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ENTREVISTAS EXCLUSIVAS

Um bate-papo com alguns dos maiores nomes da MPB e outros artistas em ascensão.

HANGOUT MUSICARIA BRASIL

Em novo canal no Youtube, Bruno Negromonte apresenta em informais conversas os mais distintos temas musicais.

sábado, 16 de junho de 2012

JÚLIA TYGEL - ENTREVISTA EXCLUSIVA

Dizem que entre o erudito e o popular existe uma tênue linha,  que a musicista Júlia Tygel soube explorar como poucos conforme podemos observar em seu álbum de estreia.

Por Bruno Negromonte


Júlia Tygel traz em seu álbum de estreia uma simbiose singular, talvez por isso o álbum não poderia trazer um título mais apropriado. Com o primeiro álbum batizado de "Entremeados",  Júlia debuta no mercado fonográfico mostrando a técnica assimilada no universo erudito por ora é aplicada a um repertório popular de primeira grandeza mostrando-se, dessa forma, uma artista de sensibilidade aguçada que sabe desvencilhar-se dos estigmas musicais que por muitos são aplicados. 

A artista que figurou em nossa publicação de número 1000: "O TALENTO E A SENSIBILIDADE QUE SE DESTACAM NO CAUDALOSO UNIVERSO INSTRUMENTAL BRASILEIRO", nesta nova pauta concede-nos uma entrevista exclusiva onde nos conta acerca da receptividade do público no exterior, fala sobre a pré-indicação do disco ao maior prêmio da música brasileira entre outros assuntos interessantes. Vale a pena conferir!



Como se deu a introdução da música em sua vida? Com que idade você teve o seu primeiro contato com o piano?

Júlia Tygel - Minha avó paterna tocava piano muito bem, mas não profissionalmente, meu pai um pouco, e tenho músicos na família por parte de pai. Mas, com pais separados, foi minha mãe (que não tem músicos na família) que, desde cedo, me abriu todas as possibilidades: acho que desde os 5 anos comecei a fazer aulas lúdicas de dança, teatro, desenho, música. Aos sete comecei a ter aulas de piano, e fui gostando mais da música. Minha mãe conta que comecei a cantar antes de aprender a falar – tem gravações em fita cassete ainda... e ela sempre apoiou esse movimento. Acho que fui parar no piano, e não em outro instrumento, pelas referências do meu pai e de minha avó, mas talvez por um encaminhamento da escola mesmo, pois é um instrumento muito didático para começar. Acho que foi algo natural, não me lembro muito bem...


Você é uma artista que vem de uma formação erudita e neste primeiro álbum você apresenta um repertório, digamos, popular. Como se deu a escolha das faixas se a essência de sua formação vem de um universo erudito?

JT - De novo, vem tudo da infância. Minha avó tocava piano erudito, e eu gostava muito. Minha mãe ouvia muita MPB em casa e eu sempre gostei muito também. Eu me lembro de ter desde bem pequena a idéia de uma música imaginária, que eu ainda não conhecia – se o que eu já conhecia era tão bonito, deveria haver algo incrível ainda desconhecido para mim. Eu ficava imaginando como seria, era mais uma sensação que um som. Lembro como foi frustrante quando comecei a ouvir mais coisas fora de casa, com os coleguinhas – em geral música mais comercial, disponibilizada pela grande mídia. Fiquei achando que talvez aquela música imaginária não existisse. Acho que a música erudita, que fui conhecendo na escola de música, era a que mais se aproximava daquela sensação, e eu fui gostando dela cada vez mais. Mas a MPB esteve sempre presente na minha casa, e eu gostava muito, especialmente os compositores mais presentes no CD: Chico Buarque, Edu Lobo, Tom Jobim, Vinicius de Moraes. Na adolescência, quando comecei a entender melhor as letras e a estrutura dessas músicas, me apaixonei ainda mais por esse repertório.

Além dessas influências, minha mãe é antropóloga e tive a oportunidade de viajar muito com ela pelo Brasil desde pequena, sempre de carro, fora do roteiro turístico, e sempre vendo e ouvindo muita coisa de cultura popular, de rua, por quase todas as regiões do país. Isso foi muito importante na minha formação também, tanto que mais adiante fui estudar etnomusicologia, que é o estudo da música na cultura. Ela também sempre me levou muito ao teatro, a concertos e shows, mais de música popular. Eu não me lembro mais com clareza da maior parte das coisas, mas tenho certeza de que tudo isso foi fundamental na minha formação.

Eu continuava estudando piano erudito, e a vontade de tocar aquele repertório popular vinha vindo. No fim da adolescência comecei um duo com um violoncelista da Sinfônica de Campinas, o Mário A. C. Costa, que era obviamente um músico muito mais experiente que eu e me ensinou muito, com uma enorme paciência. Eu estudava bastante pra tocar com ele! Nós tocávamos Brahms, Fauré, peças da música erudita. Mas ambos gostávamos de música popular e queríamos tocar MPB, só que não sabíamos nada – é uma outra abordagem, exige outros conhecimentos. Eu tentei fazer aulas, mas não me sentia ainda confortável, como uma roupa que a gente vê bonita na vitrine, mas não nos cai bem – não sabia qual era a minha cara ou o meu lugar ali naquele universo. Daí decidimos começar a escrever arranjos, que seria uma forma de criarmos partituras para podermos tocar Chico Buarque como quem toca Brahms. Ele escreveu um ou dois e eu escrevi a grande maioria dos arranjos e composições do CD Entremeados, durante o tempo que tocamos juntos – desde o fim da adolescência até o começo da faculdade de música. Tive então a oportunidade de experimentar bastante a escrita para o violoncelo, com ele e depois com outros violoncelistas, e ir aprendendo a lidar com o instrumento e com a prática de escrever. Foi um estudo de composição, pelo desafio de lidar com temas tão conhecidos, já tão bem interpretados por músicos maravilhosos. Era necessário criar algo realmente interessante e diferente em termos de arranjo, dentro de uma limitação grande também, respeitando os contornos de cada canção para que permanecesse reconhecível. Depois ainda foi um estudo de instrumento, para tocar o que tinha escrito...

Enfim, esse CD é uma espécie de síntese da minha formação e referências da infância, a maneira como consegui encaixar o que eu gostava ao que eu sabia fazer, ao que imaginava ser possível ao que queria treinar, também. Na época, eu sequer imaginava esses desdobramentos.


No meio musical como tem sido visto essa dicotomia? Para os músicos que se intitulam erudito você hoje é vista como popular?

JT - Pra ser bem sincera, eu não sei. Só recebi críticas positivas de ambos os lados em relação a essa mistura. Talvez haja pessoas criticando e eu não estou sabendo... risos. Tenho a impressão de que as pessoas da música “erudita” vêem de uma forma mais analítica os procedimentos musicais feitos com os temas (o uso de técnicas de contraponto, variação motívica, etc.) e acham curioso, no bom sentido, aplicá-los sobre canções da MPB; e as pessoas mais ligadas à música “popular” vêem os temas tão familiares serem trabalhados de uma maneira erudita, igualmente com curiosidade e interesse. Mas, pra ser franca, acho que essa dicotomia está se enfraquecendo cada vez mais, ainda bem, e acho que esse é o pano de fundo da boa aceitação que esse trabalho vem tendo.

Acho que a resposta tem sido bacana de ambos os lados. Acho que esse trabalho, como fazem tantos outros, abre um pouco uma janelinha pra um mundo espiar o outro – quando na verdade tudo é música, ou tudo é som, já dizia o grande mestre, risos. Mas eu acho que, basicamente, no meu caso, o repertório é da música popular, mas abordagem é mais erudita, no sentido de que as ferramentas que estive utilizando têm relação com o fazer musical do universo erudito: técnicas de escrita como contraponto, desenvolvimento motívico, alteração de forma; não há improvisação e o ritmo é em geral mais livre. Embora todas essas características possam ser usadas em um universo ou no outro, e no fundo a música erudita e a popular sejam, ambas, simplesmente música, minha abordagem se parece mais com a de um compositor erudito que um da música popular nesse trabalho. Acho que os músicos me consideram mais da música erudita, e eu também, mais pela forma de proceder do que pelo repertório. Mas também acho que não me encaixo perfeitamente no mundo “genuinamente” erudito. Em geral me sinto meio um peixe fora d'água nos dois universos, quando são muito definidos... mas no bom sentido.

Outra coisa importante a se dizer é que o repertório “popular” que estive utilizando como base é, em si, altamente erudito no sentido de elaboração, complexidade, refinamento, nos termos da música erudita: análises musicais nos mostram que uma canção como “Beatriz” é comparável a um lied de Schubert, por exemplo – algo com o que eu concordo veementemente. Esses compositores todos (Chico, Edu, Tom, Vinicius) estudaram música e são ou eram pessoas muito cultas, trabalharam em cada obra de forma análoga ao que faz um compositor erudito – com outra abordagem, outros parâmetros, etc., mas o nível de cuidado com o resultado final e busca da perfeição é ao meu ver um tanto semelhante. Então, no meu trabalho, acho que estive explorando um lado dessas canções que também faz parte de sua origem e natureza. Acho que por isso a aceitação tem sido boa – acho que as pessoas da chamada música popular reconhecem que essas músicas têm também essa possibilidade, e vêem interesse nesse desdobramento, e as pessoas da música erudita vêem os procedimentos “eruditos” feitos com os temas da música popular e reconhecem que eles dão margem a adentrar nesse universo também. E acho que esses limites entre um universo e outro estão se atenuando. É minha hipótese...


Nomes como Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Edu Lobo e Tom Jobim assinam grande parte das canções presentes em seu disco. Vem deles a predileção pela música popular?

JT - Acho que sim, acho que pelo histórico de serem compositores muito presentes na minha casa desde pequena, que ouvi desde cedo muitas vezes. Mas não acho que tenho uma predileção pela música popular... nem pela erudita... esse repertório é um dos que gosto muito, que faz muito sentido pra mim... no entanto não exclui ou se sobrepõe sobre outros, de jeito nenhum.

Todas as músicas escolhidas para o CD têm algum significado para mim, têm um valor de memória e sensações. Uma vez ouvi algo com o qual concordo totalmente: pra fazer um arranjo, e ouso acrescentar, para criar uma interpretação interessante sobre uma obra, é necessário ter algo a dizer sobre ela. Acho que essas músicas já me disseram tanto, que eu senti que tinha algo pra responder.


Você tem aproveitado esse período de estudos no exterior e tem mostrado o seu espetáculo nos EUA. Antes disso você já vinha apresentando-se em outros países. Como tem sido a receptividade do público no exterior?

JT - Surpreendentemente boa. No início, fiquei apreensiva por estar apresentando algo sob o rótulo de “música brasileira” mas que soa um tanto como música erudita européia, e porque as pessoas que não conhecem as canções originais não podem perceber o interesse principal do arranjo, na minha opinião – o quê está acontecendo com o tema, como ele está sendo alterado, aproveitado, etc. Então fiquei muito insegura no começo. Mas fui vendo que as pessoas, mesmo sem esse entendimento racional, também “viajam” na música, também se emocionam, também se deixam levar para um outro “tempo-espaço” que a música proporciona – o que me deu o feedback positivo de que alguma coisa certa eu talvez esteja fazendo, porque esse é o objetivo. As pessoas em geral comentam que notam referências à música brasileira ou, mais amplamente, da América do Sul, mas de uma forma abstrata – o que eu acho interessante também, fico feliz que isso ainda seja reconhecível para quem não conhece o repertório, por mais erudito que tenha sido o tratamento dado aos temas originais nos arranjos. Algo interessante é que, no Brasil, esse trabalho tem sido mais associado a séries de música popular, e nos EUA, mais a séries de música erudita.


