terça-feira, 31 de outubro de 2017

JOEL DO NASCIMENTO, 80 ANOS

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Bandolinista e compositor. Multi-Instrumentista (piano, violão, cavaquinho, bandola, viola de dez cordas e acordeom). Pintor amador. Nasceu no bairro da Penha Circular, subúrbio do Rio de Janeiro. Aos 10 anos começou a se interessar por música através do piano, logo depois passou a tocar cavaquinho. Aos 14 anos iniciou os estudos de piano no curso Dionéia, em Brás de Pina e posteriormente estudou acordeom na Academia Mário Mascarenhas. Aos 18 anos ingressou no Conservatório Brasileiro de Música, onde estudou piano clássico com o professor Max de Menezes Gil. Em decorrência de problemas auditivos (surdez total do ouvido direito) abandonou a carreira musical aos 22 anos. Trabalhou na companhia aérea Panair do Brasil. Formou-se em técnica radiológica trabalhando no Hospital das Clínicas Pedro Ernesto, INPS e Instituto Médico Legal. Estudou teoria musical com o Professor Ian Guest. No ano de 1968 retornou à música graças a seu irmão Joyr Nascimento (violonista e fundador do bar Sovaco de Cobra), que levou Dr. Oraci (advogado e músico amador) à casa de Joel. Dr. Oraci pediu a Joel que tocasse cavaquinho e ao ouvi-lo, o doutor o convidou para participar das rodas de choro em sua casa e em 1969 presenteou o músico com um bandolim. Um dos fundadores do bar Sovaco de Cobra, considerado um dos principais redutos do gênero choro no Rio de Janeiro nas décadas de 1960/70, sendo o principal responsável pela divulgação em todo o Brasil e no exterior. Ministrou os Cursos de Extensão Universitária - Prática de Conjunto e Bandolim - da Oficina de Música de Curitiba, nos anos de 1995, 1996, 1998, 1999 e 2004. Participou do "XIX Curso Internacional de Verão" da Escola de Música de Brasília (1997) e do "Festival de Londrina", como professor do Curso de Bandolim e Oficina de Choro de 1996 a 2007. Em 2000 foi homenageado com o troféu da 8ª oficina de música popular brasileira da Fundação Cultural de Curitiba. Em 2005, ministrou o Curso de Bandolim e Oficina de Choro no "I Festival Internacional de Inverno de Brasília" - FIIB. Sobre Joel Nascimento declarou o maestro Radamés Gnattali: "Joel Nascimento toca colorido enquanto os outros tocam em preto e branco". Radamés Gnattali lhe dedicou um concerto para bandolim e orquestra, o qual Joel gravou com a orquestra de Câmera de Blumenau, um trio para bandolim e dois violões e dedicando-lhe a nova versão da composição "Retratos", obra em quatro movimentos dedicada à Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Pixinguinha e Anacleto de Medeiros, ídolos do maestro. Joel Nascimento foi quem deu a ideia ao então prefeito Jaime Lenner para a fundação da Escola de Música Popular Brasileira de Curitiba. Em 2010 foi convidado a ministrar a aula inaugural do Curso de Bacharelado em Bandolim da Escola de Música da U.F.R.J. No ano de 2011 recebeu o diploma "Ademilde Fonseca de Mérito no Choro", da Fundação José Ricardo (FUNJOR).




Na ocasião da entrega foi homenageado na Roda de Choro Arruma o Coreto, na Praça São Salvador, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano o escritor Jorge Roberto Martins deu início a uma biografia do músico e compositor. No ano de 2012 foi incluído no livro "MPB - A História de Um Século", de Ricardo Cravo - 2ª ed. Revista e ampliada, Rio de Janeiro: MEC/Funarte/Instituto Cultural Cravo Albin, no qual foi estampado em página inteira com legendas em quatro línguas: inglês, espanhol, francês e português, nas quais o autor comentou: "Joel Nascimento, o bandolinista preferido de Jacob do Bandolim, é um dos herdeiros das melhores tradições dos chorões do Brasil. Joel, que entre outros conjuntos, fundou o Camerata Carioca, é um virtuose aclamado por plateias do mundo inteiro". No ano de 2013 foi homenageado pelo Bar do Quinto, também conhecido por "Suvaquinho de Cobra", na Rua Ênes Filho, na Penha, bar em frente onde funcionava o antigo Sovaco de Cobra, um dos principais redutos do choro na Zona Norte do Rio de Janeiro na década de 1970. Na homenagem foi inaugurada uma foto no local, onde acontece a roda de choro tradicionalmente no primeiro domingo do mês, frequentada pelo músico. Em 2015, ao lado do jornalista e escritor Joaquim Ferreira dos Santos e do violonista Luis Filipe de Lima, compôs uma mesa redonda sobre a "Música na Penha", com mediação e curadoria de Rosana Lanzelotte, em projeto da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (Secretaria Municipal de Cultura), nas comemorações dos 450 anos da cidade. O evento foi apresentado na Arena Carioca Carlos Roberto de Oliveira - Dicró, no Parque Ary Barroso, na Penha. Na ocasião, acompanhado do violão de sete cordas de Luis Filipe de Lima, interpretou ao bandolim alguns clássicos de Ernesto Nazareth e Tom Jobim, entre outros. A convite de Sílvia Fraiha e Tiza Lobo, escreveu o prefácio "Memórias da Penha" para o livro "Ramos, Olaria & Penha", integrante da Coleção Bairro do Rio (Editora FRAIHA), projeto viabilizado pela Secretaria de Culturas Rio Arte, da Prefeitura do Rio de Janeiro e patrocinado pelo SESC Rio de Janeiro.




