 - Forró em Lagoa da Canoa - (Dominguinhos - Anastácia)
10 - Arrebol - (Dominguinhos - Anastácia)
11 - Não tem jeito que dê jeito - (Dominguinhos - Anastácia)
12 - Tempo triste - (Renato Vargas - Damyr Costa)


Oxente, Dominguinhos!
Faixas:
01 - Doidinho, doidinho - (Dominguinhos - Anastácia)
02 - Quebra quenga -(Dominguinhos - Anastácia)
03 - Nossa Senhora da Conceição - (Dominguinhos - Anastácia)
04 - Saxofone, por que choras? - (Ratinho)
05 - Vou com você - (Dominguinhos - Anastácia)
06 - Esfola bode - (Dominguinhos - Anastácia)
07 - Ô xente - (Dominguinhos - Anastácia)
08 - Eu me lembro -(Dominguinhos - Anastácia)
09 - Espivitadinho - (Dominguinhos - Anastácia)
10 - O sertão te espera -(Dominguinhos - Anastácia)
11 - Chorinho pro Egídio Serpa - (Dominguinhos - Anastácia)
12 - Saudade matadeira - (Dominguinhos - Anastácia)


Apôs tá certo (1979)
Faixas:
01 - De Altamira a Campina Grande - (Dominguinhos)
02 - Chega morena - (Climério - Guadalupe - Dominguinhos)
03 - Chorinho pro Miudinho - (Dominguinhos)
04 - No forró de Dona Zefa - (Manduka - Dominguinhos)
05 - Apôs tá certo - (Dominguinhos)
06 - Penitente - (Abel Ferreira - Dominguinhos)
07 - Pode morrer nessa janela - (João Silva - Manoel Euzébio)
08 - Forrozinho aperreado - (Dominguinhos)
09 - Lamento sertanejo - (Dominguinhos - Gilberto Gil)
10 - Homenagem a Jackson do Pandeiro - (Dominguinhos)
11 - Beijo de brejo - (P. Maia - Climério - Dominguinhos)
12 - A costureira - (Manduka - Dominguinhos)


Quem me levará sou eu (1980)
Faixas:
01 - Abri a porta - (Dominguinhos - Gilberto Gil)
02 - Forró em Rolândia - (Dominguinhos)
03 - Fulô de Araçá - (Guadalupe - Dominguinhos)
04 - Te cuida jacaré - (Dominguinhos)
05 - Sete meninas - (Toinho - Dominguinhos)
06 - Tudo é São João - (Guadalupe - Dominguinhos)
07 - Quando chega o verão - (Abel Silva - Dominguinhos)
08 - Chorinho pra Guadalupe - (Dominguinhos)
09 - Quem me levará sou eu - (Manduka - Dominguinhos)
10 - Homenagem à Mestre Chicão - (Dominguinhos)
11 - O cortador de cana - (Tarcisio Acioli - Dominguinhos)
12 - Cabaré de bandido - (Dominguinhos)


Querubim (1981)
Faixas:
01 - Querubim - (Clésio - Dominguinhos)
02 - O galo já miudou - (Maranguape - João Silva)
03 - Diz amiga - (Guadalupe - Dominguinhos)
04 - Segura as calças - (Guadalupe - Dominguinhos)
05 - Esse velho sol - (Dominguinhos - Renato Teixeira)
06 - Cintura de abelha - (Maranguape - João Silva)
07 - Caxinguelê - (Clésio - Dominguinhos)
08 - Homenagem à Chiquinho do Acordeon - (Guadalupe - Dominguinhos)
09 - Xotenava - (Abel Silva - Dominguinhos)
10 - 17 légua e meia - (Carlos Barroso - Humberto Teixeira)
11 - Bigode de arame - (Guadalupe - Dominguinhos)
12 - Forró em Salgueiro - (Guadalupe - Dominguinhos)


A maravilhosa música brasileira (1982)
Faixas:
01 - Queixa - (Caetano Veloso)
• Atrás do trio elétrico (Caetano Veloso)
• A filha da Chiquita Bacana (Caetano Veloso)
02 - Algodão - (Luiz Gonzaga - Zé Dantas)
• Pau-de-arara (Luiz Gonzaga-Guio de Morais)
• Paraíba (Humberto Teixeira-Luiz Gonzaga)
• Qui nem jiló (Humberto Teixeira-Luiz Gonzaga)
03 - Eu e a brisa - (Johnny Alf)
• Céu e mar (Johnny Alf)
• Rapaz de bem (Johnny Alf)
04 - Inquietação - (Ary Barroso)
• Faceira (Ary Barroso)
• Aquarela brasileira (Ary Barroso)
05 - Meu guri - (Chico Buarque)
• Não sonho mais (Chico Buarque)
• Feijoada completa (Chico Buarque)
06 - Marina - (Dorival Caymmi)
• Só louco (Dorival Caymmi)
• Falsa baiana (Geraldo Pereira)
07 - Wave [Vou te contar] - (Tom Jobim)
• Corcovado (Tom Jobim)
• Triste (Tom Jobim)
08 - Amor até o fim - (Gilberto Gil)
• Procissão (Gilberto Gil)
• Expresso 2222 (Gilberto Gil)


