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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

OLINDA NÃO VAI SEDIAR O FESTIVAL MIMO 2019

Mostra Internacional de Música será realizada este ano no Rio de Janeiro e, pela primeira vez, em São Paulo


Em 2018, a MIMO comemorou 15 anos em Olinda.
Foto: Facebook/MIMO Festival/Reprodução


Olinda ficou de fora da edição 2019 do Festival MIMO Brasil. A decisão foi anunciada na página oficial do evento no Facebook. Originalmente chamada de Mostra Internacional de Música de Olinda, neste ano, ela se muda para o Rio de Janeiro e, pela primeira vez desembarca em São Paulo.

Com locais a serem definidos e entradas gratuitas, a capital paulista recebe a MIMO entre 22 e 24 de novembro. Já a edição carioca está marcada entre 29 de novembro e 1º de dezembro.

Entretanto, os organizadores afirmam que a cidade de Olinda não será esquecida pelo Festival. "Ano passado, o MIMO Brasil teve duas edições e contemplou Paraty e Olinda com sua programação. Agora, seguindo o mesmo modelo, realizaremos o festival em outras duas cidades: Rio de Janeiro e, pela primeira vez, em São Paulo. Olinda e Paraty continuam a fazer parte do circuito MIMO para os próximos anos", garantiu a página do festival nos comentários da postagem.



Fonte: JC Online

sábado, 27 de outubro de 2018

MIMO FESTIVAL 2018 DIVULGA PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Evento de música e cinema completa 15 anos nesta edição, com shows e filmes de 23 a 25 de novembro, em Olinda



O ano de 2018 marca os 15 anos do MIMO Festival, que divulgou sua programação completa, concentrada em Olinda. O festival terá 46 atividades, entre shows, filmes, workshops, programa educativo e poesia. Entre as atrações confirmadas, de 23 a 25 de novembro, estão os shows do Dead Combo (Portugal), 47Soul (Palestina), Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Tom Zé (foto), Lia de Itamaracá, Banda Eddie e Emicida, no palco principal, na Praça do Carmo.

Já o Mercado Eufrásio Barbosa, reinaugurado após quatro anos de reforma, sediará o Festival MIMO de Cinema, com destaque para a première no Brasil de “Betty, They Say I'm Different”, com presença do diretor Phil Cox. As edições que estavam previstas para Rio de Janeiro e São Paulo foram adiadas para maio de 2019.

Foi em Olinda que o MIMO começou, em 2004. Desde então, o festival até hoje já reuniu 1,5 milhão de pessoas em 48 edições, sendo três na Europa (cidade de Amarante, Portugal).


Desde 2004

Idealizado em 2004 por Lu Araújo, também diretora artística, o MIMO é apresentado pelo Ministério da Cultura e Bradesco, conta com apoio da Estácio e do Governo de Pernambuco e tem como companhia aérea oficial a Azul Linhas Aéreas. É realizado por Lu Araújo Produções Artísticas.


Programação completa do MIMO Festival 2018 

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

MIMO 2017

A cada nova edição, o Festival mostra-se mais imprescindível tanto para a o calendário cultural da cidade quanto por aqueles ávidos por boa música

Por Bruno Negromonte
Na cidade que é um dos símbolos maiores do carnaval em nosso país há quem passe o ano inteiro esperando um outro festejo que vem desde 2004 (com exceção apenas de um ano nesse ínterim) ornamentando a cidade a partir dos mais belos adjetivos culturais existentes. Quando surgiu em 2004, a Mostra Internacional de Música de Olinda chegou não apenas como uma nova proposta de entretenimento, mas como algo para além dos púlpitos onde artistas do Brasil e do mundo apresentavam-se. Arregaçando as mangas e partindo para a concretização desse aparente utopia estava lá Lú Araújo, pessoa intimamente ligada à música desde a infância, onde teve a oportunidade de crescer no contexto musical a partir do contato com grandes ídolos da música popular a partir da loja de discos do seu pai. A identificação foi tão grande com a música que anos depois Lú abriria a sua própria loja de discos, destacando-se mais uma vez pelo modo visionário de enxergar as coisas, pois foi responsável pela primeira loja do Brasil só para independentes, a In-dependente. Tudo isso confluiu e muito para o conceito desse festival que nasceu com apenas 4 concertos e chegou a ter mais de 40 ao longo de sua trajetória. "Vi num carnaval uma pessoa jogando uma garrafa de cerveja na porta da Igreja da Sé. Aquilo me fez pensar que Olinda merecia ser conhecida em outro momento, com outro espírito. A primeira Mimo teve só cinco concertos. Mas o primeiro teve duas mil pessoas na plateia. Não é um festival mofado, não tem o pé no antigo. Fico feliz de ver na plateia crianças, tatuados, rastafáris.", comenta Lú que já pensa nas edições do ano que vem sempre buscando manter uma característica inerente ao festival desde a sua primeira edição: a fusão do erudito com o popular.

2017 começou com o festival aportando em janeiro na terceira mais populosa do Reino Unido, Glasgow, a maior cidade da Escócia. Ainda no primeiro semestre do ano permaneceu em terras europeias, dessa vez na cidade de Amaranto, onde ocorreu a primeira edição do festival em terras portuguesas buscando manter os mesmos moldes das edições realizadas no Brasil. Depois de ter edições realizadas em cidades como Recife e João Pessoa, o MIMO mantém em seu calendário no Brasil as cidades mineiras de Tiradentes e Ouro Preto, no Rio de Janeiro, além da capital, a cidade litorânea de Paraty e, em sua última parada, a cidade que deu origem ao evento. Na edição portuguesa nomes como Hamilton de Holanda, Richard Bona, Anne Paceo e Herbie Hancock; no Brasil artistas de relevância nacional e internacional fizeram parte da grade de programação do evento este ano a exemplo de Didier Lockwood, Baby do Brasil, 3ma, Laura Perrudin entre outros atrativos que sacramentam o Festival MIMO como algo imprescindível para o calendário cultural nacional. Plural, o MIMO faz-se valer de tal adjetivo a partir dos mais variados prismas, seja na abrangência de sua programação, seja na diversidade do seu público assim como também nos objetivos buscados desde a primeira edição do evento. Em tempos polaridades aguçadas nos mais variados sentidos, só a música para apresentar uma proposta agregadora, fazendo-nos acreditar que a língua da música apazigua e nos traz o alento necessário para encararmos dias e situações hostis.  Só provas concretas como estas nos conduz à certeza de que "Sem música a vida seria um errocomo bem observou o filósofo e crítico cultural Friedrich Nietzche. Valeu MIMO! Valeu Lú Araújo por arregaçar as mangas e sair do campo do devaneio, do abstrato para levar ao mundo não apenas um sonho a ser realizado, mas evento que gera receita e renda para dezenas de pessoas envolvidas.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

FESTIVAL MIMO DE CINEMA SELECIONA FILMES QUE TENHAM A MÚSICA COMO TEMA





As inscrições seguem até 4 de agosto pelo site www.mimofestival.com


Com exibição e difusão de filmes onde a música é o fio condutor de sua narrativa, o Festival MIMO de Cinema, que faz parte do maior festival de música gratuito do Brasil, o MIMO Festival, anuncia a abertura das inscrições para quem pretende ter sua obra exibida na programação deste ano. Até o dia 04 de agosto, será possível se inscrever pelo site www.mimofestival.com.

Importante janela de exibição da produção cinematográfica brasileira sobre música, o festival apresenta títulos brasileiros inéditos que ainda não ocuparam o circuito comercial. Para a inscrição, é fundamental que os filmes tenham a música, seus personagens e suas histórias como tema e que sejam produções recentes. Os filmes são projetados em salas de cinema, tendas, centros culturais e ao ar livre nos pátios de igrejas históricas. Muitas vezes o público pode apreciar a história de um artista na tela e se deliciar ao ouvi-lo na programação de concertos que acontece simultaneamente.

O Festival MIMO de Cinema é dirigido pela cineasta Rejane Zilles e desde a sua primeira edição em 2004, já exibiu 215 filmes onde a música é protagonista. Com formato ímpar, conquistou plateia cativa e exibe obras nos gêneros de documentário, ficção ou animação, nos formatos curta, média e longa-metragem.

Idealizado em 2004 pela produtora Lu Araújo, que assina a curadoria artística e a direção geral, o MIMO passou a ter como sócio o empresário Luiz Calainho em 2013. A partir de 2015, mais uma empresa se associou ao festival, a Musickeria, de Calainho, Flávio Pinheiro, Afonso Carvalho e Marcelo Megale. No Brasil, o MIMO Festival 2017 é apresentando pelo Ministério da Cultura e pelo Bradesco, com patrocínio da Hero – Serviço de Segurança Digital promovido pela FS, além de contar com a Azul Linhas Aéreas como companhia Aérea Oficial.

