quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

SILVIO MAZZUCA, 10 ANOS DE SAUDADES

No último mês de janeiro completou-se uma década sem um dos nomes mais expressivos da música instrumental brasileira.




Na década de 1950 e até o começo dos anos 60, foi regente da orquestra mais solicitada para festas e bailes na capital paulista, fazendo também temporada no Rio de Janeiro especialmente para tocar em bailes de formatura.

Iniciou sua carreira em 1932, tocando em bailes de clubes do Bexiga com a orquestra de Nicolino Leocatta.

Em 1938, passou a atuar na orquestra da Rádio Tupi paulista, dirigida inicialmente pelo maestro Juca (Juca e seus rapazes) e, depois de sua saída, pelo saxofonista J. França.

Em 1942, substituiu França e passou a atuar também na Rádio Difusora (depois da fusão com a Tupi). Nessa época, além do piano, passou a tocar vibrafone.

Ficou na Tupi até 1945.

Em 1947, compôs sua primeira música, o fox "You only you", que se tornou prefixo de sua orquestra, gravado por ele nos anos 1950, pela Columbia.

Gravou o primeiro disco com sua orquestra em 1950, pela Odeon, com "Guararé", de Fabrege, e "Qui nem jiló", de Luís Gonzaga e Humberto Teixeira.

Em 1951, gravou "Me gusta el mambo", de sua autoria, também pela Odeon.

Gravou ainda algumas músicas de Zequinha de Abreu, como "Tico-tico no fubá", ainda na década de 1950.

Lançou 10 LPs pela Columbia, chegando a receber o disco de ouro da gravadora e do jornal "O Globo".

Recebeu os prêmios Roquete Pinto e Tupiniquim de 1951 a 1958.

Na década de 1950, com sua orquestra, teve um programa só seu na Rádio Bandeirantes.

Em 1954, gravou com sua orquestra na Copacabana, de Perez Prado, o "Mambo del futbol", de Betinho e Nazareno de Brito, o fox "Neurastênico" e de sua autoria o choro "Peter Pan".

Em 1955, gravou ao órgão, de sua autoria, o xote "Aproveita a festa" e o choro "Choro alegre". Em 1957, gravou pela Columbia com sua orquestra a rumba "Little darlin'", de M. Williams, e o mambo "Mambo with me", de e Sampson.

Em 1960, lançou pela Columbia o LP "Baile de samba - Sylvio Mazzucca e Sua Orquestra" no qual foram interpretados os sambas "Exaltação à Bahia", de Vicente Paiva e Chianca de Garcia; "Olhos verdes", de Vicente Paiva; "O orvalho vem caindo", de Noel Rosa e Kid Pepe; "Implorar", de Germano Augusto, Kid Pepe e João Gaspar; "Ai que saudades da Amélia", de Ataulfo Alves e Mário Lago; "Mulata assanhada", de Ataulfo Alves; "Helena Helena", de Antônio Almeida e Constantino Silva "Secundino"; "Já não és mais aquela", de Antônio Almeida e Rubens Soares; "Feitiço da Vila", de Noel Rosa e Vadico; "Palpite infeliz", de Noel Rosa; "Promessa", de Custódio Mesquita e Evaldo Ruy; "Feitiçaria", de Custódio Mesquita e Evaldo Ruy; "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso; "Rio de Janeiro", de Ary Barroso; "Cabelos brancos", de Marino Pinto e Herivelto Martins; "Caminhemos", de Herivelto Martins; "Favela", de Roberto Martins e Waldemar Muniz da Silva; "Agora é cinza", de Alcebíades Barcelos "Bide" e Armando "Marçal"; "Samba carioca", e "Rio", de sua autoria; "Canta Brasil", de David Nasser e Alcyr Pires Vermelho; "Onde o céu azul é mais azul", de João de Barro, Alberto Ribeiro e Alcyr Pires Vermelho, e "Lá vem a baiana" e "Maracangalha", de Dorival Caymmi.

Na década de 1960, trabalhando na TV Excelsior, participou como diretor musical dos primeiros festivais promovidos pela emissora, realizados em São Paulo. Em meados dos anos 1990, com 75 anos, ainda realizava shows pelos país viajando a bordo de um ônibus especialmente adaptado.


Fonte: Dicionário da MPB

0 comentários:

LinkWithin