domingo, 10 de fevereiro de 2013

MARGARETH MENEZES, 50 ANOS

Com meio século de vida e metade desses dedicado ao ofício de cantar, Margareth Menezes sacramenta-se como uma referência no segmento musical ao qual abraçou.


Nasce Margareth Menezes da Purificação, no dia 13 de outubro de 1962, na Boa Viagem, região da Península de Itapagipe, em Salvador. Filha de Dona Diva, doceira e costureira, e Adelício Soares, motorista, falecido em maio de 2009, é a filha mais velha de cinco irmãos. Desde cedo, sua verve artística aflorou. Seu avô por parte de mãe tocava violão. Seus pais adoravam música e costumavam reunir a família em volta do aparelho de som para ouvir Clara Nunes, Dicró, Noite Ilustrada, Martinho da Villa, Luiz Gonzaga, Marinês e Sua Gente, Jacson do Pandeiro, Moreira da Silva , Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Ângela Maria e muitos outros.

Com o contato muito intenso com a música durante a infância, foi natural que Margareth se interessasse pela cutlura que exalava das ruas onde nasceu eu cresceu, na Península de Itapagipe. As serenatas e festas de largo da cidade eram programas imperdíveis da adolescência. Depois de muita insistência, foi nesta época que ganhou seu primeiro violão.



Antes de despontar na música, Margareth Menezes descobriu os palcos através do teatro. Foi na escola, mais precisamente no grupo teatral do Centro Integrado de Educação Luiz Tarquínio, na Boa Viagem, em Salvador, que a artista começou a sondar a própria expressividade. Dos 15 aos 18 anos, Margareth teve aulas com Reinaldo Nunes, ator e diretor teatral que fundou a Companhia Baiana de Comédias, pioneira no estado. Neste início, o grupo ganhou diversos festivais intercolegiais e teve contato com importantes expoentes da cena teatral baiana e nacional, como a atriz Jurema Penna. Destaca-se, nesta época, a participação de Margareth nas montagens Ser ou Não Ser Gente (1980), no Teatro Vila Velha, em Salvador, e Máscaras (1981), de Menotti Del Picchia, ambas sob a direção de Reinaldo Nunes. Um projeto paralelo da artista, também deste primeiro momento, foi a elaboração e idealização da peça O Menino Maluquinho, de Ziraldo, da qual Margareth ficou responsável pela trilha sonora, operação de som e gerenciamento da técnica vocal.

Na segunda fase da atuação como atriz, Margareth Menezes deixa o grupo colegial para se entregar ao frutífero teatro amador baiano. Em 1982, funda com Paulo Conde e João Elias – vindos do grupo carioca Asdrúbal Trouxe o Trombone –, o Troca de Segredos em Geral. O grupo teatral dedica-se, inicialmente, à montagem da peça do teatrólogo russo Nikolai Gogol, O Inspetor Geral, onde Margareth atuou no papel do carteiro Osípe. Foram dois anos em cartaz.

No ano seguinte, 1983, o grupo cria o espaço que revolucionou a cena cultural de Salvador. Com uma lona de circo montada na Praia de Ondina, estava fundado o Gran Circo Troca de Segredos, local pelo qual diversas linguagens artísticas nacionais e internacionais desfilaram diante do público soteropolitano. Esse espaço cultural abrigou apresentações musicais, peças teatrais adultas e também infantis, como a montagem de Ou Isto Ou Aquilo, de Cecília Meireles. O Troca de Segredos, que contava ainda com os atores Caco Monteiro, Arly Arnaud, Fernando Fucco, entre outros, foi uma derivação do Circo Voador, tradicional espaço cultural do Rio de Janeiro inaugurado em 1982. O projeto carioca tinha a ideia de espalhar seu formato pelo Nordeste, fundando uma base em Salvador e outra em Pernambuco.

Depois de permanecer por três anos no Troca de Segredos, Margareth Menezes recebeu o convite para participar do grupo Amoras Lá Em Casa, com o qual foi pela primeira vez a São Paulo, para se apresentar com a peça Colagens e Bobagens (1985), ópera-rock que fazia parodias criticas das propagandas da época. A peça ficou em cartaz por um mês no Teatro Mambembe, em Pinheiros. Junto com o Amora, Margareth atuou também na montagem de "Um Tiro no Coração", de Berthold Brecht.

