Viver de verso, morrer de poesia
Nesse chão que se recheia de meu verso
enfeitado de sanfona e cantoria
vou tentando fazer minha poesia
muitas vezes sabendo que tergiverso
procurando no eixo do universo
a palavra e a rima independente
pra agradar ao meu povo e a minha gente
num poema mais sucinto e conciso
e assim eu vou vivendo de improviso
na certeza que vou morrer de repente
vou remando com a rima da emoção
dirigindo cada mote da harmonia
velejando nos ares da poesia
flutuando para qualquer direção
sou o sim em meio à safra de não
sou a tarde enfeitada de poente
me escondendo para nascer novamente
pra levar no rosto um novo sorriso
e assim eu vou vivendo de improviso
na certeza que vou morrer de repente
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