Por Luther Blissett
Depois de ter seus trabalhos mais vanguardistas reeditados em vinil de 180 gramas, Ronnie Von retorna em documentário sobre a sua fase lisérgica. Ronnie Von: quando éramos príncipes é um filme do jornalista Ricardo Alexandre, dirigido por Caco Souza.
O vídeo conta com depoimentos de Arnaldo Baptista, Rita Lee, Sérgio Dias, Arnaldo Saccomani, Manoel Barenbein, entre outros. A estreia é na próxima semana, dia 2 de dezembro, no canal por assinatura BIS, com várias reprises no decorrer da semana.
Para a película, a banda Os Haxixins e Pedro Skywalker rearranjaram várias músicas psicodélicas do artista e, juntos, registraram esse material ao vivo em estúdio. Assim que o teaser do documentário foi liberado na internet nessa semana, os fãs se mostraram eufóricos com a possibilidade de assistir Ronnie cantando ao vivo pela primeira vez em 17 anos. Ao que tudo indica, há possibilidade do artista fazer shows com essa banda de apoio.
Confira o trailer abaixo:
“Uma tremenda anarquia”
Ronnie Von surgiu na música pop brasileira com estrondoso sucesso na metade dos anos 60. Apesar de ser um cantor jovem, na época, se recusava a ser associado ao movimento da Jovem Guarda.
Quando ele estreou, em 1966 na TV Record, o programa artístico O Pequeno Mundo de Ronnie Von — em que interpretava um personagem inspirado na obra O pequeno príncipe — a mídia tratou de fomentar uma rivalidade entre o “príncipe” e o programa do “rei” Roberto Carlos.
Muito mais vanguardista, e com um viés nitidamente artístico e contracultura ao invés de ser meramente comercial, o programa de Ronnie foi precursor ao trazer a participação de artistas que estavam realmente empreendo uma revolução cultural no país, com Caetano Veloso e Gilberto Gil ainda antes da explosão do tropicalismo.
Porém, o fato mais marcante d’O Pequeno Mundo era a banda de apoio que acompanhava a apresentação dos convidados: Os Bruxos, que logo foram rebatizados pelo próprio Ronnie como Os Mutantes, o grupo mais aclamado — internacionalmente — da história do rock brasileiro.
Dentro do mainstream da época, Ronnie foi o cara que deu espaço para os artistas mais revolucionários da música brasileira!
Cult no Underground
Após uma série de compactos, EPs e 4 álbuns — um deles repleto de covers dos Beatles, com a participação d’Os Mutantes — Ronnie Von lançou a obra que inaugura a sua fase psicodélica: o homônimo Ronnie Von (1968). Com forte influência do tropicalismo, esse álbum conceitual, experimental, garageiro, rebelde, poético e cheio de vinhetas entre as faixas, hoje é aclamado como o ponto alto na discografia do artista.
Na sequência, vieram A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre Contra o Império de Nuncamais (1969) e A Máquina Voadora (1970). Em todos esses discos, o grande parceiro musical do artista foi o maestro e arranjador concretista — colega de Rogério Duprat — Damiano Cozzela.
Entretanto, esses álbuns não foram bem recebidos pelo público. Ignorados pelas rádios e pela mídia, acabaram sendo mal vistos como o período mais insignificante da carreira do cantor.
Foi apenas trinta anos depois, no final da década de 1990, que uma nova geração redescobriu esses títulos em sebos de discos usados. Rapidamente os discos foram garimpados e passaram a valer uma nota na mão de fãs e colecionadores. Com a popularização do MP3, os álbuns foram ripados e difundidos pela internet. Logo passaram a ser cultuados como pérolas perdidas do rock nacional.
Quando a banda gaúcha Video Hits gravou seu único CD de estúdio oficial, lançado em 2001, convidaram Ronnie para participar dos vocais de Silvia 20 Horas Domingo, música lançada originalmente no álbum de 1968. Na época o fato foi amplamente divulgado pela mídia nacional.
Em 2007, diversas bandas e artistas atuantes no circuito do rock independente lançaram o álbum virtual (apenas para download) Tudo de Novo. Trata-se de um tributo em dois volumes que traz nomes como Plato Divorak, Detetives, Os Skywalkers, Astronauta Pinguim, Continental Combo, Ecos Falsos, entre outros, regravando todo o álbum homônimo de 1968 (volume 1) e diversas faixas da carreira de Ronnie (volume 2).
Já em 2011, o programa O Som do Vinil — no Canal Brasil, comandado pelo ex-baterista dos Titãs, Charles Gavin — teve uma edição dedicada especialmente ao álbum de 1968 de Ronnie Von (parte 1 e 2no Youtube).
Devido a grande procura pelos discos da fase psicodélica do artista, no início de 2013 a Polysom — a única fábrica de discos de vinil da Américo do Sul — reeditou esses três trabalhos marcantes da carreira de Ronnie Von com prensagens de alta fidelidade LPs de 180 gramas.
