quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

ESTUDANDO A MPB: REFLEXÕES SOBRE A MPB, NOVA MPB E O QUE O PÚBLICO ENTENDE POR ISSO - PARTE 05

Por Rafael Machado Saldanha 


RESUMO: Este trabalho pretende discutir a evolução do uso da sigla MPB (Música Popular Brasileira), desde sua popularização, nos anos 60, até os dias de hoje, dando ênfase para sua ramificação recente conhecida como “Nova MPB”. Também se buscou compreender como se dá a recepção por parte do público brasileiro, procurando contrastar as informações obtidas nas pesquisas bibliográficas com a opinião de ouvintes de MPB reunidos através de um fórum da Internet. Palavras-Chave: Música Brasileira – Estudos da Recepção – MPB – Nova MPB 


3. A MPB E SEUS OUVINTES


Nos capítulos anteriores, tentamos fazer uma breve revisão bibliográfica acerca dos conceitos de MPB que foram utilizados ao longo das décadas, bem como observar como este foi sendo modificado por circunstâncias políticas, mercadológicas e culturais. As ideias de Pós-Modernidade foram usadas para se compreender o advento de uma “Nova MPB”, inserida neste contexto atual diferenciado.

Agora, nosso objetivo é observar como essas ideias, geradas por intelectuais e especialistas da área de música, reverberam no público em geral, que nem sempre pára para refletir a respeito de todo esse processo, embora seja indubitavelmente afetado por este.

O Estudo da Recepção é um procedimento comum na área de comunicação quando se deseja aferir como determinada mensagem foi assimilada pela audiência, podendo assim também se verificar as interferências que um discurso sofre. Existem várias formas de se conduzir um estudo dessa natureza. A seguir, descreveremos a metodologia adotada neste trabalho.


3.1. Metodologia

A pesquisa desenvolvida nessa dissertação buscou uma abordagem qualitativa em detrimento de uma coleta quantitativa. Por isso, foi decidido trabalhar com um universo mais reduzido, onde poderia se abordar questões mais complexas, do que um grupo amplo onde as perguntas teriam que tratar de pontos mais objetivos de nossa discussão. A princípio, pensou se em utilizar grupos focais, que se reuniriam para debater os temas propostos e dariam um panorama do pensamento comum acerca do assunto investigado. Porém, apesar de satisfazer em vários aspectos os objetivos da pesquisa, esse tipo de instrumento metodológico possui algumas limitações que o torna inadequado para o desenvolvimento proposto. Os resultados aferidos neste grupo acabariam por se tornar opiniões muito “presas” na realidade social, temporal e espacial daquele universo. As diferenças entre os pensamentos de uma região para outra se perderiam, numa opinião que tenderia à homogeneidade pela semelhança de vivências entre os indivíduos.

 Por isso, buscando uma maior heterogeneidade de pensamentos, decidiu-se transportar o conceito de grupo focal de uma realidade física para o ambiente virtual. Assim, amparados 42 pela internet, indivíduos de vários pontos do país poderiam confrontar suas opiniões, e a pesquisa teria um caráter menos localizado.

Para operacionalizar a pesquisa, foi escolhida a página de relacionamentos Orkut. O site foi pioneiro e até hoje é o maior de sua categoria. Segundo o próprio Orkut, 53,94% dos usuários se declaram brasileiros (o número pode ser maior, visto que muitos brasileiros declaram outras origens em suas páginas pessoais). A dinâmica do site funciona através das “Comunidades”, fóruns aos quais as pessoas se associam e podem discutir assuntos propostos assim como propor novos temas para a discussão. Além disso, dentro das comunidades é possível criar enquetes para serem respondidas e comentadas pelos usuários. Essas comunidades podem ser “abertas” (qualquer usuário pode se associar) ou “moderadas” (o criador – chamado de “Dono” – e usuários indicados por ele – “moderadores” – devem aprovar a adesão de novos membros), bem como seu conteúdo pode ser restrito somente para os membros da comunidade ou aberto para qualquer pessoa que a visite.

Para essa pesquisa, foi criado o “Grupo de Pesquisa - MPB”, uma comunidade moderada, com conteúdo restrito somente para os usuários ali cadastrados. Para compor a comunidade, fiz um convite nas principais comunidades que discutem MPB no Orkut (a maior delas, chamada “MPB – Música Brasileira” conta com mais de 350.000 membros). Também foram enviados convites às comunidades de ódio à MPB, muito embora essas fossem bem menos numerosas e tenham dado pouquíssimo retorno.

