quarta-feira, 1 de março de 2017

CARNAVAL DO RECIFE 2017 - COMPOSITORES PERNAMBUCANOS - PARTE I


‘Quero Sentir a Embriaguez Do Frevo Que Entra na Cabeça Depois Toma o Corpo e Acaba no Pé”

Como bem diz o nosso Luís Bandeira no seu frevo canção “Voltei Recife’, escrita nos anos 1960, a nossa música maior tem essa propriedade”. Ela revoluciona! Não deixa ninguém ficar parado, graças aos nossos mestres compositores que marcaram e continuam marcando época nos nossos carnavais.

Abrimos esse espaço, aqui, para mostrar um pouco, dos nossos mais ilustres compositores. Reunimos alguns nomes antigos e mais recentes, para que vocês possam saber o quanto eles representam para nossa folia.

Bem, vamos deixar de conversa e vamos lá!

Marcelo Varella

Ademir Araújo

Ademir de Souza Araújo nasceu no recife no ano de 1944. Foi aluno dos professores de música José Otávio dos Prazeres, José Gonçalves de Lima e padre Jaime Muniz.

Aos 19 anos, compôs seu primeiro frevo, chamado “No Ano 2000”. Ademir Araújo colaborou com diversas agremiações de frevo no Recife, como “Bolachão de Beberibe”, “Madeira do Rosarinho”, “Rebeldes Imperial”, “Prato Misterioso”, ‘Clube das Pás” e “Vassourinhas”.

Patrimônio Vivo pernambucano, vencedor de vários festivais de frevo e maracatu, ele escreveu, entre inúmeras composições, “Acorda Gente”, “Aí Vem os Palhaços”, “Alô Recife”, “Tonico Está de Volta” e “Frevo na Tempestade”.

Desde 1975 o maestro Ademir Araújo, também chamado de maestro “Formiga”, vem dirigindo a Orquestra Popular do Recife, um dos mais importantes grupos musicais do nordeste brasileiro.


Antonio Maria

Antonio Maria de Moraes nasceu no Recife no dia 17 de maio de 1921 e nos deixou no dia 15 de outubro de 1964, no Rio de Janeiro.

Cronista, locutor, produtor de rádio, caricaturista, compositor e repórter inicia sua carreira como radialista na Rádio Clube de Pernambuco, no Recife, em 1938. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1940 e trabalha na Rádio Ipanema. Um ano depois volta para o Recife, e em 1944 vai trabalhar em Fortaleza por um curto período, na Rádio Clube do Ceará. Posteriormente passa a residir em Salvador para dirigir as Emissoras Associadas. Retorna ao Rio de Janeiro em 1947, assume a direção artística da Rádio Tupi e inicia sua colaboração no periódico O Jornal, em que assina a coluna “Jornal de Antônio Maria”. É nomeado diretor de programação da recém-fundada TV Tupi, em 1951.

Ao lado de Chico Anísio (1931), Sérgio Porto (1923 – 1968) e Haroldo Barbosa (1915 – 1979), produz, a partir de 1952, programas humorísticos na rádio Mayrink Veiga. Durante o ano de 1955, colabora no jornal O Globo, com a coluna “Mesa na Pista”, comentando a vida noturna das boates de Copacabana. Em 1957, na TV Rio, exerce a função de apresentador dos programas “Encontro com Antônio Maria” e “Rio, Eu Gosto de Você”, este com o compositor Ary Barroso (1903 – 1964).

Convidado por Samuel Wainer (1912 – 1980), em 1959, integra a equipe do jornal Última Hora, e divulga suas crônicas na coluna “Romance Policial de Copacabana”. Trabalha no jornal Diário da Noite, em 1961. No ano seguinte, lança suas crônicas em O Jornal e, com os jornalistas Otto Lara Resende (1922 – 1992) e David Nasser (1917 – 1980), apresenta na TV Tupi o programa de entrevistas “Cadeira Giratória”. Em consequência de uma cardiopatia, morre no Rio de Janeiro, em 1964. O reconhecimento do seu trabalho de cronista e a publicação de quase todas as suas obras só aconteceu postumamente.