Nos anos 50 formou seu primeiro grupo Joel e Seu Ritmo, atuando em bailes e no qual tocava cavaquinho eletrificado, acordeom e piano. Em 1954 teve o primeiro encontro com Jacob do Bandolim. Em 1973 iniciou amizade com Radamés Gnattali ao tocar para ele a composição "Retratos", de autoria do maestro. No ano posterior, em 1974, entrou em estúdio pela primeira vez, levado por Lygia Santos, filha de Donga, para gravar no LP "A música de Donga", juntamente com Elizetth Cardoso, Altamiro Carrilho, Abel Ferreira, Dino, Meira, Canhoto, Marçal, Jorginho do Pandeiro, Gisa Nogueira, Elizeu Félix, Luiz Paulo da Silva, Leci Brandão, Almirante e Paulo Tapajós, além do próprio Donga em algumas faixa e em trecho do depoimento dado pelo compositor ao MIS (Museu da Imagem e Som, do Rio de Janeiro, em 1969). Neste mesmo ano foi convidado por João Nogueira a participar do disco "E lá vou eu", de João Nogueira, no qual atuou nas faixas "Braço de boneca" (João Nogueira e Paulo César Pinheiro) e "De rosas e coisas" (Ivor Lanceloti). Entre 1975 e 1976 integrou os grupos A Bandola (que acompanhava João Nogueira) e A Fina Flor do Samba, que acompanhava Beth Carvalho. No ano de 1976, pela gravadora Odeon, lançou seu primeiro disco "Chorando pelos dedos", produzido por João Nogueira. No LP interpretou "Apelo" (Baden Powell e Vinicius de Moraes), "Marambaia" (Henricão e Rubens Campos), "Carolina" (Chico Buarque), "Chorinho do Sovaco de Cobra" (Abel Ferreira), "Tempo à beça" (João Nogueira), "Evocação de Jacob" (Avena de Castro), "Wave" (Tom Jobim), "Cantiga por Luciana" (Edmundo Souto e Paulinho Tapajós), "Sambista chorão" (Mané do Cavaco), "Castigo" (Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves) e "Valsa de realejo" (Guinga), composta pelo violonista e dedicada em sua homenagem: "Essa valsa foi feita par ao bandolim do Joel" Mais tarde, depois da gravação instrumental, a composição viria a ganhar letra de Paulo César Pinheiro e seria gravada por Clara Nunes. No disco também foi incluída "Ecos", composição de sua autoria e o maior sucesso do LP. O choro "Ecos", também iria ganhar uma letra de Paulo César Pinheiro, feita a pedido da cantora Clara Nunes que queria gravá-lo, porém, não chegou a fazê-lo. O disco foi lançado no reduto do choro da época, o bar Sovaco de Cobra, na Penha Circular. Segundo o jornalista Sergio Cabral: "Em uma festa antológica, só tive conhecimento de um evento parecido feito para o cantor Orlando Silva". Em 1977 ganhou o "Prêmio Playboy" na categoria "Melhor instrumentista de Cordas". Neste mesmo ano ao lado de Waldir Azevedo, Paulo Moura, Zé da Velha, Abel Ferreira e Copinha, apresentou o show "Choro na praça", com direção de Albino Pinheiro, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.