Dominguinhos e sua sanfona (1982)
Faixas:
01 - Quebra Quenga (Dominguinhos-Anastácia)
02 - Esfola Bode (Dominguinhos-Anastácia)
03 - Espivitadinho (Dominguinhos - Anastácia)
04 - Ô Xente (Dominguinhos - Anastácia)
05 - Vou com você (Dominguinhos - Anastácia)
06 - Saxofone por que choras (Ratinho)
07 - Tenho Sede (Anastácia - Dominguinhos)
08 - Forrá do Sertão (Anastácia - Dominguinhos)
09 - Xote da Gameleira (Dominguinhos - Anastácia)
10 - Saudade Matadeira (Anastácia - Dominguinhos)
11 - Catingueira Fulorou (Anastácia - Dominguinhos)
12 - Gracioso (Altamiro Carrilho)
13 - Baião Violado (Dominguinhos)


Simplicidade (1982)
Faixas:
01 - Seja como flor - (Dominguinhos - Gonzaguinha)
02 - Estrelas somos nós - (Alceu Valença - Dominguinhos)
03 - Depois da derradeira - (Fausto Nilo - Dominguinhos)
04 - Caso descarado - (Clodô - Dominguinhos)
05 - Pé de boi - (Guadalupe - Dominguinhos)
06 - Briga à toa - (João Silva - Guadalupe)
07 - Riso cristalino - (Climério - Dominguinhos)
08 - Gotas de prata - (Guadalupe - Dominguinhos)
09 - Para boi dormir - (Clodô - Dominguinhos)
10 - Voz do vento - (Clésio - Dominguinhos)
11 - Guadá e Lio no forró - (Guadalupe - Dominguinhos)
12 - Saudade imprudente - (José Marcolino)
13 - Forró em Ribeirão - (Guadalupe - Dominguinhos)


Festa e alegria (1983)
Faixas:
01 É madrugada (Antônio Barros)
• Tenho sede (Dominguinhos-Anastácia)
• Eu só quero um xodó (Dominguinhos-Anastácia)
02 Vou voltar (Climério - Dominguinhos)
03 A sede do rio a fome do pão (Climério - Dominguinhos)
04 Volta e meia (Clodô - Dominguinhos)
05 Zibindinha no forró (Guadalupe - Dominguinhos)
06 Minhas desculpas (Zé Mocó - João Silva)
07 Ô menina, chega cá (Guadalupe - Dominguinhos)
08 De pé no chão (Don Tronxo - Romero Mamata)
09 Oswaldinho no forró (Guadalupe - Dominguinhos)
10 Fala coração (Clésio - Dominguinhos)
11 Sai do sereno (Onildo Almeida)
12 Pé na poeira (Guadalupe - Dominguinhos)


Isso aqui tá bom demais (1985)
Faixas:
01 - Isso aqui tá bom demais (Dominguinhos - Nando Cordel)
02 - Amigo velho tocador (Zé Mocó - João Silva)
03 - Numa sala de reboco (José Marcolino - Luiz Gonzaga)
04 - Forró com gosto de pecado (Guadalupe - Dominguinhos - Nando Cordel)
05 - Anjo da guarda (Dominguinhos - Nando Cordel)
06 - Seu amor é tão gostoso (Dominguinhos - Nando Cordel)
07 - Forró do quem quer (Oseinha - Antônio Barros)
08 - Pra fungar e poeirar (Maranguape - João Silva)
09 - Nilopolitano [Homenagem a Nilópolis] (Dominguinhos)
10 - Rolo da moenda (Luiz Guimarães - Pássaro Triste)
11 - Te faço um cafuné (Zé Carlos)
12 - Salão de barro batido (José Marcolino)


Gostoso demais (1986)
Faixas:
01 - Dançador ruim (Zé Mocó - João Silva)
02 - Zé do rock (João Silva - Raimundo Evangelista)
03 - Hoje é dia de forró (Dominguinhos - Nando Cordel)
04 - Forró arretado (Zezum)
05 - Quero ver você feliz (Guadalupe - Dominguinhos)
06 - Bota Severina pra moer (Zé Mocó - Zé Marcolino)
07 - Quero nem saber (Dominguinhos - Nando Cordel)
08 - Chameguinho (Cecéu)
09 - Gostoso demais (Dominguinhos - Nando Cordel)
10 - Saxofone, porque choras? (Ratinho)
11 - Forró traçado (Bastinho Calixto - Ana Paula)
12 - Eu me derreto (Dominguinhos - Nando Cordel)


