Dentre nossos parceiros musicais, quatro nomes já foram pré-selecionados para o maior prêmio da música brasileira.
Por Bruno Negromonte
Para quem conhece e acompanha o Musicaria Brasil já deve saber que o propósito maior de nosso espaço é difundir a boa música brasileira independente da região onde a encontramos. Devido a quantidade de visitas que mensalmente alcançamos (uma média bem acima daquilo que acreditaríamos chegar) e que vem de todos os lugares do mundo, temos ciência que o resultado que almejamos é alcançado. Isso é perceptível através dos e-mails e comentários que recebemos ao longo desse período em que estamos na ativa. Outro aspecto relevante de nosso espaço (e aquele que vamos dar ênfase a partir de então) é o feedback existente entre os artistas independentes que nos procuram ou que muitas vezes são indicados por nossos leitores para ilustrar as postagens de nosso espaço.
Prefiro atribuir a essas pautas o termo "feedback", por acreditar que realmente trata-se de uma troca. Não uma troca comigo que faço o Musicaria, mas com o grande público, que ao nos prestigiar tem como retribuição a aquisição de trabalhos que prezam pela qualidade e são feitos por pessoas de extremo talento, mas que não alcançam o grande público por questões que não vem ao caso trazer mais uma vez à tona. Nos orgulhamos muito em afirmar que todos, invariavelmente todos, os nossos parceiros musicais apresentam trabalhos, nos gêneros que atuam, de extrema qualidade. Prova disto são as pré-seleções a premiação máxima da música no Brasil de alguns dos protagonistas de nossas pautas, onde para chegar lá há a necessidade de passar pelo clivo de um conselho composto por nomes como Zuza Homem de Melo, Gilberto Gil, o idealizador José Maurício Machline, João Bosco, Yamandú, Wanderléia entre outros.
São mais de duas décadas de premiação avaliando e procurando classificar aquilo que de melhor a música brasileira vem apresentando e a consolidação como o maior e mais representativo prêmio do cancioneiro nacional passando por diversas fases. Primeiro chamou-se, por mais de dez anos, de Prêmio Sharp, também recebeu os nomes de Prêmio da Música Brasileira (2001) e Prêmio TIM de Música e hoje chama-se Prêmio da Música Brasileira. O ano que merece destaque para o prêmio é o de 2009, pois Zé Maurício Machline resolveu realizar a Premiação sem patrocínio apenas com a ajuda de amigos, artistas e fornecedores, e foi brilhantemente realizado comprovando a importância do Prêmio da Música para a cultura Brasileira.
Em 2011, entre os pré-selecionados, esteve alguns trabalhos apresentados pelo Musicaria Brasil ao longo do mesmo ano como foi o caso de "Pé de Crioula", da cantora catarinense Ana Paula da Silva. A artista que já conta com diversos trabalhos fonográficos na bagagem apresentou um álbum que consiste em diversos sambas. É um trabalho essencialmente de intérprete onde Ana Paula procura mostrar porque é que tem a cada novo ano sedimentado ainda mais a sua carreira na Europa, particularmente na Áustria. Adriana Godoy, é outro nome que também figurou ao longo de 2011 tanto em nosso espaço quanto entre os pré-secionados do referido prêmio. A filha do músico Amilton Godoy e da cantora Silvia Maria, dois grandes destaques do cenário musical brasileiro, apresentou "Marco", um trabalho que traz, entre coisas, canção inédita da Fátima Guedes e participação de grandes nomes da música popular brasileira como Elton Medeiros e Filó Machado.
Outro trabalho dentre os pré-selecionados em 2011 foi "A sombra confia ao vento", do carioca Ricardo Machado. Álbum cujo título é extraído de uma composição de Heitor Villa-Lobos e (Melodia Sentimental). O trabalho de Ricardo percorre 150 anos de música brasileira em um repertório meticulosamente escolhido sob os arranjos do maestro Ricardo Calafate e arte gráfica de um dos mais conceituados profissionais da área que é Egeu Laus Simas. Por fim vem o álbum "Lero-lero", da paulista Luísa Maita, cujo sucesso vem sedimentando-se não só no Brasil, mas também no América do Norte. Filha do saudoso Amado Maita, Luísa não só teve seu trabalho entre os pré-selecionados de 2011, mas também conquistou o troféu de revelação do Prêmio da Música brasileira do ano passado.
2012
Em 2012 o prêmio prestará uma ao cantor e compositor João Bosco de Freitas Mucci. João Bosco, como ficou mais conhecido no meio artístico, nasceu no município de Ponte Nova no estado de Minas Gerais em 1946 e ao longo deste ano será o homenageado do prêmio pelos 40 anos de carreira fonográfica; e dentre os nossos parceiros musicais já constam três pré-selecionados ao prêmio: André Mastro, Letícia Scarpa e Rita Gullo. O ator, poeta, cantor e produtor Mastro, cujo trabalho abordamos ao longo de julho do ano passado, apresenta um trabalho composto por repertório cuja a escolha foi de maneira totalmente passional. Quando questionado sobre quais critério foram adotados para tal escolha, André enfaticamente diz: "Critério? Que é critério? Meu coração disse e eu fiz. Cantei, gostei, gravei. Cantei,não gostei, não gravei." O álbum intitulado "Sem descanso", apresenta um repertório composto por regravações de nomes como Itamar Assumpção, Adoniran Barbosa e Cartola.
Rita Gullo, cuja entrevista exclusiva figurará entre as postagens deste mês, vem com um dos trabalhos mais elogiados de 2011 não só pela seleta escolha do repertório como também pela agradável voz. O álbum cujo título traz o nome da artista conta com a participação pra lá de especial do cantor e compositor Chico Buarque. Já Letícia Scarpa, traz "Lê", um álbum que conta com a participação do artista pernambucano Antônio Carlos Nóbrega e é composto essencialmente por composições próprias. Das 12 faixas, Letícia assina 11 em diversas parcerias neste seu álbum de estreia e em breve abordaremos este trabalho de forma mais minuciosa em nosso espaço. Esperamos não só em 2012, mas também nos anos subsequentes manter essa estirpe entre nossos parceiros por acreditar que não se concede tal indicação a qualquer trabalho e isso, além de nos lisonjear, nos condiciona a oferecer ao conhecimento de nosso público trabalhos de excelente qualidade. Resta-nos agradecer pela confiança depositada por tais artistas e suas respectivas assessorias. E não custa nada, mais uma vez, deixar a dica: todos esses trabalhos são impreteríveis em qualquer coleção de disco e devem ser adquiridos.
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