terça-feira, 31 de janeiro de 2017

FRANCISCO PETRÔNIO, 10 ANOS DE SAUDADES

Foi motorista de táxi. Foi chamado pelo apresentador de Tv Airton Rodrigues de "A voz de veludo do Brasil".



Resultado de imagem para francisco petronioComeçou a carreira artística já com 37 anos de idade, em 1960, quando era motorista de táxi e ao transportar o amigo e radialista Nerino Silva, disse que gostaria de cantar. O amigo levou-o então para um teste nas Emissoras Associadas no qual foi aprovado e contratado por um período de 2 anos. Em 1961, começou a atuar profissionalmente nas Rádio e TV Tupi de São Paulo. No mesmo ano, gravou seu primeiro disco, pelo selo Chantecler, com o bolero "Agora", de Don Fabian e Paulo Augusto e o tango "Não me falem dela", de Jorge Moreira e Sebastião Ferreira da Silva com acompanhamento da orquestra Chantecler com regência do maestro Élcio Alvarez. Em 1962, transferiu-se para a gravadora Continental na qual permaneceu por mais de vinte anos levado pelo compositor sertanejo e produtor Diego Mulero, o Palmeira. No mesmo ano, gravou os boleros "Segredo", de Daniel Magalhães e Cid Magalhães e "Disfarce", de Umberto Silva, Luiz Mergulhão e Toso Gomes. Este disco levou o número 005 e fez parte da série 78-000, última em 78 rpm lançada pela Continental. Ainda no mesmo ano, gravou a "Balada do homem sem rumo", de Castro Perret e o "Bolero triste", de Paulo Augusto e Nízio. Também em 1962, gravou com Dilermano Reis o LP "Uma voz e um violão em serenata - Francisco Petrônio e Dilermano Rei", o primeiro de sua série de 7 LPs, com destaques para as valsas "Rapaziada do Braz", de Alberto Marino; "Arrependimento", de Gastão Lamounier e Olegário Mariano; "Tardes em Lindóia", de Zequinha de Abreu, "Se ela perguntar", de Dilermando Reis e Jair Amorim e "Ave Maria", de Erotides de Campos e a canção "Chão de estrelas", de Orestes Barbosa.


Em 1963, gravou os boleros "Caminho escuro", de Willy Sampaio Ruiz e Paulo Augusto e "Eu...te amo", de Paulo Augusto e Arquimedes Messina. No mesmo ano, gravou as canções "O amor mais puro", de Palmeira, com declamação de Almeida Passos e "Maria das bonecas", de sua autoria e Enzo de Almeida Passos, com declamação de Júlio Fernandes. Também no mesmo ano, gravou da dupla Palmeira e Mário Zan as canções "Natal da minha terra" e "Nova flor", um clássico da música sertaneja. Nesse mesmo ano, ganhou o troféu "Chico Viola", criado pela Tv Record, pela gravação da música "Romance". Também em 1963, gravou o segundo disco com o violonista Dilermando Reis, com destaque para "Sob o céu de Brasília", de Dilermando Reis e José Fortuna; "Última inspiração", de PeterPan; "Dois destinos", de Dilermando Reis e José Fortuna; "Revendo o passado", de Freire Júnior e "Lágrimas", de Cândido das Neves. Em 1964, gravou o bolero "Cigana", do compositor gaúcho Túlio Piva e a canção "Trono azul", de Gavote e Czibulca, com versão e adaptação de Palmeira e Alfredo Corleto, com acompanhamento de Élcio Álvares e sua orquestra. Ainda no mesmo ano, gravou um dos cinco últimos discos em 78 rpm lançados pela gravadora Continental, com a "Valsa dos namorados", de Silvino Neto e "Eu pago esta noite", de omenico Modugno e versão de Valdir Santos. Por essa época, passou a atuar como free lancer em rádios e tvs. Também em 1964, gravou o LP "O romântico", que trazia entre outras "Nova flor", de Palmeira e Mário Zan; "Cigana", de Túlio Piva e "Io che amo solo te", de Sergio Endrigo.



