quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

VÔTE... ESCUTA SÓ: TIGANÁ SANTANA


Por Paulo Carvalho


Tiganá Santana


A Bahia tem nos dado grandes músicos, cantores compositores, tantos que fica até difícil enumerar, esquecerei alguns com certeza. Mas só de lembrança, sem nenhuma pesquisa mais profunda, podemos falar de Dorival Caymmi, e família já atingindo a terceira geração, Batatinha, Elomar Figueira, Xangai, João Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Betânia, Gal Costa, Virgínia Rodrigues, Bule-Bule, Wilson Aragão, Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Tom Zé, e Carlinhos Brown. Não vamos falar do lixo, pois tem, pra dar e vender, tanto lá como aqui. Coisas que vem e passam sem deixar rastros na história.


A todos eles vem se juntar um artista dos mais completos, que, talvez, como alguns dos citados, não venha ser um sucesso de público, mais já é de longe reconhecido pela crítica, da Europa, Estados Unidos, Ásia e Oceania, como muito bem preparado, com enorme bagagem musical e cultural.

Tiganá Santana, nascido em Salvador, poeta, filósofo, compositor instrumentista. De voz grave e profunda, com um belo timbre, capaz de compor e cantar em línguas africanas, além de português, inglês e francês com desenvoltura. A facilidade com línguas estrangeiras se deve aos estudos objetivando segundo o desejo materno, a diplomacia. A música foi mais forte, perdemos um diplomata e ganhamos um grande artista.

Tem parcerias com Fabiana Cozza, Jurema Paes, e cita Tom Jobim como uma das suas influencias mais fortes, assim como a música que ouvia nos terreiros de umbanda e na África onde viveu e pesquisou ritmos os quais incorpora hoje a sua obra. Com Três discos gravados foi convidado de Fernando Faro para o programa ensaio, uma referência para grandes artistas.

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