Entre os seus inesquecíveis sucessos estão os Frevos nº 1, nº 2 e nº 3 do Recife, e Manhã de Carnaval, este último, em parceria com o compositor Luís Bonfá.


Antônio Nóbrega

Brincante pela própria natureza, como ele próprio se define, graças ao seu envolvimento com a cultura popular brasileira, Antônio Carlos Nóbrega nasceu no Recife em 1953.

Ainda jovem participou de festivais de música popular brasileira e no início dos anos 70 ingressou no Movimento Armorial, criado pelo escritor Ariano Suassuna. Foi um dos fundadores do Quinteto Armorial, dedicando-se a pesquisas e composições musicais.

Entre as suas criações estão, “Nascimento do Passo”, ‘Sambada do Mestre”, “Vou-Me Embora”, em parceria com Wilson Freire, “Martelo Agalopado”, com Ariano Suassuna e “Minervina”, frevo em parceria com o compositor Marcelo Varella.

Arnaldo Paes de Andrade

Um dos mais importantes compositores de frevo de bloco, Arnaldo Paes de Andrade, nasceu no dia 18 de abril de 1908.

Conhecido como “poeta da Motocolombó”, já que residia no bairro de Afogados, Arnaldo foi autor de vários sucessos dos nossos carnavais, como “Aquelas Rosas“, “Sonhando com Pierrot”, “Velhas Batalhas” e “Risos do Palhaço”.


Bráulio de Castro

Nascido no município de Bom Jardim, zona da mata de Pernambuco, no dia 18 de agosto de 1942, Bráulio de Castro é autor de inúmeros sucessos no nosso carnaval, como “Eu Quero Mais”, “O Banjo de Narciso”, “Boi da Alegria”, “Frevonauta” e “Homenagem a Ceroula”, esta última, campeã na categoria de frevo-canção no último Festival do Frevo da Humanidade, em parceria com a sua mulher, Fátima de Castro.

Bráulio de Castro é um dos compositores pernambucanos que estão sempre em evidência devido às suas composições irreverentes e pelos seus trabalhos sérios dedicados aos nossos grandes mestres do carnaval, como também às nossas agremiações carnavalescas.


Capiba

Quem aí já ouviu falar num compositor pernambucano chamado Lourenço da Fonseca Barbosa? Acredito que pouca gente sabe quem foi. Mas, se eu perguntar: quem conhece Capiba? Pois é. Lourenço da Fonseca Barbosa, o nosso Capiba, nasceu no dia 28 de outubro de 1904 e deixou o nosso carnaval no dia 31 de dezembro de 1997.

Entre as centenas de sucessos gravados, principalmente pelo cantor Claudionor Germano, estão: “Juventude Dourada”, “Trombone de Prata”, “Casinha Pequenina”, “Modelo de Verão”, ”Mande Embora Essa Tristeza”, “ É Frevo Meu Bem”, “Oh! Bela”, “Frevo e Ciranda”, “Quem Vai Pro Farol É o Bonde de Olinda!”, “Nos Cabelos de Rosinha” e o frevo de bloco “Madeira Que Cupim Não Rói”, gravado também por Alceu Valença e Antônio Nóbrega.


Carlos Fernando

Carlos Fernando chegou ao planeta terra no dia 19 de outubro de 1942 e nos deixou em 01 de setembro de 2013, sendo natural de Caruaru, no Agreste de Pernambuco.

Integrante do Movimento de Cultura Popular, criado pelo então governador Miguel Arraes nos anos 60, Carlos Fernando passou a integrar uma leva de novos artistas pernambucanos como Naná Vasconcelos, Alceu Valença, Teca Calazans e Geraldo Azevedo, que formaram o movimento musical Asas da América.

Entre os seus grandes sucessos que foram gravados por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Amelinha, Joana, Fagner e tantos outros cantores, estão: “Banho de Cheiro”, “O Homem da Meia Noite”, “Asas da América”, “Noites Olindenses”, “O Bom É Batutas”, “Pitomba Pitombeira” e “Siri Na Lata”.


