Por José Teles
Roberto, em 1965, ainda uma brasa, mora!
Comentei, dias atrás, no Facebook, e no Instagram, sobre o especial de Roberto Carlos exibido na TV Globo. Critiquei a mesmice, o conservadorismo, a total ausência de ousadia, à exceção de uma gravata amarela (que um seguidor do meu perfil no Instagram aventou que seria um sutil apoio ao ex-juiz Sérgio Moro. Opinião do seguidor, não minha, por favor). Há trocentos anos não ouvia RC em casa,a não ser eventualmente, no rádio. Quase nada do que gravou a partir dos anos 90, mexe pessoalmente comigo. Sei que toca a milhões de pessoas. Ótimo.
Numa folguinha que tive nesta semana, reouvi discos de RC e, num critério estritamente pessoal, relacionei 25 canções que dariam um grande especial de TV. Pinçadas de todas suas fases, mas enfatizando as melhores, mais criativas. Não inclui músicas exauridas, feito Emoções ou Detalhes, ou as de detalhes populistas de personagens, magrinha, buchudinha, miópezinha, baixinha. São, enfm, músicas que eu adoraria ver e ouvir RC cantando-as novamente, saindo do lugar comum. Tenho quase certeza de que os fãs adorariam, até porque eles sabem tudo do Rei. Vamos lá
Olhando Estrelas (Look For A Star) (Michael Antony/Vrs. Paulo Rogério), do LP Louco por você (1961), um dos poucos lugares onde esta tocou bem no rádio foi no Recife.
Desamarre O Meu Coração (Unchain My Heart) (Agnes Jones/Freddy James/Vrs. Roberto Carlos), de É proibido fumar (1964), com os anos ganhou outras conotações.
Perdido no Mundo (Roberto Carlos/Erasmo Carlos)Interprete: Eustáquio Sena (da trilha sonora da novela O Bofe, 1972)
Gosto do Jeitinho Dela (Othon Russo/Niquinho), do álbum Jovem Guarda, de 1965))
Como É Bom Saber (Helena dos Santos), do LP Roberto Carlos Canta para a juventude (1965)
Eu Estou Apaixonado Por Você (Roberto Carlos/Erasmo Carlos), do álbum de 1966
Não Precisas Chorar (Édson Ribeiro) do mesmo álbum de 1966
Folhas de Outono (Francisco Lara/Jovenil Santos), de Roberto Carlos em Ritmo de Aventura
Quase Fui Lhe Procurar (Getúlio Cortes) de O Inimitável (1968)
Não Há Dinheiro Que Pague (Renato Barros) idem, O inimitável
É Meu, É Meu, É Meu (Roberto Carlos/Erasmo Carlos) mais uma de O Inimitável
Do Outro Lado da Cidade (Helena dos Santos) do LP de 1969
Nada Tenho a Perder (Getúlio Cortes) idem, de 1969, talvez a melhor composição de Getúlio Côrtes. O Negro Gato não vale, porque é um óbvio remake de Three Cool Cats, de Leiber & Stoller, sucesso com os Coasters, em 1958.
Preciso Lhe Encontrar (Demétrius), do LP de 1970, a partir de O Inimitável, os discos de Roberto Carlos, passam a ter apenas o nome do cantor por título.
Uma Palavra Amiga (Getúlio Cortes), do LP de 1970
I Love You (Roberto Carlos/Erasmo Carlos), do LP de 1971
Por Amor (Roberto Carlos/Erasmo Carlos), do LP de 1972
Atitudes (Getúlio Cortes), do LP de 1973
Ternura Antiga (Dolores Duran/Ribamar, do LP de 1974
O Quintal do Vizinho (Roberto Carlos/Erasmo Carlos), do LP de 1975
Muito Romântico (Caetano Veloso), do LP de 1977
Abandono (Ivor Lancellotti), do LP de 1979
Procura-se (Roberto Carlos/Ronaldo Bôscoli), do álbum de 1980
Fera Ferida (Roberto Carlos/Erasmo Carlos), do álbum de 1982,umadas poucas óbvias da lista.
Trocaria algumas dessas por canções que ele compôs com Erasmo para discos do Tremendão. Meu Mar (de Sonhos e Memórias, 1942- 1972), certamente seria uma delas, é uma das mais felizes parcerias da dupla, na fase alterna de Erasmo que vai de 1971 a mais ou menos 74.
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