Por volta de 1986, Margareth Menezes dá, enfim, início a sua carreira musical, interpolando entre a música e o teatro, apesar de já ter trabalho anteriormente com a primeira. Depois de um pequena turnê no interior da Bahia, a atriz passa a apresentar-se no Teatro Castro Alves, através do Projeto Pixinguinha.



No ano seguinte, a intérprete particia como vocalista do bloco 20 Vê, que se apresentava no Projeto Astral, em Salvador, para cerca de cinco mil pessoas, ao lado de Geraldo Azevedo, Gerônimo, entre outros. Margareth Menezes recebe, a partir daí, o convite para se apresentar no VIII Festival de Música do Caribe, realizado em Cartagena, na Colômbia, ao lado de Pepeu Gomes. Os dois foram eleitos os melhores do festival.

De volta ao Brasil, recebe o convite de Djalma Oliveira, em 1987, para fazer uma participação em seu single, lançado como LP, onde interpretaram o primeiro samba-reggae gravado no Brasil, Faraó - Divindade do Egito, música de Luciano Gomes, vendeu mais de 100 mil cópias.

Após o lançamento de seu primeiro single, Margareth Menezes assinou um contrato com a gravadora PolyGram do Brasil, que lança seu primeiro álbum auto-intitulado, em novembro de 1988. O registro fonográfico rendeu dois troféus Imprensa de Melhor Disco e Melhor Cantora, contando com uma turnê que percorreu o Brasil e a Argentina, onde Margareth já havia se apresentou anteriormente. A canção Elegibô - Uma História de Ifá, de Rey Zulu e Ytthamar Tropicália, se tornou uma das principais canções do álbum e da carreira da cantora.

Apresenta-se ao lado de Gilberto Gil e Dominguinhos, em uma série de espetáculos através do projeto Bast Chrome Music, dirigido por Milton Nascimento e por Gil. Por volta de 1990, Menezes assina um contrato com a gravadora estadunidense Mango/Island Records, com o objetivo de lançar um álbum nos Estados Unidos, Canadá e México, onde já havia se apresentado com certa regularidade.

Na mesma época, é convidada por David Byrne, líder do grupo Talking Heads, para fazer o espetáculo de abertura de sua turnê mundial Rei Momo, além de fazer participações especiais. A turnê passa pela América do Sul, América do Norte, Finlândia e Rússia (na época União Soviética), num total de 42 países.

No Brasil, a cantora lança o CD Um Canto Pra Subir, que contou com a produção e arranjos de Ramiro Musotto e Pedro Giorlandinni. A canção Ifá - Um Canto Pra Subir foi destaque do álbum.



A convite do diretor cinematrográfico estadunidense Zalman King, a cantora faz parte da trilha sonora do filme Orquídea Selvagem, estrelada por Mickey Rourke e Jacqueline Bisset. Enquanto que, no Brasil, ela grava o videoclipe de Ifá - Um Canto Pra Subir, para o programa Fantástico, da Rede Globo.

Em 8 de setembro de 1990, Ellegibô, chega ao topo da Billboard World Albums, nos Estados Unidos, ficando por lá durante onze semanas e deixando para trás álbuns como Puzzle of Hearts, de Djavan e o álbum de estreia do Barefoot, por exemplo. Além disso, a revista Rolling Stone, elegeu o álbum como um dos cinco melhores da "world music", em todo o mundo.

Ele foi base para Margareth Menezes iniciar sua primeira turnê internacional, apresentando-se, inicialmente em Nova York, onde foi ovacionada pelo público e crítica, e também na França, Itália, Canadá e Bélgica. O álbum vendeu mais de 10 mil cópias, apenas nos Estados Unidos.

Devido a sua bem-sucedida carreira na América do Norte, a gravadora inglesa Polydor Records, contratou Menezes, visando o lançamento de um álbum em toda a Europa. Ellegibô, reuniu as principais canções do primeiro e segundo álbum da cantora, e também foi lançado pela Mango, nos Estados Unidos e no Japão, recebendo destaque da imprensa mundial. O site AllMusic, publicou uma crítica de John Storm Roberts, falando que Menezes recebe forte influência de "sua veia afro-americana" ressaltando o seu "ecletismo" e dizendo que a cantora "faz isso melhor do que muitos". O álbum ainda gerou um videoclipe da canção Tenda de Amor, lançada exclusivamente na Inglaterra.

