domingo, 3 de fevereiro de 2013

HOMENAGEADOS DO CARNAVAL DO RECIFE

Tradicionalmente a prefeitura da cidade do Recife homenageia dois nomes da cultura nas festividades de Momo. Este ano um deles participa ativamente dessa grande festa popular.



Alcir Lacerda


Alcir nasceu em 20 de setembro de 1927, em São Lourenço da Mata, Pernambuco. Em mais de 60 anos de atuação, ele foi um dos principais fotógrafos brasileiros de sua geração, atuando com pioneirismo tanto em áreas como a foto publicidade, a foto social e o fotojornalismo quanto em fotos artísticas autorais, sobretudo de paisagens do interior e do litoral. Faleceu em outubro de 2012, às vésperas de completar 85 anos.

No final da década de 1950, Alcir criou, associado ao colega Clodomir Bezerra, a Acê Filmes, empresa que rapidamente se destacou pelos serviços prestados a diversos clientes. Além da vertente publicitária e jornalística, nos seus mais de 50 anos de existência, a ACÊ Filmes, através das lentes de Alcir Lacerda e de outros 25 fotógrafos sob seu comando, realizou o registro fotográfico de eventos sociais, particularmente de cerimônias de casamento que, em muitos casos, se desdobraram em novas uniões nas gerações seguintes.

O talento de Alcir Lacerda foi reconhecido por seus pares e pela sociedade. Em 1973, recebeu o Prêmio Revista Realidade da Editora Abril. Em 1976, o do 1º Salão de Fotografias de Pernambuco. Em 2004, por iniciativa do Governo do Estado, a exposição retrospectiva Alcir Lacerda – fotografias inaugurou, na Torre Malakoff, sala destinada a exposições fotográficas com seu nome. Ainda naquele ano, a Prefeitura da Cidade do Recife outorgou-lhe o Troféu Cultural da Cidade do Recife. No ano seguinte, novamente o meio artístico tornou público esse reconhecimento através da inclusão de suas fotos na prestigiosa Coleção Pirelli do Museu de Arte de São Paulo.





Naná Vasconcelos

Juvenal de Holanda Vasconcelos nasceu no bairro de Sítio Novo há 68 anos (02/08/1944). Sua inspiração vai de Villa-Lobos a Jimi Hendrix. Aprendeu a tocar praticamente todos os instrumentos de percussão, embora tenha se especializado no berimbau. Em 56 anos de carreira, gravou cerca de 200 discos entre autorais e participações em trabalhos de outros artistas.

Na década de 60, mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar com Milton Nascimento. Em 1970, o saxofonista argentino Gato Barbieri o convidou para juntar-se ao seu grupo. Ao término de uma turnê pela Europa, fixou residência em Paris por cinco anos, onde gravou o seu primeiro álbum - “Africadeus” (71). No Brasil, Naná gravou o seu segundo disco “Amazonas” (72) e começou uma parceria com o pianista e compositor Egberto Gismonti.

Em Nova York, Naná Vasconcelos gravou com nomes como B.B. King e trabalhou em trilhas de filmes de Hollywood como "Procura-se Susan Desesperadamente”. Depois, envolveu-se mais diretamente com o cenário musical brasileiro. Dirigiu festivais e projetos no País, além de gravar participações especiais em álbuns de Milton Nascimento, Caetano Veloso, Marisa Monte e Mundo Livre S/A, entre outros.

No final de 2010, Naná lançou seu último trabalho autoral, o CD “Sinfonia e Batuques”. Agora, no início de 2013, vai lançar mais um CD novo e autoral. Com raízes pernambucanas, Naná idealizou o projeto ABC das Artes Flor do Mangue, trabalho com crianças carentes.

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