quinta-feira, 6 de junho de 2013

JÁ SE PASSARAM 10 ANOS...

2013 é o ano em que completa-se uma década sem dois relevantes nomes de nossa MPB: Almir Chediak e Waly Salomão. Um poeta e compositor; o outro um instrumentista, compositor e produtor musical que revolucionou o mercado editorial brasileiro popularizando a obra de grandes noms da MPB.


Waly Salomão


Baiano de Jequié, filho de pai sírio e mãe sertaneja, Waly Salomão formou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia (1967), mas nunca exerceu a profissão. Cursou a Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia em 1963|64 e estudou inglês na Columbia University, Nova York em 1974|75. Foi figura chave do movimento chamado de contracultura no Brasil a partir de 1970. Atuou na área cultural de forma diversificada:

- autor de 9 livros de prosa e poesia; e quatro reedições ampliadas
- organizador de publicações diversas no Brasil e participante de coletâneas nos EUA, no México, na Argentina, França, Espanha, Alemanha e em Portugal;
- colaborador de dezenas de jornais e revistas de longa e de curta duração;
- resenhista, autor de orelhas e contracapas de livros;
- como letrista, foi parceiro de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jards Macalé, João Bosco, Moraes Moreira, Lulu Santos, Adriana Calcanhoto, Frejat, Itamar Assunção, entre outros;
- diretor de produção e artístico de discos de Gal Costa, João Bosco, Jards Macalé e Cássia Eller;
- diretor de shows de Bethânia, Gal, Cássia;
- participou de vídeos e filmes com Ivan Cardoso, Ana Maria Magalhães, Carlos Nader, Marcello Dantas, Daniel Augusto, Ana Carolina;
- editor, professor, coordenador do carnaval da Bahia de 1988, presidente da Fundação Cultural Gregório de Matos, e outros;
- Secretário do Livro e da Leitura, do Ministério da Cultura, 2003.



Waly Salomão recebeu o Prêmio Alphonsus Guimaraens, da Biblioteca Nacional, 1996, com “Algaravias|Câmara de ecos” [poesia]; Prêmio Jabuti 1997 pelo mesmo livro; foi indicado para o Jabuti 1999, com “Lábia”; ganhou a Bolsa Vitae de arte - literatura 2002; indicado para o Prêmio Jabuti 2005, com “Pescados vivos” (poesia).


Almir Chediak


Foi aluno de Horondino Silva (Dino Sete Cordas) e aos 17 anos de idade começou a lecionar violão. Complementou seus estudos com Ian Guest (solfejo, harmonia e arranjo).

Iniciou sua carreira profissional, como compositor, assinando trilhas sonoras para o cinema.

Dedicou-se ao ensino do violão e teve entre seus alunos diversos artistas, como Nara Leão, Gal Costa e Moraes Moreira.

É autor de dois livros básicos destinados aos estudantes e aos profissionais de música: "Dicionário de acordes cifrados", com o qual iniciou o processo de padronização das cifras no país, e "Harmonia & Improvisação". A publicação desses dois livros o levou à criação da Lumiar Discos & Editora, através da qual realizou um trabalho pioneiro de edição de songbooks, contendo parte relevante da obra dos principais compositores da música popular brasileira, registrando cifras, acordes e letras. Nos livros, a transcrição foi realizada de forma minuciosa, conferida, compasso por compasso, com os próprios compositores. Nos discos, dentro da margem de liberdade de criação permitida aos intérpretes, foi preservado o trabalho singular do autor.



No dia 26 de maio de 2003, foi surpreendido, ao lado de sua namorada (a cantora Sanny Alves, filha do baixista Luís Alves), por dois homens encapuzados que invadiram e assaltaram sua casa de campo, localizada em Araras, distrito de Petrópolis (RJ). Os dois foram amarrados e levados para dentro do carro do produtor que ao ver o rosto do homem que estava ao volante o reconheceu como sendo o caseiro de um vizinho. Foi, então, retirado do carro e assassinado com quatro tiros.




Na data do seu sepultamento o aeu irmão, Jesus Chediak, fez um discurso. "Nós responsabilizamos o Estado por isso", afirmou, emocionado. "Temos que fazer uma campanha contra a cultura da violência". Com o coro de "Viva Almir", o corpo do artista foi sepultado, no começo da tarde desta terça-feira.

Os presentes cantaram a música Homenagem ao malandro, de Chico Buarque. Nela, Chediak tem o único registro gravado de sua voz, cantada numa versão do disco Remando na raia, de João Donato.

A homenagem terminou com Acontece que sou baiano, de Dorival Caymmi. A namorada de Almir, Sami da Costa Alves, confirmara que essa era uma das músicas preferidas do artista.




Fonte:
http://walysalomao.com.br/
http://www.dicionariompb.com.br

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