Nesta edição, o Festival MIMO de Cinema acontece nas cidades de Paraty/RJ (6 a 8 de outubro), Rio de Janeiro/RJ (10 a 12 de novembro) e Olinda /PE (17 a 19 de novembro). Os filmes serão projetados em telões ao ar livre nos pátios das Igrejas, no Mercado da Ribeira (Olinda) e na Casa de Cultura (Paraty). No Rio de Janeiro, o festival é concentrado no Cinema ODEON. A programação é toda gratuita. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site do festival (www.mimofestival.com).


Sobre o MIMO Festival:

Realizado anualmente desde 2004, o MIMO Festival sempre esteve intrinsecamente associado ao patrimônio, à cultura e à educação. Todas as atividades são oferecidas gratuitamente ao público e acontecem em cidades com forte valor histórico e reconhecidas mundialmente pela preservação de seus patrimônios culturais. Todas as atividades do MIMO são oferecidas gratuitamente ao público. Sua extensa programação, dedicada à música instrumental, erudita e popular, reúne concertos de nomes consagrados e novas tendências do Brasil e do exterior.

O festival ocupa, com excelência, espaços representativos dos locais onde se realiza, como igrejas, museus e parques. As atividades promovem a reflexão sobre a diversidade da produção artística local e dos diferentes panoramas mundiais, atendendo a vários públicos durante a sua realização. Em 2016, o MIMO concretizou seu processo de expansão internacional, chegando à Europa. Portugal foi escolhido pelas afinidades com o Brasil e o perfil do festival. Amarante, uma bela cidade da Região Norte do país, berço de ilustres nomes da cultura portuguesa e com construções que respiram história, recebeu a primeira edição do festival em terra estrangeira, reunindo 24 mil espectadores e apresentando atrações de luxo, como Pat Metheny & Ron Carter, Tom Zé e Vieux Farka Touré. A imprensa internacional cobriu amplamente este lindíssimo evento brasileiro.

Simultaneamente aos concertos históricos, o Festival MIMO de Cinema exibe produções inéditas, que têm a música como tema. Filmes como “Chico Sciense, Caranguejo Elétrico”, “Waiting for B”, “Xingu, Cariri, Caruaru Carioca”, ‘Eu sou Carlos Imperial’ passaram pelas telas do festival nas ultimas edições do Brasil e Portugal.

O MIMO Festival realizou ainda workshops, a Etapa Educativa e a Chuva de Poesia nas principais cidades. Os números da edição 2016 mostram a vocação do evento itinerante em levar música de qualidade por onde passa: foram 68 concertos e 42 filmes exibidos só neste ano, no Brasil e em Portugal.


Confira o número de pessoas que participaram do evento em todas as praças no ano de 2016:
Olinda: 95 mil
Rio de Janeiro: 45 mil
Paraty: 26 mil
Circuito MIMO Ouro Preto e Tiradentes: 2.500
Amarante/ Portugal: 24 mil
Total: 192.500 espectadores


Sobre o Bradesco Cultura

Com mais de 350 projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. O Banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do país, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte. Com apoio a eventos regionais, museus, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros, a instituição possui, ainda, uma plataforma de naming rights com o Teatro Bradesco, que conta com unidades em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. A temporada cultural de 2017 inicia com o patrocínio para exposições que narram a trajetória da artista Anita Malfatti, Yoko Ono e do executivo Steve Jobs.

domingo, 15 de janeiro de 2017

MIMO FESTIVAL ANUNCIA DATAS PARA 2017



Depois de reunir 193 mil pessoas na edição 2016, que englobou o Brasil e Portugal, o Festival MIMO amplia os horizontes e estreia este ano representando o país com uma seleção de showcases para no Celtic Connections , na Escócia, entre os dias dias 25 e 29 de janeiro. O MIMO também será apresentado gratuitamente nas cidades históricas de Amarante (Norte de Portugal), de 21 a 23 de julho, Tiradentes e Ouro Preto (MG), de 28 a 30 de setembro, Paraty (RJ) de 6 a 8 de outubro, Rio de Janeiro, entre os dias 10 e 12 de novembro, e Olinda (Pernambuco), de 17 a 19 de novembro. 

Criado em 2004 por Lu Araújo, o MIMO passou a ter como sócio, a partir de 2013, o empresário Luiz Calainho. Em 2015, mais uma empresa se associou ao festival, a Musickeria, de Calainho, Flávio Pinheiro e Afonso Carvalho. Ainda em mo mesmo ano, o festival se associou, na Europa, ao empresário cultural português Carlos Bartilotti, para realizar o MIMO Portugal, na cidade de Amarante

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

MIMO FESTIVAL É PARCEIRO NA PROGRAMAÇÃO DO CELTIC CONNECTIONS, NA ESCÓCIA

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Depois de reunir 193 mil pessoas na edição 2016, que englobou Brasil e Portugal, o Mimo Festival amplia os horizontes e numa parceria com o British Council e Creative Scotland, leva ao Reino Unido, entre os dias 25 e 29 de janeiro, uma seleção da música brasileira, com concertos de artistas contemporâneos. As apresentações acontecerão no Showcase Scotland 2017, realizado há 17 anos, simultaneamente ao Celtic Connections. A comitiva brasileira segue para Europa com Baby do Brasil, Roberta Sá, Yamandu Costa, Hamilton e o Baile do Almeidinha, Renata Rosa, e Carlos Malta e Pife Muderno.

É a primeira vez que o Brasil é representado no Celtic Connections, sendo este um dos maiores encontros de negócio da música mundial. Nunca um país das Américas havia sido selecionado para tal representação.

O Showcase Scotland é um dos mais importantes festivais e encontros de business musicais do mundo. Um espaço dedicado exclusivamente para a promoção da música de todo o planeta. É um encontro que tem como seu maior objetivo fazer negócios através da música. Anualmente, elege um parceiro internacional, oferecendo uma fantástica oportunidade de expansão das relações e explosão de links culturais entre as duas nações.

A participação do Brasil no Showcase Scotland irá muito além dos concertos. Uma série de atividades serão realizadas para a promoção e divulgação da música brasileira, entre elas a montagem de um estande do MIMO Festival na Feira de Negócios, recepções e a importante rodada de negócios entre os delegados brasileiros e estrangeiros. Em edições anteriores, o Showcase Scotland teve entre seus parceiros a França (2016), Nova Zelândia (2015), Austrália e Índia (2014), Inglaterra (2013) e Catalunha (2012).

Os concertos selecionados foram de artistas representativos da música e da cultura brasileira, que foram selecionados por Lu Araújo, idealizadora e diretora geral do MIMO, ao lado de Donald Shaw, diretor artístico do Celtic Connections. 

As atrações brasileiras escolhidas para o Showcase se exibirão nos mais importantes espaços de Glasgow, como o Royal Concert Halls, o City Halls e a Igreja de St. Andrews, por exemplo.


Sobre o MIMO Festival 2016:

Depois de passar pelo Rio de Janeiro, Paraty, Ouro Preto e Tiradentes, o Festival MIMO encerrou de forma gloriosa a temporada 2016 no dia 20 de novembro, em Olinda, cidade mãe do evento que prima pela valorização dos patrimônios históricos nacionais, realizando concertos em igrejas centenárias e praças públicas, reunindo ainda o Festival MIMO de cinema, com a apresentação de filmes cujos roteiros tenham a música como referência e tudo de forma gratuita.

O MIMO Festival realizou ainda workshops, a etapa educativa e a chuva de poesia também nas principais cidades. Os números mostram a vocação do evento em levar música de qualidade por onde passa: foram 68 concertos e 42 filmes exibidos esse ano, em Brasil e Portugal, nas cidades por onde o festival itinerante passou.

Confira o número de pessoas que passaram pelo evento em todas as praças no ano de 2016: 

Olinda: 95 mil 
Rio de Janeiro: 45 mil 
Paraty: 26 mil 
Circuito MIMO Ouro Preto e Tiradentes: 2.500 
Amarante/ Portugal: 24mi 
Total: 192.500 espectadores

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

MIMO E OLINDA, UM CASO DE AMOR ANTIGO

Com shows de artistas como a "rainha da cumbia" e o ganhador do Grammy Latino, o MIMO retorna a sede-mãe em grande estilo

Por Bruno Negromonte



Depois de um ano de ausência na Cidade Patrimônio da Humanidade por falta de recursos, o festival MIMO volta à sua sua cidade de origem pautada na característica que acabou corroborando para que o evento tornar-se um dos mais representativos existentes no país, tanto que a sua força acabou o fazendo desdobrar-se para etapas em lugares como Paraíba, Paraty, Ouro Preto e Rio de Janeiro. Por conta de todo o contexto econômico adverso ao longo de 2015, o a Mostra Internacional de Música de Olinda (Mimo) teve a sua etapa pernambucana cancelada por falta de recursos financeiros e corte de verbas (mesmo tendo as demais etapas realizadas). No entanto, para a alegria daqueles que vem subindo e descendo as históricas ladeiras e enfrentando extensas filas em busca de senhas para as mais distintas apresentações musicais, o evento retornou à sua cidade natal e o fez com grande estilo. De sexta a domingo, foram apresentados 15 shows, além de uma mostra de cinema com 15 filmes e, antes disso, uma etapa educativa com workshops e masterclass.

