quinta-feira, 15 de agosto de 2019

DA LAMA A FAMA: DISSECANDO O MOVIMENTO MANGUE BEAT (1994-2004) - PARTE 04

Por Marcilo José Ramos da Silva



RESUMO: O trabalho a seguir, pretende analisar a temática Mangue Bit, também conhecido como Mangue Beat, movimento artístico-musical criado no inicio dos anos 90 na cidade do Recife-PE por jovens músicos, jornalistas e artistas da periferia local. Tal movimento pretendia alertar a população para a ociosidade cultural a qual a cidade se submetia na época, como também conscientizar a comunidade para os problemas sociais dos quais a população sofria. O Movimento Mangue Beat serviu para dar vez e voz a quem até então vivia a margem sócio-econômica da cidade. Com o surgimento da cena Mangue, o subúrbio passou a ser visto não só como um lugar de violência e desprezo, mas sim, também como um lugar de produção cultural de qualidade. Foi a partir do Mangue Bit que os tidos, classe “B” e “C” puderam se expressar artisticamente marcando assim um novo recorte no campo cultural recifense. Entretanto, os mentores da cena não estavam preocupados só com a produção musical, mas também com a questão ambiental, pois o processo de modernização da cidade aterrou os mangues para dar lugar a avenidas e prédios, ou seja, o movimento ao mesmo tempo que se preocupou com a estagnação musical, denunciou a degradação do ecossistema local, tendo em vista que o mangue é considerado berçário da maioria das espécies marinhas. Para isso se muniram de um documento, o manifesto Mangue, é dividido em três partes e nelas podemos notar a presença dos discursos culturais, ambientais e de identidade. Para a difusão do Manifesto Mangue, seus criadores utilizaram-se tanto da mídia impressa quanto da mídia digital, além do que, criaram uma linguagem própria, baseada em metáforas e gírias ligadas ao ecossistema manguezal. O Mangue Beat esteticamente rompe com a dita tradição musical, se utilizando de fusões rítmicas para fomentar outro gênero que tem como característica a junção do moderno com a tradição, o lúdico com o político, diversão e preocupação. 


PALAVRAS-CHAVE: Mangue Beat. Maracatu. Manifesto. Chico Science



Capitulo 2 - Mangue Bit ou Mangue Beat? 


2.1 A trajetória 

Antes de tudo, precisamos deixar claro que o conceito cultural Mangue, antes de um gênero musical, é um conceito filosófico cultural, ou seja, engloba não só a música, mas também artes diversas como cinema, grafite, moda, pintura, fotografia, teatro entre outras. Em minha analise, resolvi usar duas palavras diferenciadas para explicar a respectiva cena cultural recifense dos anos 90. Denominando “Mangue Bit” para o conceito englobador de todas as demais artes e “Mangue Beat” para o gênero musical e as bandas. 

Há duas versões para o surgimento do conceito Mangue. Apesar de divergirem em aspectos como local, concordam com um eixo central de que, quando Science propôs a ideia, foi em uma conversa informal com amigos. 

Recife, Pernambuco, final dos anos 80: em algum coletivo superlotado, horário de pico atravessando as compridas avenidas da “Veneza brasileira”, estavam até então dois rapazes comuns com vários sonhos e perspectivas de melhores dias. Chico olha para seu amigo (na época funcionário da VASP) Jorge du Peixe, (apelido herdado da mania que o mesmo tinha em colecionar peixes) e Chico exclama: 


“Rapaz, tô com uma idéia do caralho! Num tem Mambo? Num tem Calipso? Pois agora tem o Mangue!“. E, naquele ônibus lotado onde subia e descia gente a toda hora, Chico continuou a falar para seu amigo: “O conformismo mata a musicracia, temos que correr atrás de novas batidas, brincadeira feita com seriedade. Vamos energizar o Mangue, instalar uma Parabólica na Lama, mostrar a cara do Brasil”(Science apud TELES, 2000).


