MULHERES PANDEIRISTAS FALAM SOBRE INFLUÊNCIA FEMININA NA VIDA E OBRA DE JACKSON DO PANDEIRO

Obra do 'Rei do Ritmo' e influências despertam interesse de mulheres por tocar pandeiro.

Mulheres pandeiristas fazem homenagem a Jackson do Pandeiro em Campina Grande

Várias canções famosas na voz de Jackson do Pandeiro mostram a influência das mulheres na vida do artista paraibano, cujo centenário é celebrado este ano. Além da forte presença nas personagens das letras das músicas, a obra do "Rei do Ritmo" faz despertar também o interesse feminino pelo pandeiro.

Em Campina Grande, quatro mulheres sentiram essa influência e aderiram ao instrumento de percussão. Uma delas é Vanusa Vieira, que despertou o interesse pela obra de Jackson do Pandeiro por influência do pai.

“Quem me influenciou mais foi meu pai, porque na época Jackson do Pandeiro visitava muito o bairro de José Pinheiro, em Campina Grande, e meu pai visitava o mesmo lugar que ele, ficava observando o jeito que Jackson tocava, cantava. Quando chegava em casa, ele acabava passando aquilo pra gente”, disse ela.

Outra jovem que teve influência para o gosto por pandeiro foi Sara Fernandes. “Meu pai toca pandeiro e assim me veio esse gosto musical. O pandeiro é mais forte”, disse a instrumentista.

Renally Lucas também é instrumentista, toca pandeiro e destaca a passagem das mulheres na obra de Jackson. “Almira, que foi a primeira esposa de Jackson, autora junto com Gordurinha, compuseram a música Chiclete com Banana. E ela, como incentivadora de Jackson, na parte da escrita ajudou ele. Ela foi quem ensinou ele a escrever o próprio nome”, disse.

Sandrinho Dupan, pandeirista e produtor musical em Campina Grande, destaca um breve histórico dessa representação feminina na vida e obra de Jackson. “Jackson era um grande cronista do seu cotidiano e as mulheres sempre estiveram presentes (na obra dele). Primeiro foi a mãe. Jackson começou a ser introduzido na música por sua mãe Flora Mourão, que era 'coquista' e depois tem várias mulheres citadas na vida de Jackson, como a própria Sebastiana, como também Cremilda, Dona Totonha, Mulher Moderna, Maria da Pá Virada”, destaca.

Fonte: G1 PB