VIVA A MULHER, VIVA A MÃE
Súbito, a luz.
A claridão invade os olhos e tudo aquilo que não se via agora está à vista. Parece tão simples quanto um interruptor que, a um simples toque, permite que o dedo invente o claro e faça o escuro já não ser.
E é assim, tão simples quanto sublime, a invenção que antecedeu a de Thomas Edison, muito tempo antes de a lâmpada ter sido inventada.
Um homem, uma mulher, o amor. Depois de nove meses, a luz. Naturalmente. O desprisionamento, a liberdade, a vida.
O acolher no colo, o amar e o babar a cria, cumprindo o milagre divino da vida, dádiva de Deus.
Do óvulo à gente, a parição sublime, o dormir seu resguardo com as tetas cheias de leite para nutrir o novo cidadão que acaba de conhecer o claro.
Viva a luz e viva aquela que a produz!
Viva a mulher mãe!
(In BREVIÁRIO LÍRICO DE UM AMOR MAIOR QUE IMENSO, Xico Bizerra, Edições Bagaço, 2013)
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