sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

VAMOS DAR PASSAGEM AO FREVO!

Patrimônio Imaterial da Humanidade, o Frevo pede passagem para celebrar o título concedido merecidamente pela UNESCO.

Por Bruno Negromonte




O mais genuíno dos ritmos pernambucanos recebeu no último mês de novembro, em Paris, mais um reconhecimento nessa exitosa trajetória que vem trilhando em mais de um século de existência. Foi a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) quem concedeu ao principal ritmo que anima o carnaval pernambucano tal honraria e hoje, o ritmo que tem como sua data o dia de amanhã (09 de fevereiro), é Patrimônio Imaterial da Humanidade.

A proposta de inscrição do frevo foi realizada pelo Ministério da Cultura (MinC) e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e para receber tal título, o ritmo pernambucano concorreu com outras 35 propostas, entre elas o trançado de chapéus de palha (Equador), o canto budista de Ladakh (Índia) e a luteria tradicional de violinos em Cremona (Itália). Vale ressaltar que o frevo já possui o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro desde 2007, mesmo ano em que completou um século de existência.

Segundo a UNESCO, tal honraria abrange expressões e práticas vivas passadas ao longo de gerações, e isso inclui tradições orais, eventos celebratórios, práticas sociais, artes performáticas, habilidades de trabalhos artesanais tradicionais entre outras manifestações.


História do Frevo


O termo Frevo segundo alguns historiadores origina-se do verbo ferver. Segundo o Vocabulário Pernambucano, do jornalista Pereira da Costa, surgiu a partir da corruptela frever, que passou a designar: efervescência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas, como o Carnaval. 

O ritmo começou a ganhar notoriedade na cidade do Recife no fim do século XIX e sua dança advém da junção entre a capoeira e outros passos. Vale lembrar que eram comuns conflitos entre blocos de frevo, em que saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte, dentre essas célebres disputas havia uma muito conhecida até os dias atuais na cidade de Olinda, era o embate existente entre a Pitombeira dos quatro cantos e o Elefante de Olinda.


A partir da década de 30 o frevo ganhou as sub-divisões hoje notoriamente conhecidas: Frevo-de-rua, Frevo-canção e Frevo-de-bloco. Hoje o ritmo tem duas datas comemorativas: 09 de fevereiro, dia do frevo e dia 14 de setembro, dia nacional do frevo; além é claro de ser o Patrimônio Imaterial da Humanidade. E para celebrar tal título, a nova gestão da Prefeitura do Recife resolveu também homenagear o músico Naná Vasconcelos e o fotógrafo Alcir Lacerda nessa festa, que é sem dúvida, a mais democrática existente no Brasil! Evoé!


Confira as atrações para hoje, 08 de fevereiro, do carnaval organizado pela prefeitura da cidade do Recife clicando AQUI.

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