A outra versão é contada por Renato L (Lins):
  


“Eu estava no Cantinho das Graças, na mesa acho que bebiam Mabuse, Fred, Vinicius Enter e outros. De repente Chico apareceu e sem nem se sentar foi anunciando ‘olha, fiz uma Jam session com o pessoal do lamento negro e mesclei uma batida disso com uma batida daquilo e um baixo assim... /vou chamar esse groove de Mangue!’ Na hora, ficamos sem saber o que era mais interessante, o som ou a palavra usada para sintetizá-lo. Aquele era o rotulo!” (Renato Lins apud TELES, 2000).


Em qualquer uma das versões, podemos notar que a cena Mangue não surgiu por acaso, e sim, foi um processo criativo pensado a partir de um contexto histórico cultural, nesse caso, o marasmo musical ao qual a cidade se encontrava. Nascia assim o movimento cultural que fez com que Pernambuco (musicalmente falando) se tornasse conhecido em todo o Brasil.
  
“As pessoas que moram em Recife estavam sentido uma necessidade muito grande de renovar a cultura da cidade. Quando surgiu o Mangue Beat elas abraçaram a nossa causa. A gente ganhou amigos. Os produtores de vídeo, o pessoal da fotografia, das artes plásticas e do teatro foram aceitando a ideia, trabalhando conosco, isto permitiu que o movimento estourasse fora da cidade” (Science apud TELES 2000: 329).

  
Renato L, Fred 04, Mabuse e Dolores, classificam a cena como uma cooperativa cultural e dizem que tanto a denominação “Movimento” quanto “Mangue Beat” foi a impressa que nomeou. Chico também tinha o mesmo pensamento:

“Eu batizei essa coisa de resgatar os ritmos regionais e ligar isso a musica pop mundial. Pegar esses elementos e botar com a guitarra, o baixo e usar o sampler, usar tecnologia.


Eu dei o nome de Mangue. Eu achei legal dar o nome de Mangue por causa da cidade, por causa de uma poética que eu vivo. Já o Beat veio da mídia” (Science apud TELES, 2000).


Diante dos vários discursos e das versões apresentadas acima, podemos definir o Mangue Bit como uma ideia que coloca em pratica o pensamento nietzcheano de fazer da sua vida uma arte, ou seja, Carpe Diem.

A cena Mangue buscando essa mistura de cultura pop, popular e erudita, identifica-se às ideias de antropofagia cultural dos modernistas e dos tropicalistas.

O conceito antropofágico como pratica cultural, foi criado na Semana de Arte Moderna de 22, por Mario de Andrade, Oswald de Andrade e outros artistas. Serviu para, de certo modo tecnizar e teorizar a cultural brasileira. É dentro desse contexto histórico que Oswald de Andrade lança em 1928 o Manifesto Antropofágico. Propôs misturar o local com o mundial, ou seja, segundo Oswald de Andrade os elementos culturais estrangeiros deveriam ser deglutidos, reprocessados e regurgitados em forma de novo. E foi isso que (coincidentemente ou não) o Mangue Beat se propôs:

“Queremos misturar o rock’n’roll com as influências que a gente teve, com a disco dos anos 70. Não estabelecemos padrões, queremos uma música aleatória. Queremos é trabalhar ritmos nordestinos com diversão. Levamos a diversão a sério e isso é a nossa maior preocupação [...] Foi sempre o que eu quis fazer[...] queremos dar um sample para o repentista” (Entrevista de Science ao Jornal do Brasil apud TELES, 2000: 332).