A programação do palco principal, na Praça do Carmo, começando sempre impreterivelmente por volta das 22h trouxe nomes como Totó La Momposina, Bixiga 70, Sons of Kemet e Pat Thomas e Kiwashibu Area Band. No entanto as Igrejas e os demais palcos estavam abertos para a música das mais distintas nacionalidades como é o caso do grupo Violons Barbares, um trio de instrumentistas que vinha da Mongólia, Bulgária e França. A volta de um evento dessa envergadura deixa claro a dimensão afetiva existente entre a cidade e este evento que ao longo do ano passado deixou uma lacuna impreenchível no calendário cultural da cidade. Um evento que ganhou espaço no coração dos olindenses a partir de características tão próprias: cinema temático, shows únicos de artistas renomados espalhados ao redor do mundo e atividades paralelas em pró da formação de músicos e plateia. Resta-nos torcer para que evento mantenha-se no calendário da cidade uma vez que a gestão mudará a partir do próximo ano, assumindo pela primeira vez um prefeito de um partido distinto daqueles que mantiveram-se na prefeitura desde o surgimento do evento.





quinta-feira, 24 de novembro de 2016

MIMO OLINDA 2016

Foram três dias para endossar a importância de um evento que entrou também para o calendário afetivo da cidade

Bruno Negromonte



Com extensa programação o MIMO 2016 trouxe uma grande dúvida para muitos dos que estavam presentes nas ladeiras da cidade de Olinda para aproveitar ao máximo os dias de intensa movimentação na cidade histórica: Quais atrações aproveitar quando se tem shows, filmes e outras peculiaridades para usufruir?. Deduzo que esta tenha a dúvida de muitos como ocorreu, por exemplo, com a arquieta Fátima Honorato, que este ano ficou feliz com os palcos a céu aberto. "Em anos anteriores só lembro de assistir shows abertos no palco existente na praça do Carmo. Este ano não... as coisas estão muito mais acessíveis e isso acaba favorecendo ao público a espetáculos que são muitos procurados e que acabam restrito a poucos por conta da quantidade de senha limitadas", relatou Fátima, que só teve uma queixa a fazer: "Só fiquei triste com o horário do espetáculo do Zeca Baleiro e do João Bosco. Shows com artistas da envergadura deles deveria ocorrer mais tarde porque quem conhece a realidade do trânsito de Olinda, sabe que é impossível entrar na cidade nesse horário". Já Silvio Cardoso, turista vindo da Paraíba exclusivamente para o evento nada tinha a reclamar. "Acredito que na sexta-feira os horários dos primeiros shows acabou inviabilizando um público maior, mas como eu já me encontrava por aqui, não tive problema algum. Zeca foi show! Bosco e Hamilton show! Os ingleses trouxeram uma sonoridade na minha opinião muito experimental, mas acabou agradendo a muitos dos presentes no show... confesso que no último show da sexta eu já estava bastante cansado e acabei não acompanhando, mas as duas primeiras músicas foram legais, deu pra ver mais ou menos como era o som dos caras".

Eis a programação apresentada ao longo dos três dias de evento na cidade:

>> CONCERTOS

18 de novembro (sexta-feira)

ZECA BALEIRO VIOLONCELO E PIANO
18h, no Palco Seligaê (Mosteiro de São Bento)

FÊNIX
19h, na Igreja do Carmo

JOÃO BOSCO & HAMILTON DE HOLANDA
19h30, no Palco Seligaê (pátio do Mosteiro de São Bento)

MÁRIO LAGINHA & PEDRO BURMESTER (Portugal)
20h30, na Igreja da Sé

SONS OF KEMET (Inglaterra)
22h, no Palco do Carmo

PAT THOMAS & KIWASHIBU AREA BAND (Gana)
23h30, no Palco do Carmo

19 de novembro (sábado)

ARISMAR DO ESPÍRITO SANTO
16h30, no Palco Seligaê (pátio do Mosteiro de São Bento)

ISAAR
18h, no Palco Seligaê (pátio do Mosteiro de São Bento)

PABLO LAPIDUSAS INTERNATIONAL TRIO (Argentina/ Cuba/ Portugal)
19h, na Igreja do Carmo

LÉO GANDELMAN & PAULA LIMA
19h30, no Palco Seligaê (pátio do Mosteiro de São Bento)

VIOLONS BARBARES (Mongólia/ Bulgária/ França)
20h30, na Igreja da Sé

BIXIGA 70
22h, no Palco Praça do Carmo

TOTÓ LA MOMPOSINA (Colômbia)
23h30, no Palco do Carmo

20 de novembro (domingo)

AMARO FREITAS TRIO – ARTISTA PRÊMIO MIMO INSTRUMENTAL
11h, no Convento de São Francisco

MÁRIO LÚCIO (CABO VERDE)
18h, na Igreja do Rosário

>> CINEMA

Sexta, às 18h, na Tenda da Ribeira

O trovador, o cabra e os mundos (Marcia Paraíso e Carla Joner)
Documentário | 26min | 2015 | Rio de Janeiro | Livre
Perdido em Júpiter (Deo)
Documentário I 74 minutos I 2016 I Salvador I Livre

Sexta, 18h30, na Igreja da Sé

Sete corações (Dea Ferraz)
Documentário| 97min| 2014|Pernambuco/PE

Sexta, 20h, na Tenda da Ribeira

Gramatyka (Paloma Rocha)
Ficção | 15min | 2015 | Brasília | Livre

Não tem só mandacaru (Tauana Uchôa)
Documentário | 20min |2016 | Livre | Igarassu (PE) | Livre

Pedro Osmar, prá liberdade que se conquista (Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques)
Documentário | 76 minutos | 2016 | São Paulo | Livre

Sábado, às 18h, na Tenda da Ribeira

A batalha de São Bráz (Fernando Segtowick)
Documentário | 26 min | 2016 | Belém | Livre

Waiting for B. (Paulo Cesar Toledo e Abigail Spindel)
Documentário I 71 minutos I 2016 I São Paulo I Livre
18h30, na Igreja da Sé

Morena dos olhos pretos (Isaac Dourado)
Documentário I 86 minutos I 2016 I Aracajú I Livre
20h, na Tenda da Ribeira

Filme em fúria (Nana Maiolini)
Documentário | 25min |2016 | São Paulo | Livre

Chico Science, caranguejo elétrico (José Eduardo Miglioli)
Documentário | 86 minutos | 2016 | Recife | Livre

Domingo, às 18h, na Tenda da Ribeira

IK80 - O maestro e sua orquestra (Bruno Vouzella)
Documentário | Duração 23 min | 2015 | Rio de Janeiro | Livre

As incríveis artimanhas da nuvem cigana (Claudio Lobato e Paola Vieira)
Documentário | 82 minutos | 2016 | Rio de Janeiro | Livre

Domingo, às 20h, na Tenda da Ribeira

Faz que vai (Bárbara Wagner)
Documentário | 12min | 2015 | Recife | Livre

Caminhos do coco (Joice Temple)
Documentário | 91 minutos | 2016 | São Paulo | Livre

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

UM BOM FILHO À CASA TORNA

Retornando a sua cidade de origem, o mais representativo festival musical existente no Brasil na atualidade mostra-se imprescindível à primeira capital brasileira da cultura

Por Bruno Negromonte



Há uma parábola bastante difundida que relata a história de dois irmãos, onde ao mais novo é dada a sua herança. Depois de perder sua fortuna (a palavra "pródigo" significa "desperdiçador, extravagante"), o filho volta para casa e se arrepende. A lembrança desta parábola se dá apenas para justificar a falta que o maior festival de música existente no país fez falta à sua cidade sede e o quanto os moradores de Olinda e as localidades próximas ficaram felizes com o retorno de tal evento apesar de ter a quantidade de dias reduzido em relação as edições anteriores. No entanto o público parece não importar-se com a programação reduzida e compareceu em grande quantidade na primeira noite do evento que trouxe para as ruas históricas da cidades nomes como Zeca Baleiro, João Bosco e Hamilton de Holanda (no palco Seligaê, em frente ao Mosteiro de São Bento), João Fênix (na Igreja do Carmo), Mário Laginha e Pedro Burmester (na Igreja da Sé) e no palco montado na Praça do Carmo duas atrações internacionais: Pat Thomas e Kiwashibu Area Band (Gana) e Sons Of Kemet (Inglaterra). Além destas apresentações o mercado da Ribeira serviu como cenário para a exibição de diversos documentários relacionados à música e as ladeiras da cidade como não apenas para o evento, mas para a gastronomia, a beleza e as peculiaridades existentes em cada canto de uma cidade que transpira cultura como Olinda. Ávido por boa música, a cidade recebeu uma grande quantidade de pessoas nesta primeira noite de evento mesmo tal acontecimento tendo início às 18 horas com um dos espetáculos mais esperados de todo o MIMO. Pontualmente às 18 horas o músico maranhense Zeca Baleiro sobe ao palco alternativo Seligaê para apresentar um espetáculo intimista e recheado de sucessos a partir de novos arranjos. Ao seu lado apenas dois músicos: Lui Coimbra (violoncelo e vocais) e Adriano Magoo (piano, acordeão e vocais).

