sábado, 25 de fevereiro de 2017

CARNAVAL DO RECIFE 2017 - A DECORAÇÃO DA CIDADE



A decoração do Carnaval foi inspirada em painéis executados por cinco artistas urbanos e um coletivo atuante na cidade do Recife. São eles: Karina Agra, Coletivo Vacilante, Bozó Bacamarte, Jota ZerOff, Galo de Souza e Manoel Quitério. Para o arquiteto Carlos Augusto Lira, que há 16 anos atua na intervenção urbana, transformar a arte dos grafiteiros em projeto é um agradável desafio. “Todas as imagens criadas pelos grafiteiros foram fotografadas e digitalizadas, o que deu origem ao projeto cenográfico. Este ano usaremos muitos tecidos na decoração do Recife”, ressaltou. Entre as novidades, o suporte, com grandes painéis feitos em tecido.

Artistas e obras:
Vacilante – Escola Municipal de Frevo Maestro Fernando Borges – Rua Castro Alves, 440 – Encruzilhada
Galo de Souza e Karina Agra – Compaz do Cordeiro – Av. Abdias de Carvalho, esquina com a General San Martin.
Jota ZerOff e Bozó Bacamarte – Gerencia de Atenção à Saúde – ao lado da PCR
Manoel Quitério – Terminal do Porto do Recife



Dados dos artistas:

Coletivo Vacilante – O Vacilante é um grupo formado pela união de Alexandre Pons, Rafael Ziegelmaier, Heitor Pontes e Luciano Mattos com o propósito de experimentar criação coletiva em pintura. O nome escolhido pelo Coletivo faz referência à ideia de que os vacilos são tão importantes na vida quanto os acertos. Por isso, eles resolveram assumir a proposta de um processo artístico Vacilante, resultando quase sempre em pinturas carregadas de imagens, “tempestades cerebrais”, acumulo generoso de camadas e gestos. Tinta óleo, tinta acrílica, spray automotivo, abstração e figurativismos coexistem em suas telas e murais que assinalam a relevância da pintura contemporânea dentro da obra produzida pelo coletivo. Foto: Andréa Rego Barros/PCR

Galo de Souza – José Cordeiro de Melo Neto, mais conhecido por Galo de Souza, nasceu no Recife em 1980, e iniciou no mundo da arte ainda criança, aos 9 anos de idade. Era um menino que gostava de desenhar nas paredes. Com 16 anos fez os primeiros grafites. Sua primeira exposição individual aconteceu em 2009, com o título de “O Vendedor de Bananas”, no Sesc Casa Amarela. Atualmente sua arte está espalhada por muros, viadutos e galerias do Recife, além de outras cidades do Brasil e do Mundo, como Dinamarca, Suécia, Holanda e Portugal. Foto: Andréa Rego Barros/PCR

Karina Agra – Nascida no Recife, inicialmente autodidata, hoje Karina Agra é artista plástica, educadora social e designer gráfica formada em Licenciatura em Educação Artística – Artes Plásticas pela UFPE. Trabalha o figurativo através do desenho gráfico, aplicado em dois estilos: óleo sobre tela (monocromático, procurando unir relação entre foto e pintura através do P&B, com personagens expressivos e uma luz pensante); e a acrílica sobre tela (figurativo colorido, trabalhando o universo kitsch através de cores saturadas e contrastantes, com personagens sensuais). Participa de exposições desde 1999. Atualmente possui atelier próprio na Ribeira, no Sítio Histórico de Olinda. Foto: Andréa Rego Barros/PCR

Jota ZerOff – Natural de Carpina, Júlio César, ou Joja ZerOff, desenha desde os oito anos de idade, inicialmente se inspirando em traços dos Mangás, desenhos japoneses. Foi em meados de 2010 que Jota conheceu o grafite, numa viagem ao Espírito Santo. Seu trabalho, à época, trazia conversões dos elementos urbanos em representações totêmicas da própria cidade, pintados em tinta spray, com formas extremamente geométricas e gráficas. Seu estilo tem como referências os bonecos de madeira, mais conhecidos por mamulengos. Foto: Andréa Rego

Bozó Bacamarte – Olindense, Daniel Ferreira da Silva, o Bozó, iniciou sua carreira pelas ruas da cidade. Sentindo a necessidade de buscar uma comunicação mais direta com o público, o artista encontrou no próprio cotidiano o repertório iconográfico necessário para nortear o seu trabalho. Na xilogravura popular encontrou uma forma de identidade visual que atendia os seus anseios. Temas como o povo nordestino, com suas expressões visuais, seu comportamento, sua histórias, crenças e superstições, além do humor e do surrealismo, são recorrentes em seu trabalho. René Magritte, Os Gêmeos , Bansky e Samico são influências fortes na obra de Bozó. Foto: Andréa Rego Barros/PCR

Manoel Quitério – Natural do Recife, Manoel Quitério tem suas obras cercadas de uma atmosfera onírica que se apresentam como uma reflexão sobre o homem e os objetos por ele cultuados. Há cerca de três anos, Manoel tem feito intervenções artísticas ao redor da Região Metropolitana do Recife, com pinturas dos barcos que circulam o Marco Zero, muros e também troncos de árvores cortadas, em um trabalho de guerrilha contra a negligência do poder público e da sociedade com o espaço coletivo. Suas ações, no entanto, não se resumem ao Estado. Em Paris e em Istambul também é possível encontrar obras de Manoel espalhadas pela rua. Essa ânsia por aproximar a população de suas inquietações artísticas e políticas tem ganhado um papel cada vez maior na arte de Quitério. Foto: Andréa Rego Barros/PCR

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