Nesse repertório apresentado no exterior tem sido o do álbum ou a composição do setlist é fundamentado nos grandes nomes da música erudita?

JT - O repertório tem sido o do álbum, sem tirar nem pôr.


O Brasil possui diversos festivais de música instrumental, dentre os quais a MIMO (Mostra Internacional de Música de Olinda), que devido ao enorme sucesso de público hoje expandiu-se a cidade do Recife e também João Pessoa (ambas com grande quantidade de público também). Se evidencia desse modo que se há acesso a música o povo prestigia em grande número. Porém, paradoxalmente, a música instrumental no Brasil ainda não tem o prestígio merecido. Em sua opinião qual o maior entrave existente em nosso país para que a música chegue a grande massa?

JT - Eu sou uma musicista jovem e ainda em início de carreira, então minha opinião tem essas limitações. Acho que a questão fundamental é de educação musical e acesso, com a conseqüente formação de público. Mas também acho que existe um certo preconceito de uma parte dos próprios músicos jovens da música instrumental, em relação à possibilidade de seus trabalhos serem aceitos pelo grande público, aquela coisa de “música boa não vende”.
Quando música de qualidade é oferecida, em geral as pessoas vão, a idéia de que as pessoas “não gostam” ou de que música de qualidade não é comercial na minha opinião é uma balela, uma justificativa barata para a falta de investimento nessa área. A educação musical é na minha opinião o caminho para que o público tenha ferramentas para saber diferenciar o joio do trigo – e fazer, mais conscientemente, suas próprias escolhas, podendo valorizar diferentes repertórios. Acho que é preciso que as pessoas saibam reconhecer características do que estão ouvindo, minimamente – e isso não é ensinar as pessoas a gostarem mais de determinado estilo que de outro, mas oferecer ferramentas de percepção que se aplicam a qualquer repertório e auxiliam na formação do gosto pessoal, pela ampliação da capacidade de compreensão e consequentemente de escolha. É como aprender a ler e ter lido vários livros: só assim passamos a reconhecer as qualidades e defeitos de escrita de um novo livro, e vamos formando nosso gosto pessoal. A riqueza de opiniões e gostos, para mim, é algo que enriquece o mundo, pois cada visão sobre o mundo é única, não existe um “bom absoluto”. Mas a capacidade de percepção dos repertórios pode sim ser estimulada objetivamente através da educação e apreciação musicais, e isso tende a conscientizar as pessoas sobre suas próprias escolhas de repertório – e conscientemente não tolerar mais determinadas músicas, sejam de qualquer gênero, dando valor àquilo que é, simplesmente, mais bem-feito. Tive algumas experiências de realizar análises auditivas com grupos de jovens de diferentes perfis, que começam a prestar atenção em parâmetros musicais que não reconheciam antes, e a resposta geral foi como se um mundo novo estivesse se abrindo para eles, talvez algo análogo ao deslumbramento de quando aprendemos a ler: um mundo todo se abre de repente.


Esse aumento na percepção musical, para mim, acontece tanto pela educação musical básica, quanto pelo acesso a diferentes repertórios – e nesse sentido acho festivais como o MIMO extremamente importantes na formação de público, já que pela grande mídia não se tem acesso a uma variedade muito grande de gêneros (e raramente à música erudita e instrumental).

JT - Vou acrescentar ainda uma opinião do ponto de vista interno como musicista. Acho que frequentemente os próprios músicos têm uma opinião preconceituosa sobre seu próprio trabalho – que aquela música de qualidade que produzem e na qual acreditam não vai dar dinheiro, não é comercial, não vai ter público, etc. E muitas vezes não investem energia naquela música na qual acreditam, aquela que sonham em fazer, para que venham, de fato, os resultados, normalmente a médio ou longo prazo – energia essa que envolve também questões de produção. E no entanto acho que não conheço nenhum músico que tenha investido bastante energia em seu próprio projeto (autoral, instrumental, etc.) que não tenha colhido os frutos, cedo ou tarde – e, ainda bem, me parece que esse número tem aumentado. Cada um desses pequenos movimentos individuais cria público e caminhos de produção, e acho que ganhamos muito – músicos e público – com sua multiplicação. Acho que isso é um pouco fazer a nossa parte. (Alguém que tem falas muito interessantes sobre esse assunto é o Benjamim Taubkin, que foi o produtor do CD).


Você é uma artista constituída também pela teoria acadêmica e isso lhe confere crédito para emitir opinião acerca dessa pergunta. Você acha importante a introdução da música ainda nos primeiros anos da educação da criança?

JT - Bem, a teoria acadêmica na área de música se divide em várias sub-áreas de especialização, e no meu caso estou vinculada à análise musical, composição e etnomusicologia, mas não à área de educação musical, que é um amplo campo de estudos, com muitos profissionais que dedicaram décadas a esse assunto, muitas pesquisas já realizadas e diversos centros especializados, tanto no país e como no exterior. Mas minha opinião pessoal e vinda de algum contato com esses profissionais e seus estudos é que sim, acho importantíssimo, acho que o estudo da música, ainda na primeira infância, estimula o desenvolvimento de uma série de aptidões, não apenas ligadas ao fazer musical, mas que contribuem na formação do indivíduo dos pontos de vista intelectual, emocional, social.
No entanto, pra ser franca, entre um mau professor de música e nenhum professor na primeira infância, fico com a segunda opção. Acho essa uma área delicadíssima, que envolve questões muito sérias, que podem tanto estimular como desestimular a criatividade, a auto-estima, a percepção auditiva do mundo, entre outros aspectos. Infelizmente tive notícias sobre “cursos técnicos” para professores que não têm formação em música e que lecionarão música nas escolas, agora que isso se tornou obrigatório. Não estou tão a par sobre o andamento desse processo, mas isso seria como oferecer um curso técnico para o professor de matemática ensinar português – um desrespeito à área, aos profissionais da área, e especialmente aos estudantes... espero que eu esteja enganada.


Em sua opinião ter o “Entremeados” dentre os pré-selecionados ao maior prêmio da música popular brasileira é o sinal que a música instrumental no Brasil vem ganhando mais evidência?

JT - Creio que há cada vez mais música instrumental sendo produzida no Brasil, pela multiplicação de centros de ensino na área de música, especialmente a música popular. Acho que, por tabela, esse tipo de música vai ocupando mais os espaços das premiações também, o que acredito ser muito positivo. No entanto, ao meu ver, seria positivo que houvesse mais eventos de estímulo voltados a esse gênero. De toda forma me parece que a música instrumental vem ganhando cada vez mais espaço sim, e conheço vários trabalhos interessantes de pessoas da minha geração que, como eu, têm feito um esforço grande no sentido de conseguir espaço para tocar, divulgar seus trabalhos, gravar, etc., muitos deles de uma forma muito criativa, inventando novas possibilidades de fazer isso acontecer. Creio que isso vem colocando a música instrumental brasileira em maior evidência, sim. Aliás, quero deixar aqui meu agradecimento e admiração pelo blog Musicaria e seu gestor Bruno Negromonte, pelo trabalho de utilidade pública que está fazendo à música brasileira, com muita competência!


Maiores Informações:

Contato para shows e aquisição do álbum (e-mail) - contact@juliatygel.com.br
Contato: Erika Breno - (11) 9555 5579 (erika@erikabreno.com.br)
Site Oficial - www.juliatygel.com.br 
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O álbum pode ser adquirido através dos seguintes endereços:
Tratore - http://www.tratore.com.br/cd.asp?id=7898515691188
Livraria Cultura - http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=22625275&sid=17717109414416737137425118
FNAC - http://www.fnac.com.br/entremeados-FNAC,,musica-588274-2112.html
Fortaleza (CE) - Desafinado - Tel: (85) 3224 3853
São Paulo (SP) - Livraria do Espaço Unibanco - Tel: (11) 3141 2610
São Paulo (SP) - Pop Discos - Tel: (11) 3083 2564
São Paulo (SP) - Vilar Discos - Tel: (11) 3221 - 8084
São Paulo (SP) - Concerto - Tel: (11) 3539 0048
São Paulo (SP) - Laserland - Tel: (11) 33082 0922

Compra Online:
Rádio Uol - http://www.radio.uol.com.br/#/volume/julia-tygel/entremeados/22624 
Amazon.com - http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/B00595VRQM/iopr-20
Itunes - http://phobos.apple.com/WebObjects/MZStore.woa/wa/viewAlbum?playListId=448504750
emusic - http://www.emusic.com/listen/#/search/music/Julia%20Tygel%20Entremeados/:

quinta-feira, 14 de junho de 2012

CRIOLO E HERBERT LUCENA VENCEM EM TRÊS CATEGORIAS NO PRÊMIO DA MÚSICA BRASILEIRA

Por Renato Damião



O cantor Criolo foi o grande vencedor na 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira, realizada na noite desta quarta-feira (13) no Theatro Municipal no Rio de Janeiro. Ele foi o escolhido nas categorias "Revelação", melhor cantor e álbum na categoria Pop/Rock/Reggae/Hip-Hop/Funk.


O ator José Wilker leu um texto de Aldir Blanc sobre o homenageado da noite, o compositor João Bosco, que completa 40 anos de carreira. Lembrando de parceiros como Vinícius de Moraes, Bosco agradeceu até a quem não conhece pessoalmente. "Eu entendo isso como uma homenagem à música brasileira, aos grandes compositores que nos deixam esse legado para continuarmos com a música, sorrindo e tocando a vida"

Ao subir no palco, Bosco cantou "O Mestre-Sala dos Mares" e "Papel Machê", encerrando sua apresentação com "O Bêbado e A Equilibrista".

Os nomes foram anunciados pela atriz Luana PIovani e a cantora Zélia Duncan, apresentadoras do evento.


Veja abaixo vencedores por categoria:

ARRANJADOR
Gilson Peranzzetta - álbum "Iluminado", de Dominguinhos


MELHOR CANÇÃO
"Sinhá". 
Compositores: João Bosco e Chico Buarque.
Intérpretes: Chico Buarque e João Bosco, em "Chico"


PROJETO VISUAL
Herbert Lucena - álbum "Não Me Peçam Jamais Que Eu Dê De Graça Tudo Aquilo Que Eu Tenho Para Vender". Projeto: Evandro Borel


REVELAÇÃO
Criolo


CANÇÃO POPULAR
Álbum: "Duas Faces - Jam Session", de Alcione. Produtor: Alexandre Menezes
Dupla: Chitãozinho e Xororó / "Sinfônico 40 anos"
Grupo: Banda Calypso / "Meu Encanto Vol.16"Cantor: Cauby Peixoto / "Cauby Ao Vivo – 60 Anos de Música"
Cantora: Alcione / "Duas Faces – Jam Session"


INSTRUMENTAL
Álbum: "The Art of Samba Jazz", de Dom Salvador Sextet. Produtor: Dom Salvador
Solista: Hamilton de Holanda / "Brasilianos 3"
Grupo: Zimbo Trio / "Autoral"


MPB
Álbum: "Poesia Musicada", de Dori Caymmi. Produtor: Dori Caymmi
Grupo: Passo Torto / "Passo Torto"
Cantor: Dori Caymmi / "Poesia Musicada"
Cantora: Mônica Salmaso / "Alma Lírica Brasileira"


POP/ROCK/REGGAE/HIPHOP/FUNK
Álbum: "Nó na Orelha", de Criolo. Produtores: Marcelo Cabral e Daniel Ganjaman
Grupo: Mundo Livre S/A / "Novas Lendas da Etnia Toshi Babaa"
Cantor: Criolo / "Nó na Orelha"
Cantora: Marisa Monte / "O que Você quer Saber de Verdade"


