Aos 21 anos, a bordo do álbum "MM - Ao Vivo" (de 1989), Marisa Monte chegava para ficar. Misturando Titãs com Carmem Miranda e Roberto Carlos com Candeia, a carioca apresentava uma receita diferente, que arrebatou o público de imediato.
Parece que foi ontem, mas o álbum completa, nesse ano, 30 anos.
E basta ouvir a balada "Bem Que Se Quis" para perceber que o frescor se mantém. A faixa, um dos maiores hits daquele ano, tem versão do midas Nelson Motta, também produtor do disco e padrinho artístico da cantora - para uma música do italiano Pino Danielle que invadiu as rádios e mantém até hoje seu frescor.
Marisa fazia sucesso nos palcos do eixo Rio-São Paulo quando transformou o roteiro do show em seu álbum de estreia. A compositora ainda estava escondida. Mas o cuidado com o repertório já marcava presença.
"Comida", dos Titãs, abria os trabalhos com uma forte pegada de maracatu. Já "O Xote das Meninas", de Luiz Gonzaga, virava um reggae. "Chocolate", de Tim Maia, e "Ando Meio Desligado", dos Mutantes, mantinham a temperatura em alta. E o gosto pelo samba se anunciava em duas recriações: a do clássico "Preciso Me Encontrar", de Candeia, e a do samba-enredo "Lenda das Sereias".
Hoje histórico, "MM - Ao Vivo" foi o cartão de visitas de uma voz que, em pouco tempo, já ocupava a linha de frente da MPB. Três décadas depois, o disco continua sobretudo irresistível. Ouça em seu serviço de música favorito!
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