Resultado de imagemO espetáculo, apresentado em três dias no mês de junho, gerou um álbum duplo, ao vivo, no qual foram gravadas 19 composições, entre as quais participou como bandolinista das seguintes faixas: "Apanhei-te cavaquinho" (Ernesto Nazareth), "Murmurando" (Fon-Fon), "Naquele tempo" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), "Lamento" (Pixinguinha), "Urubu malandro" (Pixinguinha) e "Ecos", de sua autoria. No ano seguinte, em 1978, lançou os LPs "O pássaro" e "Meu sonho". No disco "O pássaro", produzido por João Nogueira, foi acompanhado pelos músicos Dino (violão de 7 cordas), Wilson das Neves (bateria), Moacyr Silva (sax), Antonio Adolfo (teclados), Copinha (flautas e flautins), Luiz Roberto (baixo), Dazinho (ganzá), Jorginho (pandeiro), Jorginho (flautas e flautins), Geraldo Vespar (guitarras e arranjos), Eduardo Souto Neto (órgão e piano), Ricardo (teclado), Laércio Freitas (piano) e Ubirajara Silva (bandoneon) interpretando "Topei com você" (Cláudio Jorge), "Bares da cidade" (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), "Doralice" (Dorival Caymmi e Antônio Almeida), "Saveiros" (Dori Caymmi e Nélson Motta), "A felicidade" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Até pensei" (Chico Buarque), "Xeque-mate" (arranjo e composição de Gaya), "Canto triste" (Edu Lobo e Vinicius de Moraes) e "Sorriso de Cristina" e "Somente saudade", ambas de sua autoria, além da faixa-título "O pássaro", também de sua autoria. No disco "Meu sonho" incluiu "Peneirando", "Meu sonho" e "Congada do sino", as três de sua autoria e ainda interpretou "As rosas não falam" (Cartola), "Bala com bala" (João Bosco e Aldir Blanc), "Amigos" (Geraldo Vespar, arranjador do disco), "Coincidência" (Nivaldo Duarte e Paulo César Pinheiro), "Maninha" (Chico Buarque), "Entre mil... Você" (Jacob do Bandolim, com arranjos de Luiz Roberto), "Bijuterias" (João Bosco e Aldir Blanc), "Bandoladas" (Geraldo Vespar) e "Três entrelinhas", de Anacleto de Medeiros. Neste mesmo ano de 1978 recebeu, pela segunda vez, o "Prêmio Playboy da MPB", novamente na categoria "Melhor Instrumentista de Cordas". Por essa época, apresentou-se com a Orquestra Sinfônica Brasileira e da Orquestra de Câmera de Blumenau, de Santa Catarina, entre outras. Tem como marco principal em sua carreira, a ideia e o pedido feito a Radamés Gnattali, no final de 1978, para transcrever a composição "Retratos", de autoria do maestro, para a formação chamada regional (bandolim, cavaquinho, três violões e ritmo), originalmente escrita para bandolim solo e orquestra de cordas. Joel Nascimento reuniu um grupo para tocar a peça, que ganhou uma forma camerística, resultando em uma nova concepção musical e instrumental à formação tradicional dos conjuntos de choro.

Imagem relacionadaA primeira audição da nova versão de "Retratos" aconteceu na Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro, com Joel Nascimento e o grupo que o mesmo havia formado para execução desta nova versão da composição. Além de Joel, integrava o grupo, ainda sem nome, Maurício Carrilho (responsável por essa primeira apresentação da composição), Rafael Rabello, Luciana Rabello, Celso Silva e Luiz Otávio Braga (pouco depois substituído por João Pedro Borges). Com essa nova formação, a inclusão do violonista João Pedro Borges, o conjunto apresentou-se em Curitiba, São Paulo e Brasília. Logo o grupo estava em estúdio para o que viria a ser o último disco de Joel Nascimento na EMI/Odeon "Tributo a Jacob do Bandolim", disco que teve Radamés Gnattali como arranjador e pianista. O ano era 1979 e o disco, produzido por Hermínio Bello de Carvalho, foi uma homenagem a Jacob do Bandolim que completava 10 anos de falecimento. Este mesmo disco, devido a um impasse entre Joel Nascimento e a gravadora Odeon, seria lançado em 1980 pela WEA (gravadora com a qual o músico assinou contrato apenas para o disco "Tributo a Jacob do Bandolim") é atribuído, erroneamente, através de sua capa, a Radamés Gnattali, Joel Nascimento e Camerata Carioca. Contudo, o LP é somente de Joel Nascimento como é assinalado no label (selo) do fonograma. Não há na WEA qualquer registro de disco da Camerata Carioca. O conjunto como Camerata Carioca, só existiria alguns meses depois da gravação do referido disco, sendo o nome do conjunto dado por Hermínio Bello de Carvalho. No LP "Tributo a Jacob do Bandolim" Joel Nascimento interpretou a composição "Retratos" em seus quatro movimentos: "1º - Pixinguinha", "2º - Ernesto Nazareth", "3º - Anacleto de Medeiros" e "4º Chiquinha Gonzaga" e ainda as composições "Conversa mole/Jacobeana" (Radamés Gnattali), "Gostosinho", "Doce de coco", "Voo da mosca", "Noites cariocas" e "Vibrações", todas as composições de autoria de Jacob do Bandolim. Em 1982, integrando o grupo Camerata Carioca, lançou o disco "Vivaldi & Pixinguinha", através do "Projeto Almirante", projeto da Funarte por onde o disco fora lançado. Com produção artística e coprodução executiva de Hermínio Bello de Carvalho no LP foram incluídas as faixas "Jubileu" (Anacleto de Medeiros), "Batuque" (Henrique Alves de Mesquita), "Marreco quer água" (Pixinguinha), "Devagar e sempre" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), "Tapa buraco" (Pixinguinha), "Um a zero" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), "Carinhoso" (Pixinguinha e João de Barro), "Ingênuo" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), "Vou vivendo" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), além de "Concerto grosso op. 3 n. 11 - estro armonico" em seus movimentos "Allegro", "Largo" e "Alegro final", de Antonio Vivaldi.




