sexta-feira, 12 de julho de 2013

JOÃO TAUBKIN, FILHO DO PIANISTA BENJAMIM TAUBKIN, LANÇA O DISCO 'TRIBO'

Músico teve a companhia de Zeca Loureiro e Bruno Tessele no trabalho

Por Eduardo Tristão Girão



Tem Milton Nascimento, mas tem também Led Zeppelin, além de Salif Keita, Oumou Sangaré e Karim Ziad, sendo esse últimos três talentos do Oeste africano. Essa é, basicamente, a dieta de influências do baixista paulistano João Taubkin, que acaba de lançar seu primeiro disco solo, 'Tribo' (Núcleo Contemporâneo). Filho do pianista Benjamim Taubkin, o artista reúne nove boas composições próprias tocadas em trio e ornadas com seus vocalises.

“Tinha pensado em sopros para as melodias, mas achei que cairia no lugar-comum. Decidi cantar, mas ainda estava um pouco verde. Naturalmente, fui curtindo muito, praticando e, hoje, ligo minha voz a um pedal chamado harmonizer, que abre outras vozes com a minha. É exatamente assim que faço ao vivo. E, como é muito sensível, se eu desafino, fica grotesco. Mas é maravilhoso e dá um baita efeito”, conta João, de 31 anos.

'Tribo' foi gravado entre junho e julho do ano passado, em São Paulo. “Fizemos tudo ao vivo, pois queria a pressão dos shows. Acho bacana essa energia e quis transmiti-la. Vínhamos ensaiando havia um ano e meio”, lembra o baixista. Para o registro, ele contou com Zeca Loureiro (guitarra e violão) e Bruno Tessele (bateria). A produção do trabalho João compartilhou com o pai, que tocou piano Rhodes na música 'Saci subindo o morro' – outro convidado, Ricardo Herz tocou violino em 'Alô irmãos!'.

As músicas foram todas compostas de três anos para cá pelo artista, que quase sempre se vale do baixo ou do violão para dar vazão a ideias. A propósito, João praticamente só toca baixo acústico no disco, deixando o elétrico só para o groove que caracteriza 'Saci subindo o morro'. “Nosso som tem pegada cada vez mais rock and roll, mas com influências brasileiras e africanas. Poderia chamar de música instrumental brasileira”, resume.


Caminho 

Além de tocar a carreira solo e de acompanhar o pai, João integra o quarteto do violonista Théo de Barros e entre seus trabalhos mais recentes estão a participação no grupo AfroEletro, no musical 'Milton Nascimento – Nada será como antes' e colaborações com os guitarristas Luiz Brasil e Lourenço Rebetez. Também estão no seu currículo ações com Paulo Moura, Léa Freire, Teco Cardoso, Kiko Dinucci, Rodrigo Campos, Itamar Doari (Israel), Mehdi Nassouli (Marrocos) e Carlos Aguirre (Argentina).

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