Kindala, que em Yorubá quer dizer "lábios grandes", foi lançado como terceiro álbum em 1993. O sucesso comercial dos dois álbuns deram à Margareth vários convites, entre eles o da rádio italiana Della Svizzera, que convidou a cantora para se apresentar no programa Tambola na Suíça (o programa era transmitido ao vivo em ambos países).

A convite do presidente da PolyGram em Portugal, a cantora inicia um processo de divulgação do álbum, através das rádios, revistas e programas televisivos de Lisboa. Depois de ser capa da revista The Beat, ao lado de Milton Nascimento e Gilberto Gil, retorna ao Brasil e inicia a turnê de Kindala em São Paulo, com um grande espetáculo no Palace, dirigido pela própria cantora e por Elba Ramalho. A turnê passou pelos Estados Unidos, Europa e Japão, retornando ao Brasil no mesmo ano. Kindala ainda rendeu à Margareth Menezes, indicação ao Grammy de Melhor Álbum de World Music.



Depois de percorrer o mundo em turnês, solos ou ao lado de David Byrne, Margareth Menezes deu início a produção de mais um álbum. Luz Dourada chegou às lojas do Brasil em 1994, através da PolyGram, e levou a cantora para a Inglaterra, Itália e Argentina, com uma turnê diferente das demais. O álbum, Luz Dourada, vendeu mais de duas mil cópias em apenas dois meses de lançamento na Suíça. Rapidamente, foi contrata pela Continental e, lança o álbum Gente de Festa, que conta com a participação de Maria Bethânia e Caetano Veloso.

O bloco Os Mascarados surge no Carnaval através de Margareth Menezes, como uma homenagem ao aniversário de 450 anos da cidade de Salvador. O desfile ganhou fãs e admiradores e no ano seguinte virou bloco de Carnaval. O motivo de tanto sucesso foi que Os Mascarados resgatou o uso das fantasias e a alegoria dos antigos festejos da folia momesca para as quintas-feiras do circuito Dodô.

Em 2001, Os Mascarados teve que repetir a dose no sábado, para atender a demanda de associados que procuraram pelo bloco. Mas foi em 2008, ainda sob o comando de Margareth, que o blobo sofreu sua primeira grande mudança. O bloco de uns, virou de todos. Foi a partir deste ano que o desfile deixou de ser comercializado. Para participar, bastava estar fantasiado, o resultado: quem estava no circuito da folia viu um sucesso. E contou até com aqueles que não saíram de casa fantasiados, trazendo para dentro das cordas os foliões da pipoca, que mantinham a tradição de usar alegorias. No mesmo ano, Margareth comemorou seus 20 anos de carreira e relançou um dos seus maiores sucessos, a música Faraó.

Em 2009, depois de repetir o sucesso de 2008, Margareth, após 10 anos de madrinha, deixa o projeto e passa a se dedicar a outras metas profissionais, sobretudo, o Movimento AfroPop Brasileiro.

Durante cinco anos em que esteve sem gravadora, Margareth resolveu criar seu próprio selo, a Estrela do Mar, que a partir de 2011 passa a atuar como produtora artística. Em 2001, sob a produção de Carlinhos Brown e Alê Siqueira, é lançado o álbum Afropopbrasileiro. Ele conta com onze faixas, entre elas uma das principais canções da carreira de Margareth Menezes, Dandalunda, que fora composta por Brown e considerada a melhor música do carnaval de 2003, rendendo à cantora um Troféu Dodô e Osmar de Melhor Música e de Melhor Cantora do Carnaval Baiano.



Neste mesmo ano, a cantora participa do álbum dos Tribalistas, interpretando a canção Passe em Casa, de sua autoria em parceria com Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes. Ao lado do bloco-afro Ilê Aiyê, participou do encerramento da VI Festival do Mercado Cultural da Bahia, apresentando Missa do Rosário dos Pretos. Participou do documentário sobre o samba, Moro no Brasil, dirigido pelo cineasta finlandês Mika Kaurismaki.

Ainda em 2001, é publicado o livro Brazilian Popular Music & Globalization. nele, os autores - Charles Perrone e Christopher Dunn - indicam que Margareth Menezes foi responsável pelo marketing internacional do estilo afro-baiano, que, segundo outros autores, foi inovado pela cantora através da introdução de instrumentos africanos, antes não utilizados.