O disco contou com a participação especial do maestro Radamés Gnattali (cravo, piano acústico e arranjos), além dos músicos que integravam o Camerata Carioca na ocasião Joel Nascimento (bandolim e seu principal solista), João Pedro Borges (violão), Maurício Carrilho (violão), Luiz Otávio Braga (violão de sete cordas), Henrique Cazes (cavaquinho) e Beto Cazes (reco-reco e pandeiro). Após a gravação do LP "Vivaldi & Pixinguinha", João Pedro Borges deixou o grupo, sendo substituído pelo violonista Joaquim Santos. Neste mesmo ano apresentou-se no Lincoln Center-Alice Fully Hall, em Nova York, ao lado de Arthur Moreira Lima e Raphael Rabello, entre outros. No ano de 1983, integrando o grupo Camerata Carioca e como seu principal solista, lançou o LP "Tocar", já contando com um novo integrante no grupo, o flautista e saxofonista Dazinho. Com esta formação, o conjunto adquiriu uma forma mais elaborada. Os arranjos foram assumidos por Luiz Otávio Braga, Maurício Carrilho, Joaquim Santos e Radamés Gnattali. No LP o grupo interpretou "Fugata" (Astor Piazzolla), "Choro de mãe" (Wagner Tiso), "Marreco quer água" (Pixinguinha), "Valsa triste" (Radamés Gnattali), "Ainda me recordo" (Pixinguinha), "Terna saudade" (Anacleto de Medeiros), "Remexendo" (Radamés Gnattali), "Uma rosa para Pixinguinha" (Radamés Gnattali), "Lenda do caboclo" (Heitor Villa-Lobos) e "Fuga nº 1" (Léo Brouwer). Com o grupo acompanhou em gravações Nara Leão, Zezé Gonzaga e Elizeth Cardoso. Por essa época, apresentou-se em solo em vários shows e eventos internacionais e em turnê por vários países, entre eles Alemanha, Suíça (Festival de Montreux), Áustria, França (Festival de Nice e Córsega), Portugal, Argentina, Japão e Guiana Francesa. Participou também do "Festival de Câmara do Novo México" (EUA). Em 1985 a gravadora EMI/Odeon lançou a coletânea "As rosas não falam", com algumas faixas de seus discos solos anteriores. No ano seguinte, em 1986, pelo Selo Basf, foi lançado o LP "Radamés Gnattali - 80 Anos de Música Brasileira - Waldemar Henrique", disco, no qual atuou como solista da Orquestra de Câmara de Blumenau, em trabalho que homenageou a obra de dois importantes compositores eruditos. Além da própria orquestra, destacaram-se neste trabalho o maestro e regente Norton Morozowicz e a soprano Ruth Staerke. Destacou-se também no disco o "Concerto para bandolim e cordas", composto por Radamés Gnattali e dedicado a Joel Nascimento. No ano de 1987 lançou, somente no mercado japonês, o CD "Joel Nascimento" no qual interpretou "Caburoso" (Cabuloso - Jacob do Bandolim), "No meu tempo era assim" (Eduardo Souto), "Primavera" (Joel Nascimento), "Escovado" (Ernesto Nazareth), "Iara" (Anacleto de Medeiros), "Coralina" (Alberto Pimental), "É do que há" (Luis Americano), "No coreto" (Pedro Amorim), "Nuvem que passou" (Mitsuru Inque), "Treme-treme" (Jacob do Bandolim), "Pardal embriagado" (Patrocínio Gomes), "revendo o passado" (Freire Júnior) e "Na minha vida", de autoria de Mitsuru Inque, músico cavaquinista que atuou no disco, assim como Luiz Otávio Braga (violão de 7 cordas e arranjos), Rafael Rabelo (violão de 7 cordas), Maurício Carrilho (violão de 6 cordas), Paulo Sérgio Santos (clarinete) e Beto Cazes na percussão. Tempos depois o disco seria lançado no Brasil pela gravadora Kuarup.