Os convites abertos nas comunidades, ao invés do uso da ferramenta “Convidar Membros”, foi proposital: com isso, buscava a adesão somente daqueles realmente interessados em discutir o assunto com seriedade. Além disso, espalhando o convite por várias comunidades, se tornaria mais fácil obter uma rede social mais diversificada, unida por aquilo que Granovetter (APUD, Morais e Rocha, 2005, p.4) chama de “rede de laços fracos”:

Laços fortes (...) denotam um contato direto entre as pessoas que estão compondo a rede.
Seriam as pessoas mais próximas do indivíduo: família, amigos próximos. Esta rede
compõe-se de um grupo fechado do tipo “todos conhecem todos”. (...) Laços fracos seriam
a relação entre pessoas que possuem um intermediário comum. É uma rede
em que nem todas as pessoas estabelecem um vínculo direto, mas se constrói através de um
intermediário. (...) Os laços fortes têm uma grande densidade, mas não são tão amplos;
já os laços fracos não são tão densos, mas possuem grande amplitude.
(Morais e Rocha, 2005, PP. 4-5).

Assim, a comunidade “Grupo de Pesquisa – MPB” se configurou em uma rede de laços fracos, onde a própria comunidade e o interesse pelo assunto serviam de intermediário. Outra vantagem de uma comunidade de laços fracos é que estas, no ambiente virtual, tendem a inibir menos a livre expressão, uma vez que não há uma hierarquia, e nenhum indivíduo representa um papel de liderança.

O número de participantes da comunidade foi limitado em 25, para que fosse possível o maior controle das discussões. A dinâmica estabelecida seria de que somente o dono da comunidade colocaria uma nova discussão (através dos tópicos), mas os membros estariam livres para comentar os quanto quisessem, além de poderem propor novos desdobramentos para as questões. Foram realizadas ainda pesquisas objetivas (através da ferramenta “Enquete”) para se ter uma idéia do perfil do usuário da comunidade.

Dos 25 membros ativos da “Grupo de Pesquisa - MPB”, 20 responderam todas as enquetes. Destes, a maioria (40%) se encontram na faixa etária de 26 a 35 anos. Dos restantes, 20% se encontra na faixa seguinte (36 a 45 anos) e 40% nas anteriores (20% de 21 a 25 anos e 20% de 15 a 20 anos.). Quanto à escolaridade, 45% terminaram ou estão cursando o ensino superior. 30% possuem algum tipo de pós-graduação e os 25% restantes estão cursando ou concluíram o Ensino Médio. Geograficamente, a distribuição da comunidade foi a seguinte: 45% dos membros da comunidade vivem em estados da região sudeste; 35% na região nordeste; 10% na região sul e os 10% restantes são brasileiros que vivem no exterior. Não participaram da comunidade pessoas de estados das regiões Norte e Centro-Oeste, mas não se interferiu neste ou quaisquer outros desequilíbrios para respeitar o caráter voluntário da participação na pesquisa, o que poderia contaminar os resultados obtidos.

Uma vez realizadas as discussões, as respostas foram armazenadas, codificadas e categorizadas, como orienta Bardin em sua obra Análise de Conteúdo. Os resultados serão apresentados a seguir.


3.2. Discussões

Neste segmento, serão apresentadas as questões que foram propostas ao grupo, com o cuidado de se tentar justificar o porquê da proposição das mesmas. Além disso, serão destacados os comentários mais pertinentes, ou que tenham se repetido ao longo da discussão. Ao final, tentarei fazer uma análise, cruzando as respostas do grupo com os dados e teorias já apresentados nos capítulos anteriores.

Os usuários de fóruns de internet – e do Orkut, em particular – se utilizam de vários códigos de escrita, que inclui abreviações, gírias, expressões de línguas estrangeiras e sinais gráficos, que não são do domínio de todos. Ao citar os comentários da comunidade, os mesmos serão adaptados ou explicados sempre que possível, para facilitar a compreensão. Além disso, eles serão sempre identificados pelo nome que exibem em seus perfis, o que nem sempre corresponde a seus verdadeiros nomes. Por isso, essa identificação virá sempre entre aspas.

Foram seis discussões propostas ao longo de dois meses.


