sexta-feira, 25 de novembro de 2016

MIMO E OLINDA, UM CASO DE AMOR ANTIGO

Com shows de artistas como a "rainha da cumbia" e o ganhador do Grammy Latino, o MIMO retorna a sede-mãe em grande estilo

Por Bruno Negromonte



Depois de um ano de ausência na Cidade Patrimônio da Humanidade por falta de recursos, o festival MIMO volta à sua sua cidade de origem pautada na característica que acabou corroborando para que o evento tornar-se um dos mais representativos existentes no país, tanto que a sua força acabou o fazendo desdobrar-se para etapas em lugares como Paraíba, Paraty, Ouro Preto e Rio de Janeiro. Por conta de todo o contexto econômico adverso ao longo de 2015, o a Mostra Internacional de Música de Olinda (Mimo) teve a sua etapa pernambucana cancelada por falta de recursos financeiros e corte de verbas (mesmo tendo as demais etapas realizadas). No entanto, para a alegria daqueles que vem subindo e descendo as históricas ladeiras e enfrentando extensas filas em busca de senhas para as mais distintas apresentações musicais, o evento retornou à sua cidade natal e o fez com grande estilo. De sexta a domingo, foram apresentados 15 shows, além de uma mostra de cinema com 15 filmes e, antes disso, uma etapa educativa com workshops e masterclass.

A programação do palco principal, na Praça do Carmo, começando sempre impreterivelmente por volta das 22h trouxe nomes como Totó La Momposina, Bixiga 70, Sons of Kemet e Pat Thomas e Kiwashibu Area Band. No entanto as Igrejas e os demais palcos estavam abertos para a música das mais distintas nacionalidades como é o caso do grupo Violons Barbares, um trio de instrumentistas que vinha da Mongólia, Bulgária e França. A volta de um evento dessa envergadura deixa claro a dimensão afetiva existente entre a cidade e este evento que ao longo do ano passado deixou uma lacuna impreenchível no calendário cultural da cidade. Um evento que ganhou espaço no coração dos olindenses a partir de características tão próprias: cinema temático, shows únicos de artistas renomados espalhados ao redor do mundo e atividades paralelas em pró da formação de músicos e plateia. Resta-nos torcer para que evento mantenha-se no calendário da cidade uma vez que a gestão mudará a partir do próximo ano, assumindo pela primeira vez um prefeito de um partido distinto daqueles que mantiveram-se na prefeitura desde o surgimento do evento.





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