Em 1965, apresentou show no Cassino Estoril em Portugal. No mesmo ano, gravou o LP "Baile da saudade", cuja música título, de Palmeira e Zairo Marinoza, tornou-se seu maior sucesso. Com direção e produção de Palmeira, o disco tinha ainda como destaques as valsas "Branca", de Zequinha de Abreu e Duque de Abrante; "Bodas de prata", de Roberto Martins e Mário Rossi e "Eu sonhei que tu estavas tão linda", de Lamartine Babo e Francisco Matoso.

Por essa época passou a divulgar pelo Brasil o "Baile da saudade", promovido pelo "Clube da Saudade", especializando-se a partir de então em cantar serestas. Em 1966, foi contratado pela TV Globo onde passou a apresentar o progrma "Baile da saudade". Em 1968, passou a produzir seu próprio programa "Baile da saudade" que passou a apresentar na Rádio Gazeta. Atuou ainda nas Rádios Record e Nove de Julho. Nesse período criou a Orquestra da Saudade, contando com dançarinos para divulgar músicas de serestas pelo Brasil. 

Resultado de imagem para francisco petronioEm 1971, lançou o sexto volume da série "Uma voz e um violão em serenata", gravada com Dilermando Reis na Continental, com destaque para as músicas "Cantiga por Luciana", de Paulinho Tapajós e Edmundo Souto; "Laura", de Alcyr Pires Vermelho; "Ave Maria no morro", de Herivelto Martins; "Boneca", de Benedito Lacerda e Aldo Cabral e "Três lágrimas", de Ary Barroso. Dois anos depois, lançou com Dilermando Reis o sétimo volume da série "Uma voz e um violão em serenata" no qual cantou "Pierrot", de Joubert de Carvalho e Paschoal Carlos Magno; "Maria Betânia", de Capiba; "Maringa', de Joubert de Carvalho; "Modinha", de Sergio Bittencourt e "Último desejo", de Noel Rosa. Em 1976, gravou com o Conjunto Época de Ouro o LP "Tempo de seresta" com destaque para "Aos pés da cruz", de Marino Pinto e José Gonçalvez; "Fita amarela", de Noel Rosa; "Feitio de oração", de Noel Rosa e Vadico; "Felicidade", de "René Bittencourt"; "Meu romance", de J. Cascata e "Favela", de Hekel Tavares e Joracy Camargo. Em 1977, gravou o LP "Francisco Petrônio homenageia Francisco Alves', pela Continental reeditando antigos sucesso do "Rei da voz", como ficou conhecido Francisco Alves: "A voz do violão", de Francisco Alves e Haroldo Campos; "Boa noite, amor", de José Maria de Abreu e Francisco Mattoso; "A mulher que ficou na taça", de Francisco Alves e Orestes Barbosa e "Caminhemos", de Herivelto Martins.

Em 1978, gravou o LP "Tributo a carinhoso", com obras de Pixinguinha como "Carinhoso", com João de Barro e "Rosa"; além de "Lágrimas", de Cândido das Neves e "Lábios que beijei", de J. Cascata e Leonel Azevedo. Gravou dois LPs em italiano. Esteve por dois anos na RCA Victor e retornou em seguida para a Continental. 

Em 1995, gravou pela RGE o CD "Trinta anos de saudade". Em 1997, lançou o CD "Lembranças", também pela RGE. Em 2000, gravou o LP "Nostalgia Dela Terra nostra". Em 2003, continuou a apresentar seu programa "Baile da saudade", desta feita, na Rede Vida. Durante aproximadamente 40 anos dirigiu o "Baile da saudade", show no qual apresentava seus grandes sucessos, entre os quais, "Baile da saudade", "Agora" e "Não me falem dela".

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