Apesar da proposta Mangue influenciar-se com o pensamento sugerido na Semana de Arte Moderna, não se prende a mesma. Como podemos notar na citação acima, os “Caranguejos com Cérebro” (assim como auto se intitulavam os mentores) buscam uma desvinculação de padrões estéticos e musicais. Porém com o parecido xenofobismo de 22 (no Mangue resumido ao patriotismo regional). O discurso “bairrista” se fazia presente tanto na fala de seus seguidores quanto na fala de seus mentores. “Entreguei ao Recife a minha emoção e a Pernambuco o meu amor” (Chico Science). É nos anos 90 que o Mangue Beat tem seu “ponta pé inicial”. Vale lembrar que nesse período o país está passando por várias mudanças; o fora Collor, a transição do Long play (LP), mais conhecido como “bolachão” para a mídia Compact Disc (CD), a difusão da internet e novas tecnologias como email, etc. O Mangue Beat nasce dentro de uma época globalizada, onde as sociedades se interagem e se conhecem cara vez mais, todas essas mudanças culturais refletem nas artes e com a música não é diferente. O Mangue Beat estava tão ligado a Música Regional quanto a World Music. Salvo as devidas proporções, pois “É evidente que a World Music não é música do mundo e sim uma limitada seleção de sons de outros locais do mundo” (Keith Negus. 2005, p 280). Ou seja, o Mangue Beat não fundiu todos os ritmos regionais, até porque tal proposta é impossível de se concretizar, tendo em vista que temos milhares de culturas dentro de centenas de nações. A grosso modo, o que o Mangue Beat fez foi, fundir a regionalidade nordestina com algumas batidas africanas, afro-americanas e o rock’n roll.

Toda tropa tem um quartel, para o exercito dos “Malungos”, o Q.G era o apartamento da irmã de Chico, Goretti. Funcionava como ponto de concentração, era onde Chico e sua turma se reuniam para beber, conversar e trocar ideias sobre novas fusões rítmicas. Era lá também que se ouviam os discos. Todos da turma trocavam livros didáticos por discos em sebos, os discos tornavam-se uma espécie de propriedade coletiva entre eles. Goretti ainda preserva o quarto que Chico usava em seu apartamento do mesmo modo que ele deixou antes de falecer.



2.2 Chico Science

No dia 13 de março de 1966 nascia no bairro de Rio Doce, na cidade de Olinda-PE, o caçula de quatro filhos, criança essa que recebeu o nome de Francisco de Assis França, ou simplesmente Chico. Na infância teve crises de asma até os 8 anos. Sua mãe queria que o filho ao crescer se tornasse padre. Passou a adolescência em meio a Caranguejos Uçá, Gaiamuns e Aratus, brincando e fazendo traquinagens, jogando pião, correndo atrás de bola, empinando pipa, tomando banho de rio. Etc.

Fazia bicos para ganhar dinheiro e ir aos bailes Funks, na época, denominado de Miami Bass, música Black americana, portanto, diferente do funk carioca. O tempo passa e na sua fase adulta Chico termina o segundo grau (ensino médio), se torna funcionário publico. Seu pai, natural de Surubim-PE, Chegou a ser vereador de Olinda. Gostava de cantoria, de Repente e Cordel e atualmente trabalha no Espaço Ciência, em Olinda. Foi com o seu pai que Chico tomou gosto pela sonoridade regional e foi com a ajuda de Chico, (que fez o slogan da campanha) que seu pai exerceu o mandato de 1984-1988. “Povo de Rio Doce/ Vote com confiança /para vereador/ vote em Luiz de França (Chico Science).

Até então, ninguém imaginaria que um jovem vindo da periferia iria sacudir a cena musical local. Chico Science junto com alguns amigos conseguiu desentupir as veias da “Amsterdã das Américas” criando de fato, o único Pop nacional. Em 1984 quando Chico ainda não era Science e se auto-intitulava “Chico Vulgo”, integrou a Legião Hip Hop. Nome dado a um dos principais grupos de break do Recife. Organizava as festas eletrônicas na cidade, da divulgação e locução aos mínimos detalhes como checagem de som, iluminação, etc. Apaixonado por música Latina, Eletrônica e Regional, dono de um parque de diversões na cabeça, Chico forma sua primeira banda batizada Bom Tom Rádio, foi mais um “embrião” de banda que uma banda propriamente dita, mas já havia mistura de alguns ritmos como a junção de scratchs com cantigas de emboladores. Foi dessa banda que saíram bases para algumas músicas gravadas posteriormente pela Banda Chico Science & Nação Zumbi, como A Cidade e Samba do Lado. A primeira banda mesmo se formou em 1987 e tinha o nome de Orla Orbe (trecho de uma praia muito visitada pela turma de Chico). Depois da Orla Orbe veio Loustal (cujo nome era inspirado no famoso quadrinista francês Jacques de Loustal) A idéia era misturar os ritmos do soul, funk e hip hop, com rock dos anos 60 e 70. Começava assim a se formar a “Seattle do quarto mundo”.