3.2.1. Primeira discussão

O primeiro tema proposto foi justamente a conceituação da própria MPB. Como este é um tema recorrente nos fóruns sobre o assunto, temia que sua proposição pudesse desanimar os membros que já participam dessas outras comunidades sobre o assunto. Por isso, a solução encontrada foi justamente fazer referência a essas discussões pregressas, criando assim um sentido de continuidade, estimulando os participantes a se aprofundarem mais no tema. O texto que abriu a discussão foi o seguinte:

Para vocês, o que é a MPB? Há alguns meses, uma enquete na comunidade MPB - Música Brasileira fez essa pergunta, propondo interessantes alternativas:
Opção 1) Todo tipo de música popular que seja feita no Brasil. Ou seja, ritmos e gêneros tradicionais como samba, baião e choro e outros mais atuais e “globalizados”, como rock, o funk e o sertanejo.
Opção 2) Somente música de boa qualidade.
Opção 3) Somente música ligada às tradições culturais do Brasil, independente da qualidade.
Opção 4) Uma sigla discriminatória que coloca em “guetos do mau gosto” artistas com tendências mais “populares”.

O que vocês acham? Concordam com alguma dessas alternativas? Se concorda, justifique. Se não, como você definiria a MPB?

Essa discussão tinha como objetivo aferir como as pessoas conscientemente enxergam a MPB. Na enquete que deu origem a essa discussão – criada pelo usuário “Nobre ...” na comunidade “MPB – Música Brasileira”, a maioria dos mais de duzentos votantes até o momento escolheu a Opção 2 (46%), seguido pela Opção 1 (25%), Opção 3 (21%) e Opção 4 (6%). É interessante observar como as pessoas que naquela comunidade optaram por definir a MPB como “somente música de boa qualidade” não enxergam nessa atitude uma ação discriminatória. O resultado na “Grupo de Pesquisa – MPB” foi um pouco diferente. Além disso, também vale ressaltar a semelhança entre as opções e alguns estágios da MPB apontados no capítulo 1. A primeira opção nos dá uma visão ampla, generalista e inclusiva da MPB, semelhante àquela defendida a partir do tropicalismo. A opção 2 – “Somente música de boa qualidade” – nos remete àquela idéia de MPB que começou a surgir nos anos 80, quando algumas figuras proeminentes do BRock eram “elevadas” aos status de MPB se possuíssem qualidade suficiente. Já a terceira opção me parece mais alinhada com o pensamento pré- tropicalista, onde a defesa das tradições era bandeira dos CPCistas e derivados, enquanto à quarta opção coloca a MPB em uma categoria de “Gênero Musical”, como Sandroni afirmou que vinha acontecendo desde os anos 90.

Neste tópico, as opiniões se mostraram bastante divididas, com superioridade da opção 1. A usuária “Kika Seixas [CAS]” concorda com a primeira alternativa, mas faz ressalvas:

O termo MPB surgiu com o sentido da opção 1, em toda a sua abrangência.
Não é música erudita? Então é popular. Incluindo, sim, pop-rock e todas
as outras músicas feitas em território nacional, com maior ou menor influência externa.
Estritamente falando, essa deveria continuar sendo sua acepção.
Mas o uso acaba modificando, delimitando (ou limitando) os sentidos,
e eis que "Ême-pê-bê" vem a designar uma certa geração de artistas,
em geral adeptos de banquinho e violão, e suas eternas reencarnações.
"Ela é cantora de MPB". Que imagem, hoje em dia, vem à mente?
Não de uma Rita Lee mutante, esgoelando um "Meu Refrigerador não funcioooooona",
mas já de uma Rita Lee cantora de bossas joaninas. Los Hermanos não são MPB;
Marcelo Camelo, sim. Maria Rita (eu disse reencarnação?), certamente.
Fernanda Takai, para meu grande desgosto, inventou de se candidatar a essa classificação.
Enfim. Para mim, Kika Serra, "MPB" se tornou uma coisa meio pejorativa,
como deve dar pra notar. (...)

Nessa fala, notamos que, apesar de acreditar na conceituação generalista da MPB, a usuária reconhece o processo de delimitação em gêneros descrito por Sandroni e vê esse gênero sendo utilizado de forma qualitativa, como designa a segunda opção. O usuário “Luciano Jr.”, apesar de optar por outra alternativa, corrobora o que foi dito por “Kika Seixas”:

Não tenho ainda plena certeza quanto a um posicionamento nesse ponto.
Mas sem sombra de dúvidas, o costumeiramente chamado "MPB", é bastante
impopular em nosso país. Não sei quem cunhou esse termo e muito menos
quem definiu os seletos integrante dessa "tribo", mas ele não corresponde
a realidade e é no mínimo ambíguo, dúbio, "tríplio".(risos)

Inclino-me numa primeira visão para a 4ª opção.