Chico Baterista

Francisco Silva Oliveira, o Chico Baterista, nasceu no Recife no dia 13 de Janeiro de 1920.

Um dos compositores do bloco Inocentes do Rosarinho, Chico Baterista também fazia apresentações como cantor nas gafieiras dos clubes Pão Duro, Pão da Tarde e Prato Misterioso.

Autor de frevos de bloco que marcaram época, sempre exaltando o Inocentes do Rosarinho, dois são cantados até hoje: “Mágoa” e “Xó, Xô Paraquedista”.


Clóvis Pereira

Considerado como um dos mais importantes regentes e arranjadores da nossa música, o maestro Clóvis Pereira, que nasceu na cidade de Caruaru, no ano de 1932, traz na sua bagagem uma larga experiência, dirigindo as principais orquestras do Recife.

Como compositor, o maestro Clóvis Pereira escreveu grandes frevos de rua como: “Luisinho no Frevo”, “Capiba no Frevo” e “Aveloz”.


David Vasconcelos

O compositor David de Aguiar Vasconcelos nasceu no município de Bom Jardim, no dia 23 de julho de 1915, e nos deixou no dia 06 de junho de 2006.

Ainda jovem ingressou na Rádio Clube de Pernambuco, onde compôs o seu primeiro frevo chamado “Fechou-se O Tempo”.

David Vasconcelos é autor de grandes frevos como “Aguenta Coração”, “O Frevo É Assim”, “Sacode Tudo” e “Aguenta O Galho”.


Dimas Sedícia

Dimas Segundo Sedícia nasceu no município de Bom Jardim no ano de 1930, deixando o nosso convívio no dia 06 de setembro de 2001.

Discípulo do mestre Levino Ferreira, Dimas pertenceu ao quadro de músicos da Orquestra Sinfônica do Recife, onde passou parte da sua vida.

Entre as músicas que compõem sua obra, estão os frevos: “Pare, Olhe, Escute o Meu Frevo”, “Estrábico”, “A Babá de Bebé”, “Demasiado”, “Frevologia” e “Em Terra de Frevo quem tem um Passo é Rei”.


Duda

José Ursicino da Silva, o maestro Duda, nasceu no dia 23 de dezembro de 1935, no município de Goiana, zona norte de Pernambuco. Aos 10 anos ingressou na Sociedade 12 de Outubro – Banda Saboeira, lá mesmo, em seu município.

Em 1950 passou a fazer parte da Jazz Band Acadêmica e logo depois foi contratado pela empresa Jornal Do Commercio.

Depois que compôs o seu primeiro frevo, chamado “Furacão”, Duda não parou mais e daí vieram outros frevos como “Marilan”, “Pare Um Minutinho”, “Nino, O Pernambuquinho”, “Marcela” e “Estação do Frevo”.

Em 2012, juntamente com a artista plástica Tereza da Costa Rego, foi o homenageado do Carnaval do Recife.


Edgard Moraes

Um dos mais consagrados compositores pernambucanos, Edgard Moraes nasceu no Recife, no dia 1º de novembro de 1904 e partiu no dia 31 de março de 1974.

Edgard Moraes ou “Dega”, como era chamado carinhosamente pelos familiares e amigos, herdou do seu irmão Raul Moraes, considerado como “o Príncipe das marchas de bloco”, o amor pela música.

Edgard é autor do frevo “Valores do Passado”, onde faz alusão a 24 blocos carnavalescos que surgiram na década de 20 do século passado e que foi escolhido como o hino oficial do Bloco da Saudade.

Entre os seus sucessos estão, ”A Dor de Uma Saudade”, “Velhos Tempos de Criança”, “Alegre Bando”, “A Vida é Um Carnaval”, “Recordar É Viver” e “Carnavais de Outrora”.


Edson Rodrigues

Edson Carlos Rodrigues nasceu no Recife no dia 29 de março de 1942. Ainda criança participou de vários corais infantis, entre eles o da Escola Cantorum da Matriz de Nossa Senhora do Carmo.

Em 1957 ingressou no carnaval do Recife tocando clarinete na Orquestra Itapoã, do compositor João Santiago.

