LUISÃO PEREIRA E FERNANDA MONTEIRO LANÇAM AGORA, SEGUNDO ÁLBUM DO DOIS EM UM

Ele é baiano, ela carioca. Conheceram-se no Rio, casaram-se e hoje vivem em Salvador. Músico, compositor e produtor, Luisão Pereira forma com a cantora e violoncelista Fernanda Monteiro o Dois em Um. Depois de uma estreia despretensiosa em disco, chegam a Agora, seu segundo álbum. Com 11 canções, chamam a atenção por uma sonoridade diversa, sempre delicada, graças à instrumentação original.

Como dupla, o casal começou sua história musical em 2007, quando colocou no MySpace quatro canções caseiras. “Foi quando um selo dos Estados Unidos entrou em contato conosco perguntando se tínhamos um disco cheio. Menti dizendo que tinha e corri atrás para fazer as coisas”, conta Luisão. Surgiu Dois em um, o primeiro álbum, que ganhou edição brasileira e norte-americana. Já este segundo nasceu como tal, com tempo e amadurecimento.

Nove faixas foram compostas por Luisão, algumas sozinho, outras com parceiros. Há a regravação de Compadre, do sambista baiano Ederaldo Gentil Pereira (seu tio), e Às vezes, de Tatau Pereira (irmão de Luisão) e Expedito Almeida. Entre os parceiros, Luisão destaca Ronaldo Bastos, que dividiu com ele a autoria de Você tem o que eu preciso. “Kassin (produtor) estava com a gente ouvindo minhas músicas ainda sem letra. Disse que funcionariam para Ronaldo Bastos. Achei que ele estava maluco, o cara é muito grande. Mas um dia ele foi a um show nosso, no Teatro Castro Alves, e acabou confirmando a vontade de compor junto.”

Luisão é figura experiente na cena baiana. Veio do rock (Cravo Negro e Penélope, essa com expressão no cenário pop rock dos anos 1990) e atuou ao lado de nomes como Mombojó, Tom Zé, Nação Zumbi e Elza Soares. Tanto por isso, não teve dificuldade em amealhar convidados. Tulipa Ruiz cantou em Saturno; Rebeca Matta em Festim e Letieres Leite fez o arranjo de sopros de Matinê. “São pessoas que a gente conhece há muito tempo. A Fernanda inclusive gravou no Tudo tanto, da Tulipa, e os outros dois são amigos de Salvador”, finaliza Luisão. (MP)

Fonte: Estado de Minas