Por Joaquim Macedo Junior
MULHERES CANTORAS E COMPOSITORAS DE PERNAMBUCO – DALVA TORRES
Dalva Torres
Pernambucana de Moreno, na Região Metropolitana do Recife, Dalva Torres é cantora, compositora e arranjadora.
Formada em Direito, pela Universidade Católica de Pernambuco, iniciou seus estudos de música, aprendendo a tocar piano com os pais, aos quatro anos.
Estudou harmonia jazzística, com o maestro Nenéu Liberalquino. Tem na bagagem também curso de harmonia avançada e arranjo musical com o professor Thales Silveira, pelo método da escora de Berklee.
Como intérprete, participou de vários festivais de música, obtendo sempre as primeiras colocações.
Com a Orquestra de Cordas Dedilhadas, participou da comemoração do 6º Centenário de Aldemar Paiva, participou de vários shows realizados nas cidades da região do Minho, Portugal, em 1990.
Em 1994, apresentou-se em 11 cidade de Portugal, pelo projeto “Cumplicidades”.
Foi premiada no “Recifrevo” com o caboclinho ”Senhora das Águas”, em parceria com João Araújo.
“O Amor e a Rosa”, de Antônio Maria
Profunda Admiradora de Antônio Maria, dedicou-se a realizar alguns trabalhos sobre a obra do grande artista pernambucano.
Em 1989, participou de um trabalho fonográfico sobre Antônio Maria, ao lado de Nora Ney, Luiz Bandeira e Claudionor Germano.
Com Renato Phaelante, Vanda Phaelante e Henrique Annes, gravou para TV Universitária, de Pernambuco, um documentário sobre Maria.
Em 2007, gravou CD somente com as composições de Antonio Maria. É fundadora do bloco lírico “Um Bloco em Poesia”, no qual foi diretora musical, arranjadora e regente da orquestra e coral da agremiação.
“Manhã de Carnaval”, Antônio Maria e Luiz Bonfá
O poeta traduziu como poucos o amor e suas dores. Poeta de coração partido e dos sentimentos exacerbados, ganhou esta homenagem de Dalva Ferreira Torres, como já foi dito, grande admiradora de sua obra, no show “Ao Amor, Onde o Amor é Demais”, no Teatro Arraial Ariano Suassuna.
Na apresentação, que teve direção geral de Gonzaga Leal, Dalva fez um apanhado do legado de Maria, dando relevo tanto às músicas do cancioneiro, quanto ás joias pouco conhecidas do repertório.
Antônio Maria praticamente se autobiografava, tratava a noite com uma intimidade que só os amantes se permitem, noite essa que ele proclamava ser tão grande que nela caberíamos todos nós, sobretudo, aqueles que faziam da solidão um nobre companheira.
Sim, caberiam todas as canções que ele espalhou ao sete ventos por meio das vozes memoráveis de Aracy de Almeida, Elizeth Cardozo e Nora Ney. E agora Dalva Torres. Este Espetáculo é uma louvação/tributo a um Brasileiro profissão Esperança, a Um menino Grande que enganosamente escreveu que ninguém o amava, que ninguém o queria. Antônio Maria amava a noite e ela, com largueza, correspondeu a esse amor.
Mas Dalva teve outros parceiros e trabalhos como o que que fez com Jards Macalé, em preciosas interpretações de Ismael Silva, no disco “Peçam Bis”.
“Antonico”, de Ismael Silva, com Jards Macalé e Dalva Torres
O engraçado nisto tudo é que eu, bem pertinho dela, só consegui reconhecer essa grande cantora e intérprete quando Dalva Torres estava para defender música de meu irmão, compositor e violonista, Zeca Macêdo e o grande poeta amigo Eduardo Diógenes, a canção “De um Adeus”, em festival.
Finalista no “3º MusiSesc-TV Tribuna”, em 1997, com a música “De um Adeus”, não pode concorrer por problemas técnicos na hora da apresentação.
Finalista no “3º MusiSesc-TV Tribuna”, em 1997, com a música “De um Adeus”, não pode concorrer por problemas técnicos na hora da apresentação. Na fita demo, na voz de Dalva Torres, a música ficou assim: De um adeus
Sem mais, semana que vem tem mais.
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