Autor de um dos frevos de rua mais executados no carnaval do Recife, chamado “Duas Épocas”, Edson Rodrigues, que também foi um dos fundadores da Banda da Cidade do Recife, tem como parte de sua obra, os frevos “Recordando a Tabajara”, “Coqueiro”, “Minha Mariza”, “Leviniano” e “Bolachão Vai Sair”.

É professor substituto no Curso de Música da UFPE e, integrante e arranjador da Orquestra de Pau e Corda do Bloco Lírico Cordas e Retalhos.


Eriberto Brandão

Eriberto Brandão nasceu no Recife, no dia 07 de junho de 1948.

Parceiro do irmão Evane Sarmento (Nuca), Eriberto desde o início dos anos 1970 participa dos festivais de música, principalmente de frevo.

Com o seu irmão Nuca, compôs os frevos “Mela-Mela”, “Pernambucana”, “Atrás da Troça”, “Do Lado De Lá” e “Sol e Sal”.


Fátima Castro

Compositora e professora de violão, Fátima Castro nasceu em Campina Grande no ano de 1952. É dona de grande produção de músicas carnavalescas, desenvolve trabalho de ensino de música há muito tempo, tendo encaminhado vários alunos para orquestras de frevo no nosso estado. À frente do bloco Eu Quero Maisinho há treze anos, desenvolve precioso trabalho musical junto às crianças.

Participou de vários festivais de música, entre eles o “Canta Nordeste” e o “Festival Nordestino Da Canção”. Juntamente com o marido e parceiro musical Bráulio de Castro, compôs os frevos “Cem Anos de Edgar”, “Eu Quero Mais Olinda”, “O Banjo de Narciso”, “Um Bloco pra Marly Mota”, “Guaiamum Treloso” e “Homenagem a Cabela”, esta última classificada na categoria frevo-canção no Festival do Frevo da Humanidade 2012-2013.

Para o carnaval de 2016 compôs “A Magia do Homem da Meia Noite” e “Pipoca”, em parceria com Bráulio de Castro e João Araújo, ambas gravadas por Cinderela.


Getúlio Cavalcanti

Natural de Camutanga, na zona da Mata de Pernambuco, Getúlio de Souza Cavalcanti nasceu em 10 de fevereiro de 1942. Aprendeu a tocar violão aos 14 anos e, aos 15 compôs sua primeira música.

Foi na TV Radio Clube que começou sua carreira profissional como cantor. Sua primeira música gravada foi “Você Gostou de Mim”, com arranjos do maestro Nelson Ferreira, em 1963.

Getúlio é mais conhecido pelos frevos de bloco, apesar de compor também em outros estilos. Entre suas composições mais famosas estão, “O Bom Sebastião”, “Último Regresso”, “Cantigas de Roda”, gravada por Antônio Nóbrega, “Por Amor ao Recife”, gravada por Noite Ilustrada, e “Perseguidor”, esta última, gravada por Martinho da Vila.

Em 2017 está lançando o frevo canção “Quanta Confusão”. A música integra o DVD Acerto Lírico, que vai ser lançado agora em fevereiro com 18 composições de Getúlio Cavalcanti premiadas nos concursos carnavalescos. Sua discografia é composta por 2 LP’s, 12 cd’s e, agora, 2 DVD’s.


Gildo Branco

Astrogildo Américo Branco Filho, Gildo Branco, nasceu no Recife no dia 27 de julho de 1921, e nos deixou no dia 7 de junho de 1971.

Filho de uma família de artistas, Gildo passou a fazer parte do carnaval do Recife em 1961 com o frevo-canção “Periquito Bateu Asas”.

Gildo Branco foi autor de grandes sucessos do nosso carnaval, como “Gulosa”, “A Lua Disse”, “Amor de Marinheiro”, “Cochilou, Cachimbo Cai” e “Você Está Sozinha”.


Gildo Moreno

Rutílio Antônio dos Santos nasceu no Recife no dia 22 de agosto de 1916 e partiu no dia 23 de maio de 1965.

Aos 22 anos ingressou na Rádio Clube de Pernambuco, participando do conjunto musical “Garotos da Lua”.

