Filha de alto funcionário da Prefeitura do então Distrito Federal, estudou no Colégio Bennet, no bairro do Flamengo. Desde criança gostou de cantar e aprendeu a tocar violão. Foi casada com com o teatrólogo Paulo Magalhães.
Começou a carreira cantando amadoristicamente na Rádio Roquete Pinto onde foi ouvida por César Ladeira e por ele levada para a Mayrink Veiga, na qual efetivamente começou a carreira artística cantando músicas em inglês, idioma que dominava com facilidade. Conheceu nos anos trinta importantes artistas da música popular como Noel Rosa. Em 1936, atuou no histórico filme musical brasileiro "Alô, alô, carnaval!" do qual participaram também, entre outros, Carmen Miranda, Aurora Miranda, Dircinha Batista, Bando da Lua, Os Quatro Diabos, Almirante e Mário Reis. Desse filme, faz parte sua música "Tempo bom", parceria com João de Barro e interpretada pelo grupo Os Bêbados.
Estreou em discos em 1937, gravando pela Victor, com acompanhamento do grupo Diabos do Céu dirigido por Pixinguinha, o "Samba da vida", de Valfrido Silva e o samba-fox "Numa roda de samba", de sua autoria. Essas músicas foram interpretadas por ela no mesmo ano no filme "Samba da vida" da Cinédia dirigido por Jaime Costa.
Em 1940, gravou na Odeon as marchas "Sarong", de Osvaldo Santiago e Jorge Murad e "Marinheiro", de Alvarenga e Ranchinho com acompanhamento da Orquestra Odeon. Foi a primeira cantora a interpretar a música "Carinhoso", de Pixinguinha e Braguinha, a qual foi por ela cantada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Cantou nos Cassino Copacabana, da Urca, e no Cassino Atlântico. Ainda no começo da década de 1940, foi para os Estados Unidos em um intercâmbio cultural da Embaixada norte-americana no Brasil. Ficou vários anos na cidade de New Orleans, o que acabou por interferir em sua carreira discográfica.
Retornou ao Brasil em 1951 à convite do produtor Chianca de Garcia, por quem foi levada para a TV Tupi, recém inaugurada. Em 1955, participou do filme "Chico Viola não morreu" uma biografia romanceada do cantor Francisco Alves dirigida pelo argentino Roman Viñoly Barreto. Fez sucesso no teatro atuando em peças como "Rosa Tatuada", "Um Bonde Chamado Desejo" e outras. Atuou também como apresentadora de programas de televisão entrevistando diversas personalidades inclusive presidentes da República.
Seguiu depois para o Recife onde trabalhou por algum tempo. Retornou ao Rio de Janeiro na década de 1960 indo trabalhar na TV Globo, emissora na qual atuou em inúmeras novelas como "Verão Vermelho", "Assim na Terra como no Céu", "Selva de Pedra" , "Eu prometo" e várias outras. Foi também diretora de programas.
No cinema, atuou ainda nos filmes "Mãos Sangrentas", "Leonora dos Sete Mares", "O Homem do Sputinik" e "Independência ou Morte", no qual interpretou Carlota Joaquina. Recebeu diversos prêmios por seus trabalhos no cinema, no teatro e na televisão. Em 1998, prestou depoimento ao Museu da Televisão Brasileira.
Fonte: Dicionário da MPB
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