Uma hora depois era a hora do pernambucano João Fênix dar início ao seu espetáculo na Igreja do Carmo apresentando canções do seu mais recente trabalho intitulado "De volta ao começo". Este quinto álbum o fez passear por um repertório de clássicos da música brasileira a partir de nomes como Gonzaguinha, Chico Buarque, Elomar entre outros compositores ao lado do exímio violonista Jaime Alem, o percussionista Felipe Tauil e o baixista Alberto Continentino. Ainda no palco montado em frente ao Mosteiro de São Bento, o público que não arredou o pé ao término da apresentação de Baleiro aguardou cerca de 30 minutos para o último (ao menos naquele palco) show da noite, que trazia um inédito espetáculo arquitetado exclusivamente para o festival. Era a junção de Hamilton de Holanda e João Bosco. De um lado um artista de dispensa apresentações e que traz em sua bagagem mais de quatro décadas de carreira e um nome eternizado na história da música popular brasileira a partir de sucessos como "Papel Maché", "Incontabilidade de gênios", "O bêbado e a equilibrista" entre tantas outras. Do outro um jovem e promissor talento que vem sedimentando seu nome como um dos maiores da história da música instrumental brasileira e  internacional. Prova disto foi a conquista do Grammy Latino como melhor álbum de música instrumental. Com um público visivelmente menor, a Igreja da Sé contou com a apresentação dos músicos portugueses Mário Laginha e Pedro Burmester, que uniram seus talentos para um concerto em dois pianos e um repertório de primeira linha. A noite ainda contou com a apresentações na Praça do Carmo, espaço que reuniu a maior quantidade de público da noite e transformou-se em um espaço de celebração como a muito não se via.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

MIMO FESTIVAL FECHA A TEMPORADA 2016 EM OLINDA, A PARTIR DESTA SEXTA (18)

​Após pass​ar por Amarante (Portugal), Tiradentes, Ouro Preto​, Paraty ​ e Rio de Janeiro, o festival encerra sua programação 2016 e​m sua cidade-mãe, Olinda, com ​shows de Sons of Kemet, João Bosco, Pat Thomas & Kwashibu Area Band, Totó la Momposina, Bixiga 70 e Zeca Baleiro, entre outros


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Consagrado como o maior festival gratuito de música do Brasil, o MIMO​ em sua 13ª edição, após o último fim de semana no Rio de Janeiro (11 e 13), retorna à Olinda, cidade-mãe do ​festival, entre os dias 18 e 20 de novembro, reunindo atrações ​nacionais e ​internacionais, que dividem-se em concertos, filmes, Fórum de Ideias, literatura e workshops, tendo sempre a música como protagonista​. Toda a programação acontece em​ praças públicas, mercados e igrejas da Marins do Caetés. Entre as atrações internacionais​ que ocuparão o palco da Praça do Carmo, estão​ a lenda viva da música africana, Pat Thomas & Kwashibu Area Band;​ a colombiana rainha da cúmbia, Totó La Momposina; ​ e ​o som instigante dos ingleses do ​​Sons of Kemet​. ​​Na Igreja da Sé, Mário Laginha & Pedro Burmester​ repetem o concerto fascinante que fizeram na primeira edição internacional do MIMO em Amarante (Portugal), em julho deste ano. O MIMO, leva ainda para Olinda o cabo-verdiano Mário Lúcio​; ​Pablo Lapidusas International Trio, que envolve músicos da Argentina, Cuba e Portugal​; e​ o trio Violons Barbares, que une instrumentistas da Mongólia, Bulgária e França​.​ A novidade é a presença de mais um palco, o Seligaê, patrocinado pelo Bradesco, montado no Pátio do Mosteiro de São Bento, e que promoverá encontros especiais de ícones música brasileira, como João Bosco e Hamilton de Holanda. Para a volta do MIMO à Olinda, a curadoria elencou ainda Zeca Baleiro no concerto "Violoncelo e Piano", Bixiga 70, Arismar do Espírito Santo, Leo Gandelman e Paula Lima, Isaar, Fênix e Amaro Freitas Trio. (programação completa com locais e horários, abaixo)

Realizado anualmente desde 2004, o festival sempre esteve intrinsecamente associado ao patrimônio, à cultura e à educação. Além dos concertos, um dos pontos altos do MIMO é a Etapa Educativa, que este ano promoverá interações entre o público pernambucano e artistas de diferentes continentes. Integrantes da banda Totó La Momposina ministrarão o workshop “A cúmbia e o ritmo dos tambores”, o saxofonista da Sons of Kemet, Shabaka Hutchings, discorre no Conservatório Pernambucano de Música o tema “Descolonizando a mente – Perspectiva de um músico de jazz contemporâneo”; A “Multiculturalidade e inovação” da Violons Barbares também é posto em pauta no CEMO – Centro de Educação Musical de Olinda.

Visando o aperfeiçoamento técnico para jovens profissionais e estudantes de música, o tema da Máster Classe deste ano “Quatro mãos, dois olhares”, será ministrado pelos portugueses Mário Laginha e Pedro Burmester, na Escola de Música Pró Arte.


CINEMA – O Festival MIMO de Cinema, sob a coordenação e curadoria da cineasta Rejane Zilles, divulga os selecionadas para Olinda, entre curtas e longas, que vão do rock ao forró, nos gêneros ficção científica e documentário. Foram oito longas e sete curtas selecionados, que serão exibidos em estruturas montadas na área externa da Igreja da Sé e em uma tenda no Mercado da Ribeira.

Entre os longas, o aclamado “Waiting for B.”, dirigido por Paulo Cesar Toledo e Abigail Spindel, narra a história dos fãs da cantora Beyoncé, que acamparam durante dois meses em frente ao estádio do Morumbi para comprar ingressos do show da diva em São Paulo. “Chico Science, Caranguejo Elétrico”, do diretor José Eduardo Miglioli também está entre os mais aguardados.


CHUVA DE POESIA - Criada pelo poeta, tipógrafo e artista plástico Guilherme Mansur, a Chuva de Poesia acontece há mais de 20 anos em Minas Gerais. A mágica desta iniciativa é fazer chover poesia no céu das cidades. Do alto da Igreja da Sé, centenas de folhas soltas coloridas, com tipografias especiais, serão lançadas ao vento para o público que, invariavelmente, lota os locais para receber as pancadas esparsas dos poemas. A cidade de Olinda será presenteada com obras dos poetas portugueses Teixeira de Pascoaes, Mário de Sá-Carneiro, Mário Cesariny e António Maria Lisboa.



FÓRUM DE IDEIAS – Atividade da programação do MIMO Festival, o Fórum de Ideias e tem como finalidade promover o debate, a reflexão e a troca de conhecimentos, através da pluralidade de expressões culturais. O tema para 2016 é “Lugares de memória”, com curadoria do premiado escritor e músico cabo-verdiano Mário Lúcio Sousa. O encontro acontecerá no Convento de São Francisco e receberá também para dialogar sob o tema, Totó La Momposina e o músico João Bosco.

Idealizado em 2004 pela produtora Lu Araújo, que assina a curadoria artística e direção geral, em 2013 o MIMO passou a ter como sócio o empresário Luiz Calainho. A partir de 2015, mais uma empresa se associou ao festival, a Musickeria, de Calainho, Flávio Pinheiro e Afonso Carvalho. A edição 2016 do MIMO Festival conta com o patrocínio do Ministério da Cultura, Bradesco, Cielo e BNDES e apoio da Estácio, JSL, Prefeitura de Olinda e Prefeitura do Rio de Janeiro.

O retorno para Olinda – Por Lu Araújo, idealizadora e diretora artística do MIMO Festival

Levar o MIMO de volta à Olinda é a melhor sensação do mundo! São muitos anos de convivência e de um relacionamento afetivo com a cidade, seus moradores, personagens e a beleza do lugar, que eu já frequentava há algum tempo. Olinda faz parte da minha história, do meu crescimento pessoal e profissional. Sempre soube que voltaria com o MIMO Festival para Olinda. Em 2015, o MIMO atravessou, talvez, o seu pior momento desde o início, devido à grave crise que assolou o Brasil. A partir de 2013, o festival ganhou outra dimensão e, consequentemente, os custos para a realização também aumentaram. Fizemos de tudo para viabilizar em 2015 no mesmo padrão de excelência com que sempre trabalhamos. Infelizmente não deu. Desde então, redobramos os esforços para conseguir investimentos que nos garantissem a realização de uma nova edição. Isto se tornou possível, devido à sensibilidade de patrocinadores como o Bradesco e BNDES, que continuaram com o MIMO e o ingresso de outras marcas com a Cielo. São empresas que incentivam e estimulam projetos como o MIMO, intrinsecamente ligados à cultura e facilitadores de seu acesso a todos os públicos”.