Gildo Moreno, compositor conhecido pela sua irreverência, foi autor de sucessos como: “Show no Municipal”, “Eu Quero Aquilo”, “Lanzudo” e “Melaram a Geny”.


João Santiago

Compositor e carnavalesco, João Santiago dos Reis nasceu no bairro recifense da Torre, em 1º de março de 1928.

A partir de 1952, João Santiago, em parceria com seu pai, José Felipe, transformou situações curiosas em alegres marchas de bloco, em sua maioria, inspiradas no dia-a-dia da agremiação do seu coração: o Batutas de São José.

Fez curso no Conservatório de Música de Pernambuco, e posteriormente, organizou uma orquestra que projetou diversos músicos, entre os quais, José Bartolomeu, Edson Rodrigues e José Amaro.

Em 1973, o Quinteto Violado gravou o “Hino dos Batutas de São José”, um dos seus maiores sucessos. Desenvolveu atividades em variados blocos, fez arranjos para o Inocentes do Rosarinho, dirigiu a orquestra do Bloco Rebeldes Imperial. 

Colaborou com a revista Arquivos, editada pelo Departamento de Documentação de Cultura de Recife e pertenceu aos quadros da Fundação de Cultura Cidade do Recife no período de 1979 a 1985, ano em que faleceu.
José Amaro

José Amaro dos Santos da Silva nasceu no Recife no dia 10 de novembro de 1939. Em 1972 ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco, onde se tornou regente.

Trombonista, José Amaro foi um dos fundadores da Banda da Cidade do Recife, onde passou grande parte de sua vida.

Entre os seus frevos estão: “Folias do Levino”, “Transição”, “Vale Tudo” e “Quebrando Molas”.


José Bartolomeu

José Bartolomeu de Araújo nasceu no município de São Vicente Ferrer, zona da mata norte de Pernambuco. Em 1957 veio morar no Recife onde iniciou seus estudos com o professor José Felipe.

Bartolomeu participou de várias orquestras de frevo do Recife e integrou o quadro de músicos como trompetista da Banda da Cidade do Recife, onde chegou à aposentadoria. 

José Bartolomeu participou de vários festivais de frevo do Recife e entre as suas músicas estão: “Perturbando”, “Salpicando”, “Baraúna”, “Bicudo”, “Tijolinho” e “Zé Carioca”.


José Menezes

Considerado como um dos mais completos músicos, compositores e arranjadores de Pernambuco, José Xavier de Menezes nasceu no dia 12 de abril de 1924 e nos deixou em novembro de 2013.

Como saxofonista e clarinetista, participou da Jazz Band Acadêmica e da Orquestra da Rádio Clube de Pernambuco.

Autor de grandes sucessos dos nossos carnavais como “Boneca”, frevo-canção em parceria com Aldemar Paiva, gravado em 1951 por Claudionor Germano, na Rozemblit.

Menezes foi também autor de outros frevos que marcaram época, nas ruas e salões do Recife como, “Baba de Moça”, “Pinga Fogo”, “Frevo na Garoa” e “Ingratidão”.


J. Michiles

José Michiles da Silva nasceu no Recife no dia 4 de fevereiro de 1943.

O gosto pela música surgiu aos 12 anos, quando já ouvia as músicas de Capiba, José Menezes, Luís Bandeira e Jackson do Pandeiro.

Formado em Licenciatura Plena em História pela Universidade Católica de Pernambuco, Jota Michiles participou pela primeira vez de um festival de música em 1966, quando conquistou o primeiro lugar com a marcha “Recife Manhã de Sol”.

Autor de vários sucessos gravados por Alceu Valença, Elba Ramalho e Claudionor Germano, Michiles escreveu entre as centenas de frevos: “Bom Demais”, “Batom”, “Diabo Louro”, “Me Segura senão Eu Caio”, “Queimando a Massa” e “Roda e Avisa”, esta última em parceria com o maestro Edson Rodrigues.

No ano de 2015 foi vencedor do 10º Concurso de Marchinhas de carnaval da Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, com “Adoro Celulite”, letra de Gustavo Krause.

0 comentários:

LinkWithin