Galeria de Capas:
Confira as capas dos álbuns psicodélicos de Ronnie Von:
Os Bolachões:
O 180 Selo Fonográfico possui os 3 títulos da fase psicodélica de Ronnie Von disponíveis em catálogo. Vai deixar esses clássicos de fora da sua coleção? Clique nos links para comprar.
Ronnie Von (1968) <<< Altamente recomendado!!!! <<<
A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre Contra o Império de Nuncamais (1969)
A Máquina Voadora (1970)
“Uma tremenda anarquia”
Ronnie Von surgiu na música pop brasileira com estrondoso sucesso na metade dos anos 60. Apesar de ser um cantor jovem, na época, se recusava a ser associado ao movimento da Jovem Guarda.
Quando ele estreou, em 1966 na TV Record, o programa artístico O Pequeno Mundo de Ronnie Von — em que interpretava um personagem inspirado na obra O pequeno príncipe — a mídia tratou de fomentar uma rivalidade entre o “príncipe” e o programa do “rei” Roberto Carlos.
Ronnie Von e Vinicius de Moraes, que escreveu elogios para a contracapa do compacto de 1966.
Muito mais vanguardista, e com um viés nitidamente artístico e contracultura ao invés de ser meramente comercial, o programa de Ronnie foi precursor ao trazer a participação de artistas que estavam realmente empreendo uma revolução cultural no país, com Caetano Veloso e Gilberto Gil ainda antes da explosão do tropicalismo.
Porém, o fato mais marcante d’O Pequeno Mundo era a banda de apoio que acompanhava a apresentação dos convidados: Os Bruxos, que logo foram rebatizados pelo próprio Ronnie como Os Mutantes, o grupo mais aclamado — internacionalmente — da história do rock brasileiro.
Dentro do mainstream da época, Ronnie foi o cara que deu espaço para os artistas mais revolucionários da música brasileira!
Cult no Underground
Após uma série de compactos, EPs e 4 álbuns — um deles repleto de covers dos Beatles, com a participação d’Os Mutantes — Ronnie Von lançou a obra que inaugura a sua fase psicodélica: o homônimo Ronnie Von (1968). Com forte influência do tropicalismo, esse álbum conceitual, experimental, garageiro, rebelde, poético e cheio de vinhetas entre as faixas, hoje é aclamado como o ponto alto na discografia do artista.
Na sequência, vieram A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre Contra o Império de Nuncamais (1969) e A Máquina Voadora (1970). Em todos esses discos, o grande parceiro musical do artista foi o maestro e arranjador concretista — colega de Rogério Duprat — Damiano Cozzela.
Entretanto, esses álbuns não foram bem recebidos pelo público. Ignorados pelas rádios e pela mídia, acabaram sendo mal vistos como o período mais insignificante da carreira do cantor.
Ronnie Von aos 23 anos.
Foi apenas trinta anos depois, no final da década de 1990, que uma nova geração redescobriu esses títulos em sebos de discos usados. Rapidamente os discos foram garimpados e passaram a valer uma nota na mão de fãs e colecionadores. Com a popularização do MP3, os álbuns foram ripados e difundidos pela internet. Logo passaram a ser cultuados como pérolas perdidas do rock nacional.
Quando a banda gaúcha Video Hits gravou seu único CD de estúdio oficial, lançado em 2001, convidaram Ronnie para participar dos vocais de Silvia 20 Horas Domingo, música lançada originalmente no álbum de 1968. Na época o fato foi amplamente divulgado pela mídia nacional.
Em 2007, diversas bandas e artistas atuantes no circuito do rock independente lançaram o álbum virtual (apenas para download) Tudo de Novo. Trata-se de um tributo em dois volumes que traz nomes como Plato Divorak, Detetives, Os Skywalkers, Astronauta Pinguim, Continental Combo, Ecos Falsos, entre outros, regravando todo o álbum homônimo de 1968 (volume 1) e diversas faixas da carreira de Ronnie (volume 2).
Já em 2011, o programa O Som do Vinil — no Canal Brasil, comandado pelo ex-baterista dos Titãs, Charles Gavin — teve uma edição dedicada especialmente ao álbum de 1968 de Ronnie Von (parte 1 e 2no Youtube).
Devido a grande procura pelos discos da fase psicodélica do artista, no início de 2013 a Polysom — a única fábrica de discos de vinil da Américo do Sul — reeditou esses três trabalhos marcantes da carreira de Ronnie Von com prensagens de alta fidelidade LPs de 180 gramas.
Galeria de Capas:
Confira as capas dos álbuns psicodélicos de Ronnie Von:
Ronnie Von (1969)
Ronnie Von – A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre Contra o Império de Nuncamais (1969)
Ronnie Von – A Máquina Voadora (1970)
Os Bolachões:
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