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Fundou, ao longo de sua carreira, vários grupos de choro, entre os quais Sexteto Brasileiro, integrado por Paulo Sérgio Santos (sax soprano e clarinete), Maurício Carrilho (violão de seis cordas), Luiz Otávio Braga (violão de sete cordas), João Lyra (viola de 10 cordas), Beto Cazes (percussão) e Henrique Cazes (cavaquinho), grupo que o acompanhou em duas turnês pelos EUA nos anos de 1988 e 1989. Em 1989 ganhou o troféu "Projeto Brahma Extra - O Som do Meio - Dia - Grandes Músicos de 1989" (Pela inestimável Contribuição à Cultura Musical Brasileira). Neste mesmo ano lançou "Joel Nascimento and the Brazilian Sextet - Live!", gravado e lançado nos Estados Unidos, disco no qual foram incluídas as composições "Terna saudade" (Anacleto de Medeiros), "Um a zero" (Pixinguinha), "Os Oito Batutas" (Pixinguinha), "Reisado" (João Lyra, Maurício Carrilho e Adelmo Arco-Verde), "Vibrações" (Jacob do Bandolim), "Espinha de bacalhau" (Severino Araújo), "Mulher rendeira" (Zé do Norte), "Chorinho pra você" (Severino Araújo), "Choros nº 6" (Heitor Villa-Lobos), "Pedra terra" (João Lyra e Newton Rangel), "Suíte Retrato - 2º movimento" (Radamés Gnattali), "Chorinho pra ele" (Hermeto Pascoal) e "Jacaré de saiote", de Silva Torres. No ano de 1995 pela gravadora Kuarup o disco "Joel Nascimento" editado no Japão, foi relançado com o título de "Chorando de verdade", mantendo o mesmo repertório. Em 1998 lançou, pela gravadora Kuarup, o CD "Joel Nascimento & Sexteto Brasileiro". As músicas do disco foram gravadas ao vivo em uma turnê do grupo anos antes (1989) e em apresentações feitas no Moore Theater (Seattle) e na St. Francis Church (Santa Fé) no "Santa Fé Chamber Music Festival". No CD foram incluídas as composições "Shotisch" (Radamés Gnattali), "Embolada" (Heitor Villa-Lobos), "Saudade eterna" (Santos Coelho), "Mulher rendeira" (Zé do Norte), "O trenzinho do caipira" (Heitor Villa-Lobos), "Batuque" (Ernesto Nazareth), "Choro - tocata" (Radamés Gnattali), "Choros nº 6" (Heitor Villa-Lobos) e "Modulando", de Rubens Leal Brito. Neste mesmo ano de 1998 prestou homenagem a Jacob do Bandolim lançando o disco "Relendo Jacob do Bandolim", no qual interpretou clássicos como "Noites cariocas", "Mimosa", "Reminiscências", "Bole-bole", "Doce de coco", "Salões imperiais", "Remelexo", "Dolente", "Alvorada", "Vibrações", "Diabinho maluco", "Cristal", "La duchesse" e "Feia", todas de autoria de Jacob do Bandolim. No ano de 2001a pianista Luciana Gastaldi, lançou o CD "Joel Nascimento - Suas composições para piano - Seu bandolim". O disco contou com a participação do homenageado em algumas faixas e também com a participação especial da flautista Rosana Moraes, sendo patrocinado pela Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura Municipal de Londrina, trabalho no qual foram incluídas suas composições para piano "Meu sonho", "Congada do sino", "Caminhos", "Reminiscência - três movimentos: Garoto peralta, Visões e Liberdade", "Opus 3", "Variações I e II", "Opus 2", "Cantilena", "Opus 1" e "À Flauta", todas de autoria de Joel Nascimento. Também foram interpretadas as composições "Despertar da montanha" (Eduardo Solto e Francisco Pimentel), "Terna saudade" (Anacleto de Medeiros), "Retrato - 2º movimento - Ernesto Nazareth" (Radamés Gnattali) e "Retrato - 3º movimento - Anacleto de Medeiros", ambas transcritas para piano por Joel Nascimento.



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No ano de 2002, ao lado de Paulo Moura e Odete Ernest Dias, foi um dos homenageados do evento "Choro no Sesc", produzido por Marcos Souza. Em 2005 participou, executando "Ecos", do documentário "Brasileirinho", do cineasta finlandês Mika Kaurismaki. No ano de 2006, com o grupo Quatro a Zero, fez diversos show dentro do projeto "Circuito Instrumental Universitário", que passou por 15 universidades públicas do Brasil, com o apoio do Ministério da Cultura e da Petrobras. No ano seguinte, em 2007, completou 70 anos em show comemorativo no Centro Cultural Carioca. Com direção artística do cavaquinista Sérgio Prata, recebeu no show vários artistas e amigos, entre eles Henrique Cazes, Hamilton de Hollanda, Beth Carvalho, Água de Moringa, Sérgio Cabral, Rogério Caetano e Luiz Otávio Braga, entre outros. No ano posterior, em 2008, em parceria com a pianista Fernanda Canaud lançou, pela gravadora Biscoito Fino, o CD "Valsas brasileira - Fernanda Canaud e Joel Nascimento", disco no qual interpretaram "Farrula" (Anacleto de Medeiros), "Valsa de esquina" (Francisco Mignone), "Sorrir dormindo" (Juca Kalut), "Valsa da dor" (Villa-Lobos), "Retrato - 2º movimento Ernesto Nazareth" (Radamés Gnattali), "Coração que sente" (Ernesto Nazareth), "Helena" (Mário Álvares), "Pássara" (Francis Hime e Chico Buarque), "Sentimento oculto" (Pixinguinha), "Valsa capricho" (Barrozo Neto), "Sinuosa" (Maurício Carrilho) e "Revendo o passado", de Freire Júnior. No ano de 2009 no CD "De bandolim a bandolim - Hamilton de Holanda e Joel Nascimento", foram incluídas "Tu passaste por este jardim" (Alfredo Dutra e Catulo da Paixão Cearense), "Gotas de ouro" (Ernesto Nazareth), "Os cinco companheiros" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), "Falta-me