Luiz Reis (Luiz Abdenago dos Reis), instrumentista e compositor nasceu em São Luís MA em 31/3/1926 e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 9/2/1980. Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro aos seis anos, aprendendo de ouvido a tocar piano, violão, bateria e pandeiro.
Aos 17 anos, transferindo-se para Belo Horizonte MG, começou a atuar como pandeirista no conjunto Dazinho. Aproveitava as folgas do pianista para treinar e acabou por substituí-lo efetivamente. Passou depois para o conjunto Zé do Pistom, tocando em cabarés e escolas de danças, até que, em 1944, retornou ao Rio de Janeiro, onde foi contratado como pianista do programa Hora do Guri, na Rádio Mauá.
Paralelamente, começou a trabalhar como redator em vários jornais e, em 1950, foi para a Última Hora, do Rio de Janeiro, aí conhecendo o compositor Nássara. Sem deixar o jornalismo, dois anos depois passou a tocar na boate Tasca, onde também era pianista Tom Jobim, integrando, a partir de 1956, o conjunto de Bené Nunes, que deixou três anos mais tarde.
Em 1960 formou seu próprio quarteto, atuando na Casa da Praia, e compôs sua primeira música, Projeção (com Haroldo Barbosa). No mesmo ano, teve sua primeira composição gravada, Alô, brotos (com Haroldo Barbosa), por Sônia Delfino, na Philips. Ainda nessa época compôs, também com Haroldo Barbosa, vários sucessos, como Notícia de jornal, Nossos momentos, Tudo é magnífico e Palhaçada, este o maior êxito da dupla, lançado por Miltinho, na RGE.
Em 1962 gravou seu primeiro LP como solista, o Samba de balanço, na Philips, e, três anos depois, com João Roberto Kelly, Samba a quatro mãos, pela RCA. Em 1968 classificou seu samba O craque do tamborim (com Nássara) e a marcha Zé do surdo (com Etmar Vieira de Andrade), no II Concurso de Músicas de Carnaval, da Secretaria de Turismo da Guanabara. Teve como principais parceiros Haroldo Barbosa, Nássara e Luís Antônio.
Suas composições foram gravadas principalmente por Elizeth Cardoso e Miltinho, obtendo este grande sucesso com Só vou de mulher, Devagar com a louça e Meu nome é ninguém (com Haroldo Barbosa), além de Palhaçada. Tocou em shows e boates, compôs jingles e música para filmes, como Poema dos sonhos (com Luís Antônio), da trilha sonora de Onde a terra começa (direção de Rui Santos).
Algumas músicas:
Até quando
Bloco de Sujo
Canção da manhã feliz
Fiz o bobão
Meu nome é ninguém
Nossos momentos
Palhaçada
Salve a Mocidade
Só vou de mulher
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.
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