PROGRAMAÇÃO COMPLETA

CONCERTOS


18 NOV (SEXTA-FEIRA)

ZECA BALEIRO VIOLONCELO E PIANO
18H | Palco Seligaê (Mosteiro de São Bento)

FÊNIX
19H | Igreja do Carmo

JOÃO BOSCO & HAMILTON DE HOLANDA
19H30 | Palco Seligaê (pátio do Mosteiro de São Bento)

MÁRIO LAGINHA & PEDRO BURMESTER (Portugal)
20H30 I Igreja da Sé

SONS OF KEMET (Inglaterra)
22h | Palco do Carmo

PAT THOMAS & KIWASHIBU AREA BAND (Gana)
23H30 | Palco do Carmo


19 NOV (SÁBADO)


ARISMAR DO ESPÍRITO SANTO
16H30 | Palco Seligaê (pátio do Mosteiro de São Bento)

ISAAR
18H | Palco Seligaê (pátio do Mosteiro de São Bento)

PABLO LAPIDUSAS INTERNATIONAL TRIO (Argentina/ Cuba/ Portugal)
19H |Igreja do Carmo

LÉO GANDELMAN & PAULA LIMA
19H30 | Palco Seligaê (pátio do Mosteiro de São Bento)

VIOLONS BARBARES (Mongólia/ Bulgária/ França)
20H30 | Igreja da Sé

BIXIGA 70
22H | Palco Praça do Carmo

TOTÓ LA MOMPOSINA (Colômbia)
23H30 | Palco do Carmo


20 NOV (DOMINGO)

AMARO FREITAS TRIO – ARTISTA PRÊMIO MIMO INSTRUMENTAL
11H | Convento de São Francisco

MÁRIO LÚCIO (CABO VERDE)
18H | Igreja do Rosário

--

ETAPA EDUCATIVA
(inscrições: 18 de outubro a 6 de novembro pelo mimofestival.com)
18 NOV (SEX)
Workshop:
A CÚMBIA E O RITMO DOS TAMBORES
Ministrante: INTEGRANTES DA BANDA TOTÓ LA MOMPOSINA
14H ÀS 16H | Olinda

Workshop: INTRODUÇÃO AO KONNAKOL

Ministrante: Pablo Lapidusas (Argentina/Portugal)
10H ÀS 12H | Conservatório Pernambucano de Música

Workshop: A LINGUAGEM BRASILEIRA DO SAXOFONE
Ministrante: LEO GANDELMAN
14H ÀS 16H | CEMO - Centro de Educação Musical de Olinda

Workshop: WORKSHOP DE CRIAÇÃO MUSICAL
Ministrantes: Arismar do Espírito Santo
14H ÀS 16H | Conservatório Pernambucano de Música


Workshop: A INDEPENDÊNCIA DO CRIADOR AUDIOVISUAL HOJE – CAMINHOS POSSÍVEIS
Ministrante: DEO
14H ÀS 16H | AESO - Faculdades Integradas Barros Melo *essa atividade é exclusiva para alunos da AESO



19 NOV (SÁB)
Workshop: DESCOLONIZANDO A MENTE – PERSPECTIVA DE UM MÚSICO DE JAZZ CONTEMPORÂNEO
Ministrante: Shabaka Hutchings – Sons of Kemet (Inglaterra)
10H ÀS 12H | Conservatório Pernambucano de Música

Workshop: VIOLONS BARBARES – MULTICULTURALIDADE E INOVAÇÃO
Ministrantes: DANDARVAANCHIG ENKHJARJAL (Mongólia), FABIAN GUYOT (França) e DIMITAR GOUGOV (Bulgária)
10H ÀS 12H | CEMO

MÁSTER CLASSE – 19 NOV
“QUATRO MÃOS, DOIS OLHARES”

Ministrante: MÁRIO LAGINHA E PEDRO BURMESTER (Portugal)
14H ÀS 16H | Conservatório Pernambucano de Música


FESTIVAL MIMO DE CINEMA
18 NOV (SEX)
18H
Local: Tenda da Ribeira



O TROVADOR O CABRA OS MUNDOS
Diretora: Marcia Paraíso e Carla Joner
Documentário | 26min | 2015 | Rio de Janeiro | Livre


PERDIDO EM JÚPITER
Diretor: Deo
Documentário I 74 minutos I 2016 I Salvador I Livre

18H30
Local: Igreja da Sé



SETE CORAÇÕES
Diretora: Dea Ferraz
Documentário| 97min| 2014|Pernambuco/PE

20H
Local: Tenda da Ribeira



GRAMATYKA
Diretora: Paloma Rocha
Ficção | 15min | 2015 | Brasília | Livre

NÃO TEM SÓ MANDACARU

Diretora: Tauana Uchôa
Documentário | 20min |2016 | Livre | Igarassu (PE) | Livre

PEDRO OSMAR, PRÁ LIBERDADE QUE SE CONQUISTA
Diretores: Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques
Documentário I 76 minutos I 2016 I São Paulo I Livre


19 NOV (SÁB)
18H
Local: Tenda da Ribeira



A BATALHA DE SÃO BRÁZ
Diretor: Fernando Segtowick
Documentário | 26 min | 2016 | Belém | Livre

WAITING FOR B.
Diretores: Paulo Cesar Toledo e Abigail Spindel
Documentário I 71 minutos I 2016 I São Paulo I Livre


19 NOV (SÁB)
18H30
Local: Igreja da Sé


MORENA DOS OLHOS PRETOS
Diretor: Isaac Dourado
Documentário I 86 minutos I 2016 I Aracajú I Livre
20H
Local:
Tenda da Ribeira


FILME EM FÚRIA
Diretora: Nana Maiolini
Documentário | 25min |2016 | São Paulo | Livre


CHICO SCIENCE, CARANGUEJO ELÉTRICO
Diretor: José Eduardo Miglioli
Documentário I 86 minutos I 2016 I Recife I Livre
20 NOV (DOM)
18H
Local:
Tenda da Ribeira

IK80 - O MAESTRO E SUA ORQUESTRA
Diretor: Bruno Vouzella
Documentário | Duração 23 min | 2015 | Rio de Janeiro | Livre

AS INCRÍVEIS ARTIMANHAS DA NUVEM CIGANA
Diretores: Claudio Lobato e Paola Vieira
Documentário I 82 minutos I 2016 I Rio de Janeiro I Livre

20 NOV (DOM)
20H

Local: Tenda da Ribeira

FAZ QUE VAI
Diretora: Bárbara Wagner
Documentário | 12min | 2015 | Recife | Livre

CAMINHOS DO COCO
Diretor: Joice Temple
Documentário I 91 minutos I 2016 I São Paulo I Livre

CHUVA DE POESIA
19 NOV (SÁB) | 18H
Local: Igreja da Sé

FÓRUM DE IDEIAS
“Lugares de Memória” por Mário Lúcio Sousa
18 NOV (SEX) e 19 NOV (SÁB) | 15H30
Local: Convento de São Francisco

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

13ª EDIÇÃO DO MIMO FESTIVAL ANUNCIA PROGRAMAÇÃO COMPLETA PARA OLINDA

​​Concertos, etapa educativa, Chuva de Poesia, Fórum de Ideias e cinema retornam em 2016 para Olinda, cidade-mãe do MIMO. O Festival acontece entre os dias 18 e 20 de novembro com programação inteiramente gratuita