você" (Jacob do Bandolim), "Por uma cabeza" (Carlos Gardel e Alfredo La Pera), "Concerto para bandolim e orquestra - 2º movimento" (Radamés Gnattali), "Chorale prelúdio adágio" (J. S. Bach e Busoni), "Concerto para 2 bandolins em G - 2º movimento" (Vivaldi), "Sonatina em C menor" (Beethoven) e "O bom filho à casa torna", de Bonfiglio de Oliveira. Neste mesmo ano de 2009, como mestre de cerimônias e principal solista, apresentou o evento "Sabatina da Pedra - Chorando com Joel", inaugurando o Salão de Música do Instituto Cultural Cravo Albin, com capacidade para 100 pessoas. O evento recebeu em suas edições diversos convidados, tais como Jayme Vignoli, Henrique Cazes, Zé Menezes, Josimar Carneiro, Dirceu Leite e Rui Alvin, para os quais foram entregues os diplomas "Ernesto Nazareth". Organizado pelo Instituto Cultural Cravo Albin (em parceria com a FUNJOR - Fundação José Ricardo). A roda de choro era apresentada na sede do ICCA sempre no último sábado de cada mês. Em 2010 foi homenageado com o CD "Para Joel", do grupo de choro Água de Moringa, disco no qual foram gravadas 12 composições de Joel Nascimento, incluindo suas composições mais conhecidas e suas primeiras músicas compostas aos 14 anos de idade. O disco foi lançado em show no Teatro Carlos Gomes, no projeto "Sete em Ponto", espetáculo que contou com a participação do bandolinista junto ao grupo.




No ano seguinte, em 2011, retomou a roda de choro "Chorando com Joel", apresentada no Instituto Cultural Cravo Albin, com patrocínio do Grupo MPE, recebendo vários convidados, tais como Josimar Carneiro, Jaime Vignoli, Zezé Motta (com participação especial do poeta Euclides Amaral declamando "Roda Choro", de Paulo César Pinheiro), Ademilde Fonseca, Henrique Cazes, Dirceu Leite, Zé Menezes, Sílvio César, Zélia Duncan (com participação do poeta Euclides Amaral declamando "O Violão", de Paulo César Pinheiro) e Virgínia Rodrigues, entre outros, sempre conferindo a cada um deles o "Diploma Ernesto Nazareth", entregues por Ricardo Cravo Albin, presidente do Instituto Cultural Cravo Albin. Neste mesmo ano, ao lado do violonista Josimar Carneiro (do grupo de choro Água de Moringa), apresentou-se no projeto "Música na Arlequim", na Livraria Arlequim, no Paço Imperial (Praça XV de Novembro) centro do Rio de Janeiro. No ano de 2012 voltou a se apresentar no projeto "Música na Arlequim", desta vez com a pianista Fernanda Canaud. Ainda em 2012 recebeu em sua roda de choro "Chorando com Joel", apresentada mensalmente na sede do Instituto Cultural Cravo Albin, o cantor Márcio Gomes e a cantora Adelaide Chiozzo, que foram contemplados com o diploma "Ernesto Nazareth", comenda oferecida pelo Instituto. Na ocasião, houve ainda a inauguração da exposição sobre a obra e a vida de Herivelto Martins, em homenagem ao centenário do compositor. Também apresentou-se no show "Quatro a Zero & Joel Nascimento" no Circuito da Caixa Econômica Federal, no projeto "Caixa Cultural Fortaleza", ao ar livre na Praia Iracema, em Fortaleza, no Estado do Ceará. No ano de 2015 ao lado de Moraes Moreira (voz e violão), Zé da Velha (sopros), Silvério Pontes (sopros), João Camarero (violão), Charlles da Costa (violão) e Beto Cazes (percussão), foi um dos convidados do cavaquinista Henrique Cazes no show "Waldir Azevedo do Méier para o Mundo", em comemoração aos 92 anos do mestre do cavaquinho e evento apresentado no palco do Imperator - Centro Cultural João Nogueira, casa de show do bairro do Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro. Como convidado do Trio Choro Novo (Abel Luiz: cavaquinho / Marlon Mouzer: violão de 7 cordas / Reinaldo Pestana: bateria e percussão) apresentou-se no SESC Tijuca, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, no "Dia Nacional do Choro", como convidado do MCS (Movimento Choro Suburbano), organizado e produzido por Cenira Santos e Márcio Vinhas, foi uma das atrações do evento, apresentando-se na Lona Cultural João Bosco, tendo ao seu lado no palco Sombrinha (cavaquinho), Josimar Monteiro (violão de sete cordas) e Hamilton de Holanda (bandolim). Como convidado do grupo Água de Moringa apresentou-se, na Praça Tiradentes, no evento "VI Festival Nacional do Choro", organizado pela Casa do Choro. Foi um dos homenageados no projeto "Quando o Choro é Justo", organizado por Henrique Cazes, no Museu da Justiça, na Praça XV, com palestra do escritor Jorge Roberto Martins, participando da roda de choro ao lado de Zé da Velha, Henrique Cazes, Leonardo Miranda, Lucas Oliveira, João Camarero, Ronaldo do Bandolim, Marcelo Gonçalves, grupo Chorando Pelos Dedos e Silvério Pontes. Ainda em 2015 participou do projeto "MPB na ABL", com produção e apresentação de Ricardo Cravo Albin, em récita única intitulada "A bossa nova reverencia o choro, nos 450 anos do Rio - Roberto Menescal, Wanda Sá e Joel Nascimento", evento no qual interpretou ao bandolim a composição "Sensível" (Pixinguinha) e, acompanhado por Roberto Menescal o clássico "O barquinho" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli). Na mesma récita, acompanhado por Roberto Menescal (violão) e Wanda Sá (voz e violão) as composições "Chega de saudade" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e "Wave", de Tom Jobim.