Em 2002, a cantora representou o Brasil, na festa de comemoração da independência do Timor-Leste, que reuniu cantores de língua lusófona. Cantando para cerca de 250 mil pessoas, Margareth interpretou suas canções, ao lado de artistas como Anito Matos, do Timor-Leste, Luís Represas, de Portugal. De volta ao Brasil, é jurada do Prêmio Sharp e inicia a parte de idealização de seu novo álbum, Tete a tete, que será lançado no ano seguinte pela Estrela do Mar.

Lança o CD Tete-a-Tete, com participação de Carlinhos Brown e da banda Cidade Negra. Nele, o sucesso Toté de Maianga.

Com as participações de Alcione e da bateria da Mangueira -, Margareth gravou seu 1º DVD (Ao vivo no Festival de Verão Salvador), que vendeu 50 mil cópias. Na época, depois de matérias nos jornais The New York Times, Le Monde e Washington Post, Margareth foi apelidada pelo Los Angeles Times de “Aretha Franklin brasileira”.

Lança Margareth Menezes Pra Você, álbum com participações de Ivete Sangalo e Cláudio Zoli. No mesmo ano a cantora brilhou no Ano do Brasil na França e na Copa da Cultura em Berlim. Com o CD/DVD Brasileira (2006), do qual participaram Mateus Aleluia, Saul Barbosa e Carlinhos Brown. neste ano, foi novamente indicada ao Grammy Latino na categoria Melhor álbum brasileiro de pop.

O 12º álbum da carreira, que leva a assinatura de Marco Mazzola (MZA Music), se chama Naturalmente. O CD mostra um lado mais intimista da cantora, com canções de Nando Reis, Zeca Baleiro, Gilberto Gil, Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Chico César, Luís Represas e Roberto Mendes. Neste ano e no seguinte, divulga o trabalho por todo o país e viaja em turnês pela Alemanha, França, Espanha, Canadá e Venezuela.



Margareth idealiza uma temporada de verão do Movimento AfroPop Brasileiro, que estreia reunindo mais de 8 mil pessoas, em quatro shows lotados no Cais Dourado, em Salvador. Entre os convidados, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Moraes Moreira e Mart´nália. O AfroPop é um movimento cultural que reúne artes visuais, música e o Giro Cultural – ação com jovens de projetos sociais. No mesmo ano, Margareth fez shows na Copa do Mundo de Futebol (África do Sul) e participou do Brazilian Day, em Nova York. O ano marca o lançamento do DVD Naturalmente – acústico, com participações de Carlinhos Brown, Roberto Mendes, Luís Represas, Saul Barbosa e Marivaldo Stomp.

Neste ano, faz shows na França (Festival Mundial de Artes Negras), Joanesburgo e Durban (Brasilian Express of Art) e Senegal (Festival Mundial de Artes Negras).

O ano de 2011 foi marcado pela série de apresentações do projeto Mulheres do Brasil - Elas Cantam Chico, uma homenagem feita a Chico Buarque ao lado de Elba Ramalho, Daniela Mercury, Paula Lima e Roberta Sá. A cantora ainda recebeu indicação ao Prêmio da Música Brasileira na categoria regional e, em outubro, foi denominada como “the Bahian powerhouse” (a fonte de energia baiana) pela crítica do The New York Times. A crítica também foi favorável para seu show no São João de Caruaru e no Festival de Inverno de Garanhus que, em sua 22º edição, pela primeira vez, recebeu um artista baiano.



Os 25 anos de carreira, celebrados em 2012, começaram com a temporada de verão do AfroPop. Nomes como Luiz Melodia, Dudu Nobre, Toni Garrido, Fernanda Abreu e Zélia Duncan prestigiam cada uma das seis edições realizadas em Salvador e no Rio de Janeiro.

Um show na Concha Acústica do Teatro Castro Alves inicia os festejos pelas bodas de prata da carreira profissional, que ainda se estendeu pelo Carnaval, quando saiu com o seu Cordão Cultural AfroPop Brasileiro, e pelos meses seguintes, com projetos especialmente planejados para o ano festivo: a idealização do show-homenagem Para Gil e Caetano, em comemoração aos 70 anos dos dois cantores e compositores baianos, o projeto Trilhas do Amado, com repertório formado por músicas de novelas, minisséries e filmes inspirados na obra de Jorge Amado e a gravação do DVD que marca seu jubileu de prata, no Teatro Castro Alves, no mês de junho e cuja previsão de lançamento é novembro de 2012.

