Renato Braz é uma das gratas surpresas surgidas na música popular brasileira a partir dos anos de 1990. Seu primeiro disco chegou ao mercado em 1996, mas o início de sua carreira se deu tocando bateria e cantando em bares e casas noturnas de São Paulo, além de participar de diversos festivais de música por todo o país. O seu modo discreto de conduzir a carreira acabou por fazê-lo um artista muito bem conceituado, no entanto sem o destaque merecidoapesar de belíssimos trabalhos lançados ao longo dessas últimas duas décadas de estrada. Com discos pautados na qualidade sonora e uma seleta escolha de repertório, Renato (ao lado de Mônica Salmaso, Zeca Baleiro, Pedro Mariano, Chico César e alguns outros poucos que agora não me recordo), vem se destacando como um dos mais expressivos nomes da geração surgida na MPB ao longo dos anos de 1990. Seu primeiro disco, como dito lançado em 1996, trouxe como título o seu nome e apresenta um repertório que fugia da linha mercadológica fonográfica vigente a partir de um repertório que conta com faixas como "Anabela" (Mário Gil e Paulo César Pinheiro), "Bambayuque" (Zeca Baleiro), "Retirantes" (Dorival Caymmi), "Estrela da terra" (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro), "7x7" (Guinga e Aldir Blanc), "Pagã" (Chico César), "Passarinheiro" (Jean Garfunkel e Pratinha) e "Meu drama" (Silas de Oliveira e Joaquim Ilarindo), entre outras. Apesar de ser um estreante, este disco contou com a participação dos músicos Sizão Machado, Mário Gil, Laércio de Freitas, da também iniciante Mônica Salmaso e do conceituado e exigente Dori Caymmi, que participou da faixa "O porto". Por este disco, em 1997, o CD "Renato Braz" foi indicado para o Prêmio Sharp, na categoria Revelação.
Desde então o artista hoje em questão vem galgando espaços significativos dentro da música popular brasileira contemporânea de qualidade a partir de projetos como o CD "História antiga", que lançado em 1998 contém em seu repertório músicas de autores como Dori Caymmi, Paulo César Pinheiro, Tom Jobim, Vinicius de Moraes Zé Dantas, Edu Lobo, Chico Buarque, entre outros. Novamente o disco contou com a participação de Dori Caymmi no violão e nos arranjos. Essa amizade com o Dori acabou os aproximando ao ponto do cantor, instrumentista e compositor radicado nos EUA esteja quase sempre presente nos projetos fonográficos do músico e cantor paulista. Sua discografia conta ainda com projetos como "Outro quilombo" (que ratifica a seleta escolha de repertório a partir de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Sueli Costa entre outros). Por conta do CD "Outro quilombo", foi contemplado com o o Prêmio Visa/Edição Vocal, em 2002, o que lhe rendeu a gravação, nesse mesmo ano, do CD "Quixote", no qual registrou as músicas como "Disparada" (Geraldo Vandré e Téo de Barros) e "Canto das três raças" (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), entre outras; o CD "Por toda a minha vida – As canções de Jean e Paulo Garfunkel"; "Papo de passarim", disco gravado ao vivo no Teatro Fecap (SP) em parceria com Zé Renato; projeto lançado em 2012; ao lado do músico Nailor Proveta o disco "Silêncio - Um tributo a João Gilberto" (2014). Em 2015 lançou "Saudade" (projeto voltado para o mercado americano onde constam algumas regravações ao lado do nomes como Paul Winter,Dixon Van Winkle, Dori Caymmi, Ivan Lins e The Dmitri Pokrovsky Ensemble) e "Canela" (projeto ao lado do Quarteto Maogani). Atualmente vem divulgando "Mar Aberto" (2016), projeto lançado ao lado do amigo Mário Gil.
0 comentários:
Postar um comentário