Seu Domingos (1987)
Faixas:
01 - A procura de forró (Cecéu)
02 - Doidinho pra ver (João Silva)
03 - Fogo de amar (Dominguinhos - Nando Cordel)
04 - Pra se misturar gostoso (Dominguinhos - Nando Cordel)
05 - Ninguém vai nos separar (Guadalupe - Dominguinhos)
06 - Casamento no Juazeiro (Moraes Moreira)
07 - Estação (Clodô - Dominguinhos)
08 - Gandaeira (João Silva)
09 - O mel e o fel (Dominguinhos - Nando Cordel)
10 - Sempre você (Abel Silva - Dominguinhos)
11 - Danado no forró (Luizinho Calixto - Eurides)
12 - Nós dois de testa (Dominguinhos)


É isso aí! Simples como a vida (1988)
Faixas:
01 - Roça roça Guadalupe - (Dominguinhos)
02 - Remelexo (Dominguinhos - Nando Cordel)
03 - Judiou sem razão (Zé Mocó - João Silva)
04 - Bateu no coração (Dominguinhos - Nando Cordel)
05 - Um lugar ao sol (João Gonçalves)
06 - Já vou mãe (Dominguinhos - Anastácia)
07 - Me pede um carinho (Guadalupe - Dominguinhos)
08 - Forró do massapé (Léreu do Pandeiro)
09 - É doce feito açúcar (Dominguinhos - Nando Cordel)
10 - Forró em Timbauba (Guadalupe - Dominguinhos)
11 - Casa grande (Joãozinho da Alegria - Ângelo Gonçalves)
12 - Minha vidinha (Cecéu)


Veredas nordestinas (1989)
Faixas:
01 - Mais que um amigo (Zezum)
02 - Feito fogo (Guadalupe - Dominguinhos)
03 - Canta Luiz (Oliveira - Dominguinhos)
04 - O juazeiro e a sombra (Fausto Nilo - Dominguinhos)
05 - Por essa paixão (Cecéu)
06 - Minha pequena (Fubá - Lereu do pandeiro)
07 - Vá com Deus (Zezum)
08 - Garimpeiro real (Hélio Matheus)
09 - Forró amadurou (Zé Mocó - João Silva)
10 - Pra desabafar (Dominguinhos - Nando Cordel)
11 - De volta pro aconchego (Dominguinhos - Nando Cordel)
12 - Puxa e encolhe (Dominguinhos)


Aqui tá ficando bom (1990)
Faixas:
01 - Todo ano (Dominguinhos - Nando Cordel)
02 - Ilusão (Francisco Carin - Alcymar Monteiro)
03 - Gonzaga coração (Zé Sanfoneiro - Iranildo Medeiros - Juarez)
04 - Chorinho pra ele (Hermeto Pascoal)
05 - Ingratidão (Zé do Baião)
06 - Não faz assim (Dominguinhos - Nando Cordel)
07 - Prá lá de bom (Luiz Gimarães - João Silva)
08 - Retrato redondinho (João Silva - Gebardo Moreira)
09 - Vários caminhos (Liv - Dominguinhos)
10 - Fuga pro Nordeste (Dominguinhos)
11 - Um aperto de mão (Oliveira - Dominguinhos)
12 - A verdade dói (João Gonçalves)


Dominguinhos é Brasil (1991)
Faixas:
01 - Pouco índio, menos Chico (Zé Mocó - João Silva)
02 - No puladinho (Dominguinhos - Nando Cordel)
03 - É o amor (Guadalupe - Dominguinhos)
04 - Pinicando o zóio (João Gonçalves)
05 - Gosto de açúcar (Dominguinhos - Nando Cordel)
06 - Motorista brasileiro (Ed Barbicha)
07 - Galope do desejo (Dominguinhos - Nando Cordel)
08 - Onde está você (Zezum)
09 - Não me faça surpresa (Zezum)
10 - Homenagem a Lindu (Climério - Dominguinhos)
11 - Vai ter zoeira (João Silva)
12 - Nosso chorinho (Dominguinhos)


Garanhuns (1992)
Faixas:
01 - Coisa linda (Cecéu - Antônio Barros)
02 - Fofa chão (Oliveira - Dominguinhos)
03 - Faz de mim (Dominguinhos - Nando Cordel)
04 - Pouco importa (Oliveira - Dominguinhos)
05 - Estrela Gonzaga (J.Michiles)
06 - Fazenda Corisco (José Clementino)
07 - Balança sanfoneiro (Savinho)
08 - Já vi tudo (Jorge Silva de Recife - Jorge de Altinho)
09 - Chamego e xodó (João Silva)
10 - Meu Garanhuns (Zezun)
11 - Sem rumo e sem prumo (Chico Xavier - Julinho do Acordeon)
12 - Limpa banco (Guadalupe - Dominguinhos)
13 - As moças de angical (Climério - Dominguinhos)