Consagrado como o maior festival gratuito de música do Brasil, o MIMO​ em sua 13ª edição, retorna à Olinda, cidade-mãe do ​festival, entre os dias 18 e 20 de novembro, reunindo atrações ​nacionais e ​internacionais, que dividem-se em concertos, filmes, Fórum de Ideias, literatura e workshops, tendo sempre a música como protagonista​. Toda a programação acontece em​ praças públicas, mercados e igrejas da Marins do Caetés. Entre as atrações internacionais​ que ocuparão o palco da Praça do Carmo, estão​ a lenda viva da música africana, Pat Thomas & Kwashiru Area Band​;​ a colombiana rainha da cúmbia, Totó La Momposina; ​ e ​o som instigante dos ingleses do Sons of Kemet​. ​​Na Igreja da Sé, Mário Laginha & Pedro Burmester​ repetem o concerto fascinante que fizeram na primeira edição internacional do MIMO em Amarante (Portugal), em julho deste ano. O MIMO, leva ainda para Olinda o cabo-verdiano Mário Lúcio​; ​Pablo Lapidusas International Trio, que envolve músicos da Argentina, Cuba e Portugal​; e​ o trio Violons Barbares, que une instrumentistas da Mongólia, Bulgária e França​.​ A novidade é a presença de mais um palco, o Seligaê, patrocinado pelo Bradesco, montado no Pátio do Mosteiro de São Bento, e que promoverá encontros especiais de ícones música brasileira, como João Bosco com Hamilton de Holanda. Para a volta do MIMO à Olinda, a curadoria elencou ainda Zeca Baleiro no concerto Violoncelo e Piano, Bixiga 70, Arismar do Espírito Santo, Leo Gandelman e Paula Lima, Isaar, Fênix e Amaro Freitas Trio. (programação completa com locais e horários, abaixo).
O MIMO 2016 passou por Amarante (Portugal), Tiradentes, Ouro Preto (estes dois últimos com o Circuito MIMO) e Paraty. As próximas paradas serão no Rio de Janeiro e em Olinda. Realizado anualmente desde 2004, o festival sempre esteve intrinsecamente associado ao patrimônio, à cultura e à educação. Além dos concertos, um dos pontos altos do MIMO é aEtapa Educativa (com inscrições abertas de 18 de outubro a 6 de novembro pelo mimofeestival.com), que este ano promoverá interações entre o público pernambucano e artistas de diferentes continentes. Integrantes da banda Totó La Momposina ministrarão o workshop “A cúmbia e o ritmo dos tambores”, o saxofonista da Sons of Kemet, Shabaka Hutchings, discorre no Conservatório Pernambucano de Música o tema “Descolonizando a mente – Perspectiva de um músico de jazz contemporâneo”; A “Multiculturalidade e inovação” da Violons Barbares também é posto em pauta no CEMO – Centro de Educação Musical de Olinda.

Visando o aperfeiçoamento técnico para jovens profissionais e estudantes de música, o tema da Máster Classe deste ano “Quatro mãos, dois olhares”, será ministrado pelos portugueses Mário Laginha e Pedro Burmester, na Escola de Música Pró Arte.

CINEMA – O Festival MIMO de Cinema, sob a coordenação e curadoria da cineasta Rejane Zilles, divulga os selecionadas para Olinda, entre curtas e longas, que vão do rock ao forró, nos gêneros ficção científica e documentário. Foram oito longas e sete curtas selecionados, que serão exibidos em estruturas montadas na área externa da Igreja da Sé e em uma tenda no Mercado da Ribeira.

Entre os longas, o aclamado “Waiting for B.”, dirigido por Paulo Cesar Toledo e Abigail Spindel, narra a história dos fãs da cantora Beyoncé, que acamparam durante dois meses em frente ao estádio do Morumbi para comprar ingressos do show da diva em São Paulo. “Chico Science, Caranguejo Elétrico”, do diretor José Eduardo Miglioli também está entre os mais aguardados.

CHUVA DE POESIA - Criada pelo poeta, tipógrafo e artista plástico Guilherme Mansur, a Chuva de Poesia acontece há mais de 20 anos em Minas Gerais. A mágica desta iniciativa é fazer chover poesia no céu das cidades. Do alto da Igreja da Sé, centenas de folhas soltas coloridas, com tipografias especiais, serão lançadas ao vento para o público que, invariavelmente, lota os locais para receber as pancadas esparsas dos poemas. A cidade de Olinda será presenteada com obras dos poetas portugueses Teixeira de Pascoaes, Mário de Sá-Carneiro, Mário Cesariny e António Maria Lisboa.

FÓRUM DE IDEIAS – Atividade da programação do MIMO Festival, o Fórum de Ideias e tem como finalidade promover o debate, a reflexão e a troca de conhecimentos, através da pluralidade de expressões culturais. O tema para 2016 é “Lugares de memória”, com curadoria do premiado escritor e músico cabo-verdiano Mário Lúcio Sousa. O encontro acontecerá no Convento de São Francisco e receberá também para dialogar sob o tema, Totó La Momposina e o músico João Bosco.

Idealizado em 2004 pela produtora Lu Araújo, que assina a curadoria artística e direção geral, em 2013 o MIMO passou a ter como sócio o empresário Luiz Calainho. A partir de 2015, mais uma empresa se associou ao festival, a Musickeria, de Calainho, Flávio Pinheiro e Afonso Carvalho. A edição 2016 do MIMO Festival conta com o patrocínio do Ministério da Cultura, Bradesco, Cielo e BNDES e apoio da Estácio, JSL, Prefeitura de Olinda e Prefeitura do Rio de Janeiro.


O retorno para Olinda – Por Lu Araújo, idealizadora e diretora artística do MIMO Festival

Levar o MIMO de volta à Olinda é a melhor sensação do mundo! São muitos anos de convivência e de um relacionamento afetivo com a cidade, seus moradores, personagens e a beleza do lugar, que eu já frequentava há algum tempo. Olinda faz parte da minha história, do meu crescimento pessoal e profissional. Sempre soube que voltaria com o MIMO Festival para Olinda. Em 2015, o MIMO atravessou, talvez, o seu pior momento desde o início, devido à grave crise que assolou o Brasil. A partir de 2013, o festival ganhou outra dimensão e, consequentemente, os custos para a realização também aumentaram. Fizemos de tudo para viabilizar em 2015 no mesmo padrão de excelência com que sempre trabalhamos. Infelizmente não deu. Desde então, redobramos os esforços para conseguir investimentos que nos garantissem a realização de uma nova edição. Isto se tornou possível, devido à sensibilidade de patrocinadores como o Bradesco e BNDES, que continuaram com o MIMO e o ingresso de outras marcas com a Cielo. São empresas que incentivam e estimulam projetos como o MIMO, intrinsecamente ligados à cultura e facilitadores de seu acesso a todos os públicos”.


PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

CONCERTOS

18 NOV (SEXTA-FEIRA)

ZECA BALEIRO VIOLONCELO E PIANO
18H | Palco Seligaê (Mosteiro de São Bento)

FÊNIX
19H | Igreja do Carmo

JOÃO BOSCO & HAMILTON DE HOLANDA
19H30 | Palco Seligaê (pátio do Mosteiro de São Bento)

MÁRIO LAGINHA & PEDRO BURMESTER (Portugal)

20H30 I Igreja da Sé

SONS OF KEMET (Inglaterra)
22h | Palco do Carmo

PAT THOMAS & KIWASHIBU AREA BAND (Gana)
23H30 | Palco do Carmo


19 NOV (SÁBADO)

ARISMAR DO ESPÍRITO SANTO
16H30 | Palco Seligaê (pátio do Mosteiro de São Bento)

ISAAR
18H | Palco Seligaê (pátio do Mosteiro de São Bento)

PABLO LAPIDUSAS INTERNATIONAL TRIO (Argentina/ Cuba/ Portugal)
19H |Igreja do Carmo

LÉO GANDELMAN & PAULA LIMA
19H30 | Palco Seligaê (pátio do Mosteiro de São Bento)

VIOLONS BARBARES (Mongólia/ Bulgária/ França)
20H30 | Igreja da Sé

BIXIGA 70
22H | Palco Praça do Carmo

TOTÓ LA MOMPOSINA (Colômbia)
23H30 | Palco do Carmo


20 NOV (DOMINGO)

AMARO FREITAS TRIO – ARTISTA PRÊMIO MIMO INSTRUMENTAL

11H | Convento de São Francisco

MÁRIO LÚCIO (CABO VERDE)
18H | Igreja do Rosário



ETAPA EDUCATIVA
(inscrições: 18 de outubro a 6 de novembro pelo mimofestival.com)

18 NOV (SEX)

Workshop: A CÚMBIA E O RITMO DOS TAMBORES
Ministrante: INTEGRANTES DA BANDA TOTÓ LA MOMPOSINA
14H ÀS 16H | Olinda

Workshop: INTRODUÇÃO AO KONNAKOL
Ministrante: Pablo Lapidusas (Argentina/Portugal)
10H ÀS 12H | Conservatório Pernambucano de Música

Workshop: A LINGUAGEM BRASILEIRA DO SAXOFONE
Ministrante: LEO GANDELMAN
14H ÀS 16H | CEMO - Centro de Educação Musical de Olinda

Workshop: WORKSHOP DE CRIAÇÃO MUSICAL
Ministrantes: Arismar do Espírito Santo
14H ÀS 16H | Conservatório Pernambucano de Música

Workshop: A INDEPENDÊNCIA DO CRIADOR AUDIOVISUAL HOJE – CAMINHOS POSSÍVEIS
Ministrante: DEO
14H ÀS 16H | AESO - Faculdades Integradas Barros Melo *essa atividade é exclusiva para alunos da AESO