Em 1991 Chico se funde com o bloco Afro Lamento Negro de Peixinhos (bairro periférico e super populoso de Olinda), ao se juntar com o Lamento Negro, Chico e o bloco misturam maracatu, coco de roda, caboclinho, frevo, ciranda, samba e embolada junto ao Hip Hop com rifs e solos de Guitarras de rock, numa mistura bem psicodélica e inovadora jamais vista antes. Sem duvidas, a mistura que Chico fazia era peculiar, algo diferente e atípico. Chico tirava som dos cascos das cervejas. Foi um alquimista dos ritmos, um cientista das melodias, o engenheiro responsável pelo projeto arquitetônico na construção do ritmo Mangue Beat. Seu ponto forte era misturar os diversos ritmos a melodias regionais, junto com letras que falavam de Amor, Banditismo, Messianismo e Injustiça Social. Suas influências musicais iam desde os vendedores ambulantes do Mercado Central de São José, até as festas populares e os grupos de break americano. Seus ídolos eram: James Brown, Grand Master Flash, Afrika Baambata, Jorge Ben Jor, Bezerra da Silva, Roberto Carlos, Gilberto Gil, Luiz Gonzaga, Mestre Salustiano, Jackson do Pandeiro entre outros. Tais ídolos futuramente viriam a exercer um papel de suma importância para as futuras criações rítmicas de Chico.

O Apelido Chico Science foi herdado de um tio de Renato L. O tio de Renato Lins se chamava Carlos Antônio Ramos Braga e o Science “caiu como uma luva” para Chico, pois em sua cabeça existia um laboratório sonoro. Chico com seu espírito praieiro captava nas antenas da Manguetown (Recife) sons que vinham de outros pontos geográficos e ecoava nos ouvidos das Calungas e dos Caboclos de Lança dos Maracatus de Baques Virado e Solto. Isso tudo completado com Guitarras envenenadas e “hendrixmente” distorcidas por Lucio Maia. Essa mistura é o que gera esse ritmo tão contagiante, pode-se assim ser classificado como uma completa “sopa de melodias.

Desde o principio da cena, Chico propôs que seria um movimento antenado com o que estar acontecendo no mundo, familiarizado com a internet, interessado por ficção científica, quadrinhos, pinturas, teatro, preocupação com a degradação do meio ambiente, cinema, dança e música, claro. Enfim, todo tipo de arte. Porém, sem jamais perder o regionalismo reintegrando a cultura popular e o folclore ao convívio cotidiano, tornando assim a idéia de identidade do ser pernambucano ou nordestino mais forte.

Era período carnavalesco (dia de Yemanjá), começo de noite de domingo, o transito é insuportável tanto centro-orla quanto centro-bairro. O Landau de Chico (chamado carinhosamente por ele de “Papa-gasolina”) era largo e difícil de estacionar, então ele resolveu pegar emprestado o Fiat Uno branco da sua irmã Goretti e sair para a concentração do bloco carnavalesco Liga da Justiça. Na mesma noite do dia 02/02/1997, às 19:00Hs dá entrada no hospital da Restauração um corpo acidentado, batida de carro na divisa entre Olinda e Recife, mais precisamente nas imediações do shopping Tacaruna. Tem fim a vida de só mais um Francisco de Assis, porém, para a música morria Chico Science. O curioso é que próximo ao acidente havia um outdoor estampado com Morais Moreira e os dizeres “ Quer morrer, F.D.P?”. A principio corriam boatos que o fatal acidente acorrera com Chico Cesar, mas ao desenrolar dos fatos, viu-se que era Chico Science. A comoção com a morte do principal mentor da cena Mangue tomou conta não só das ruas da capital pernambucana como também de boa parte do país, chegando a repercutir mundialmente. O The New York Times (maior jornal norte americano) na edição da manhã de 05/02/1997, em três colunas escritas por John Pareles, deu destaque a fatalidade, noticiando a morte de Science com o titulo: Chico Science, 30, Estrela da Música Brasileira.

