sábado, 27 de janeiro de 2018

PETISCOS DA MUSICARIA





Por Joaquim Macedo Junior


SÉRIE TRILHAS E MÚSICAS DE FILMES NACIONAIS – FEBRE DO RATO

Febre do Rato

“Febre do Rato” é dirigido por Claudio Assis, o mesmo de “Baixio das Bestas” e “Amarelo Manga”.

Lançado em 2012, a sinopse do filme diz que o título refere-se a uma expressão popular do Recife (predominantemente), para dizer que “algo é ruim”, “está fora de controle”.


Conta, numa película filmada em preto e branco e com ritmo frenético/alucinante, a história de Zizo, poeta que publica um tabloide.

Com fins lucrativos, o poeta resolve viver em um mundo particular, em que ajuda os menos afortunados e também faz muitas maldades, até que conhece Eneida, menina de boa educação, interpretada por Nanda Costa.

Aliás, um dos pontos fortes do filme é seu elenco, que tem Nanda Costa, Irandhir Santos, Juliano Cazarré, Mateus Nachtergaele, Conceição Camarotti, Ângela Leal, além do cantor Jonny Hooker e o pianista Victor Araújo.


“Tubarão de Bacia”, da trilha sonora de “Febre do Rato”

Venceu o “Festival de Paulínia de Cinema”, de 2011, em diversas categorias: Melhor Filme (Crítica e Público); Melhor Ator – Irandhir Santos; Melhor Atriz – Nanda Costa; Melhor Fotografia – Walter Carvalho; Melhor Montagem – Karen Harley; Melhor Direção de Arte – Renata Pinheiro; e Melhor Trilha Sonora – Jorge Du Peixe.

“Passione”, de Junio Barreto e Jorge Du Peixe


Um cartaz

O filme foi concebido durante as filmagens de “Amarelo Manga”, em 2003. Em 2005, o roteiro foi apoiado pelo “Fundo Hubert Bals”, do Festival de Roterdã, na Holanda.

Cláudio Assis


Claudio Assis nasceu em Caruaru, PE, em 1959. Do início de sua carreira como ator e cineclubista na cidade natal, até a direção do seu primeiro longa – “Amarelo Manga”, o diretor construiu uma trajetória que inclui a direção de curtas, documentários e longas. O trabalho é resultado de profunda reflexão sobre a linguagem do cinema e seus meios de produção.

Seus filmes são projetos de baixo orçamento, embora na tela não transpareçam as dificuldades e limitações enfrentadas para a realização.

Ganhou, entre outros, os prêmios de: Melhor Longa de Ficção por “Big Jato”, no Festin de Lisboa, em 2012; Melhor Filme de Ficção com “Febre do Rato”, em Paulínia, 2011; Fórum do Cinema Novo do Festival de Berlim, com “Amarelo Manga”, em 2003; Melhor Filme e Prêmio dos Críticos no Festival de Brasília, de 2006, por “Amarelo Manga”; além do “Tigre de Ouro de Melhor Filme”, por “Baixio das Bestas”, no Festival Internacional de Amsterdã, com “Baixio das Bestas”; Melhor Primeiro Trabalho, por “Amarelo Manga”, no Festival de Havana.

Semana que vem, tem mais….

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