19 NOV (SÁB)

Workshop: DESCOLONIZANDO A MENTE – PERSPECTIVA DE UM MÚSICO DE JAZZ CONTEMPORÂNEO
Ministrante: Shabaka Hutchings – Sons of Kemet (Inglaterra)
10H ÀS 12H | Conservatório Pernambucano de Música

Workshop: VIOLONS BARBARES – MULTICULTURALIDADE E INOVAÇÃO
Ministrantes: DANDARVAANCHIG ENKHJARJAL (Mongólia), FABIAN GUYOT (França) e DIMITAR GOUGOV (Bulgária)
10H ÀS 12H | CEMO

MÁSTER CLASSE – 19 NOV
“QUATRO MÃOS, DOIS OLHARES”
Ministrante: MÁRIO LAGINHA E PEDRO BURMESTER (Portugal)
14H ÀS 16H | Conservatório Pernambucano de Música


FESTIVAL MIMO DE CINEMA

18 NOV (SEX)
18H
Local: Tenda da Ribeira

O TROVADOR O CABRA OS MUNDOS
Diretora: Marcia Paraíso e Carla Joner
Documentário | 26min | 2015 | Rio de Janeiro | Livre

PERDIDO EM JÚPITER
Diretor: Deo
Documentário I 74 minutos I 2016 I Salvador I Livre

18H30
Local: Igreja da Sé

SETE CORAÇÕES
Diretora: Dea Ferraz
Documentário| 97min| 2014|Pernambuco/PE

20H
Local: Tenda da Ribeira

GRAMATYKA
Diretora: Paloma Rocha
Ficção | 15min | 2015 | Brasília | Livre

NÃO TEM SÓ MANDACARU
Diretora: Tauana Uchôa
Documentário | 20min |2016 | Livre | Igarassu (PE) | Livre

PEDRO OSMAR, PRÁ LIBERDADE QUE SE CONQUISTA
Diretores: Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques
Documentário I 76 minutos I 2016 I São Paulo I Livre


19 NOV (SÁB)

18H
Local: Tenda da Ribeira

A BATALHA DE SÃO BRÁZ
Diretor: Fernando Segtowick
Documentário | 26 min | 2016 | Belém | Livre

WAITING FOR B.
Diretores: Paulo Cesar Toledo e Abigail Spindel
Documentário I 71 minutos I 2016 I São Paulo I Livre

19 NOV (SÁB)

18H30
Local: Igreja da Sé

MORENA DOS OLHOS PRETOS
Diretor: Isaac Dourado
Documentário I 86 minutos I 2016 I Aracajú I Livre

20H
Local: Tenda da Ribeira

FILME EM FÚRIA
Diretora: Nana Maiolini
Documentário | 25min |2016 | São Paulo | Livre

CHICO SCIENCE, CARANGUEJO ELÉTRICO
Diretor: José Eduardo Miglioli
Documentário I 86 minutos I 2016 I Recife I Livre

20 NOV (DOM)

18H
Local: Tenda da Ribeira

IK80 - O MAESTRO E SUA ORQUESTRA
Diretor: Bruno Vouzella
Documentário | Duração 23 min | 2015 | Rio de Janeiro | Livre

AS INCRÍVEIS ARTIMANHAS DA NUVEM CIGANA
Diretores: Claudio Lobato e Paola Vieira
Documentário I 82 minutos I 2016 I Rio de Janeiro I Livre

20 NOV (DOM)

20H
Local: Tenda da Ribeira

FAZ QUE VAI
Diretora: Bárbara Wagner
Documentário | 12min | 2015 | Recife | Livre

CAMINHOS DO COCO
Diretor: Joice Temple
Documentário I 91 minutos I 2016 I São Paulo I Livre


CHUVA DE POESIA


19 NOV (SÁB) | 18H
Local: Igreja da Sé


FÓRUM DE IDEIAS

“Lugares de Memória” por Mário Lúcio Sousa
18 NOV (SEX) e 19 NOV (SÁB) | 15H30
Local: Convento de São Francisco

sábado, 31 de outubro de 2015

ORGANIZAÇÃO CANCELA FESTIVAL MIMO EM OLINDA POR FALTA DE VERBAS

Edição 2015 do maior evento de música instrumental do país chegou a ser adiado, mas não resistiu à ausência de recursos


Por Isabelle Barros



Um dos festivais de música mais importantes do ano em Pernambuco não vai mais acontecer por insuficiência de verba. A etapa local de 2015 do Mimo Festival, maior evento do Brasil dedicado à vertente instrumental, foi cancelada, após já ter sofrido um adiamento. Seria a 12ª edição da mostra que, pela primeira vez, não ocorrerá em Olinda, a cidade natal. As apresentações seriam de 4 a 7 de setembro e tinham sido adiadas para os dias 20, 21 e 22 de novembro. 

O evento, marcado para outras três cidades neste ano, teve o calendário mantido: Parati (RJ), de 2 a 4 de outubro, o circuito Minas - Ouro Preto e Tiradentes -, de 16 a 18 de outubro, e Rio de Janeiro, de 13 a 15 de novembro. Em Olinda, três atrações já haviam sido confirmadas e anunciadas, duas africanas e uma europeia: Bombino, guitarrista do Níger e um dos maiores nomes da world music, o cantor, compositor e guitarrista do Mali Boubacar Traoré e o contrabaixista francês Stéphane Kerecki. A ideia do festival é unir música instrumental e de várias partes do mundo ao patrimônio arquitetônico de cidades históricas, com exibições de filmes, oficinas e debates como ações transversais.

Em nota, a assessoria de imprensa do Mimo justifica o cancelamento sob o prisma da crise econômica enfrentada pelo Brasil, que teria impedido a captação de recursos suficientes para a realização desta edição. "Mesmo contando novamente neste ano de 2015 com o apoio de nossos patrocinadores, infelizmente a não obtenção de novos recursos junto à iniciativa privada, a irrefreável disparada do dólar e do euro e, por fim, a impossibilidade do Governo de Pernambuco em nos apoiar, devido à crise com que também se depara, inviabilizaram o que nos restava de esperança para mantermos o festival em Olinda. Isso significou um corte da ordem de 50% em nossa captação esse ano, em comparação com o anterior". 

O diretor de negócios do Mimo Festival, Luiz Calainho, reforça a dificuldade em captar patrocinadores neste ano como fator decisivo para o cancelamento, já que o evento é gratuito ao público. "Tivemos muito prejuízo. Já tínhamos ações de mídia anunciadas, cachês pagos, passagens compradas. Fomos ao limite da responsabilidade e de uma data para tomar uma decisão". 

Ainda assim, o empresário afirma que o Mimo retorna em 2016 e já tem até data: 7 a 10 de setembro. E, embora Calainho não tenha revelado valores, a reportagem apurou com o Ministério da Cultura que o MIMO Olinda foi autorizado a captar R$ 3.602.364,00 pela Lei de Incentivo à Cultura, mas só teria conseguido R$ 750 mil.

Calainho afirma que o Bradesco e o BNDES são responsáveis por aproximadamente 50% do valor captado para todas as cidades do festival e que a a etapa pernambucana ficaria com uma porcentagem entre 25% e 30% deste montante caso tivesse continuado com as atividades. 

Ele reforçou ainda que procurou os empresários locais e o governo do estado, mas também não obteve sucesso. "Viajamos ao Recife várias vezes, tivemos muitas reuniões com empresários locais, fomos muito bem recebidos, mas não conseguimos mudar a situação. O governador do Estado, Paulo Câmara (PSB) também foi muito gentil conosco e fez uma proposição, mas não era o suficiente para manter o festival de pé". (Colaborou Larissa Lins)


- Quem já passou pelo Mimo



- O que eles disseram:

Governo do estado
O governo emitiu nota sobre o cancelamento. "O governo de Pernambuco, por meio da Empetur, é um dos apoiadores do Mimo e tem todo interesse em manter sua ajuda ao evento. Mas está consciente de que apenas o seu apoio é insuficiente para um evento do porte do referido festival. Valores ainda não foram avaliados, pois não há definição de cotas dos demais parceiros".

Rede hoteleira

Segundo Luís Gonçalves, conselheiro da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), "o impacto será muito negativo. Além da hospedagem e da movimentação da cultura em Pernambuco, perderemos também os turistas de outros estados e regiões do país. Foi surpresa o cancelamento. Já tínhamos, inclusive, reservas para a temporada da Mimo." A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) informou que não se pronunciará quanto aos impactos sobre bares e restaurantes da região por não estar entre os organizadores.





terça-feira, 13 de outubro de 2015

O ROCK DO DESERTO DE BOMBINO

Guitarrista tuareg apresenta o álbum "Nomad", lançado em 2013 e produzido por Dan Auerbach, vocalista e guitarrista do Black Keys

Por André Soares



Nascido num acampamento de uma tribo nômade, na região de Níger, Nordeste da África, Omara Moctar viveu parte da sua infância como um "cigano do deserto". Filho de um pai mecânico e mãe dona de casa, peregrinou por várias regiões entre a cidade de Agadez e acampamentos tuaregues, sob a tutela da avó (em comum acordo aos princípios matriarcais dos Tuaregues). Descendente de guerreiros, comerciantes e viajantes do Deserto do Saara, que lutaram pelo seu modo de vida durante séculos contra o colonialismo e as imposições das regras islâmicas, desde cedo Bombino recusou-se a frequentar escolas tradicionais. A base de sua educação, incluindo a musical, é proveniente da cultura do deserto e incursões em escolas mistas francesas.