O trinado do trovão (1993)
Faixas:
01 - É aí que pega fogo (Dominguinhos - Nando Cordel)
02 - Forró do Jesuíno (João Silva)
03 - O trinado do trovão (Manduka - Dominguinhos)
04 - A semana (Fausto Nilo - Dominguinhos)
05 - Pra eu e tu (Cecéu - Antônio Barros)
06 - Um abraço no Romeu (Dominguinhos)
07 - Arrasta pé (Climério - Dominguinhos)
08 - Não quero saber de crise (Guadalupe - Dominguinhos)
09 - Tentando sobreviver (João Gonçalves)
10 - Minha vida é te amar (Dominguinhos - Nando Cordel)
11 - Forró energia (Zezum)
12 - É você (Oliveira - Dominguinhos)

Choro Chorado (1994)
Faixas:
01 - Bebê (Hermeto Pascoal)
02 - Pedacinho do céu (Waldir Azevedo)
03 - Espinha de bacalhau (Severino Araújo)
04 - Tico-tico no fubá (Zequinha de Abreu)
05 - Delicado (Waldir Azevedo)
06 - Apanhei-te cavaquinho (Ernesto Nazareth)
• Part. Waldonys
07 - Doce de coco (Jacob do Bandolim)
08 - Modulando (Rubens Leal de Brito)
09 - Um abraço seu Domingos (Amilson Godoy)
10 - Um chorinho diferente (Yvone Rebelo - El Gaúcho)


Nas quebradas do sertão (1994)
Faixas:
01 - Tô berando (Zé Mocó - João Silva)
02 - Esse Brasil é meu (Cecéu - Antônio Barros)
03 - Eu sou do mundo (Climério - Dominguinhos)
04 - Um minuto é muito tempo (Dominguinhos - Nando Cordel)
05 - Forrozeiro apaixonado (João Gonçalves)
06 - Não esqueça a rapadura, tchê! (Hermeto Pascoal)
07 - Nem me deu bola (Zé Mocó - João Silva)
08 - Quem foi que viu? (Oliveira - Dominguinhos)
09 - Forró reveillon (Zezum)
10 - Casa, comida e paixão (Fausto Nilo - Dominguinhos)
11 - Brincadeiras de rua (Dominguinhos - Carlos Alberto)
12 - A moça do metrô (M. Raide - Dominguinhos)


Dominguinhos é tradição (1995)
Faixas:
01 - É tradição (Dominguinhos)
02 - Tenho sede (Dominguinhos - Anastácia)
03 - No bem bom (Dominguinhos - Nando Cordel)
04 - Teu carinho (Guadalupe - Dominguinhos)
05 - Firim fim fom do fole (João Gonçalves)
06 - Como eu sou (Cecéu - Antônio Barros)
07 - Duvide-o-dó (Zé Mocó - João Silva)
08 - O pavio e o lampião (Cecéu - Antônio de Barros)
09 - O nó (Eliésio - Oberdan Barbosa)
10 - Ainda acho pouco (Zezum)
11 - Oito baixos (Climério - Dominguinhos)
12 - Não sai de perto de mim (Dominguinhos - Nando Cordel)
13 - Nem santo, nem ouro (Manduka - Dominguinhos)
14 - Princesinha do choro (Dominguinhos)
15 - Vamos viver (Ailton de Oliveira)


Pé de poeira (1996)
Faixas:
01 - Ô xará (Zé Mocó - João Silva)
02 - Fogo na "paia" (Cecéu - Antônio Barros)
03 - Pot-pourri:
• Numa sala de reboco (José Marcolino-Luiz Gonzaga)
• Quando chega o verão (Dominguinhos-Abel Silva)
• Eu só quero um xodó (Dominguinhos-Anastácia)
04 - Canto nordestino (Airton Oliveira - Dominguinhos)
05 - Pé de poeira [Puxa o fole Eurides] (Dominguinhos)
06 - Corre pelo coração (Dominguinhos - Nando Cordel)
07 - Tô sozinho (Sebastião do Rojão)
08 - Maravilhoso São João (Dominguinhos)
09 - Coisa muito fina (Eliezer Setton)
10 - Recife minha paixão (Zezum)
11 - Você é ouro (Dominguinhos - Nando Cordel)
12 - Eu chego cedo (Clésio - Dominguinhos)
13 - Terra da procissão (Hélio Matheus)


