domingo, 18 de dezembro de 2016

SYLVIA TELLES,MEIO SÉCULO DE SAUDADES


Resultado de imagemSylvia Telles nasceu em 27 de agosto de 1934, no Rio, filha de Paulo Telles e Maria Telles. Estudou no Colégio Sacré-Coeur de Marie e tinha sonhos de ser bailarina. Por isso, chegou a tomar aulas de balé com a professora Madeleine Rosay, do Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio.

Aos 18 anos, começou a namorar o cantor do grupo Garotos da Lua, João Gilberto, recém chegado ao Rio da Bahia, para integrar o grupo. João era amigo de seu irmão mais velho, Mário Telles.

O pai de Sylvia se opôs ao namoro, por considerar João Gilberto um bom partido, já que este vivia sem trabalho, além de morar e comer de favor na casa dos outros. João Gilberto mandou um amigo ir pedir a mão de Sylvinha, que foi negada pelo pai. Mas o namoro acabou despertando em Sylvinha o interesse pelas artes.

Em 1952, aos 19 anos, apresentou-se escondido do pai no programa "Calouros em Desfile", de Ary Barroso, na rádio Tupi. O irmão Mário Telles convenceu o pai a deixar a moça seguir carreira. Ela conseguiu emprego como assistente do Palhaço Carequinha, em seu programa infantil na TV Tupi.

Em 1955, quando namorava José Cândido de Mello Mattos, Candinho, cantou em uma canja no bar Alcazar, e foi convidada por Cole, astro de teatro de revista, a participar do espetáculo "Gente Bem e Campanhota", no qual fez sucesso cantando a música "Amendoim Torradinho", de Augusto Garcez e Ciro de Souza. Ela acabou gravando a música para a gravadora Odeon, acompanhada ao violão por Candinho, com quem se casou. Em 1957, os dois tiveram a filha Claudia Telles e logo se separaram.

Sylvinha depois se casou em 1961 com Aloysio de Oliveira, que passou a administrar sua carreira. Contudo, devido ao ciúme, o casamento acabou e Aloysio se casou com Cyva, do Quarteto em Cy. Sylvinha participou dos primeiros shows de bossa nova, como convidada da turma que se reunia no apartamento de Nara Leão, e logo se integrou ao movimento.

Em 1964, sofreu um grave acidente de carro na rua Toneleiros, em Copacabana, ao dormir no volante, voltando de um show. Na madrugada de 17 de dezembro de 1966, ela morreu em um acidente de carro em Marica, no Rio, ao lado de seu último companheiro, o advogado Horácio de Carvalho Júnior. Ele dormiu ao volante.


Fontes:
ALBIN, Ricardo Cravo. "Dicionário Houaiss Ilustrado [da] Música Popular Brasileira. Rio de Janeiro: Paracatu Editora, 2006.
CASTRO, Ruy. "Chega de Saudade". São Paulo: Companhia das Letras, 1990

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