O laudo policial do acidente sofrido por Science no complexo do Salgadinho é formado por 174 páginas e constatou que o ao colidir, o veiculo se encontrava a 110 km/h, limite aceitável, tendo em vista que na avenida do acidente é permitida alta velocidade, pois é uma reta longa e larga, o inquérito do respectivo acidente foi concluído em 2007, após 10 anos de sua morte. À juíza Ângela Melo, da 5ª vara cível de Olinda deu parecer favorável à família França, exames feitos no corpo não detectaram teor alcoólico, nem nenhum tipo de substancia ilícita. Portanto, ficou esclarecido que o ocorrido no desastre não foi falha humana e sim falha mecânica, pois, a parte metálica do cinto de segurança que é projetada para prender o condutor e/ou os passageiros presos ao banco falhou e se rompeu, dando fim a uma das mais brilhantes e criativas mentes que o Brasil viu. Chico sofreu traumatismo craniano, afundamento no tórax (devido ao impacto no volante) e fraturas múltiplas na face. À medida que a notícia da fatalidade se espalhou, as orquestras de Frevo de Olinda e Recife iam parando até que por fim, o carnaval naquele ano parou literalmente.

O governador da época, Miguel Arraes, decretou luto oficial por três dias. Seu velório ocorreu no Centro de Convenções onde 6.000 (seis mil) pessoas compareceram para prestar a ultima homenagem ao ídolo. Entretanto, seu sepultamento aconteceu no cemitério Santo Amaro. No caixão, coberto pela bandeira de Pernambuco, havia também um chapéu de palha e dois caranguejos. O corpo é sepultado às 17:10hs sob o som melódico de uma rabeca.

Hoje, no Espaço Ciência (localizado de frente a colisão) existe o Manguezal Chico Science, o mesmo fica localizado no parque Memorial Arcoverde (em frente à escola Aprendiz de Marinheiro) e tem uma área de 19.169 m², o pai de Chico atualmente trabalha no local. Existe também no bairro do Recife Antigo, Rua da Moeda, uma escultura homenageando o “Mangueboy”, a escultura retrata o corpo de Science em tamanho real multicolorido, sobre um caranguejo. Pelas ruas e avenidas do Recife e Olinda vemos em vários muros, praças e viadutos. Grafites homenageando o cantor e o movimento Mangue, hoje a identidade Mangue Beat já está bem difundida e sólida em relação há 15 anos atrás.

Há contra ponto, o que se vê hoje é uma cultuação ao “mito” Chico Science, Chico se transformou em uma espécie de “Bob Marley” da América do Sul, em certas ocasiões podemos observamos um tipo de “Guevarismo” criado para enaltecer a lenda urbana surgida a partir da trajetória de vida de Chico, como se a memória de Chico Science precisasse ser equiparada a outros ícones, Science foi um Mangueboy como qualquer outro, a única diferença é que ele começou tudo isso.

Chico do fundo do rio poluído tirou da tarrafa (tipo de rede) meia dúzia de peixes que logo fizeram agitação no aquário musical recifense. Mesmo tendo a vida fisgada pelo anzol do destino, Chico deixou seu legado que é passado adiante por Jorge Du Peixe e outros “caranguejos com cérebro”.