Dominguinhos e convidados cantam Luiz Gonzaga - Volume 01 e 02 (1997)
Volume 01 - Faixas:
01 - Asa Branca (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)
02 - Forró do Mané Vito (Luiz Gonzaga - Zé Dantas)
03 - Cintura fina (Luiz Gonzaga - Zé Dantas)
04 - Estrada de Canindé (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)
05 - Olha pro céu (José Fernandes - Luiz Gonzaga)
06 - Capim novo (José Clementino - Luiz Gonzaga)
07 - Juazeiro (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)
08 - Treze de dezembro (Luiz Gonzaga - Zé Dantas)
09 - Baião da garoa (Luiz Gonzaga - Hervê Cordovil)
10 - Lorota boa (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)
11 - Paraíba (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)
12 - Pense n'eu (Gonzaguinha.)
13 - O xote das meninas (Luiz Gonzaga)
14 - A morte do vaqueiro (Nelson Barbalho - Luiz Gonzaga)
15 - Canta Luiz (Oliveira - Luiz Gonzaga)

Volume 02 - Faixas:
01 - A vida do viajante (Luiz Gonzaga - Hervê Cordovil)
02 - Tacaca (Lourival Passos - Luiz Gonzaga)
03 - Qui nem jiló (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)
04 - De Terezina a São Luiz (Helena Gonzaga - João do Vale)
05 - Numa sala de reboco (José Marcolino - Luiz Gonzaga)
06 - Súplica cearense (Nelinho - Gordurinha)
07 - Não vendo nem troco (Gonzaguinha. - Luiz Gonzaga)
08 - A volta da asa branca (Luiz Gonzaga - Zé Dantas)
09 - Assum preto (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)
10 - Vozes da seca (Luiz Gonzaga - Zé Dantas)
11 - No meu pé de serra (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)
12 - Nem se despediu de mim (João Silva - Luiz Gonzaga)
13 - Légua tirana (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)
14 - Estrela de ouro (José Batista - Antônio Barros)


Nas costas do Brasil (1998)
Faixas:
01 - Nas costas do Brasil (Clodô - Dominguinhos)
02 - Pout-pourri:
• Depois da derradeira (Dominguinhos-Fausto Nilo)
• Nem me deu bola (João Silva-Zé Mocó)
03 - Pedras que cantam (Fausto Nilo - Dominguinhos)
04 - Eu me lembro (Dominguinhos - Anastácia)
05 - Ter você é ter razão (Climério - Dominguinhos)
06 - Isso aqui tá bom demais (Dominguinhos - Nando Cordel)
07 - Relembrando os velhos tempo (Dominguinhos)
08 - Abri a porta (Dominguinhos - Gilberto Gil)
09 - Sorriso cativante (Dominguinhos - Anastácia)
10 - Meu Pajeú (Raimundo Granjeiro - Luiz Gonzaga)
11 - Eu sou do banco (Adelita Parente - Zé Clementino)
12 - Eu só quero um xodó (Dominguinhos - Anastácia)
13 - Riso cristalino (Climério - Dominguinhos)
14 - Sanfona do povo (Helena Gonzaga - Luiz Gonzaga)


Você vai ver o que é bom (1999)
Faixas:
01 - Não prende minhas asas (Dominguinhos - Nando Cordel)
02 - Brincadeira na Ribeira (Jorge de Altinho)
03 - Fogo e gasolina (Dominguinhos - Nando Cordel)
04 - Rato enfrentando gato (João Gonçalves)
05 - Bem querer (Carlinhos Rouxinol - Henauro)
06 - Relembrando meu pai (Mestre Chicão) (Dominguinhos)
07 - Forrozão (Zezum)
08 - Prece a Luiz (Climério - Dominguinhos)
09 - Nem pra tu, nem pra eu (Azulão)
10 - Quem eras tu (Dominguinhos - Nando Cordel)
11 - Moça de feira (J.Portela - Armando Nunes)
12 - O riacho do imbuzêro (Dominguinhos - Zé Dantas)
13 - O xote do coice (Dominguinhos)
14 - A quadrilha (João Cláudio - Dominguinhos)
15 - A quadrilha (Instrumental) (Dominguinhos)