Fonte: Site oficial da artista


Discografia Oficial

Single Faraó - Divindade do Egito (1987)

Faixa:
01 - Faraó - Divindade do Egito (com Djalma Oliveira)



Margareth Menezes (1988)

Faixas:
01 - Elegibô (Uma História de Ifá)
02 - Devastação
03 - Mãe lua
04 - Tenda do amor (Magia)
05 - Alegria da cidade
06 - Janela das viagens
07 - Correnteza do amor
08 - Você virou fumaça
09 - Muzenza
10 - Natureza mãe
11 - Planeta África Brasil


Um canto pra subir (1991)

Faixas:
01 - Marmelada (Bas Moin Laia)
02 - Negro menino
03 - Negra melodia (Soul Train Domingueira)
04 - Co-Brador
05 - Dark secrets (com David Rudder)
06 - Ifá, um canto pra subir
07 - Hino das águas
08 - Maravilha morena
09 - Tudo à toa
10 - Abra a boca e feche os olhos



Elegibô (1992)


Faixas:
01 - Elegibô (Uma História de Ifá)
02 - Tenda Do Amor (Magia)
03 - Negra Melodia (Soul Train Domingueira)
04 - Natureza Mãe
05 - Marmelada (Bas Moin Laia)
06 - Abra a boca e feche os olhos
07 - Hino das águas
08 - Alegria da cidade
09 - Ifá, um canto pra subir
10 - Tudo à toa
11 - Maravilha morena
12 - Muzenza



Kindala (1993)


Faixas:
01 - Fé cega, faca amolada
02 - Paz no mundo (Pwazon Rat)
03 - Negrume da Noite (Odé)
04 - Jet Sky
05 - Negro nagô
06 - Mosca na sopa (com Elba Ramalho)
07 - Me abraça e me beija (com Jimmy Cliff)
08 - Repique Româtico
09 - Kindala
10 - Menina dandara
11 - Vendaval temporal
12 - Praga do céu
13 - Pout pourri (Faraó / Brilho e beleza / Depois que o Ilê passar / Deus do fogo e da justiça)


Luz Dourada (1994)

Faixas:
01 - Vou mandar
02 - Black show
03 - Luz dourada
04 - Vai mexer
05 - Novos rumos
06 - Mar de amor
07 - Raça negra
08 - Desabalada
09 - Club do Brown Benjor
10 - Até rir o mar
11 - Olho do farol
12 - Chegar à Bahia



Gente de festa (1995)

Faixas:
01 - Ilê que fala de amor
02 - Rataplan
03 - Love of my life
04 - Vestido de prata (com Caetano Veloso)
05 - Viola festeira
06 - Reggae a vida (com Cássio Calazans)
07 - Sou Araketu 
08 - Requebra no vatapá (Panamá)
09 - Libertar (com Maria Bethânia)
10 - Swingueira baiana
11 - Música do mundo
12 - Cavalo alado
13 - Altiplano
14 - Das terras de Cabral


AfroPopBrasileiro (2001)


Faixas
01 - Pelo mar lhe mando flor
02 - Preciso
03 - Desperta (Preconceito de cor)
04 - Mamãe querida
05 - Do céu, do mar e do campo
06 - Nêgo doce
07 - Dandalunda
08 - Cai dentro (com Daniela Mercury e Ivete Sangalo)
09 - Moderninha
10 - Mãe de leite
11 - Lua candeia



Tete a tete (2003)

Faixas:
01 - Estrela ardente e poderosa
02 - Dandalunda
03 - Do céu, do mar e do campo
04 - Alegria da cidade
05 - Marmelada
06 - Me abraça e me beija (com Cidade Negra)
07 - Vitalunda (com Carlinhos Brown)
08 - Toté de maianga
09 - Jeito cativo
10 - Pout Pourri Bloco (Noite Dos Mascarados / Eu Quero é Botar Meu Bloco Na Rua)
11 - Pout Pourri Samba Reggae (Odé / Depois do Ilê Passar / Alfabeto do negão / Madagascar Olodum)
12 - O quereres
13 - Chuviscado
14 - Blowing in the Wind
15 - Carinhoso
16 - Faraó (Divindade do Egito)