REGIONAL
Álbum: "Não Me Peçam Jamais Que Eu Dê De Graça Tudo Aquilo Que Eu Tenho Para Vender", de Herbert Lucena. Produtores: Herbert Lucena e Alexandre Rasec
Dupla: Kleuton e Karen / "Genuinamente Caipira"
Grupo: Ponto Br / "Na Eira"
Cantor: Herbert Lucena / "Não Me Peçam Jamais Que Eu Dê De Graça Tudo Aquilo Que Eu Tenho Pra Vender"
Cantora: Socorro Lira / "Lua Bonita - Zé do Norte 100 anos"


SAMBA
Álbum: "Nosso Samba Tá Na Rua", de Beth Carvalho. Produtor: Rildo Hora
Grupo: Fundo de Quintal / "Nossa Verdade"
Cantor: Arlindo Cruz / "Batuques e Romances"
Cantora: Fabiana Cozza / "Fabiana Cozza"


ÁLBUNS ESPECIAIS
DVD: Chitãozinho e Xororó - "Sinfônico 40 anos". Diretor: Cassio Amarante
Língua estrangeira: "Goodnight Kiss" - Delicatessen. Produtores: Beto Callage e Carlos Badia
Erudito: "Liszt: Harmonies Du Soir" - Nelson Freire. Produtor: Dominic Fyfe
Infantil: "Embolada" - Rita Rameh e Luiz Waack. Produtores: Luiz Waack e Rita Rameh
Projeto especial: "O Samba Carioca de Wilson Baptista" - Vários artistas. Produtor: Rodrigo Alzuguir
Eletrônico: "Lá Onde Eu Moro" - João Hermeto. Produtor: João Hermeto

quarta-feira, 13 de junho de 2012

30 ANOS SEM JACKSON DO PANDEIRO, O REI DO RITMO

No ano do centenário do rei do baião, outro Rei, o do ritmo, deve ser lembrado pela sua importância dentro do cancioneiro popular nordestino.




Cronologia de Vida e Obra


1919


31/08/1919 – Do alto da serra onde se localiza Areia, em plena região do brejo paraibano, avista-se lá embaixo o Município de Alagoa Grande, com a lagoa que identifica o lugar brilhando à luz do sol, como um espelho cristalino em meio a um tapete verde. Pois foi em Alagoa Grande, em 31 de agosto de 1919, que nasceu, no Engenho Tanques, José Gomes Filho, que mais tarde viria a se tornar conhecido como Jackson do Pandeiro. Filho da pernambucana de Timbaúba, cantadora de coco Flora Maria da Conceição, conhecida por Flora Mourão e do oleiro paraibano de Alagoa Grande José Gomes. Passa a infância (até os sete anos de idade) vendo e ouvindo as rodas de coco e nadando e pescando nos rios Mamanguape e Mandaú e na Lagoa do Paó, além de apreciar os filmes de faroeste, em especial, os estrelados por Jack Perrin. Do mesmo pai, Jackson tinha dois irmãos Severina e João (Tinda).

- Antes dos 07 anos completos, inicia-se na percussão, substituindo o zabumbeiro que acompanhava sua mãe nas apresentações. Com 10 anos, vai substituir de vez o zabumbeiro.




1930/31

- Com a morte do pai provavelmente no final de 1930 e num momento de extrema dificuldade financeira, a família muda-se (a pé) para Campina Grande, onde nasce o quarto filho de Dona Flora, Geraldo, filho de Zé Piroca. Geraldo consta em seus documentos como filho de José Gomes e é chamado de Cícero (em homenagem ao Padre Cícero do Juazeiro do Norte).Jackson foi trabalhar como ajudante de padeiro na Padaria São Joaquim.


1936/37


- Nessa fase, Zé Jack torna-se assíduo freqüentador da região da Madchúria, zona de baixo meretrício de Campina Grande, colecionando amigos como Geraldo Corrêa, Paizinho, Vicente, Zé Lacerda e Abdias (violonista e tocador de banjo) e já tocando pandeiro.



1938

- Inicia-se o conturbado relacionamento com Maria da Penha;



1939

- Zé Jack já se destaca como pandeirista, passando a ser conhecido como Jack do Pandeiro.
- Passa a encenar o pastoril profano do bairro de Zé Pinheiro, ficando conhecido como palhaço Parafuso.
- Com Zé Lacerda, forma a primeira versão da dupla humorística Café com Leite, que chegou a fazer temporada na pensão de Carminha Vilar.
- Freqüenta o Cassino Eldorado, tomando contato com ritmos diversificados (blues, jazz, chorinho, maxixe, rumba, tango, samba etc), chegando a integrar a orquestra exclusiva do cabaré, comandada pelo irmão de Capiba.



1940

- Zé Lacerda foge com Severina para se casar e se desfaz a dupla Café com Leite.

1942

- Foi goleiro do Central de Campina Grande por um tempo.

1944

- Por conta de um entrevero com soldados em plena Segunda Guerra Mundial, Jackson se muda para João Pessoa.
- É contratado para integrar a Rádio Tabajara por Cr$ 85,00 (oitenta e cinco cruzeiros).

1945

- Tem contato com o universo das estações de rádio, admirando o frevo e as emboladas de Manezinho Araújo, acompanhando Benigno Carvalho.

1946

- Houve fase em que saía todas as tardes dos ensaios da rádio para visitar sua mãe no hospital.

14/agosto/1946 – Falece, em casa, na rua da Gameleira, Flora Mourão.
- Jack do Pandeiro é um astro em escalada, mesclando as emboladas de Manezinho Araújo, os sambas de Jorge Veiga, os cocos de Flora e o caldo de repentistas campinenses.
- A convite do maestro pernambucano Nozinho, passa a integrar a Jazz Tabajara.

1947

- Forma a dupla humorística Café com Leite na Rádio Tabajara, em João Pessoa, com Rosil Cavalcanti. A dupla, com Jack no violão e Rosil no pandeiro, pedurou até 1948 quando Jackson parte para Recife e Rosil para Campina Grande. Detalhe: Jackson, pintava-se de branco e era o “leite” e Rosil pintava-se de preto e fazia o papel de “café”.

Maio/1948 – Chega a Recife, convidado para integrar o cast da Rádio Jornal do Commercio, especificamente a Jazz Paraguary.


03/julho/1948 – Pparticipa, como pandeirista da Jazz Paraguary, da inauguração da Rádio Jornal do Commercio no Recife. Na Jornal do Commercio, é apadrinhado pelo locutor-chefe Ernani Séve, que se apercebe da voz metalizada e nova de Jack do Pandeiro, sob a resistência do diretor artístico Dr. Theophilo. Foi Ernani Séve que o rebatizou como Jackson do Pandeiro. Neste ano, apresenta-se em seu primeiro programa de Rádio, apresentado por Séve o “Clube da Colher”, cantando gêneros nordestinos.



1949

- Começa a ser alvo de matérias jornalísticas, que já o classificavam como “homem-orquestra”. No Natal desse ano, ganha cada vez mais espaço, com reportagem de quatro colunas do Jornal do Commercio, em local nobre, já sendo chamado de “maior cantor de sambas ritmados do norte do país”.

- Conhece o recifense Edgar Ferreira num dos terreiros de candomblé que frequentava.

Março/1949 – Presencia, pela primeira vez, a performance do Rei do iaôão, Luiz Gonzaga, que veio a Recife patrocinado pela Aguardente Chica Boa.


1950 a 1952

- Jackson se mantém no gosto do povo, na Rádio, cantando exclusivamente samba. Em Recife, intensifica a amizade com o paraibano Genival Macedo, representante da Copacabana para o Norte-Nordeste.


1952

- Conhece a olindense Almira Castilho de Albuquerque, radioatriz da Rádio Jornal do Commercio.


1953

Janeiro de 1953 – canta o coco Sebastiana na Revista Carnavalesca “A Pisada é Essa”. O sucesso do número é tamanho que o faz repetir o número durante cerca de 27 semanas, fazendo dupla com Luiza de Oliveira, mãe das Três Marias. Sebastiana foi a música do carnaval de 1953.

- Após o estrondoso sucesso, de imediato, estréia a revista “A, E, I, O, U Ypsilone...”, com Almira no lugar de Luíza de Oliveira.

- Nessa época, conhece o alagoano Hermeto Pascoal, que começava na Rádio, substituindo Jackson como baterista na Jazz Paraguary.


Abril/1953 – Conhece pessoalmente Luiz Gonzaga, que o convida para morar no Rio de Janeiro e gravar na RCA, sob seu patronato. Recusa, sob o pretexto de que ainda não se sentia preparado.

16/Junho/1953 – Assina com a Jornal do Commercio contrato de trabalho, na condição de cantor e pandeirista, com salário de Cr$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos cruzeiros) por mês.

Outubro/novembro/1953 – Lança seu primeiro disco 78 rpm, pela Copacabana, gravando no lado A “Forró em Limoeiro” e no lado B “Sebastiana”.

- Inicia o romance com Almira, que o alfabetiza e iria se responsabilizar pelos negócios, orientação artística, agenda, contratos com a imprensa, guarda-roupa. Jackson e Almira formavam a dupla perfeita. Desde o início se preocupavam com o visual e com as performances de palco. Ela, sensual com um belo par de pernas e jogo de cintura e ele, com toda musicalidade, explosão de ritmos e uma forma de cantar única e especial.



1954

02/fevereiro/1954 – Assina contrato com a Copacabana, por meio de Ganival Macedo, para gravar cinco 78 rpm’s. Todas as músicas são gravadas nos estúdios da Rádio Jornal do Commercio; oito delas com arranjos do sanfoneiro Gaúcho e duas do Maestro Clóvis Pereira. Grava Forró em Limoeiro, 1 x 1, 17 na Corrente, todas de Edgar Ferreira, os cocos Sebastiana e Boi Brabo, de Rosil Cavalcanti e Mulher do Aníbal, de Genival Macedo e Nestor de Paula, o baião Êta Baião, de Marçal Araújo, o batuque O Galo Cantou, de Edgar Moraes, o frevo Micróbio do Frevo, de Genival Macedo e o samba Vou Gargalhar, de Edgar Ferreira. As gravações duram cerca de um mês.

- O primeiro 78 rpm lançado pela Copacabana traz Forró em Limoeiro no lado A e Sebastiana no lado B.

- no Rio de Janeiro, o primeiro 78 rpm de Jackson causa furor, com várias especulações de como seria fisicamente Jackson do Pandeiro.

- O segundo 78 rpm, com o rojão 1 X 1 (Edgar Ferreira) e o coco A Mulher do Aníbal (Genival Macedo / Nestor de Paula), fez muito sucesso e Jackson decide viajar de navio para o Rio de Janeiro.

24/abril/1954 – Apresenta-se no programa de maior audiência, o de César de Alencar e em vários outros.

- Do Rio, vai se apresentar em São Paulo e Minas Gerais.

- Os planos de passar alguns dias transforma-se em quase três meses.

- Começam as pressões da Rádio Jornal do Commercio para que voltem a Recife.



30/outubro/1954 – Casa-se com Almira Castilho.

- São lançados os 78 rpm’s com o frevo Micróbio do Frevo (Genival Macedo) e o samba Vou Gargalhar (Edgar Ferreira), sucessos retumbantes no mundo do samba e do frevo, superando todas as vendagens da Copacabana.

- Recebe do pernambucano Zé Dantas o rojão Forró em Caruaru, lançado no ano seguinte (1955).