Estes dois comentários resumem o pensamento que se mostrou predominante durante a discussão. No entanto, alguns argumentaram de forma diferente. A fala do usuário “.Gustavo Oliveira.” parece justificar a escolha de alguns pela segunda opção:

Opção 2) Somente música de boa qualidade.
Bom... Fazendo uma reflexão superficial, o que eu entendo quando se fala
em MPB é a classificação ou agrupamento de determinados artistas
(cantores/compositores) que fazem 46 trabalhos mais rebuscados, ou seja,
criam letras com conteúdo, utilizam mensagens subliminares, utilização
de palavras incomuns ao nosso cotidiano, melodias e arranjos mais elaborados.
O canto também é diferenciado... Existe um maior rigor quanto à técnica vocal dos intérpretes.
Resumindo: a MPB é entendida como música de boa qualidade!
A MPB ficou marcada como a música popular de qualidade do Brasil.
Isso já virou senso comum. É dessa forma que as pessoas se referem a ela
em detrimento aos grupos de pagode, axé, forró, duplas sertanejas, etc.
Agora se formos classificar 'MPB' de acordo com o significado das palavras
que formam esse termo, devemos considerar que todos os artistas que fazem música,
populares e originárias do Brasil estão no mesmo patamar.

Volto a salientar que os defensores desse argumento não a enxergam como discriminatório, mas ainda assim, reconhecem a sigla como um gênero específico, o que pode ser notado ao se observar a descrição dos procedimentos técnicos que geram a MPB – “(...)fazem trabalhos mais rebuscados, ou seja, criam letras com conteúdo, utilizam mensagens subliminares, utilização de palavras incomuns ao nosso cotidiano, melodias e arranjos mais elaborados(...) Existe um maior rigor quanto à técnica vocal dos intérpretes.”. Dessa forma, poderíamos dizer que a opção 2 e 4 falam praticamente o mesmo, o que difere são as intenções de quem as escolhe: os que optam pela quarta alternativa normalmente são mais críticos quanto a essa transformação da sigla num gênero musical específico, enquanto os que escolhem a segunda opção tendem a naturalizar o processo. (A usuária “Regiane Casseb” rebate o comentário anterior argumentando que “Se ocorrer exclusão numa classificação de boa/má qualidade, na prática, ela será totalmente pessoal.”, ao que “.Gustavo Oliveira.” se defende dizendo que “(...)pode-se atribuir qualidade a tudo... Me refiro à questão de comprovação ou definição de parâmetros. Agora quanto ao gosto pessoal e percepção da realidade já é outra história.”).

A posição tradicionalista também é defendida na discussão. O usuário “Cado: Navegador do Imponderável” expõe argumentos em ressonância com os partidários da MPB como resgate do “Nacional-Popular”:

Para se definir uma música como parte desse universo amplo e multifacetado
que chamamos de MPB, entendo imprescindível que essa música seja representativa
de algum domínio cultural e estético. Porém, identifico-me com a ideia
de que não se pode chamar de MPB qualquer produção brasileira. Acho que
é necessário perceber no trabalho do autor/intérprete alguma seriedade e respeito
por um conhecimento mínimo necessário pra se produzir qualquer coisa
que possa ser chamada de música.

Porém, a opinião que parece predominar é a de MPB ampla, como deixou claro o usuário “MdC Suingue”, que postou o último comentário da discussão:

Apesar do rótulo 'emepebe' ter sido criado para definir um momento da música brasileira,
eu não aceito que se apropriem da definição "Música Popular Brasileira" para
imporem regras estéticas ao que foi feito antes e depois. Para mim MPB é a música que
nosso povo cria. Quer eu goste dela ou não. Se é influenciada pela tradição ou
pela tradução de influencias globalizadas tanto faz. Quanto a isso, devo lembrar que os
únicos que podem dizer que fazem música brasileira "pura" são nossos indígenas e
faz muito que eles sumiram de nossas paradas de sucesso... O resto é resultado deste grande
talento de nosso povo, que é se apropriar de vários ritmos e influências estrangeiras
e remixá-las, remoldá-las e recriá-las até parecer uma coisa toda nossa.

