Depois de uma verdadeira enxurrada de discos reverenciando o centenário do Rei do Baião ao longo de 2012, este ano o mercado sente a escassez de novos títulos.
Por Bruno Negromonte

Outro título tributo ao Gonzagão que merece destaque é o que vocês podem ver a capa logo acima. Trata-se do disco triplo "100 Anos de Gonzagão - 50 gravações inéditas" que reúne relevantes nomes do cenário musical nacional em discos três temáticos: o primeiro chama-se "Sertão", o segundo tem por título "Xamego" e por fim "Baião" mapeando de modo bem traçado em novas roupagens grandes sucessos do filho mais ilustre de Exu na interpretação de grandes nomes da MPB assim como através de artistas da nova geração de nossa música. Sem esquecer, é claro, do álbum "O lado B de Gonzagão", que assemelha-se a um outro projeto lançado em homenagem ao velho Lua em 2000 que intitulado de ''Baião do viramundo'' se propôs a dar uma roupagem contemporânea ao repertório lado A de Luiz Gonzaga. Assim como o disco lançado a treze anos "O lado B de Gonzagão" procura dar ênfase a artistas da cena musical pernambucana, torrão natal do homenageado.
Produzido por Bruno Lins, Cláudio Rabeca, Tonzinho, e Luccas Maia; o álbum conta com releituras de canções como 'Baião de São Sebastião', gravada pelo grupo Fim de Feira, e 'Menestrel do sol', faixa gravada pelo petrolinense Zé Manoel. O disco ainda conta com nomes como o Rivotril, Geraldo Maia, Clayton Barros (ex-integrante do Cordel do Fogo Encantado), Ylana Queiroga, Herbert Lucena (grande destaque do 23º Prêmio da Música Brasileira em 2012) entre outros.
2013 chegou, o centenário passou e este ano o mercado fonográfico reflete o excesso de materiais lançados ao longo do ano passado. Poucos foram os títulos do gênero que sobressaíram-se este ano dignos de destaque. Um ou outro material com "consistência" saiu sobre este ritmo tão difundido no Nordeste. Dentre os lançamentos recentes três merecem destaque: o primeiro trata-se de "Nelson Barbalho - O imortal do país de Caruaru", que trata-se de um singelo tributo ao jornalista, historiador, pesquisador, escritor, lexicógrafo e compositor. Lançado à mesma época do documentário, o CD produzido pelo violonista pernambucano Claudio Almeida conta com a participação de nomes como Ivan Ferraz, Quinteto Violado, Dominguinhos, Geraldinho Lins, Benil entre outros interpretando grandes sucessos compostos pelo caruaruense, além de nove canções inéditas.
O outro álbum em questão trata-se do disco "O Samba do Rei do Baião - Socorro Lira e Oswaldinho do Acordeon" que reúne em 14 faixas todo o virtuosismo do instrumentista as vigorosas interpretações de Socorro Lira, paraibana da zona rural de Brejo do Cruz, município distante 530 km da capital da Paraíba. O álbum que reúne maxixes, fados, sambas, maracatus e outros ritmos em canções como "Tacacá", "Sanfonando", "Ai, ai, Portugal", " Dança Mariquinha", "Vamos xaxear" e "Fuga da África" também conta com a participação especial de artistas como Osvaldinho da Cuíca, Ventura Ramirez, Papete, Susana Travassos e Uxia. O terceiro álbum é o "Outro Baião", da cantora e compositora Maria Dapaz. Pernambucana de Afogados da Ingazeira a artista que já foi indicada para o Grammy Latino de 2004 apresenta este ano um disco reunindo composições suas com nomes como Xico Bizerra, Fátima Marcolino, Socorro Lira entre outros. Um trabalho que confirma Maria Dapaz como uma das grandes compositoras e interpretes não só do Nordeste, mas de todo o Brasil. Sem contar com o décimo álbum da série Forroboxote (Luar Agreste no Céu Cariri) que já o abordei em outra oportunidade e o trarei de volta ao longo desta semana.
No entanto a expectativa maior para este ano sem dúvida alguma era para o anunciado lançamento de toda a obra do Rei do Baião junto à Sony/BMG. Previsto para o primeiro trimestre deste ano, os álbuns não saíram conforme foram anunciados pela imprensa especializada deixando de atender a um ávido público da boa música. Não há de se negar que o departamento de marketing da Sony/BMG dormiu de toca e perdeu uma ótima oportunidade.
No entanto a expectativa maior para este ano sem dúvida alguma era para o anunciado lançamento de toda a obra do Rei do Baião junto à Sony/BMG. Previsto para o primeiro trimestre deste ano, os álbuns não saíram conforme foram anunciados pela imprensa especializada deixando de atender a um ávido público da boa música. Não há de se negar que o departamento de marketing da Sony/BMG dormiu de toca e perdeu uma ótima oportunidade.
Serviço:
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1 comentários:
Na verdade a Sony usou de má fé... Aproveito a mídia expontânea gerada em virtude do centenário de Gonzagão pra se promover.
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