1955

12/fevereiro/1955 – Jackson, que se apresentava com Almira, no Recife, no bairro da Tamarineira, é espancado, após reagir a uma passada de mão de um dos presentes nas pernas de Almira, em covarde episódio, mudando-se, em definitivo, para o Rio de Janeiro.

- É lançado o primeiro Long Play (de 10 polegadas), reunindo as gravações dos primeiros 78 rpm’s.

- Estreia, na TV Tupi, o programa comandado por Jackson e Almira, intitulado “No Forró do Jackson”, com performance artística em muito superior a dos demais artistas trazidos do rádio para a TV.

- É contratado pela Rádio Nacional. A partir de então, Jackson do Pandeiro começa a influenciar o rumo da música nordestina, freqüentando assim como Luiz Gonzaga, o eixo central da indústria cultural do país, como um dos mestres da Música Brasileira.


1956

- Lança seu segundo Long Play, reunindo gravações dos 78 rpm’s já lançados, com as músicas Moxotó, 17 na Corrente, Coco do Norte, Êta Baião, Falso Toureiro, Rosa, Ele disse e No Quebradinho.

- Me dá um Cheirinho faz sucesso no Rio, mas estoura mesmo é no Recife.

- Estréia o filme “Tira a mão daí”, da Flama Filmes, Unida Filmes e Cinedistri, sob a direção de Ruy Costa. Primeiro dos nove dos quais participa ao longo da carreira.

- Grava O Canto da Ema, que chega as suas mãos por intermédio de Alventino Cavalcante, um dos compositores. Ayres Viana e João do Vale conhece depois.




1957

- Forma o conjunto composto pelo alagoano Raimundinho na sanfona, Cícero na zabumba, Tinda no triângulo e Loza nas maracás.

- Lança o 78 rpm com Mão na Toca, a primeira que traz o nome de Jackson do Pandeiro como compositor.

- Depois das festas de Momo, lança Xote de Copacabana e Cabo Tenório.

- Sai seu terceiro LP pela Copacabana, Os Donos do Ritmo. Das oito faixas incluídas, apenas o batuque Tarimá é primeira gravação. As demais gravações são as mesmas dos 78 rpm’s: O Canto da Ema, Pai Orixá, Coco do Improviso, Cabo Tenório, Coco Social, Boi Tungão e 4 x 1.


1958

- Lança os dois primeiros 78 rpm’s pela Colúmbia: Tum, Tum, Tum e Pacífico Pacato e Boa Noite e Nortista Quatrocentão.

- Filma com Almira “Minha Sogra é da Polícia”, interpretando o soldado “biriba” e “Batedor de Carteira”.

- Conhece o pernambucano Bezerra da Silva, de quem vira parceiro de uma safra de 10 músicas.

- Antônio Barros vai para o Rio de Janeiro e procura Jackson do Pandeiro.




1959

- Lança Lágrima, sucesso em 1960 e emplaca o Baião do Bambolê, no filme “Aí vem alegria”, sob a direção de Cajado Filho.

- Participa, junto com Almira, do filme “Cala a Boca, Etelvina”.

- Grava “Chiclete com Banana”, em parceria com o baiano Gordurinha.

- A Copacabana lança o histórico “Jackson do Pandeiro: Sua majestade o Rei do Ritmo”.



1960

- Na Philips, é lançado seu primeiro LP apenas com músicas inéditas: Jackson do Pandeiro: Cantando de Norte a Sul.

- Junto com Almira, participa de dois filmes: Viúvo Alegre, interpretando Minha Marcação e Pequeno por fora, sob a direção de Aloisio T. de Carvalho.




1961

- Emplaca O Velho Gagá no Carnaval de ’61.

- Integra o elenco de “Bom Mesmo é Carnaval”, de Herbert Richers e Fanre Filmes, cantando “Vou ter um Troço”.

- “Vou ter um troço” foi aplaudida pelo Maracanazinho lotado no festival “Europa 1”.

- Lança Ritmo... melodia e personalidade de Jackson do Pandeiro, com destaque para Rojão de Brasília (Jackson do Pandeiro - João do Vale), A mulher que virou homem (Jackson do Pandeiro - Elias Soares) e Carta para o norte (Rosil Cavalcanti).

- Lança Mais Ritmo, com destaque para Xexéu de Bananeira (Jackson do Pandeiro) e Passe na Lapa (Nivaldo Lima / Jackson do Pandeiro).


1962

- Lança “Como Tem Zé na Paraíba” (Manezinho Araújo/ Catulo de Paula) e “Na Base da Chinela” (Jackson do Pandeiro / Rosil Cavalcanti) pela Philips.

- Nos meses juninos e monescos, Jackson e Almira chegavam a se apresentar em até 12 programas de Rádio.

- Ganha de Paulo Gracindo o apelido de “Alegria da Casa”, que intitula um dos seus LP’s de ’62. O Outro LP “É Batucada”, ressalta o lado sambista de Jackson.

- Grava aquele que seria seu último filme “Rio à Noite – Capital do Samba”, sob a direção de Aloísio T. Carvalho.

- Lança vários sucessos: Samba do Ziriguidum, Lei da Compensação, Mané Gardino, Lamento Cego, Forró em Surubim, Cantiga do Sapo, Tum, Tum, Tum, quadro negro, forró na gafieira, casaca de couro, jacaré bebeu, Maria do Angá e Sonata no Frevo.


1963

- Sai o LP “Caminho da Roça”, com Jakcson, Almira e Zé Calixto.


1964

31/março/1964 - É procurado por Genival Lacerda, recém chegado no Rio.

- Casa-se no civil com Almira;

1967

- Separa-se de Almira e conhece Neusa Flores dos Anjos.

- Sai seu último disco com Almira: Braza do Norte, pela Cantagalo, destacando-se Ralabucho (Florisval Ferreira / José César Fontes) e Verdadeiro Amor (Bezerra da Silva).

- É lançado o LP É Sucesso, sobressaindo-se O Pai da Gabriela (Elino Julião / José Jesus) e Iê-iê-iê no Cariri (Ricardo Lima Tavares "maruim").


1968

14/janeiro/1968 – Sofre grave acidente automobilístico na Avenida Brás de Pina, nas proximidades da Penha, no Rio. Quebra os dois braços, tendo sido cuidado por Neusa.


Julho/68 – Morre Rosil Cavalcanti.

- 1967 e 1968 - São os anos mais amargos de sua carreira e de sua vida, com problemas de saúde e sem o sucesso de antes, o que refletiu evidentemente em suas finanças.


1969

- A Philips lança o disco O Fino da Roça.

- Gal Costa grava Sebastiana pela Polygram.

- Lança Aqui Tô Eu, pressentindo que novos tempos virão e que os jovens artistas começam a apontar a importância de sua obra. A capa do disco é inspirado no disco Abbey Road, dos Beatles. Dentre as músicas, destacam-se Pombo-correio (Serafim Adriano / Ivani), Xodó de Motorista (Elino Julião / Dilson Dória) e ainda regravações de Chiclete Com Banana (Gordurinha / Almira Castilho), Mulher do Aníbal (Nestor de Paula / Genival Macedo) e Sebastiana (Rosil Cavalcanti).



1971

- Abdias consegue trazer Jackson para a CBS, passando a ser o principal artista nordestino da gravadora.

- Grava na CBS para a quinta edição da série Pau de Sebo, sob a produção do baiano Raul Seixas.

- Na CBS, batiza oficialmente seu grupo de conjunto Borborema.

- Primeiro LP pela CBS, O Dono do Forró, com destaque para Morena Bela (Onildo Almeida/Juarez Santiago), Forró Em Campina (Jackson do Pandeiro) e Balanço de Maria (Buco do Pandeiro / Geraldo Gomes).



1972

- lança o LP Sina de Cigarra, com destaque para Eu e Dona Maria (Marco Antônio), Catirina (Jararaca), Nem Vem Que Não Tem (José Orlando), O Puxa-saco (Zé Catraca), Feito de Manteiga (Ivo Marins / Jackson do Pandeiro), Sina de Cigarra (Jackson do Pandeiro / Delmiro Ramos) e Chico Chora (Bezerra da Silva / Ataylor de Souza / Paulo Filho).

- Gilberto Gil grava “Chiclete com Banana” e “O Canto da Ema” no disco Expresso 2222.

- Em entrevista ao Jornal O Globo, no caderno Cultural, agradece aos novos artistas, que reconhecem a importância de sua obra.

- É convidado para defender “Papagaio do Futuro” no VII Festival Internacional da Canção, realizado pela TV Globo, cantando ao lado de Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Conjunto Borborema (com Bezerra da Silva na zabumba).

- Estréia, junto com João do Vale e Carmem Costa, o show “Chicletes com Banana”, no Teatro Opinião.

- O radialista Adelzon Alves convida-o para dividir consigo o horário das quartas-feiras, voltado ao forró na Rádio Globo.

- Incentiva a criação do grupo “Três do Nordeste”, intercedendo junto a Abdias para gravarem na CBS.

- Esse ano marco definitivamente o reencontro com o caminho do reconhecimento: das entrevistas, dos programas de rádio e TV, dos shows e projetos especiais. Músicos que o acompanharam como Dominguinhos e Severo dizem que ele era um grande “sanfoneiro de boca”, o que significa que apesar de não saber tocar o instrumento ele fazia com a boca tudo aquilo que queria que o sanfoneiro executasse no instrumento.


1973

- Adere à Cultura Racional, chegando a gravar várias músicas alusivas a esta crença: Mundo de Paz e Amor (Zito de Souza/Alexandre Alves), Acorda Meu Povo (João Cruz), Alegria Minha Gente (João Lemos). Em 1978, desilude-se e abandona a seita.

- Participa do LP Forroriando de Abdias e sua Sanfona de Oito Baixos, pela CBS, cantando Forró do Regatão (Araponga do Rojão/Antônio Bispo), "Saudade do meu xodó" e Tola (Elino Julião). Para esse disco, compõe Pastora Bela (Jackson do Pandeiro). Nesse LP, Jackson participa do ritmo em todas as músicas.

- É contratado pela Alvorada/Chantecler e grava o LP “Nossas Raízes” (que só será lançado em 1974), sobressaindo-se Vou de Tutano (J. Cavalcanti / Jackson do Pandeiro), Mundo de Paz e Amor (Zito de Souza / Alexandre Alves), Coração Bateu (Ivo Marins / Jackson do Pandeiro), Forrobodó (Joca de Castro / Carim Mussi), O Rei Pelé (Jackson do Pandeiro / Sebastião Batista), O Samba e o Pandeiro (Jackson do Pandeiro / Ivo Marins) e Minha Zabelê (Adpt. Gervásio Horta).

1974

- Chico Buarque grava Lágrima (José Garcia - Sebastião Nunes - José Gome Filho) em seu disco Sinal Fechado, pela Phonogram.

1975

- Lança a Tuba da Muié, no qual há interpretações de Marluce, Severo e Chico Mota. Jackson interpreta Roubei a Moça (José Gomes Filho), O Retirante (Rui de Moraes e Silva), Vamos pra Roça (José Gomes Filho e Anastácio Silva), A Tuba da Muié (Zito de Souza) e Vitalina (José Gomes Filho e Anastácio Silva). As músicas que não são interpretadas por Jackson tem o acompanhamento do seu conjunto.


- Na série de discos "MPB 100 - Um século de Música Popular Brasileira", editada pela Rádio MEC e com roteiro do jornalista Ricardo Cravo Albin, teve os LPs cinco e seis em homenagem à sua obra.