 A diferença dos rumos da discussão proposta na comunidade “Grupo de Pesquisa – MPB” para aqueles obtidos na comunidade “MPB- Música Brasileira” podem ser explicadas pelo perfil dos usuários que as compõe. Enquanto a primeira foi formada por pessoas interessadas em discutir o assunto de maneira mais aprofundada, o segundo é povoado em sua grande maioria por pessoas que demonstram afinidade com o tema, sem necessariamente se dedicar a refletir o mesmo. Assim mesmo, vale lembrar que as ressalvas feitas nos comentários sobre a opção 1 demonstram que essa foi a mais escolhida por representar, na opinião dos usuários, não só o que é a MPB, mas sim o que deveria ser a MPB; e que estes mesmos usuários percebem de maneira crítica uma postura hierarquicamente superior da MPB dentro do campo musical estabelecido.

Podemos então concluir que, na opinião da maioria, a MPB deveria ser compreendida como o somatório de todas as expressões musicais produzidas no Brasil por brasileiros, mas que, no entanto, a sigla cada vez mais é usada para designar um gênero específico de música.



Referências bibliográficas:
ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas: reflexões sobre a origem e a expansão do nacionalismo. Lisboa, Edições 70, 1991.
ANDRADE, Oswald de. Obras completas VI: Do Pau-Brasil à Antropofagia e às Utopias – Manifestos, teses de Concursos e ensaios. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970. 
AUTRAN, Margarida. “O Estado e o músico popular: de marginal a instrumento”. IN: NOVAES, Adauto. Anos 70: ainda sob a tempestade. Rio de Janeiro: Aeroplano: Ed. Senac Rio, 2005.
BAHIANA, Ana Maria. “A ‘linha evolutiva’ prossegue: a música dos universitários”. IN: NOVAES, Adauto. Anos 70: ainda sob a tempestade. Rio de Janeiro: Aeroplano: Ed. Senac Rio, 2005.
----------. “Importação e assimilação: rock, soul, discotheque”. IN: NOVAES, Adauto. Anos 70: ainda sob a tempestade. Rio de Janeiro: Aeroplano: Ed. Senac Rio, 2005.
----------. “Música instrumental – O caminho do improviso à brasileira” IN: NOVAES, Adauto. Anos 70: ainda sob a tempestade. Rio de Janeiro: Aeroplano: Ed. Senac Rio, 2005. ----------. Almanaque anos 70. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
----------. Nada será como antes: MPB anos 70 – 30 anos depois. Rio de Janeiro: Editora Senac Rio, 2006.
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2004.
BARROS E SILVA, Fernando de. Chico Buarque. São Paulo: Publifolha, 2004.
BORGES, Márcio. Os sonhos não envelhecem – Histórias do Clube da Esquina. São Paulo: Geração Editorial, 1996.
BOURDIEU, Pierre. As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
----------. O poder simbólico, Rio de Janeiro, Difel/Bertrand Brasil, 1989.
CABRAL, Sérgio. “A figura de Nara Leão”. IN: DUARTE, Paulo Sergio; NAVES, Santuza Cambraia. Do samba-canção à tropicália. Rio de Janeiro: Relume Dumara, 2003.
CALADO, Carlos. Tropicália: A história de uma revolução musical. São Paulo: Ed. 34, 1997.
CASTRO, Ruy. Chega de saudade – A história e as histórias da Bossa Nova. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
CAVALCANTI, Maria Laura. Entendendo o folclore e a cultura popular. Capítulo 9 do Informe Brasil, do MinC. Rio de Janeiro, inédito (cópia da autora).
CÍCERO, Antonio. “O Tropicalismo e a MPB” IN: DUARTE, Paulo Sergio; NAVES, Santuza Cambraia. Do samba-canção à tropicália. Rio de Janeiro: Relume Dumara, 2003.
CHUVA, Márcia. Fundando a nação: a representação de um Brasil barroco, moderno e civilizado. In: Topoi, UFRJ, v.4, n.7, jul-dez, 2003, p. 313-333.
CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru, Edusc, 2002.
DAPIEVE, Arthur. BRock: O rock brasileiro dos anos 80. São Paulo: Editora 34, 1995.
FAVARETTO, Celso. “Tropicália: Política e cultura”. IN: DUARTE, Paulo Sergio; NAVES, Santuza Cambraia. Do samba-canção à tropicália. Rio de Janeiro: Relume Dumara, 2003.
