Por Karina Sampaio
Teve início ontem a décima edição do já tradicional MIMO. O que antes era mostra transformou-se este ano em movimento e aportou na noite desta quinta-feira para comemorar este ano uma década de existência. Sucesso absoluto nas edições anteriores, é de se pressupor que com esta edição a coisa não será diferente. Há apossibilidade desta constatação através das ruas, que repletas de gente servem, de certo modo, para atestar a dimensão que o festival alcançou nesta sua primeira década de existência. São turistas e moradores da cidadeem busca de um objetivo em comum: ouvir grandes nomes da música em magistrais concertos. Sejam eles nas seculares Igrejas existentes na cidade ou na Praça do Carmo, local tradicionalmente para os concertos ao céu aberto nas noites do festival.
Nesta primeira noite, a Catedral da Sé estava lotada para o concerto de abertura. Um público ávido por boa música esperou de modo bastante paciente cerca de 30 minutos após o previsto para o início do espetáculo e por volta das 21h o conceituado pianista Nelson Freire deu o tom da abertura da décima edição da Mimo.
Nelson correspondeu a todas as expectativas daqueles que aguardavam anciosamente a sua volta ao festival enumerando sucessos da música erudita como "Capricho em ré menor Op. 116", "Intermezzo em mi maior Op. 116" e "Balada Op. 118 em sol menor", de Brahms; "Balada No 4 em fá menor" e "Berceuse Op. 57", de Chopin; "Eu vos invoco, senhor" e "Jesus, alegria dos homens", duas obras bem conhecidas do alemão Bach, além de outros clásicos. Fazendo jus ao título de "pianista dos pianistas" a ele concedido.
Vale salientar que no primeiro ano do MIMO, foi com Freire também a apresentação inaugural e agora, na comemoração da primeira década do festival,o artista volta para sacramentar-se como um mais expressivos nomes a apresentar-se no festival.
A quinta-feira contou ainda com mais dois concertos na praça do Carmo para encerrar a noite. O primeiro foi do grupo francês Eletric Epic, que mesmo desfalcado do instrumentista Guillaume Perret, agradou a gregos e troianos. Do mesmo modo, o libanês Ibrahim Maalouf apresentou a contemporaneidade de sua obra e apesar de ser uma quinta-feira, muita gente não arredou o pé do local da apresentação até o último acorde.
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