FONTES E BIBLIOGRAFIA 

1. Discografia. 
Mundo Livre S/A. Samba Esquema Noise. Warner, 1994. 
Chico Science e Nação Zumbi. Da Lama ao Caos. Sony Music, 1994. Chico Science e Nação Zumbi. Afrociberdelia. Sony Music, 1996. 
Chico Science e Nação Zumbi. CSNZ. Chaos/Sony Music, 1998. (Cd póstumo) 


2. Videografia. 
ALENCAR, Alexandre. De malungo pra malungo. 1999. (42 min. Cor) ASSIS, Cláudio. Texas Hotel. 1999 ( 14 min. cor). 
.Um passo à frente e você já não está no mesmo lugar. 2000 (50 min. Cor) 
. Amarelo manga. 2003 ( 100 min. Cor). 
CALDAS, Paulo. & LUNA, Marcelo. O Rap do Pequeno Príncipe contra as Almas Sebosas. 2000. (75 min. Cor). 
. & FERREIRA, Lírio. Baile Perfumado. 1997 (93 min. Cor) FERREIRA, Lírio. Árido Movie. 2003 (115 min. Cor) 
GOMES, Marcelo. Maracatu, Maracatus. 1995 (14 min. Cor) 
. et al. A perna cabiluda. 1997. (19 min. Cor) 
MAHEIRIE, Kátia. Sete mares numa ilha: a mediação do trabalho acústico na construção da indentidade coletiva. 2001. 
QUEIROZ, Bidu. & BARROSO, Cláudio.O mundo é uma cabeça. 2004 (17 min. Cor) TENDLER, Sílvio. Josué de Castro, cidadão do mundo. 1995. (52 min. Cor) 


3. Bibliografia. 
ABREU, Martha. Cultura Popular: um conceito de várias histórias. São Paulo: Nova Fronteira,1999. 
ALMEIDA, Candido José Mendes de. O que é Vídeo. São Paulo: Nova Cultural/Brasiliense, 1985. (col. Primeiros Passos). 
ANDRADE, Mario de. Compêndio sobre a música brasileira. 2 ed. São Paulo:Chiarato, 1929. 
. Ensaio sobre a música brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 1962. 
. Música, doce música. São Paulo; Martins Fontes, 1963. 
BERNARDET, Jean-Calude. O que é Cinema. São Paulo: Nova Cultural/Brasiliense, 185. (col. Primeiros Passos). 
BORDIEU. Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992. CALADO, Carlos. Tropicália: a história de uma revolução musical. São Paulo: Ed. 34, 1997. 
CARMO, Paulo. Sérgio do. Culturas da rebeldia: a juventude em questão. São Paulo: Ed. do SENAC, 2001. 
FOUCAULT, Michel. Ditos e Escritos. Estética: Literatura e Pintura, Música e Cinema. Rio de Janeiro: Forense, 2001. v. 3 
NAPOLITANO, Marcos. História cultural de música popular. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. 
NEGUS, Keith. Los gêneros musicales y la cultura de las multinacionales. Barcelona: Paidós, 2005. 
NETO. Moisés. A rapsódia afrociberdélica. Recife: Comunicarte, 2000. PESAVENTO, Sandra Jatahy. História e História Cultural. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. 
REZENDE, Antonio Paulo. O Recife: histórias de uma cidade. 2 ed. Recife: Fund. De Cultura do recife, 2005. 
RODRIGO, Moisés Gameiro. & CARVALHO, Cristina. O Movimento Manguebeat na mudança de realidade sócio-política de Pernambuco. In: Anais do 6º Congresso português de Sociologia. Universidade Nova Lisboa, 25-28 de junho de 2008. 
TELES, José. Do Frevo ao Mangue Beat. São Paulo: Ed. 34, 2000. 


4. Internet. 
FRITH, Simon. A indústria da música popular. University Press. Coleções Cambridge on line, 1996. Disponível em: http://www.popup.mus.br/.../industria.pdf Acesso em: 20 jul. 2009. 
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