FREIRE FILHO, João. “Música, identidade e política na sociedade do espetáculo”. In Interseções — Revista de Estudos Interdisciplinares. Dossiê Antropologia e Comunicação de Massa. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais — UERJ, 2003, ano 5, no 2, pp. 303- 327.
FRIEDLANDER, Paul. Rock and Roll: uma história social. Rio de Janeiro: Record, 2002.
GARCÍA CANCLINI, Nestor. Consumidores e cidadãos : conflitos multiculturais da globalização. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1996. GIRON, Luís Antônio. Minoridade crítica. São Paulo: Ediouro, 2004.
GRAMSCI, Antonio. Los intelectuales y la organizacion de la cultura. Buenos Aires: Ed. Lautaro, 1960.
GUIBERNAU I BERDUN, M. Montserrat. Nacionalismos: o estado nacional e o nacionalismo no século XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. 
HOBSBAWM, Eric J. Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1990.
----------. Era dos extremos : o breve seculo XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
HOBSBAWM, Eric J., RANGER, Terence. O.. A Invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.
HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Impressões de viagem : CPC, vanguarda e desbunde : 1960/1970. São Paulo: Brasiliense, 1981.
JANOTTI JR., Jeder. Gêneros Musicais, Performance, Afeto e Ritmo : uma proposta de análise midiática da música popular massiva. Apresentado no IV Encontro dos Núcleos de Pesquisa da Intercom. Porto Alegre: 2004.
JAMESON, Frederic. “Pós-modernidade e sociedade de consumo”. IN: Novos Estudos. São Paulo: CEBRAP. 1985. LYRA, Carlos. “O CPC e a Canção de Protesto”. IN: DUARTE, Paulo Sergio; NAVES, Santuza Cambraia. Do samba-canção à tropicália. Rio de Janeiro: Relume Dumara, 2003.
MACIEL, Luiz Carlos. Nova Consciência: jornalismo contracultural – 1970/72. Rio de Janeiro: Editora Eldorado, 1973.
MARTINS, Gustavo B. No rastro do dendê: Influências no jornalismo cultural, pela visão dos jornalistas. In: http://www.tognolli.com/html/mid_gum.htm. Visitado em 19/04/2006.
MÁXIMO, João. Discoteca brasileira do século XX – 1900 - 1949. Rio de Janeiro: Infoglobo Comunicações S.A., 2007a.
----------. Discoteca brasileira do século XX – Anos 50. Rio de Janeiro: Infoglobo Comunicações S.A., 2007b.
MELLO, Zuza Homem de. SEVERIANO, Jairo. A canção no tempo – 85 anos de músicas brasileiras – Vol. 1: 1901 –1958. São Paulo: Ed. 34, 1997.
----------. A canção no tempo – 85 anos de músicas brasileiras – Vol. 2: 1958 –1985. São Paulo: Ed. 34, 1998.
MENESCAL, Roberto. “A Renovação estética da Bossa Nova”. IN: DUARTE, Paulo Sergio; NAVES, Santuza Cambraia. Do samba-canção à tropicália. Rio de Janeiro: Relume Dumara, 2003.
MORICONI, Ítalo, “Tropicalismo, música popular e poesia” IN: DUARTE, Paulo Sergio; NAVES, Santuza Cambraia. Do samba-canção à tropicália. Rio de Janeiro: Relume Dumara, 2003.
MORIN, Edgar. Cultura de massas no século XX: Neurose. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997a.
----------. Cultura de massas no século XX: Necrose. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997b.
MOTTA, Nélson. Noites tropicais – Solos, improvisos e memórias musicais. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
NAPOLITANO, M. “O conceito de ‘MPB’ nos anos 60”. IN: História: questões & debates. Ano 16- nº31, julho/dezembro 1999. Curitiba: Editora UFPR, 1999;
----------. Seguindo a canção: indústria cultural e engajamento político na MPB (1959/1969). São Paulo: Anna Blume / FAPESP, 2001
----------. A música popular brasileira (MPB) dos anos 70: resistência política e consumo cultural. Trabalho apresentado do IV Congresso de la Rama latinoamericano del IASPM. Cidade do México, Abril de 2002.