Ao vivo no Festival de Verão de Salvador (2004)

Faixas:
01 - Estrela ardente e poderosa / Toté de maianga / Cavaleiro de Aruanda
02 - Do céu, do mar e do campo
03 - Alegria da cidade
04 - Me abraça e me beija
05 - Odé / Depois do Ilê Passar / Eu sou negão / Madagascar Olodum / Elegibô
06 - Passe em casa
07 - Blowing in the Wind
08 - Preciso
09 - A loba (com Alcione)
10 - Jamaica a São Luís
11 - Noite Dos Mascarados / Eu Quero é Botar Meu Bloco Na Rua
12 - Faraó (Divindade do Egito)
13 - Dandalunda
14 - O que é, o que é? (com Bateria da Mangueira)
15 - É hoje (com Alcione e Bateria da Mangueira)


Pra você (2006)

Faixas:
01 - Como tu (com Ivete Sangalo)
02 - Versos de amor
03 - Pra você
04 - Miragem na esquina
05 - Contra o tempo
06 - Boléia Brasil
07 - Só eu e mais ninguém (com Cláudio Zoli)
08 - Mesmo assim
09 - Chame ele
10 - Abanaê


Brasileira (2006)

Faixas:
01 - Voz guia
02 - Faraó (Divindade do Egito)
03 - Elegibô (Uma História de Ifá)
04 - Na ponta do pé
05 - Dez Poemas Diferentes
06 - O tempo sara
07 - Rasta man
08 - Miragem na esquina
09 - Cordeiro de Nanã / Deixa a a gira girar / Atabaque, chora (com Mateus Aleluia e Saul Barbosa)
10 - Salvador não inerte / Guerrilheiros da Jamaica (Rumpilé) / Alfabeto do negão
11 - Povo vem ver
12 - Ritmo do coração
13 - Swing bom
14 - Lenda Yorubá (com Carlinhos Brown)
15 - A luz de Tieta
16 - Malê-Debalê / Ajeumbo / Agô do Pé
17 - Caminhão da alegria
18 - Toté de Maianga



Naturalmente (2008)

Faixas:
01 - Mulher do coronel (com Gilberto Gil)
02 - Gente
03 - Os cegos do castelo
04 - Por que você não vem morar comigo?
05 - Lua no mar
06 - Abuso de poder
07 - O perdão
08 - Febre
09 - Matança
10 - Foi Deus quem fez você
11 - Um caso a mais (com Luís Represas)


Movimento Afro Pop Brasileiro - A história (2009)

Faixas:
01 - Olha o Gandhi aí / Filhos de Gandhi (por Tatau e Filhos de Gandhi)
02 - Fonte de desejo (por Altair)
03 - Yemanjá amor do mar / Atlântida / AfroPop (por Tonho Matéria)
04 - Povo vem ver (por Narcisinho)
05 - Essência do amor (por Dico)
06 - Grito de guerra (por Aloísio Menezes e Portela Açúcar)
07 - Alegria da cidade (por Margareth Menezes e Saul Barbosa)08 - Dara (por Daniela Mercury)
09 - Deus do fogo e da justiça (por Virgínia Rodrigues)
10 - Novos rumos (por Mariene de Castro)
11 - Eu sou negão (por Gerônimo)
12 - Negros sudaneses (por Shido)
13 - Canto ao pescador / Minha jangada (por Jauperi, Neguinho do Samba Reggae e banda Didá)
14 - Manda chamar / Pout pourri samba de roda (por Roberto Mendes)
15 - Ogundé / Cequecê (por Mateus Aleluia)


Naturalmente Acústico (2010)

Faixas:
01 - Amor ainda (com Carlinhos Brown)
02 - Gente
03 - Côco do M (com Marivaldo Stomp)
04 - Febre
05 - Um caso a mais (com Luís Represas)
06 - Mulher do coronel
07 - Matança
08 - O quereres
09 - A beira e o mar (com Roberto Mendes)
10 - FM Rebeldia / Qual é? (Kabaluerê)
11 - Voa (Abala tudo)
12 - Gracias a la vida (com Saul Barbosa)
13 - Quero te abraçar
14 - Saudação ao caboclo (Selei)
15 - Lado lunar

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