1976

- Sai o LP Mutirão, pela Chantecler, repetindo o formato da Tuba da Muié, com Jackson interpretando apenas algumas das músicas.

- 20/setembro/1976 – Jackson e Gilberto Gil se apresentam juntos no palco do Teatro Carlos Gil.

- Apresenta-se com Alceu Valença no Projeto Seis e Meia, no Teatro João Caetano.

- No Canecão, junto a Emílio Santiago, Dóris Monteiro e Alcione, participa do “Nove e Meia”, produzido por Sérgio Cabral e Ronaldo Bôscoli.

- O Banco do Brasil comemorou em outubro a inauguração da agência número mil - em Macapá - com uma série de eventos, dentre os quais o lançamento do LP O Dinheiro na MPB, com produção de Ricardo Cravo Albim, ex-diretor do Museu da Imagem e do Som-RJ e produtor de programas da rádio Mec e Nacional, reuniu 19 músicas que têm, por tema, o vil metal, em suas interpretações sonoras segundo os nossos compositores. Assim, com arranjos de Altamiro Carrilho, nas faixas do LP de circulação restrita (apenas 5 mil exemplares) apareceu Jackson do Pandeiro, interpretando Dezessete e Setecentos (Luiz Gonzaga/Miguel Lima).

1977

Lança, pela Alvorada/Chantecler, o LP Um Nordestino Alegre, com destaque para História de Lampião (Severino Ramos / Jackson do Pandeiro), Quem Vê Cara Não Vê Coração (Zé Catraca / Joaquim Lira), Alô Campina Grande (Severino Ramos), Rainha de Tamba (Zé do Norte) e Sete Meninas (Toinho / Dominguinhos).



1978

- Participa, ao lado de Alceu Valença, do Projeto Pixinguinha, percorrendo Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília.

- Apresenta-se com Carmélia Alves no Projeto Seis e Meia.


11/abril/1978 – integra show com Fagner, Moraes Moreira e Zé Ramalho, sob a direção de Capinan e Abel Silva, no Teatro João Caetano.

- Compõe, com Kaká do Asfalto, No Som da Sanfona e a entrega para Elba Ramalho gravar.


1979

- Participa da gravação do primeiro LP de Elba Ramalho (Ave de Prata), como instrumentista.

- Compõe Xodó no Forró, homenageando Dominguinhos.

- Participa do Projeto Asas da América, gravando Sou Eu Teu Amor (Alceu Valença/Carlos Fernando), em dueto com Gilberto Gil. Esse projeto sistematiza modernamente o frevo, não apenas na roupagem como também nos arranjos e orquestrações. Seu idealizador foi o caruaruense Carlos Fernando.


1980

- Participa, fazendo dupla com Anastácia do Projeto Pixiguinha e dá os primeiros sinais de fraqueza em sua saúde.

- Cátia de França é a última artista da nova geração a dividir palco com Jackson.

- Lança pela Sinter/Polygram LP “São Autêntico de Jackson do Pandeiro”, com destaque para São João na Roça (Antonio Barros/Jackson do Pandeiro), Acenderam a Fogueira (Maruim/Jackson do Pandeiro) e Véspera e Dia de São João (Jackson do Pandeiro/Maruim).


1981

- Lança, pela Polygram, aquele que seria seu último LP “Isso é que é Forró”, ganhando rasgados elogios de Zuza Homem de Mello e José Ramos Tinhorão.

- Participa do disco do sambista Jorginho do Império, cantando na faixa Forró em Limoeiro, com Sivuca na sanfona.

- Participa do disco em homenagem a João do Vale, com direção e produção de Chico Buarque, Fagner e Fernando Faro. Canta em dueto com o homenageado O Canto da Ema. Participaram do projeto João do Vale, Chico Buarque, Jackson do Pandeiro, Nara Leão, Fagner, Tom Jobim, Gonzaguinha, Clara Nunes, Zé Ramalho, Amelinha e Alceu Valença.


1982

- 23/06/1982 – Em Santa Cruz do Capibaribe realiza-se um dos São Joões mia s animados do Brasil: Luiz Gonzaga cantava num clube, Dominguinhos em outro e Jackson do Pandeiro e seu Conjunto em um terceiro. Jackson pára de cantar. Sente-se mal. Saiu do palco. Depois retorna e termina a apresentação. Foi um pequeno enfarte. O primeiro.

24/06/1982 – Em Caruaru, sente-se mal e não termina o show. Deveria ser internado, como aconselhado pelo médico e compositor Janduhy Finizola. Repele a idéia e continua a agenda de apresentações, indo para Brasília.

03/julho/1982 – Contratado por Elmano Rodrigues para a III Festa Junina da Associação de Servidores do Ministério da Educação. É sua última apresentação pública.

- No aeroporto, tem entra em coma diabético e é hospitalizado.

10/julho/1982 – falece em Brasília Jackson do Pandeiro, o Rei do Ritmo, sendo enterrado no dia seguinte no cemitério do Cajú no Rio de Janeiro.

- A Ariola pretendia fazer um disco dele com participações de outros grandes nomes da MPB, como Alceu Valenca, Moraes Moreira e Elba Ramalho.

- Jackson do Pandeiro foi o maior ritmista da história da música popular brasileira e, ao lado de Luiz Gonzaga, o responsável pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino.

- Dono de um recurso vocal único e de uma dicção perfeita, ele conseguia dividir seus vocais como nenhum outro cantor na música popular brasileira.


1983

É realizada em São Paulo a Mostra "30 anos de Rojão" que reuniu fotos, filmes e shows em homenagem a Jackson do Pandeiro. O evento contou com a participação de Zé Keti, Mineirinho, Odair Cabeça de Poeta, Paulinho Boca de Cantor, Edgar Ferreira.


1997

É o homenageado na Décima-Primeira edição do Prêmio Sharp que foi realizado em 13 de maio de 97.


1998

- Vários artistas, arregimentados por Lenine, prestam homenagem a Jackson, gravando o disco “Jackson do Pandeiro: revisto e sampleado”. O disco contou com a interpretação de Lenine, Fagner, Os Paralamas do Sucesso, Gal Costa, O Rappa, Chico Buarque, Zeca Pagodinho, Fernanda Abreu, Cascabulho, Geraldo Azevedo, Gabriel O Pensador, Zé Ramalho, Elba Ramalho, The Funk Fuckers, Renata Arruda, Sivuca, Dominguinhos e Marinês.

- Genival Lacerda lança seu Tributo a Jackson do Pandeiro, pela RGE, regravando O canto da ema (Alventino Cavalcanti - Ayres Viana - João do Vale), Cantiga do sapo (Buco do Pandeiro - Jackson do Pandeiro), Sebastiana (Rosil Cavalcanti), Vou buscar Maria (Jackson do Pandeiro-Severino Ramos), Forró em Limoeiro (Edgard Ferreira), Forró em Caruaru (Zé Dantas), Rosa (Rui de Moraes e Silva), Falso toureiro (José Gomes-Heleno Clemente), Baião do bambolê (Almira Castilho - Antônio Barros), Secretária do diabo (Osvaldo Oliveira - Reinaldo Costa), Forró do Zé Lagoa (Rosil Cavalcanti), Na base da chinela (Rosil Cavalcanti-Jackson do Pandeiro), Um a um (Edgard Ferreira), Mané Gardino (Ary Monteiro-Elias Soares), Quadro negro (Rosil Cavalcanti-Jackson do Pandeiro), Forró em Surubin (José Batista-Antônio Barros), Lamento de cego (N. Lima - Jackson do Pandeiro), Como tem Zé na Paraíba, (Manézinho Araújo - Catulo de Paula), Valsa nenén (Jackson do Pandeiro) e Forró na gafieira (Rosil Cavalcanti).



1999

- Aos 76 anos, a Rainha do Baião, Carmélia Alves presta homenagem a Jackson do Pandeiro e Gordurinha no disco Carmélia Alves abraça Jackson do Pandeiro e Gordurinha, pela CPC-Umes. Participam, como convidados especiais, com interpretações junto à Carmélia, Elymar Santos, Luís Vieira e Inezita Barroso. Da obra jacksoniana, são revividas as seguintes músicas:, Chiclete Com Banana, Xote em Copacabana, Sebastiana, Moxotó, Forró em Surubim, Cantiga do Sapo, Mané Gardino, Tum Tum Tum, Penerou Gavião, Casaca de Couro, O Canto da Ema, Forró em Caruaru, Baião do Bambolê e Um a Um.


2000

- Pela Atração Fonográfica, Jarbas Mariz, integrante da banda de Tom Zé, grava um disco-homenagem a Jackson do Pandeiro, com quem teve o privilégio de tocar, no início dos anos 80. Trata-se do Forró do Gogó ao Mocotó, em que são interpretadas Forró em Caruaru (Zé Dantas), Mulher do Aníbal (Nestor de Paula - Genival Macedo), Cabeça feita (Jackson do Pandeiro - Sebastião Silva), Quem tem um, não tem nenhum (Jorge Paulo - Durval Vieira), Vou de tutano (J. Cavalcanti - Jackson do Pandeiro), Como tem Zé na Paraíba (Catulo de Paula - Manezinho Araújo), Chiclete com banana (Almira Castilho - Gordurinha), Samba do ziriguidum (Jadir de Castro - Luiz Bittencourt), Cabo Tenório (Rosil Cavalcanti), Falso toureiro (Heleno Clemente - José Gomes), Sebastiana (Rosil Cavalcanti) e Cantiga do sapo (Buco do Pandeiro - Jackson do Pandeiro). O trabalho contou com a participação especial do grupo Mestre Ambrósio, o percussionista Marcos Suzano, o sanfoneiro Toninho Ferraguti, o trombonista Bocato e a cantora Vange Milliet, além de Chico César.


2001

- Teve sua biografia, de autoria de Fernando Moura e Antônio Vicente, lançada pela Editora 34, na coleção "Todos os cantos". Na ocasião do lançamento foram realizados três dias de festa em sua homenagem em João Pessoa na Paraíba, reunindo grupos nordestinos como o Cascabulho.

- O paulista Marco Bosco lança "Techno Roots", que é uma espécie de versão techno das músicas do mestre Jackson do Pandeiro. Entre as estrelas que participam do disco estão Biro do Cavaco, Bal Santana, Miltinho Edilberto, Jean Garfunkel, Egberto Gismonti, Dominguinhos, Genival Lacerda, Vicente Barreto e Ulisses Rocha, Fuba de Taperoá. Eis as faixas: Xote de Copacabana (José Gomes), Rosa (Ruy de Moraes e Silva), Cabo Tenório (Rosil Cavalcanti), Forró do Zé Lagoa (Rosil Cavalcanti), Sina de Cigarra (Jackson do Pandeiro/Delmiro Ramos), Chuchu Beleza (João Silva/Raymundo Evangelista), Coco do Norte (Rosil Cavalcanti) e Cabeça Feita (Jackson do Pandeiro/Sebastião Batista da Silva).