 ----------. “A canção engajada nos anos 60”. IN: DUARTE, Paulo Sergio; NAVES, Santuza Cambraia. Do samba-canção à tropicália. Rio de Janeiro: Relume Dumara, 2003.
NAVES, Santuza Cambraia; VELHO, Gilberto; MUSEU NACIONAL (BRASIL). Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. Objeto não identificado: a trajetória de Caetano Veloso. 1988.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social NAVES, Santuza Cambraia. “Da Bossa Nova à tropicália: contensão e excesso na música popular” IN: Revista Brasileira de Ciências Sociais. Volume 15, número 43, junho de 2000. São Paulo, 2000.
 ----------. Da bossa nova à tropicália. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2001. ----------. “A canção crítica” IN: DUARTE, Paulo Sergio; NAVES, Santuza Cambraia. Do samba-canção à tropicália. Rio de Janeiro: Relume Dumara, 2003.
NUNES, Benedito. Oswald Canibal. São Paulo, Perspectiva, 1979. OLIVEIRA, Lúcia Lippi. Patrimônio: de histórico e artístico a cultural. Capítulo 7 do Informe Brasil, do MinC. Rio de Janeiro, inédito (cópia da autora).
OLIVEN, Ruben. “Mitologias da nação”. In: FÉLIX, Loiva Otero e ELMIR, Cláudio P. (Org.). Mitos e heróis. Construção de imaginários. Porto Alegre, UFRGS, 1998. pp.23-39
ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira. São Paulo, Brasiliense, 1988. ----------.Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense, 1994.
POLISTCHUK, Ilana; TRINTA, Aluísio Ramos. Teorias da comunicação: o pensamento e a prática da Comunicação Social. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
RIDENTI, Marcelo. “Revolução brasileira na canção popular”. IN: DUARTE, Paulo Sergio; NAVES, Santuza Cambraia. Do samba-canção à tropicália. Rio de Janeiro: Relume Dumara, 2003.
ROSTOLDO, Jadir Peçanha. “Expressões culturais e sociedade: O caso do Brasil nos anos 1980. IN: HAOL - História actual Online, Núm. 10. 2006.
SANDRONI, Carlos. “Adeus à MPB”. IN: CAVALCANTE, Berenice, STARLING, Heloísa M. M., EISENBERG, José (Org.). Decantando a República: inventário histórico e político da canção popular moderna brasileira. V.1. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
----------. “Rediscutindo gêneros no Brasil oitocentista – Tangos e Habaneras”. IN: ULHÔA, Martha, OCHOA, Ana Maria (Org.). Música Popular na América Latina – Pontos de escuta. Porto Alegre: Editora da URGS, 2005.
SANTOS, Jair Ferreira dos. O que é Pós-Moderno. São Paulo: Brasiliense, 2006.
SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo. Rio de Janeiro: Mauad, 1998. SONTAG, Susan. Notes on ‘Camp’. 1964. Disponível em: http://interglacial.com/~sburke/pub/prose/Susan_Sontag_-_Notes_on_Camp.html 
SOVIK, Liv. “Tropicália rex – marco histórico e prisma contemporâneo”. IN: DUARTE, Paulo Sergio; NAVES, Santuza Cambraia. Do samba-canção à tropicália. Rio de Janeiro: Relume Dumara, 2003.
TELES, José. Do frevo ao manguebeat. São Paulo: Editora 34, 2000. 
TINHORÃO, José Ramos. História social da música popular brasileira. São Paulo: Ed. 34, 1998.
TOM ZÉ. Com defeito de fabricação (encarte do CD). Luaka Bop/ WEA. 1998. 68 
TRAVASSOS, Elizabeth. Modernismo e Música Brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. , 2000. VELOSO, Caetano. Verdade Tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. 
VIANNA, Hermano. O mistério do samba. Rio de Janeiro: J. Zahar: Ed. UFRJ, 1995. 
WISNIK, José Miguel. “O minuto e o milênio ou Por favor, professor, uma década de cada vez”. IN: NOVAES, Adauto. Anos 70: ainda sob a tempestade. Rio de Janeiro: Aeroplano: Ed. Senac Rio, 2005.
WOODWARD, Kathryn. “Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual”. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000.
ZAN, José Roberto. Música Popular Brasileira, Indústria Cultural e Identidade. in EccoS Revista Científica. Ano 1, volume 3. São Paulo: UNINOVE, 2001. pp. 105-122 

0 comentários:

LinkWithin