No ano seguinte compôs, episodicamente, fox-trotes, sambas e marchas carnavalescas, então em voga. Fez uma audição de peças suas no Instituto Nacional de Música, em 1922, a convite de Luciano Gallet. Quatro anos depois, assistiu à conferência de Mário de Andrade sobre sua obra, na Sociedade de Cultura Artística de São Paulo. Estes dois eventos marcam a definitiva aceitação de Nazareth como compositor. Nessa época, se apresentou no salão do Conservatório Dramático e Musical de Campinas, São Paulo. Tocou na inauguração da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, atual Rádio MEC. Em 1930, gravou para a Odeon disco onde aparecia o tango Escovado e a polca Apanhei-te, cavaquinho, com a denominação de choro.
Em 1932 empreendeu uma turnê de concertos pelo Rio Grande do Sul e Uruguai, se apresentando nas cidades de Porto Alegre, Rosário e Sant’Anna do Livramento. Quando se encontrava em Montevidéu, capital do Uruguai, foi acometido de grave crise nervosa. De volta ao Rio de Janeiro teve confirmado o diagnóstico de sífilis e foi internado no Hospício D. Pedro II, na Praia Vermelha. Em 1933 foi transferido para a Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, de onde fugiu no ano seguinte, morrendo por afogamento em represa próxima, em 04 de fevereiro de 1934.
Nazareth teve no piano o veículo para suas ideias musicais. Sua obra é composta por mais de 200 títulos, englobando os principais gêneros da música de salão baseados em danças populares instrumentais. Estão contabilizados 88 tangos, 41 valsas e 28 polcas e ainda marchas, quadrilhas, schottisches e fox-trotes, assim como peças de concerto.
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