Por Laura Macedo
A violonista e compositora Maria Rosa Canelas (1941-2004) foi uma das pioneiras de sua época a se destacar em um território dominado por homens.
O cronista Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, costumava dizer que ela tocava por uma cidade inteira e, por isso, rebatizou-a como Rosinha de Valença.
O estilo de Rosinha sempre foi vigoroso – violão cheio, volume alto, pegada forte na mão direita.
A exemplo de Baden Powell, com o qual era frequentemente comparada, tinha predileção por temas afro-brasileiros.
Infelizmente, em 1992, Rosinha sofre uma parada cardiorrespiratória, entra em coma e é levada para Valença, onde fica aos cuidados de sua irmã por doze anos.
Como aluna do FENAVIPI (Festival Nacional de Violão do Piauí) tive a oportunidade (juntamente com outros colegas), de batermos um papo informal com o violonista Turíbio Santos que nos revelou: sempre que ia visitá-la tocava pra ela e, no íntimo, acreditava que mesmo em coma, ela escutava o som do meu violão...
01 - Caboclo Ubiratan (domínio público – adaptação de Rosinha de Valença)
02 - O Samba Da Minha Terra (Dorival Caymmi)
03 - London, London (Caetano Veloso)
04 - Asa Branca (Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)
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