Com as dificuldades de sobrevivência devido a confrontos militares, Bombino partiu com a família para Argélia, onde viveu por um curto período de dois anos, mas o suficiente para ser apresentado à guitarra numa visita aos seus parentes.



De volta a vida em Níger, Bombino (derivado da palavra italiana equivalente à "criança") aperfeiçoou as técnicas na guitarra e deu os primeiros passos como músico profissional, apresentando-se em festas, casamentos, comícios políticos e outras cerimônias. Mudou-se para a Líbia, onde ouviu grandes nomes da guitarra norte-americana e inglesa, como Jimi Hendrix e Mark Knopfler, do Dire Straits.

Entre o trabalho solitário como pastor de animais, as horas foram dedicadas ao estudo do instrumento. O guitarrista voltou para Níger, quando gravou seu primeiro álbum com auxílio de um grupo de cineastas documentaristas espanhóis. Viajou para Califórnia em 2006, como músico de apoio da banda "Tidawt", onde gravou junto a alguns membros da Rolling Stones, o clássico "hey negrita". 


REBELIÃO - O ano de 2007 foi um marco na história de Bombino. Uma forte rebelião se instaurou na cidade em decorrência da opressão sofrida pelos povos tuaregues, levando a morte de dois companheiros de banda do músico. Durante o exílio em Burkina Faso, ele conheceu o cineasta Ron Wyman, que ouviu uma fita cassete com suas músicas numa viagem nas proximidades de Agadez. Após três anos de terror e fim dos conflitos, entre idas e vindas de Bombino aos Estados Unidos, para gravação do seu álbum no "home studio" do cineasta, foi autorizado pelo Sultão uma grande festa de paz na Grande Mesquista, onde mais de mil pessoas compareceram e dançaram ao som de Bombino.

Seu primeiro álbum reconhecido internacionalmente, Agadez, foi lançado em 2011, que fez da sua música, sua causa. 

Atualmente "Bombino" é considerado a voz do deserto e carrega não apenas a força da sua guitarra e influências da música tuareg, mas também o compromisso de perpetuar a luta pelo reconhecimento e eternização de um povo que já dura quatro mil anos. Em seu último lançamento, o álbum "Nomad" (2013), produzido pelo vocalista e guitarrista do Black Keys, Dan Auerbach. alcançou o primeiro lugar na Billboard World Music e no iTunes, recebendo elogios de grandes veículos de comunicação, como a BBC World Service e Rolling Stones. Os críticos de música, devido a sua performance ao vivo numa combinação de som e alma com pitadas de virtuosismo, o comparam a ídolos como Jimi Hendrix, Santana, Neil Young e Jerry García.


MIMO - Este ano, o MIMO será realizado pela primeira vez no Rio de Janeiro (13 a 15 de novembro) em espaços culturais que são patrimônio da cidade como o Parque Lage, o Museu da República, a Sala Cecília Meireles, a Igreja da Candelária e o Outeiro da Glória. O festival também será realizado em Paraty (2 a 4 de outubro) e em Olinda (20 a 22 de novembro), cidade sede e "mãe" do festival.

O MIMO, em 2004, teve sua primeira edição em Olinda e já atraiu 880 mil espectadores em 300 concertos de grandes nomes do cenário cultural nacional e internacional, como Buena Vista Social Club, Madredeus, Ibrahim Maalouf, Toninho Horta, Chucho Valdés, Richard Bona, Egberto Gismonti e Richard Galliano.

Chega à 12ª edição como o maior festival de música instrumental do Brasil. Realizado em cidades que preservam bens e valores culturais do país, oferecerá concertos em espaços do patrimônio histórico como igrejas, teatros, museus e praças nas cidades de Paraty, Rio de Janeiro e Olinda. Este ano, o festival também irá contar com atividades em Ouro Preto e Tiradentes, no mês de outubro. 

Além das atividades realizadas, o MIMO deixa um legado por onde passa através da substancial Etapa Educativa. Com o objetivo de fortalecer a música instrumental produzida no país, esta fase do festival é composta por aulas, workshops, oficinas e máster classes ministradas pelos artistas convidados para o evento. As atividades também são gratuitas e até 2014 mais de 18 mil alunos já haviam sido beneficiados.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

O BLUES DO MALI VEM PARA OLINDA

Boubacar Tratoré mescla o blues com ritmos de origem africana para recriar o estilo num formato único

Por André Soares




O blues do Mali tocado pelas mãos de Boubacar Traoré é o segundo nome confirmado para a etapa pernambucana do MIMO, que acontecerá no sítio histórico de Olinda, entre os dias 20 e 22 de novembro.

Em seu último álbum, o Mbalimaou (2015), gravado em Bamako (capital do Mali), Boubacar, aos 72 anos, expôs ao mundo a sonoridade das progressões harmônicas de seu violão. De características e influências folk, com timbres únicos e inigualáveis, o violonista soma ao blues toda carga melancólica e nostálgica das influências da cultura árabe e das tradições africanas de um dos países do continente sem saída para o mar.

Seu disco, produzido pelo pelo premiado Christian Mousset (Womex 2009) e pelo mestre da kora (alaúde africano), Ballaké Sissoko, para a apresentação em Olinda, contará com a participação de um trio, composto por, além de Boubacar, percussão e gaita.


HISTÓRIA - Com uma sonoridade amadurecida desde a década de 1960, quando adentrou no mundo da música, pouco antes da independência do país (na época ainda colônia francesa), as músicas de Boubacar eram bastante populares nas rádios do Mali, entre elas sucessos como "Kayeba", "Mali twist" e "Kar Kar Madison", embalavam as festas.
Sem uma carreira estruturada e com seis filhos para criar, Traoré se viu obrigado a interromper a vida artística, abandonando a música para trabalhar como alfaiate, vendedor, entre outras ocupações. Caiu no esquecimento e muitos o julgaram morto.

Até que, em 1987, fez uma surpreendente aparição na TV, que lhe rendeu convites para alguns shows. Pareceu que tudo seria como antes e ele retomaria seu posto como astro da cena musical do Mali. Porém, em seguida, perdeu a mulher, Pierrete. Desolado, decidiu deixar tudo para trás e tentar a sorte na França. Juntou-se a outros imigrantes num gueto e foi trabalhar na construção civil, mandando dinheiro regularmente para a família. Nas horas de folga, pegava o violão para se distrair um pouco. 

Uma antiga fita sua caiu nas mãos de uma produtora britânica, que o contratou para gravar o primeiro CD, “Mariama” (1990). O sucesso internacional não tardou a chegar e as turnês a se sucederem. Referência na Europa, seus concertos estão sempre lotados e reúnem um público cada vez mais jovem. Arrebanha numerosos fãs nos EUA (inclusive Martin Scorsese, que manifestou a intenção de fazer a sua cinebiografia) e continua reverenciado em sua terra natal.


MIMO - Este ano, o MIMO será realizado pela primeira vez no Rio de Janeiro (13 a 15 de novembro) em espaços culturais que são patrimônio da cidade como o Parque Lage, o Museu da República, a Sala Cecília Meireles, a Igreja da Candelária e o Outeiro da Glória. O festival também será realizado em Paraty (2 a 4 de outubro) e em Olinda (20 a 22 de novembro), cidade sede e "mãe" do festival.

O MIMO, em 2004, teve sua primeira edição em Olinda e já atraiu 880 mil espectadores em 300 concertos de grandes nomes do cenário cultural nacional e internacional, como Buena Vista Social Club, Madredeus, Ibrahim Maalouf, Toninho Horta, Chucho Valdés, Richard Bona, Egberto Gismonti e Richard Galliano.

Chega à 12ª edição como o maior festival de música instrumental do Brasil. Realizado em cidades que preservam bens e valores culturais do país, oferecerá concertos em espaços do patrimônio histórico como igrejas, teatros, museus e praças nas cidades de Paraty, Rio de Janeiro e Olinda. Este ano, o festival também irá contar com atividades em Ouro Preto e Tiradentes, no mês de outubro. 

Além das atividades realizadas, o MIMO deixa um legado por onde passa através da substancial Etapa Educativa. Com o objetivo de fortalecer a música instrumental produzida no país, esta fase do festival é composta por aulas, workshops, oficinas e máster classes ministradas pelos artistas convidados para o evento. As atividades também são gratuitas e até 2014 mais de 18 mil alunos já haviam sido beneficiados.

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