Tem início em Olinda a décima edição de um dos maiores festivais musicais do Brasil
Por Bruno Negromonte
Olinda abre até domingo as portas de suas Igrejas para abrigar os diversos concertos musicais. Como nos anos anteriores, o MIMO procura abranger o que se é possível para em um festival musical que preza pela coerência e pelo bom gosto. Nessa leva de apresentações há artistas que vão desde o contemporâneo até aqueles que prezam pela música instrumental mais tradicional. E esse ecletismo caiu como uma luva nas graças do público olindense, e hoje o movimento ganha adeptos não só da cidade berço onde tudo nasceu, mas também é reverenciado por um público cada vez maior também das cidades circunvizinhas ao festival. São dez anos fazendo história nesta cidade que transpira história por si só.
E por falar em história, a relação do festival com os artistas da terra vem de longa data, desde a primeira edição do MIMO em 2004, quando a Orquestra Sinfônica do Recife apresentou um magistral concerto para mais de 2000 pessoas ao lado do pianista Nelson Freire. Depois da porta aberta na primeira edição de lá para cá a relação estreitou-se de modo que hoje o evento já conta com cerca de uma dúzia de concertos pernambucanos. Nomes como o da Orquestra Contemporânea de Olinda, a Orquestra Experimental de Câmara de Pernambuco, Antonio Nóbrega, Siba, Jam da Silva, Orquestra Sinfônica de Recife, Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque acompanhada do saudoso maestro Cussy de Almeida, Sagrama, a Banda Sinfônica do CEMO (Centro de Educação Musical de Olinda), Vitor Araújo entre outros.
Nesta décima edição a tradição se repete e o MIMO 2013 contará com a participação de mais um pernambucano: Juliano Holanda. O artista que nasceu em Goiana, Mata Norte de Pernambuco, cresceu em Olinda vem apresentando as canções do álbum "A arte de ser invisível", primeiro registro fonográfico do artista em mais de 20 anos de carreira (começou a tocar profissionalmente aos 13 anos) e que conta com a participação de nomes como Siba, Jam da Silva, Marion Lemonier, Ceumar, Marcelo Pretto e Benjamin Taubkin - este último responsável pela distribuição do disco pelo selo Núcleo Contemporâneo. Hoje aos 35 anos, Juliano Holanda já pode ser considerado como um veterano da música devido também as participações em mais de 60 discos e cerca de 130 músicas de sua autoria gravadas por intérpretes diversos, tornando seu nome quase onipresente na atual cena da música pernambucana.
Ele se apresentará hoje (06/09) abrindo a noite do palco da Praça do Carmo acompanhado por um quarteto de primeira linha, com Junior Areia no baixo acústico e Tom Rocha na bateria (ambos tocaram juntos no grupo Mundo Livre S/A, uma das bandas seminais do movimento Mangue Beat), Zé Manoel, emergente pianista com elogiada carreira autoral e a cantora Isadora Melo, da nova safra de intérpretes brasileiras. Neste concerto, além das canções de A arte de ser invisível, Juliano Holanda mostrará, em primeira mão no Palco MIMO, composições do segundo álbum de carreira (inteiramente autoral, como o primeiro), Para saber ser nuvem de cimento quando o céu for de concreto.
SERVIÇO
Juliano Holanda e banda
Sexta - 06/09
Sexta - 06/09
Palco Praça do Carmo (MIMO 2013)
Horário - 22h30
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