DE PÉS SUJOS E CORAÇÕES LIMPOS
No meio do caminho entre a mão arteira e a alegria imensa morava a corda de um pião e o colorido de uma pipa alegrando o céu de carneirinhos e o coraçãozinho azul do menino que brincava, leve e solto, na rua. Outra hora, a boa sorte marcava encontro com aqueles pés sujos que chutavam uma bola de meia, também suja e desgastada por chutes infantis. Outros tantos meninos, de pés sujos e coraçõezinhos azuis, corriam atrás de uma outra bola de meia, rodavam outros piões e libertavam as cores várias de suas pipas ao ar. Era como cumprimentavam dona felicidade, conhecendo-a na maior das intimidades. Aqueles eram seus folguedos, aquelas, suas alegrias. Bastavam-lhes. Bastavam-me.
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