2003

- O cantor e compositor pernambucano, ex-vocalista do grupo Cascabulho, reuniu um repertório pouco conhecido de Jackson do Pandeiro (frevos compostos nos anos 50 e 60) sob uma nova ótica, reafirmando a contemporaneidade da obra do "Rei do ritmo". Foi o “Batidas Urbanas - Projeto Micróbio do Frevo”, pelo selo Casa de Farinha. Para participar desta deliciosa mistura, além das vozes gravadas de Jackson do Pandeiro, Nelson Ferreira e Capiba, Silvério Pessoa convidou o violonista de formação clássica Cláudio Almeida e o saxofonista Spok, para cuidar dos arranjos, mais instrumentistas de peso como Naná Vasconcelos, os cantores China (ex-Sheik Tosado), Canibal (Devotos), Mônica Feijó e Zé Brown, além das bandas Eddie, Matalanamão e Ataque Suicida. A participação mais emocionante para Silvério, entretanto, foi a de Almira Castilho, viúva e ex-parceira de Jackson do Pandeiro, que há 30 anos não entrava num estúdio. Do repertório tradicional de Jackson, estão, entre outras canções menos conhecidas, clássicos como “Me Dá um Cheirinho” (Sebastião Lopes), “Quem Não Chora Não Mama” (Romeu Gentil e Paquito), “Tá Como o Diabo Gosta” (A.Garcia e Enoque Figueiredo), “Tô Com a Macaca” (Arno Provenzano, Otolindo Lopes e Jackson do Pandeiro) e “Vou Gargalhar” (Edgar Ferreira).


2004

- A EMI lançou o CD duplo "Jackson do Pandeiro - 50 anos de ritmos" que reuniu as faixas gravadas por ele entre 1953 a 1958, quando se transferiu para a Columbia, atual Sony.

- Foi homenageado com o musical "Jackson do Pandeiro - As aventuras de Zé Jack e seu pandeiro solto na buraqueira", com direção de João Falcão levado à cena na sala Baden Powell.


2006

- Lançado o álbum Forró pras crianças, com músicas de Jackson do Pandeiro, em sua grande maioria, interpretados por astros da música brasileira, com o auxílio de um coro de meninos e meninas - alunos da maestrina Valéria Mendonça no Conservatório Brasileiro de Música e na Escola de Música Villa-Lobos – regidos por Paulo Malaguti. As músicas foram Quadro Negro (Jackson do Pandeiro / Rosil Cavalcanti), Morena Bela (Onildo Almeida / Juarez Santiago), Forró em Limoeiro (Edgar Ferreira), Sina de Cigarra (Jackson do Pandeiro / Delmiro Ramos), Côco do Norte (Rosil Cavalcanti), Cantiga do Sapo (Jackson do Pandeiro / Buco do Pandeiro), Sebastiana (Rosil Cavalcanti), Amor de Mentirinha (Jackson do Pandeiro / Ivo Martins), Tum, Tum, Tum (Ary Monteiro / Cristóvão de Alencar), Forró em Campina (Jackson do Pandeiro), Canto da Ema (Ayres Vianna / João do Vale), Chiclete Com Banana (Gordurinha / Almira Castilho) e Cajueiro (Jackson do Pandeiro / Raimundo Baima). Deste disco, participou o sanfoneiro oficial de Jackson do Pandeiro, Severo, fazendo solo em Cajueiro, de Jackson e Raimundo Baima, com coro de crianças.

- Por ocasião dos 24 anos de seu falecimento, foi apresentado o projeto "Jackson do côco, forró, samba e pandeiro" que mostrou uma série de quatro shows, no CCBB-Centro Cultural do Banco do Brasil - no Rio de Janeiro. A homenagem ao compositor contou com convidados como os cantores e compositores Luciane Menezes, Silvério Pessoa, Adryana BB, do grupo Rio Maracatu e Rouxinol que interpretaram clássicos de sua autoria e mesmo sucessos de outros compositores, eternizados por ele, como "O Canto da Ema", e "Sebastiana", acompanhados da banda Regional Pau de Arara. O projeto combinou dados biográficos e canções, ressaltando a importância de Jackson do pandeiro para a música popular brasileira, especialmente na ligação da cultura nordestina com o samba do sudeste.



2008

- Após seis anos do lançamento da pedra fundamental, a Prefeitura de Alagoa Grande, em parceria com o Ministério do Turismo, entregou à Paraíba, no dia 19 de dezembro de 2008, o Memorial Jackson do Pandeiro, instalado na Rua Apolônio Zenaide, 687, bem no centro da cidade.

Discos, objetos, documentos, fotografias, vestuários, entre centenas de peças, reunidos por familiares, amigos, colecionadores, pesquisadores e artistas, estam em permanente exposição.

O espaço, um casarão de 1898, restaurado e adaptado ao equipamento, passou também a abrigar os restos mortais do artista, que foram trasladados do Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, para sua terra natal, 26 anos após o falecimento e às vésperas dos 90 anos de nascimento.

- Geraldo Azevedo inclui homenagem a Jackson no seu disco O Brasil existe em mim com Já Que O Som Não... (com Alceu Valença).

- Zé Ramalho presta homenagem a Jackson no disco Tá tudo mudando: Zé Ramalho Canta Bob Dylan. Trata-se da faixa "Mr. Tambourine Man”.




Discografia Completa



1953


Forró em Limoeiro rojão - Edgar Ferreira - Copacabana 5155a
Sebastiana coco - Rosil Cavalcânti - Co5155b 



1954

Um a um (1 x 1) rojão - Edgar Ferreira - Co5234a
A mulher do Aníbal coco - Genival Macedo e Nestor de Paula - Co5234b
Boi brabo coco - Rosil Cavalcânti - Co5277a
Êta, baião! baião - Marçal de Araújo - Co5277b
Dezessete na corrente rojão - Edgar Ferreira e Manoel Firmino Alves - Co5287a
O galo cantou batuque - Edgar Morais - Co5287b
Micróbio do frevo frevo - Genival Macedo - Co5331a
Vou gargalhar samba - Edgar Ferreira - Co5331b



1955

Forró em Caruaru rojão - Zedantas - Co5397a
Pai Orixá batuque - Edgar Ferreira - Co5397b
Cremilda chote - Edgar Ferreira - Co5412a
Falsa patroa samba - Geraldo Jacques e Isaias Ferreira - Co5412b
No quebradinho baião - Marçal Araújo - José dos Prazeres - Co5444a
Coco do Norte coco - Rosil Cavalcânti - Co5444b



1956

Perdoarei samba - Toni - Cacau - Co5513a
O meu e o seu samba - Rosil Cavalcânti - Co5513b
Me dá um cheirinho marcha - Sebastião Lopes - Co5520a
O trabalhador samba - Edgar Ferreira - Co5520b
Rosa baião - Rui de Morais e Silva - Co5553a
Falso toureiro coco - Heleno Clemente e José Gomes - Co5553b
Ele disse rojão - Edgar Ferreira - Co5579a
Moxotó chote - Rosil Cavalcânti e José Gomes - Co5579b
Coco social coco - Rosil Cavalcânti - Co5661a
O canto da ema batuque - Alventino, Aires e João Vale - Co5661b



1957

Te consola comigo samba batucada - Avaré, Aldacir e João Mendes - Co5697a
Onde está você? samba - Alcides , Tufic Lauar e Nelson Morais - Co5697b
Meu Senhor samba - Clício Duarte, Aldacir e José Gomes - Co5715a
Velho sapeca marcha - Antônio Barros e José Saccomani - Co5715b
Mão na toca marcha - João Rosa, Alventino e J. Pandeiro - Co5725a
Meu patrão samba - Jackson do Pandeiro e Riachão - Co5725b
Chote de Copacabana chote - José Gomes - Co5741a
Cabo Tenório rojão - Rosil Cavalcânti - Co5741b
Lapinha de Jerusalém coco - Popular arr.: Jackson do Pandeiro - Co5746a
Vinte e Quatro de dezembro Adapt. José Gomes - cantada por Geralda
Quatro a um (4 x 1) rojão - Damião Florêncio e José Gomes - Co5761a
Babalaô Geraldo Nunes - cantada por Almira Castilho
O crime não compensa rojão - Genival Macêdo e Eleno Clemente - Co5777a
Coco de improviso coco - Edson Menezes, Alventino e J. Pandeiro - Co5777b
Boi tungão coco - Jackson do Pandeiro - Co5798a
Vassoureiro baião de viola - Rosil Cavalcânti - Co5798b
Quem samba fica samba - J. Pandeiro, Edson e João Rosa - Co5826a
Mamãe sereia batuque - Antônio Braga e J. Pandeiro - Co5826b
Baião mineiro baião - Pato Preto, Zé Praxédi e Sebastião - Co5841a
Terreirada frevo calipso - Josebel e J. Pandeiro - Co5841b



1958

Tum tum tum baião - Ari Monteiro e Cristóvão de Alencar - CB11062a
Pacífico Pacato rojão - Rosil Cavalcânti - CB11062b
Boa noite baião - Tito Neto, J. Pandeiro e Alventino - CB11076a
Nortista quatrocentão baião - Jackson do Pandeiro e Luiz Vanderley - CB11076b
Querer e não poder samba - Aparecida, J. Pandeiro e Jorge Castro - Co5858a
O que era a Favela samba - Otávio Garcia e Jackson do Pandeiro - Co5858b
Nosso Bem Querer Wilson Silva, Ayres Viana e A. Cavalcanti - Canta Geralda
Cajueiro coco - Jackson do Pandeiro e Raimundo Baima - 5886b
Meu enxoval samba coco - Gordurinha e Jackson do Pandeiro - Co5894a
Cumpadre João coco - Rosil Cavalcânti e Jackson do Pandeiro - Co5894b



1959

De araraê Jackson do Pandeiro e José Batista - Columbia CB3103a
Lágrimas José Garcia, Sebastião Nunes e J. Pandeiro - CB3103b
Sem querer samba - José Garcia, J. Pandeiro e Oldemar - CB11096a
Vou sambar samba - Jonas Garret, Colombo e J. Pandeiro - CB11096b
Baião do bambolê baião - Antônio Barros Silva e Almira Castilho - CB11121a
Quadro negro rojão - Rosil Cavalcânti e Jackson do Pandeiro - CB11121b
Boi da cara preta marcha - Paquito, Romeu Gentil e José Gomes - CB11100a
Linda samba - Alventino, J. Pandeiro e Ari Monteiro - CB11100b
Naquela base marcha - Paulo Gracindo, Almira e W. Freitas - CB3093a
Quem não chora não mama marcha - Romeu Gentil e Paquito - CB3093b
Chiclete com banana samba - Gordurinha e Jackson do Pandeiro - CB3097a
Forró de Surubim rojão - José Batista e Antônio Barros Silva - CB3097b



1960 

Forró na gafieira chamego Rosil Cavalcânti CB11146a
Cantiga do sapo baião Jackson do Pandeiro - Buco do Pandeiro CB11146b
Ogum de Malê batuque Laesse Miranda - Antônio Nunes CB3107a
Saravá o Endá batuque Átila Nunes - Betinho CB3107b
Casaca de couro arrastapé Rui de Morais e Silva CB3118a
Lamento cego coco Jackson do Pandeiro - Nivaldo da Silva Lima CB3118b
O povo falou rojão Jackson do Pandeiro - Elias Soares Philips P61021a
Os cabelos de Maria baião Rosil Cavalcânti - Jackson do Pandeiro P61021b
Tombou o pau coco Jackson do Pandeiro - José Batista P61034a
Mazagão rojão Silveira Jr. - Jackson do Pandeiro P61034b

1961 

Mané Gardino - Elias Soares - Ari Monteiro Columbia CB3149-296
Valsa neném - Jackson do Pandeiro CB3149-297
Serenou samba Almira Castilho - Lindolfo da Silva Philips P61064a
O velho gagá marcha Almira Castilho - Paulo Gracindo P61064b
Minha marcação marcha Jackson do Pandeiro - Alventino Cavalcanti - Uzias da Silva P61069a
Boa vida samba José Garcia - Jackson do Pandeiro - Lourival Perez P61069b
O trabalho que deu rojão Jackson do Pandeiro - Rosil Cavalcânti P61082a
Meu veneno coco J. Bezerra - Jackson do Pandeiro - Mergulhão P61082b
Cacungaruquê samba Jackson do Pandeiro - Pedro Melodia P61092a
Sem cabeça baião Jackson do Pandeiro - Monsueto Menezes P61092b
Três pedidos baião Jackson do Pandeiro - Maruim P61098a
Dá eu prá ela arrastapé Venâncio - Corumba P61098b

