Nos dias de festa é preciso beber muita água, aplicar protetor solar a cada duas horas, usar repelente e dormir bem
Por Anamaria Nascimento
A enfermeira Kelly Santos e sua família estão prontas para a folia. Além da água, não esquecem o repelente. Foto: Peu Ricardo/Esp. DP
Os foliões de carteirinha contam os dias para a chegada do carnaval e aguardam o período de festa cheios de expectativas positivas. No entanto, alguns cuidados são necessários para que os dias inesquecíveis não acabem se tornando uma experiência frustrante. Por isso, o Diario reuniu dicas de especialistas e elaborou um guia completo para quem quer curtir a folia sem dor de cabeça. Nos dias de festa, é preciso beber muita água, aplicar protetor solar a cada duas horas, usar repelente e dormir bem.
A dermatologista Rosana Chagas lembrou que, antes de sair de casa, o folião deve aplicar protetor solar no corpo e no rosto. “O ideal é colocar meia hora antes de sair e reaplicar o filtro a cada duas horas”, explicou. Já o infectologista Filipe Prohaska ressaltou que o carnaval 2016 será o carnaval do repelente. “Às dicas que o folião já conhece, de se hidratar com frequência e se proteger do Sol; precisamos acrescentar, este ano, a do uso de repelente. O verão registra maior incidência de casos (de dengue, chikungunya e zika), por isso, quem brinca carnaval deve estar protegido”, afirma. O médico indicou a aplicação do produto antes de sair de casa e ressaltou que é preciso reaplicá-lo no início da tarde.
Mãe de duas pequenas foliãs, a enfermeira Kelly Santos, 39, está atenta às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e protege as filhas com repelente durante as prévias e também no carnaval. “Antes mesmo do zika vírus eu já fazia isso. Agora, o cuidado é ainda maior”, conta. Além de repelente, a mãe leva garrafas de água para mantê-las sempre hidratadas, protetor solar e lanches saudáveis e refrescantes. A nutricionista Ana Célia Oliveira, presidente da Associação Pernambucana de Nutrição, indicou picolés e sorvetes como boas opções de lanche porque dificilmente serão fontes de bactéria. “O maior cuidade deve ser com as condições higiênico-sanitárias dos alimentos e bebidas. Com isso, evita-se prejuízos nos dias de folia e depois também”, ressalta.
Alongamento
Lesões musculares são comuns no período pós-carnavalesco. O ritmo da festa é frenético e muitos foliões acabam se machucando com tanto sobe e desce de ladeira. A fisioterapeuta Andrezza Palmeira indicou que os sedentários e até os que costumam praticar atividades físicas façam alongamentos antes de sair de casa ou mesmo no meio do frevo. “Quem brinca carnaval sobe muita escada, desce ladeira, passa muito tempo em pé. Para deixar os músculos aquecidos e evitar lesões, é importante se alongar”, explicou.
É possível fazer o alongamento em casa. O primeiro pode ser o alongamento de pescoço. Basta inclinar a cabeça para os lados, mantendo os ombros parados. Outro bom exercício é esticar os braços para cima e para frente com os dedos cruzados. Foliã de carteirinha, Rafaela Ferreira, 30, sabe que brincar carnaval é uma matarona”.
Regra básica: saber os limites
Não existe regra fixa quando o assunto é quantidade de álcool a ser ingerida. Cada folião tem um metabolismo diferente, por isso, é importante que a própria pessoa perceba seus limites. Ao identificar os primeiros sinais de embriaguez, o folião deve parar de beber. Pessoas próximas podem ajudar, aconselhando quem está ingerindo álcool em excesso. A única regra é: não dirija depois de ter bebido.
O infectologista Filipe Prohaska lembrou que, por estar exposto ao Sol, o folião se desidrata com maior facilidade. “O efeito do álcool é mais rápido”, acrescentou. A presidente da Associação Pernambucana de Nutrição, Ana Célia Oliveira, ressaltou que as pessoas metabolizam o álcool em velocidades diferentes. “De um modo geral, as mulheres metabolizam mais lentamente e os efeitos do álcool são mais prolongados nelas do que nos homens”, disse a nutricionista. Um dos fatores que podem determinar, em parte, os efeitos do álcool no organismo é o peso de cada pessoa.
Dormir bem
Para manter a saúde durante o período de festas, também é importante dormir bem. Crianças de 1 a 2 anos devem dormir entre 11 e 14 horas. As que têm entre 3 e 5 anos devem dormir de 10 a 13 horas por noite. Já os que têm de 6 a 13 anos devem dormirem de nove a 11 horas. Adolescentes de 14 a 17 anos não devem dormir menos de sete horas. É prejudicial aos foliões que têm de 18 a 64 anos dormir menos de seis horas. Quem tem mais de 65 anos deve dormir de sete a oito horas. O sono cortado pode ser prejudicial.
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