Dominguinhos - Ao vivo (2001)
Faixas:
01 - De volta pro aconchego
• (Dominguinhos-Nando Cordel)
• Gostoso demais (Dominguinhos-Nando Cordel)
• Tenho sede (Anastácia-Dominguinhos)
02 - Chega morena -
• (Dominguinhos-Guadalupe-Climério)
• Numa sala de reboco (Luiz Gonzaga-José Marcolino)
03 - Eu me lembro -
• (Dominguinhos-Anastácia)
• Zé do rock (João Silva-Raymundo Evangelista)
04 - Doidinho, doidinho (Dominguinhos - Anastácia)
05 - Gandaiera
• (João Silva)
• No puladinho (Nando Cordel-Dominguinhos)
• Derramaro o gai (Luiz Gonzaga-Zé Dantas)
06 - Retrato da vida (Djavan - Dominguinhos)
07 - Tantas palavras (Chico Buarque - Dominguinhos)
08 - Xote da navegação (Chico Buarque - Dominguinhos)
09 - Contrato de separação (Dominguinhos - Anastácia)
10 - Lamento sertanejo (Dominguinhos - Gilberto Gil)
11 - Abri a porta (Dominguinhos - Gilberto Gil)
12 - Estação (Clodô - Dominguinhos)
13 - Balance eu (Nestor de Holanda - Luiz Gonzaga)
14 - Riacho do navio
• (Luiz Gonzaga-Zé Dantas)
• A vida do viajante (Luiz Gonzaga-Hervê Cordovil)
15 - Eu só quero um xodó (Dominguinhos - Anastácia)
16 - Alegria de pé de serra
• (Dominguinhos-Anastácia)
• Isso aqui tá bom demais (Dominguinhos-Nando Cordel)
• Pedras que cantam (Dominguinhos-Fausto Nilo)


Lembrando de você (2001)
Faixas:
01 - Pois é (André Santana - João Sereno)
02 - Lembrando de você (Dominguinhos - W. Macedo)
03 - O vendedor de caranguejo (Gordurinha)
04 - Carinho gostoso (Dominguinhos - Nando Cordel)
05 - Peba na pimenta (Adelino Rivera - José Batista - João do Vale)
06 - Ponto fraco (Dominguinhos - Nando Cordel)
07 - Quem me levará sou eu (Manduka - Dominguinhos)
08 - Caminhos do mar (Dudu Falcão - Danilo Caymmi - Dorival Caymmi)
09 - Meu amor quem dera (Targino Gondim - João Sereno - Manuca Almeida)
10 - Maceió (Lourival Passos)
11 - Luz de candeeiro (Climério - Dominguinhos)
12 - Represa do querer (Noel Tavares - Félix Porfirio)
13 - Desenho (Tim - João Sereno)
14 - Oswaldiano (Dominguinhos)


Chegando de mansinho (2002)
Faixas:
01 - Puxa-puxa, rala coco (Dominguinhos - Nando Cordel)
02 - Xote puladinho (João Silva)
03 - Plantio de amor (Climério - Dominguinhos)
04 - Preciso de teu sorriso (João Silva - Enok)
05 - Sanfona sentida (Dominguinhos - Anastácia)
06 - Forró do sapateiro (Petrúcio Amorim)
07 - A lavadeira (Maciel Melo - Rogério Rangel)
08 - Chegando de mansinho (Dominguinhos - Anastácia)
09 - O cheiro puro deste chão (Dominguinhos - Wally Bianchi)
10 - Lisbela (José Almino - Caetano Veloso)
11 - Seu Luis e São João (Zezum)
12 - Pensando nela (Jorge de Altinho)
13 - Tô indo embora (Felix Porfírio)
14 - Zé Pequeno, você é grande (Dominguinhos)


Cada um belisca um pouco (com Sivuca e Oswaldinho)(2004)
Faixas:
01 - Feira de Mangaio
02 - A Dança de Moda/Qui Nem Jiló/Fuga de África
03 - Es Só Quero Um Xodó
04 - Baião
05 - Feijoada/Pagode Russo/O Sanfoneiro Só Tocava Isso
06 - Cada Um Belisca Um Pouco
07 - Nilopolitano
08 - Sabiá/Numa Sala de Reboco/Xote das Meninas
09 - Adeus Maria Fuiô
10 - Isso Aqui Tá Bom Demais/Quero Chá/Pedras Que Cantam
11 - Roseira de Norte
12 - Asa Branca


Elba Ramalho e Dominguinhos (2005)
Faixas:
01 - Rio de Sonho (Dominguinhos, Wally Bianchi)
02 - Tenho Sede (Dominguinhos - Anastácia)
03 - Lamento Sertanejo (Dominguinhos - Gilberto Gil)
04 - Eu só Quero um Xodó (Dominguinhos - Anastácia)
05 - Vem Ficar Comigo (Nando Cordel - Dominguinhos)
06 - Onde está Você (Zezum)
07 - Retrato da Vida (Djavan - Dominguinhos)
08 - Chama (Tato)
09 - Xote de Navegação (Dominguinhos - Chico Buarque)
10 - Gostoso Demais (Dominguinhos - Nando Cordel)
11 - Forrozinho Bom (Dominguinhos - Climério Ferreira)
12 - De Volta Pro Aconchego - (Dominguinhos - Nando Cordel)
13 - Pedras que Cantam (Dominguinhos - Fausto Nilo) / Isso Aqui Tá Bom Demais (Dominguinhos - Nando Cordel)