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Durante a carreira de bandolinista atuou como solista convidado em vários discos, entre LPs e CDs, destacando-se "Antologia do chorinho" (Altamiro Carrilho - Philips/1975), "Abel Ferreira e filhos" (Abel Ferreira -Gravadora Marcus Pereira/1977), "Chorando baixinho" (vários - Kuarup/1978), "Bonfiglio de Oliveira" (Copinha - Museu da Imagem do Som/1979), "Elizethíssima" (Elizeth Cardoso - Som Livre/1981), "Aquarelas do Brasil" (Sebastião Tapajós - Gravadora Tropical Music-Alemanha/1983), "Radamés Gnattali" (Arthur Moreira Lima - Varig/1989), "Noites cariocas" (Vários - Kuarup/1987), "Paulo Moura e os Batutas" (Paulo Moura - Gravadora Velas/1996), "Sempre Pixinguinha - 100 Anos" (Vários - Kuarup/1997), "Alfredo da Rocha Viana Filho - Pixinguinha" (Vários - Selo Sarau/1997), "Choro - Do quintal ao Municipal" (vários - Kuarup/1998), "Bambas do bandolim" (vários - Kuarup/1999), "Villa por chorões" (vários - Kuarup/2002), "Zé da Velha e Silvério Pontes" (Biscoito Fino/2006), "Chora Cartola" (vários- Deck Disc/2006), "Sabe você" (Léo Gandelman e convidados - EMI/2008) e "Água de Moringa - Obrigado Joel" (Água de Moringa - Independente/2010). Atuou em diversos discos de vários artistas, entre os quais Oswaldo Montenegro "Os bandolins"; Chico Buarque "Meus caros amigos"; Paulinho da Viola "Paulinho da Viola", Clara Nunes "Canto das três raças" e "Claridade"; João Nogueira "E lá vou eu", "João Nogueira" e "Vem quem tem"; Beth Carvalho "Mundo melhor"; Nélson Gonçalves "Nélson Gonçalves; Nara Leão "Meu samba encabulado"; Maria Creuza "Maria Creuza"; Roberto Ribeiro "Fala meu povo"; Nadinho da Ilha "Nadinho da Ilha" e Paulo Moura "Mistura e manda". Em cinema participou da trilha sonora do filme "Se segura, malandro" (1977), dirigido por Hugo Carvana, na qual interpretou "Ecos", de sua autoria e em 1978 atuou como solista na composição "Pedacinhos do céu" (Waldir Azevedo) incluída no filme "Chuvas de verão", dirigido por Cacá Diegues. Sua composição "Ecos" foi incluída na trilha sonora da novela "Na sombra dos laranjais", da TV Globo, em 1976. Apresentou-se nas principais salas de concertos do país e dividiu o palco com o guitarrista Paulo Moura, Egberto Gismonti e o pianista Artur Moreira Lima. Tocou com a Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra do Teatro Municipal, Orquestra Petrobras, Orquestra de Câmera de Blumenau, Orquestra Unissinus, Orquestra do Conservatório de Curitiba, Orquestra Opus Rio, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e Orquestra de Cordas de Santo Antonio, nos Estados Unidos. Apresentou-se com Paulinho da Viola no "Festival de Montreux" (Suíça), e ainda, no "Festival da Córsega" (França), do qual participaram Paco De Lucia, Michel Legrand e o violinista Stéphane Grappelli. No ano de 2017, ao lado do clarinetista Paulo Sérgio Santos participou do projeto "Quartas Instrumentais", no Espaço BNDES, no centro do Rio de Janeiro, com o show "Homenagem a Abel Ferreira", no qual a dupla teve como acompanhantes os músicos Caio Márcio (violão), Bernardo Diniz (cavaquinho), João Camarero (violão de sete cordas) e Magno Júlio (pandeiro), além do próprio Joel Nascimento no bandolim e de Paulo Sérgio Santos no clarinete e arranjos, em interpretações de clássicos de Abel Ferreira, Pixinguinha e Jacob do Bandolim, entre outros.


