Maestro fez história com a Orquestra Tabajara
Quando entregou a batuta ao irmão Jaime Araújo, em 1995, o maestro Severino Araújo, com 88 anos de idade, anunciava o fim de uma era. A era das grandes orquestras, as big bands que orgulhavam as cidades que as possuíam e honravam os intérpretes que se posicionavam à frente delas.
Quando lembra o maestro Severino Araújo, que morreu em agosto de 2012, aos 95 anos de idade, o Musicograma refaz a trajetória da música orquestral brasileira, de que a Orquestra Tabajara, comandada por Severino Araújo, era a principal referência.
A história começa em 1934, quando o empresário e cônsul holandês Oliver Von Sohsten cria a Orquestra Jazz Tabajara, na cidade de João Pessoa, Paraíba. Contratado como saxofonista, com a morte do maestro Luna Freire, Severino assumiu a direção da orquestra aos 21 anos de idade.
O jovem estava preparado para assumir o cargo, pois o pai era regente da banda local e a mãe organizava saraus em casa. Aos 16 anos Severino já escrevia arranjos para a banda da cidade e tocava clarinete. No final dos anos 1930 a Orquestra Tabajara era a mais popular orquestra de baile do Nordeste.
Em 1945, Severino Araújo veio para o Rio de Janeiro O mundo recuperava a esperança com o fim da Segunda Guerra Mundial e era o auge da popularidade das big bands. O Rio de Janeiro era a capital do país e o centro da produção cultural.
A música da Orquestra Tabajara foi trilha sonora dos romances de várias gerações, no Brasil e no exterior.
Fonte: tvbrasil
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