Dominguinhos e Yamandú (2007)
Faixas:
01 - Molambo
02 - Perigoso
03 - João e Maria / Feira de Mangaio
04 - Estrada do Sol
05 - Velho realejo
06 - Chorando baixinho
07 - Domingando
08 - Wave
09 - Pedacinho do céu
10 - Bonitinho
11 - Xote miudinho
12 - Escadaria
13 - Bagualito
14 - Te cuida rapaz
15 - Asa branca / Prenda minha


Conterrâneos Dominguinhos (2009)
Faixas:
01 - Tempo Menino (João Sereno e Kaká Bahia)
02 - Cai Fora (Dominguinhos e Wally Bianchi)
03 - Gavião Peneirador (Dominguinhos e Marcos Barreto)
04 - Carece de Explicação (Dominguinhos e Clodo Ferreira)
05 - Vivendo a Brincar (Dominguinhos e Wally Bianchi)
06 - Por Amor ao Forró (Pinto do Acordeon)
07 - Conterrâneos (Clodo Ferreira, Climério Ferreira e Clesio Ferreira)
08 - Oi que Balanço Bom (Dominguinhos e Nando Cordel)
09 - Acácia Amarela (Luis Gonzaga e Orlando Silveira)
10 - Doidinha pra Dançar (Zezum)
11 - Duas Frutinhas (Dominguinhos e Capinan)
12 - Eita Paraíba (Dominguinhos, Chico Anísio e Sarah Benchimol)
13 - Bença Mãe (Bob Nelson)
14 - Como Tudo Começou (João Silva)
15 - Feito Mandacaru (Dominguinhos e Climério Ferreira)
16 - I é? (Dominguinhos)


DVD Dominguinhos ao vivo (2009)
Faixas:
01 - Hora do Adeus (Luiz Queiroga/Onildo Almeida)
02 - Nilopolitano (Dominguinhos)
03 - Guada e Liv no Forró (Dominguinhos/Guadalupe)
04 - Lé (Dominguinhos)
05 - Respeita Januário (Humberto Teixeira/Gonzagão)
06 - Sabiá (Zé Dantas/Gonzagão)
07 - Riacho do Navio (Zé Dantas/Gonzagão)
08 - Sete Meninas (Toinho Alves/Dominguinhos)
09 - Doidinho, Doidinho (Dominguinhos/Anastácia)
10 - Forró no Escuro (Gonzagão)
11 - Tenho Sede (Dominguinhos/Anastácia)
12 - Feira de Mangaio (Glorinha Gadelha/Dominguinhos)
13 - Petrolina Juazeiro (Jorge de Altinho)
14 - Lamento Sertanejo (Gilberto Gil/Dominguinhos)
15 - Faz Tempo (Dominguinhos/Clodo Ferreira)
16 - Casa Tudo Azul (Fausto Nilo/Dominguinhos)
17 - Anjo Querubim (Petrúcio Amorim)
18 - Retrato da Vida (Djavan/Dominguinhos)
19 - Enchendo o Saco (Dominguinhos/Anastácia)
20 - Dançando Ruim (João Silva)
21 - Nem se Despediu de Mim (João Silva/Gonzagão)
22 - Pau de Arara (Guio de Moraes/Gonzagão)
23 - Bicho de Sete Cabeças (Geraldo Azevedo/Zé Ramalho)
24 - Sala de Reboco (José Marcolino/Gonzagão)
25 - Tempo Menino (João Sereno/Kaká Brasil)
26 - Vida de Viajante (Gonzaguinha)
27 - Princesinha no Choro (Dominguinhos)
28 - Amizade Sincera (Renato Teixeira)
29 - Romaria (Renato Teixeira)
30 - Forró em Fazenda Nova (Dominguinhos)
31 - De Volta Pro Aconchego (Nando Corde/Dominguinhos)
32 - Onde Está Você (José Abdon)
33 - Plantio de Amor (Climério/Dominguinhos)
34 - Eu Só Quero um Xodó (Dominguinhos/Anastácia)
35 - Asa Branca (Humberto Teixeira/Gonzagão)
36 - Isso Aqui Tá Bom Demais(Nando Corel/Dominguinhos)
37 - Pedras que Cantam (Fausto Nilo/Dominguinhos)


Dominguinhos e Yamandú - Lado B (2010)
Faixas:
01 - Da Cor do Pecado
02 - Noites Sergipanas
03 - Fuga Pro Nordeste
04 - Doce de Coco
05 - Homenagem a Chiquinho
06 - Naquele Tempo
07 - Sanfona de Cordel
08 - Homenagem a Pixinguinha
09 - Choro do Gago
10 - Chorando em Passo Fundo
11 - Carioquinha
12 - Felicidade
13 - Pau de Arara
14 - No Rancho Fundo
15 - Solamente Una Vez

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

É COM ESSE QUE VOU...

