Por Tárik de Souza
Radicado nos EUA desde 1981, o saxofonista paulistano Ivo Perelman desenvolve uma carreira ultra prolífica na ampla embocadura do free jazz. Já lançou mais de 80 discos, soprando seu sax tenor de alto espectro, ladeado por instrumentos convencionais num novo patamar de extensão técnica.
A recente fornada traz seis títulos de uma vez. Em cinco deles, o alicerce é o pianista Mathew Shipp. Mas, apenas no registro ao vivo “Live in Brussels” o duo central está desacompanhado. Em “Octagon”, o quarteto, desta vez sem piano, promove diálogos de Perelman com o trompetista Nate Wooley, o baixista Brandon Lopez e o baterista Gerald Cleaver. “Heptagon”, inclui na formação o pianista Shipp, o percussionista Bobby Kapp (com quem ele já havia tocado em “Tarvos”) e William Parker, no contrabaixo.
De “Scalene”, participa o baterista alemão Joe Hertenstein, e em “Live in Baltimore”, as baquetas ficam com o local Jeff Cosgrove. Mas é “Philosopher’s Stone” o marco mais acentuado do confronto do tenor de Perelman com o trompete de Nate Wooley, uma sonoridade que baliza vários grupos de jazz. “Isso nunca aconteceu comigo”, garante o solista, cuja filosofia artística baseia-se numa comunicação telepática com os colaboradores.
“Agora estou aberto a todos os músicos do planeta”, exagera.
“É como um renascimento, o começo de uma nova fase”, comemora.
Fonte das imagens: http://www.ivoperelman.com/discography/
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