1962 

Vou ter um troço marcha Arnô Provenzano - Otolindo Lopes - Jackson do Pandeiro P61114a
Passe na Lapa samba Nivaldo Lima - Jackson do Pandeiro- Luiz de França P61114b
Papel crepon marcha Almira Castilho - Paulo Gracindo P61115a
Veja quem perdeu samba Serafim Adriano P61115b
Como tem Zé na Paraíba rojão Manezinho Araújo - Catulo de Paula P61120a
Na base da chinela coco Jackson do Pandeiro - Rosil Cavalcânti P61120b
Carrero baião Manoel Pedro - Jackson do Pandeiro P61128a
Chuvão baião Nivaldo Lima P61128b
Frevo do bi frevo canção Braz Marques - Diógenes Bezerra P61135a
O desordeiro samba Maruim P61135b
Samba do ziriguidum samba Luiz Bittencourt - Jadir de Castro P61154-1
Casamento com cheque samba Rosil Cavalcânti - Jackson do Pandeiro P61154-2
Tô com a macaca - Otolindo Lopes - Arnô Provenzano - Jackson do Pandeiro P61163-1
Lá vou eu - Claudionor Santos - Ivo Santos - Almira Castilho P61163-2
Lá vem mulher - Almira Castilho - Paulo Gracindo P61164-1
Não sei a hora - Rubem Gerardi - Antônio Gabriel Filho - Mourão P61164-2
Ê ê Rapaziada - Agenor Lourenço / Flora Mattos / A. Mesquita - cantada por Swing
Saia rôta - Riachão P61170-2

1963 

Twist, não - João Grilo - Roberto Faissal P61196-1
A ginga da mulata - João Melo P61196-2




LP's


Forró do Jackson (1956)


Faixas:
01 - Falso toureiro (José Gomes – Heleno Clemente)
02 - Rosa (Rui de Moraes e Silva)
03 - Ele disse (Edgar Ferreira)
04 -  No quebradinho (Marçal Araújo – José dos Prazeres)
05 - Moxotó (Rosil Cavalcanti – José Gomes)
06 - 17 na corrente (Edgar Ferreira – Manoel Firmino Alves)
07 - Côco do norte (Rosil Cavalcanti)
08 - Êta baião (Marçal Araújo)


Forró do Jackson (1958)


Faixas:
01 - Falso toureiro (Heleno Clemente - José Gomes)
02 - Rosa (Ruy de Moraes e Silva)
03 - Ele disse (Edgar Ferreira)
04 - Forró em limoeiro (Edgar Ferreira)
05 - Cumpadre João (Rosil Cavalcanti - Jackson do Pandeiro)
06 - Meu enxoval (Gordurinha)
07 - Moxotó (José Gomes - Rosil Cavalcanti)
08 - 17 na corrente (Manoel Firmino Alves - Edgar Ferreira)
09 - Coco do norte (Rosil Cavalcanti)
10 - Êta baião (Marçal Araujo)
11 - Cajueiro (Raimundo Baima - Jackson do Pandeiro)



 Jackson do Pandeiro (1959) – Columbia 


Faixas:
01 - Forró na gafieira (Rosil Cavalcanti)
02 - Acorrentado (Jackson do Pandeiro – José Bezerra)
03 - Casaca de couro (Ruy de Moraes e Silva)
04 - Leva teu gereré (Jackson do Pandeiro – José Bezerra)
05 - Vou buscar Maria (Jackson do Pandeiro – Severino Ramos)
06 - Baião do bambolê (Antonio Barros Silva – Almira Castilho)
07 - Cantiga do sapo (Jackson do Pandeiro – Buco do Pandeiro)
08 - Lamento cego (Jackson do Pandeiro – NIvaldo da silva Lima)
09 - Forró do surubim (José Batista – Antonio Barros Silva)
10 - Chiclete com banana (Gordurinha – José Gomes)
11 - Penerou gavião (Jackson do Pandeiro – Odilon Vargas)
12 - Quadro negro (Rosil Cavalcanti – Jackson do Pandeiro)



Cantando de Norte a Sul (1960)

Faixas:
01 - Filomena e Fedegoso
02 - Sem Cabeça
03 - Meu Veneno
04 - Cacungaruquê
05 - O Trabalho que deu
06 - Sabidinha
07 - Cantiga de Perua
08 - Direitos Iguais
09 - Zabumba
10 - Semente do Bem
11 - Praia do Janga
12 - Sanfona Braba


Jackson do Pandeiro - Ritmo, Melodia e a Personalidade de (1961)


Faixas:
01 - Aquilo (Jackson do Pandeiro – José Batista)
02 - Dá eu pra ela (Venâncio – Corumba)
03 - Empatou… (Maruim – Ary Monteiro)
04 - Dr. Boticário (Nivaldo Lima – Jackson do Pandeiro)
05 - Rojão de Brasilia (Jackson do Pandeiro – João do Vale)
06 - Lingua ferina (Elias Soares – Oldemar Magalhães)
07 - A mulher que virou homem (Jackson do Pandeiro – Elias Soares)
08 - Nem o Banco do Brasil (Jackson do Pandeiro – Maruim)
09 - Carta para o norte (Rosil Cavalcanti)
10 - Proibido no forró (Maruim – Ary Monteiro)
11 - Criando cobra (José Bezerra – Big Ben – Odelandes Rodrigues)
12 - Lição de tabuada (Rosil Cavalcanti)




A alegria da casa (1962) – Philips


Faixas:
01 - O desordeiro (Maruim)
02 - Como tem Zé na Paraíba (Manezinho araújo – Catulo de Paula)
03 - Carrero (Manoel Pedro – Jackson do Pandeiro)
04 - Xodó do sanfoneiro (Gerson Filho – João Silva)
05 - Lei da compensação (Rosil Cavalcanti)
06 - Fole remendado (João Silva – Jackson do Pandeiro)
07 - Maria do Angá (Antonio Barros – Aleixo Ourique)
08 - Chuvão (NIvaldo Lima)
09 - O protetor (Jackson do Pandeiro – Manuel Assunção Corrêa)
10 - Sonata no frevo (Braz Marques – Roberto Silva)
11 - Viola afinada (Venâncio – Corumba)
12 - Não sou sapateiro (Buco do Pandeiro – José Batista)







É batucada (1962)


Faixas:
01 - Samba do ziriguidum (Luiz Bittencourt / Jadir de Castro)
02 - Saia rôta (Riachão)
03 - Entra na roda (Colombo)
04 - O pau rolou (Édson Menezes / José Batista / Jackson do Pandeiro)
05 - Não vou chorar (Maruim / Oscar Moss)
06 - Jacaré bebeu (B. da Silva / A. de Jesus / Jackson do Pandeiro)
07 - Queima de Judas (Riachão)
08 - A onda passou (Luiz Guilherme / Jackson do Pandeiro)
09 - O samba melhorou (B. da Silva / Arthur Montenegro / Jackson do Pandeiro)
10 - É de lei (Agenor Lourenço / William Duba)
11 - A cadeira do rei (J. Espírito Santo / Pafúncio)
12 - Vai levando (Jackson do Pandeiro / Maruim)
13 - O morro cai (Raimundo Evangelista / Antônio Barros)




Jackson do Pandeiro, Almira e Zé Calixto – Caminho da Roça (1963)


Faixas:
01 - São João na roça (Antônio Barros / Jackson do Pandeiro)
02 - A pisada é essa (Jackson do Pandeiro / Zé Calixto)
03 - Acenderam a fogueira (Ricardo Lima Tavares / Jackson do Pandeiro)
04 - Só nessa base (Zé Calixto)
05 - Balançaram a roseira (João Silva / Coronel Narcizinho)
06 - Vou te dizer (Adpt. Zé Calixto)
07 - Tempo de milho verde (Zé Calixto / Aquilino Quintanilha)
08 - Assunto novo (Rosil Cavalcanti)
09 - Despontadinho (Aquilino Quintanilha / Zé Calixto)
10 - Beira mar (João Silva / Ari Monteiro)
11 - Pra amanhecer dia (Rosil Cavalcanti / Zé Calixto)
12 - Santa Clara clareou (Jairo Argileo)



Forró do Zé Lagoa (1963)

Faixas:
01 - Twist, não  (Roberto Faissal - João Grillo)
02 - Garoto de caculé (Elias Soares - Bernardo Silva)
03 - À base de bala (Maruim - Oscar Moss)
04 - Cabra feliz (J. Mendonça - Manoel Moreira - Antonio da Silva)
05 - B-A-Bá (José Bezerra - Mamão - Ricardo Valente)
06 - Scratch de ouro (Maruim - Oscar Moss) 

07 - Forró do Zé Lagoa (Rosil Cavalcanti)
08 - Seguro morreu de velho (Manezinho Araújo - Rubens Machado)
09 - O balaieiro (Buco do Pandeiro - Jackson do Pandeiro)
10 - Ginga da mulata (João Mello)
11 - Madalena (Rosil Cavalcanti)
12 - O vento
(Jackson do Pandeiro - Braz Marques)


Jackson do Pandeiro e Almira - Coisas Nossas (1964)

Faixas:
01 - Rio Quatrocentão (Vicente Amar)
02 - É Só Balanço (Barbosa da Silva e José Batista)
03 - Meu Berimbau (Álvaro Castilho, Jackson do Pandeiro e Sebastião Martins)
04 - Preguiçoso (José Bezerra e Jackson do Pandeiro)
05 - Ai, Tertulina (Elias Soares e Sebastião Rodrigues)
06 - Vou Ver Papai Noel (Elino Julião e Álvaro Castilho)
07 - Olé do Flamengo (Jackson do Pandeiro e Braz Marques)
08 - Só Ficou Fará-Fa-Fá (Venâncio e Corumba)
09 - Balanço no Frevo (Braz Marques e Jackson do Pandeiro)
10 - Sarrabulho (Jota Júnior, Jackson do Pandeiro e Álvaro Castilho)
11 - O Balanço Vai (Álvaro Castilho, Jackson do Pandeiro e Sebastião Martins)
12 - Atum (Juracy Alcântara)


Tem Jabaculê (1964) 

Faixas:
01 - Quem não sabe beber (Elino Julião – Severino Ramos)
02 - Tem jabaculê (Edson Menezes – Alberto Paz)
03 - Olha o vento (Jackson do Pandeiro – João Rosa Pereira)
04 - Eu vi o sassaruê (Jackson do Pandeiro – Cosme Teixeira)
05 - De lascá o cano (Elias Soares – Jancerico)
06 - Babá de babá (Almira Castilho – Waldemar Silva)
07 - Samba do birim-bim-bim (Barbosa da Silva – Paulinho)
08 - Forró em casa amarela (João Silva – Sebastião da Conceição)
09 - Dia de beijada (Zeca do Pandeiro – Nelson Rivera)
10 - Capoeira no baião (Codó)
11 - Comigo, não! (Jaú – Benedito Toledo)
12 - A saudade dói (Italúcia – Haroldo Lobo)




Jackson do Pandeiro e Almira - ...E Vamos Nós... (1965)