Por Bruno Negromonte

Deixei pra escrever este artigo justamente 10 dias depois em que se é comemorado o aniversário do compositor Pedro Walde Caetano (ou mais popularmente conhecido como Pedro Caetano) tendo por objetivo enumerar a quantidade de referências a essa data significativa para a nossa música popular brasileira.

Sabe quantas matérias eu cheguei a encontrar sobre tal assunto nas minhas andanças virtuais por blogs, sites relacionados a música e etc.? Não mais que 3! isso mesmo... 3 matérias sobre o centenário de um relevante compositor de nossa MPB. Uma escrita pelo Rogério Coimbra, outra pelo Raphael Vidigal e a terceira matéria escrita pelo Luís Nassif.

Estou quase me convencendo que o brasileiro tem por característica a predileção por esquecer. E essa preguiça em exercitar a memória acaba dando em algo que poderia considerar como um autêntico Alzheimer cultural.

Mas vamos ao que de fato interessa: Pedro Caetano nasceu em uma fazenda situada em Bananal (SP) no dia 01 de fevereiro de 1911; porém ainda na infância, muda-se para o Rio de Janeiro acompanhando os seus pais. Com sua chegada ao Rio, ainda criança, começasse a se interessar por música e passa a estudar piano.

Aos 22 anos, fez seu primeiro samba de projeção, "Foi uma pedra que rolou", que foi foi lançado em 1934 por Silvio Caldas no Programa Casé, mas que só foi gravado seis anos depois por Joel e Gaúcho.

O primeiro sucesso foi a valsa "Caprichos do Destino", gravada em 1938 por Orlando Silva e composta em parceria com Claudionor Cruz, seu parceiro mais constante.

Em 1942, outro sucesso: "Botões de laranjeira", choro gravado por Ciro Monteiro no selo RCA Victor.

"Maria Madalena dos Anzóis Pereira
Teu beijo tem aroma de botões de laranjeira"

Ciro Monteiro seria um dos seus mais constantes intérpretes.

Ainda em 1942 outro grande sucesso: "Sandália de prata", samba composto em parceria com Alcir Pires Vermelho e com interpretação de Francisco Alves.

Aracy de Almeida gravou o samba "Engomadinho" parceria com Claudionor Cruz, e Gilberto Alves a valsa "A Dama de Vermelho", parceria com Alcyr Pires Vermelho.

No carnaval de 1944, Francisco Alves grava a marchinha "Eu Brinco (Com Pandeiro ou Sem Pandeiro)".

No ano de 1946, Ciro Monteiro gravou o choro "O que se leva desta vida", clássico de seu repertório.

No Carnaval de 1947, lançou outro samba de sucesso, "Onde estão os tamborins", gravado pelo conjunto Quatro Ases e Um Curinga, pelo selo ODEON.

"Mangueira, onde é que estão os tamborins, ó nêga,
Viver somente de cartaz não chega"

No carnaval de 1948, apresenta o samba "É com esse que eu vou", gravado pelos Quatro Ases e Um Curinga pelo selo ODEON.

"É com esse que eu vou sambar até cair no chão
É com esse que eu vou desabafar na multidão..."

Em 1961, lançou no Carnaval a marchinha "Desta vez vamos", cuja letra satirizava o slogan do então candidato à presidência da República Ademar de Barros.

Para o Carnaval de 1965 compôs, em parceria com Alexandre Dias Filho, a marcha "Todo mundo enche", outra sátira política.

Em 1968, participa do concurso de Carnaval promovido pela Secretaria de Turismo do então Estado da Guanabara, com a marcha "Jambete Sensação", parceria com Claudionor Cruz.

Em 1975, aos 64 anos, gravou na RCA Victor o seu único disco, interpretando os seus grandes sucessos.

Em 1984, publicou o livro "Meio Século de Música Popular Brasileira — O que Fiz".

O samba "É Com Esse Que Eu Vou", seu maior sucesso, voltou a fazer sucesso 25 anos mais tarde, quando foi gravado por Elis Regina.

O registro de seu depoimento para o programa Ensaio, da TV Cultura, de 1973, foi lançado em 2000 e está disponível em CD.

No dia 27 de julho de 1992 morre na cidade do Rio de Janeiro, aos 81 anos de idade.

Vale registrar que Pedro Caetano foi autor de mais de 400 composições, não fez da música a sua profissão, tendo sido comerciante de sapatos durante a sua vida profissional e teve parcerias com nomes conceituados de nossa MPB como: Claudionor Cruz (o mais constante), Pixinguinha, Noel Rosa, Alcir Pires Vermelho e Walfrido Silva.

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