Neste mesmo ano de 2017 deu início às comemorações de seus 80 anos, lançando, em turnê nacional, o CD "Joel Nascimento - som, estilo & improviso", produzido por Henrique Cazes, no qual foram compiladas algumas gravações de seus discos anteriores, gravações inéditas e ainda, produções musicais feitas para o próprio trabalho, tais como a faixa "Gotas de ouro" (Ernesto Nazareth), com a participação especial do violonista João Camarero no violão sete cordas. No disco foram incluídas as faixas "Tu passaste por esse jardim" (Alfredo Dutra e Catulo da Paixão Cearense), com participação especial do também bandolinista (e ex- aluno de Joel) Hamilton de Holanda (faixa extraída do CD "De bandolim a bandolim", de ambos os músicos); "Doce de coco" (Jacob do Bandolim), com participação especial (em gravação da década de 1970, do irmão Joyr Nascimento ao violão de sete cordas e Souza no cavaquinho), além da inclusão de um segundo trecho, na mesma faixa, em gravação mais recente, com arranjos de cordas do maestro e guitarrista Geraldo Vespar e com orquestra regida pelo maestro Alceu Bocchino; "Estudando e compondo em casa" (Joel Nascimento); "Apelo" (Baden Powell e Vinicius de Moraes), com regência e arranjo de Geraldo Vespar; "Glória" (Bonfíglio de Oliveira), com arranjo de Copinha (flauta) e Rafael Rabello no violão de sete cordas; "Concerto Grosso Opus 3 nº 11 em ré menor 2º movimento - Largo" (Antônio Vivaldi), integrando o Camerata Carioca, e um raro registro, de Radamés Gnattali tocando cravo; "Evocação de Jacob" (Avena de Castro), com participação especial de Cláudio Jorge ao violão; "Concerto para bandolim e cordas 3º movimento - a Joel Nascimento" (Radamés Gnattali), com o homenageado ao bandolim; "Yara" (Anacleto de Medeiros), com participações especiais de Maurício Carrilho (violão de seis cordas), Luiz Otávio Braga (violão de sete cordas), Paulo Sérgio Santos (clarinete) e Mitsuru Inque (cavaquinho); "Devagar e sempre" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), com participações de Henrique Cazes (cavaquinho), Maurício Carrilho (violão de seis cordas), Luiz Otávio Braga (violão de sete cordas) e Beto Cazes (pandeiro); "Canção à Villa Lobos" (Joel Nascimento); "Ruth" (Antônio Gismonti), valsa de autoria do avô de Egberto Gismonti, arranjador e pianista da faixa; "Lamento" (Pixinguinha e Vinicius de Moraes), gravada ao vivo no "Festival de Londrina do Paraná", com arranjos para coro e orquestra do maestro Marcos Leite, e a faixa "Retrato - 4º movimento - Chiquinha Gonzaga" (Radamés Gnattali), com arranjo e orquestra regida por Radamés Gnattali.






O disco contou com texto de apresentação de Henrique Cazes, do qual destacamos o seguinte trecho: "Este CD é antes de mais nada a comemoração de 80 anos de um músico especial, de sutil grandeza. Um presente para seus fãs e estudiosos da música brasileira. Um painel de momentos raros, fora da discografia convencional do artista e que mostra o quanto Joel Nascimento contribuiu para o aperfeiçoamento do estilo brasileiro de bandolim e o quanto sempre esteve disposto a colocar seu som em diálogo com vários segmentos de nossa música. Por isso mesmo seu bandolim aparece aqui junto a diferentes instrumentações e numa ampla gama de estilos. Acredito que seja possível descrever a essência do músico Joel Nascimento dando atenção a três quesitos: som, estilo e improviso". No mesmo encarte há um trecho em que Egberto Gismonti declarou sobre o bandolim de Joel Nascimento na gravação de "Ruth": "Notas suficientes para fazer a alma despertar e achar que a vida vale a pena" Ainda em 2017, pelas comemorações de seu aniversário de 80 anos, apresentou-se na Sala Cecília Meireles em show intitulado "Homenagens a Radamés Gnattali e aos 80 anos de Joel Nascimento", acompanhado pela Orquestra Sinfonia Brasil, regida por Norton Morozowicz, contando ainda com os músicos Marcos Nimrichter (acordeom), José Staneck (harmônica de boca) e Conjunto de Choro, integrado por Beto Cazes (pandeiro), Henrique Cazes (pandeiro) e Gláuber Seixas (violão de sete cordas), além do homenageado, Joel Nascimento, ao bandolim.

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