Faixas:
01 - Babalaô (Geraldo Nunes)
02 - O assunto é berimbau (Jackson do Pandeiro - Antonio Barros)
03 - Lamento de jangadeiro (Jackson do Pandeiro - Manoel Pedro)
04 - No balanço do baião (Severino Ramos)
05 - Maré vai (Codó)
06 - Tililingo (Almira Castilho)
07 - Comprei um berimbau (Walter Levita)
08 - Samba de calolé (Juracy Alcântara)
09 - Cheguei agora (Juracy Alcântara - Betinho)
10 - Rosalina (Amadeu Macêdo - Pinho Campos)
11 - Parabéns, Guanabara (Luiz Moreno)
12 - O bom xaxador (Antonio Barros - Jackson do Pandeiro)




O Cabra da Peste (1966)



Faixas:
01 - Capoeira Mata Um (Álvaro Castilho e De Castro)
02 - Tá Roendo (Figueirôa e Maruim)
03 - A Ordem é Samba (Jackson do Pandeiro e Severino Ramos)
04 - Pinicapau (Codó)
05 - Forró Quentinho (Almira Castilho)
06 - Bodocongó (Humberto Teixeira e Cícero Nunes)
07 - Secretária do Diabo (Oswaldo Oliveira e Reinaldo Costa)
08 - Vou Sambalançar (Antônio Barros e Jackson do Pandeiro)
09 - Alegria do Vaqueiro (Zé Catraca)
10 - Forró do Bia (Luiz Moreno e Jerônimo)
11 - Papai Vai de Trem (Ivo Marins e Jackson do Pandeiro)




A Braza do Norte (1967)


Faixas:
01 - Lá vai a boiada (Manoel Pedro – Jackson do Pandeiro)
02
Ralabucho (Florisval Ferreira – José César Fontes)
03
 - Passarinho abandonado (Ivo Marins – Jackson do Pandeiro)
04 - Vila mariana (Severino Ramos – José Guimarães)
05 - A tentação do cão (Severino Ramos – J. C. Souza)
06 - Verdadeiro amor (José Bezerra)
07 - Capoeira de Zumbi (Geraldo Nunes)
08 - Amolador (Nivaldo Lima – Jackson do Pandeiro)
09 - Saudade de um amigo (Jackson do Pandeiro)
10 - De araque Zé (Maruim)
11 - Babá de cachorro (Antonio Barros – Jackson do Pandeiro)
12 - A taça era dela (Waldemar Silva – Rubens Campos)


Jackson do Pandeiro - É Sucesso (1967)

Faixas:
01 - O pai da Gabriela (Elino Julião – José Jesus)
02
Tempero de peixe é bom (Jota Cavalcante)
03
- Esquindô lêlê (Jackson do Pandeiro – Luiz Moreno)
04
O boi manhoso (Maruim)
05
- Chuva e sol (manoel pedro – Nivaldo Lima)
06 -  Nosso amor (Jackson do Pandeiro – Altamiro Cruz)
07 - Lê lê lê no cariri (Marium)
08 - Mãe Maria (Joca de Castro – Antonio Gonzaga)
09 - Liberdade demais (Raimundo Olavo – Jackson do Pandeiro)
10 - Auê birimbáu (Aires viana – Nilo dias – Alvaro Sobrinho)
11 - Retirante (Nivaldo Lima – Manoel Pedro)
12 - Carreira de véio é chôto (José Pereira)



Aqui Tô Eu (1970)

Faixas:
01 - Meu Passarinho Fugiu (Ivo Marins - Jackson do Pandeiro)
02 - Maria da Pa Virada (Jackson do Pandeiro - Betinho)
03 - Chiclete com Banana (Almira Castilho - Gordurinha)
04 - Tenha do de Mim (Ivo Marins - Jackson do Pandeiro)
05 - Mulher do Anibal (Nestor de Paula - Genival Macedo)
06 - Pombo Correio (Ivani - Serafim Adriano)
07 - Quebra Galho (Calazans Viveiros - Audemir Silva)
08 - Cade meu Boi (Jorginho - Bezerra da Silva)
09 - Aqui to Eu (José Higino - Anatalício)
10 - Sebastiana (Rosil Cavalcanti)
11 - O Solteirao (J. Cavalcanti - Antônio dos Passos)
12 - O Canto da Ema (Alventino Cavalcanti - Ayres Vianna - João do Vale)
13 - O Curandeiro (Serafim Adriano - Jorge Costa)
14 - Xodo de Motorista (Dílson Dória - Elino Julião)



Jackson do Pandeiro – O dono do forró (1971)


Faixas:
01 - Morena bela (Onildo Almeida – Juarez Santiago)
02 - Forró em Campina (Jackson do Pandeiro)
03 - Meu fracasso (Severino Ramos – Elias Soares)
04 - Cachimbo chato (Zé Catraca)
05 - Sereno cai (Delmiro Ramos – Severino Ramos)
06 - O bom torcedor (Bras Marques – Jackson do Pandeiro)
07 - Eu não vou chorar (Durval Vieira – Jackson do Pandeiro)
08 - Chô piau (J. S. Horta – Hernando do Santo)
09 - Aquele pé de pitomba (Barbosa da Silva)
10 - Madalena (Juarez Santiago – José Sales)
11 - Você e eu (Jackson do Pandeiro – Durval Vieira)
12 - Balanço de Maria (Buco do Pandeiro – Geraldo Gomes)


Jackson do Pandeiro - Sina de Cigarra (1972)


Faixas:
01 - Eu e Dona Maria (Marco Antônio)
02 - Mania de mangar (Jackson do Pandeiro / José Batista)
03 - Catirina (Jararaca)
04 - Nem vem que não tem (José Orlando)
05 - Coração velho (Raimundo Evangelista / João Silva)
06 - Marieta (Luis de França / Joceval Costa Lima)
07 - O puxa-saco (Zé Catraca)
08 - Feito de manteiga (Ivo Marins / Jackson do Pandeiro)
09 - Sina de cigarra (Jackson do Pandeiro / Delmiro Ramos)
10 - Você já era (Maria Mello / Euclides Pontes)
11 - O lavrador (Severino Ramos / Francisco Gonzaga)
12 - Chico chora (Bezerra da Silva / Ataylor de Souza / Paulo Filho)



Tem mulher, tô lá (1973) 

Faixas:
01 - Quero sambar (Noemia da Bahia – Jackson do Pandeiro)
02 - Xarope de amendoin (Paulo Patrício – Severino Ramos)
 03 - A primeira lição (José Orlando)
04 - Pássaro bacurau (Raymundo Evangelista – Jackson do Pandeiro)
05 - O pracinha (Onildo Almeida)
06 - Tapa na boca da noite (Aroldo Silva – Edson Melo)
07
 - Desconfiança (Waldemar Gomes – J. Pereira Jr)
08 - Tem mulher, tô lá (J. Luna – Zé Catraca)
09 - Aproveite mais sua vida (Juarez Santiago – Jackson do Pandeiro)
10 - Amor de mentirinha (Ivo Marins – Jackson do Pandeiro)
11 - Na beira da praia (Carmem Costa – Jackson do Pandeiro)
12 - Chu chu beleza (Raymundo Evangelista – João Silva)



Jackson do Pandeiro - Nossas Raízes (1974)


Faixas:
01 - Sou invocado (New Carlos)
02
Vou de tutano (J. Cavalcanti / Jackson do Pandeiro)
03 - Mundo de paz e amor (Zito de Souza / Alexandre Alves)
04 - O que vai com a maré (Zito de Souza / Toninho)
05 - Coração bateu (Ivo Marins / Jackson do Pandeiro)
06 - Forrobodó (Joca de Castro / Carim Mussi)
07 - O rei Pelé (Jackson do Pandeiro / Sebastião Batista)
08 - Quero aprender (Marimbondo / Jackson do Pandeiro)
09 - Eu vim de longe (Assunção Correia / Aloísio Vinagre)
10 - O samba e o pandeiro (Jackson do Pandeiro / Ivo Marins)
11 - Minha zabelê (Adpt. Gervásio Horta)
12 - O bem amado (Antônio Barros / Jackson do Pandeiro)



Coletânea – A Tuba da Muié (1975)

Faixas:
01 - Roubei a moça (Arr. José Gomes Filho) - Jackson do Pandeiro
02 - Risca ponto (José Ribeiro) - Marluce
03 - De mi a mi (José Gomes Filho) - Severo
04 - O retirante (Rui de Morais e Silva) - Jackson do Pandeiro
05 - A fogueira do coroné (Alventino Cavalcanti / José Gomes Filho) - Chico Mota
06 - Vamos pra roça (José Gomes Filho / Anastácio Silva) - Jackson do Pandeiro
07 - A tuba da muié (Zito de Souza) - Jackson do Pandeiro
08 - O que é o que é (Alventino Cavalcanti) - Marluce
09 - Pisando firme (Manoel Serafim / Severo) - Severo
10 - O caqueado (Mourão) - Chico Mota
11 - Estrada de espinho (Buco do Pandeiro / Manoel Alexandre) - Marluce
12 - Vitalina (José Gomes Filho / Anastácio Silva) - Jackson do Pandeiro


Um nordestino Alegre (1977)

Faixas:
01 - Amigo do norte (Valdemar Lima / José Gomes Filho)
02 - Acorda meu povo (João Cruz)
03 - História de Lampião (Severino Ramos / José Gomes Filho)
04 - Grilo na moringa (G. de San / José Gomes Filho)
05 - Quem vê cara não vê coração (Zé Catraca / Joaquim Lira)
06 - Alô Campina Grande (Severino Ramos)
07 - Rainha de Tamba (Zé do Norte)
08 - Eu caso com você (Alventino Cavalcanti / José Gomes Filho)
09 - Sete meninas (Toinho / Dominguinhos)
10 - Cantigas do São Francisco (Arranjo de Gervásio Horta)
11 - Boi de canga (José Cavalcanti / Jackson do Pandeiro)
12 - O dono do morro (José Gomes Filho / Poli)




Alegria minha gente (1978)


Faixas:
01 - Xodó no forró (Durval Vieira / Mascotte)
02 - Mulher malvada (Wilson Moux / Durval Vieira)
03 - Tambor da crioula (Assunção Correia / Nelson Macedo)
04 - Alegria minha gente (João Lemos)
05 - A luz do saber (João Lemos)
06 - Alô Palmeira dos Índios (Durval Vieira / Joci Batista)
07 - Dá licença (Jackson do Pandeiro / Mascotte)
08 - Mundo novo (Jackson do Pandeiro / Valdemar Lima)
09 - A vida dos outros (Antônio Valentim)
10 - Não me falta nada (Durval Vieira)
11 - 13 de maio (Nivaldo Lima / Jackson do Pandeiro)
12 - A estória do anel (Severino Ramos / Antônio Rodrigues)



Jackson do Pandeiro – Isso é que é forró (1981)


Faixas:
01 - Cabeça feita (Jackson do Pandeiro – Sebastião Batista da Silva)
02 - Tem pouca diferença (Durval Vieira)
03 - Herança de meu pai (Benicio Guimarães)
04 - Mãe solteira (Severino Ramos – Antonio Rodrigues)
05 - Samambaia trepadeira (Gervásio Horta)
06 - Eu vou pra lá (Benicio Guimarães)
07 - Competente demais (Jackson do Pandeiro – Valdemar Lima)
08 - Quem tem um não tem nenhum (Durval Vieira – Jorge Paulo)
09 - Mundo cão (Jackson do Pandeiro – Rogéria Ribeiro)
10 - São Tomé (Jackson do Pandeiro – Assunção Corrês)
11 - Bola de pé em pé (Jackson do Pandeiro – Sebastião Batista da Silva)







Fonte:
http://www.jacksondopandeiro.mus.br/

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