segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

HOMENAGEADOS DO CARNAVAL DO RECIFE

JOTA MICHILES – Compositor desde os doze anos de idade, Jota Michiles é sinônimo de frevo. Apesar de ter também se dedicado a ritmos como maracatu, coco e forró ao longo de sua profícua carreira, foi entre os clarins de Momo que se consagrou e caiu na boca do povo. Um dos mais importantes, gravados – e dançados -compositores de frevo da atualidade, o professor de história José Michiles da Silva emplacou mais de 50 sucessos que são obrigatórios no Carnaval pernambucano, como “Bom Demais”, “Me Segura Senão Eu Caio”, “Diabo Louro”, “Roda e Avisa” e “Queimando a Massa”.

Gravado por Alceu Valença, Elba Ramalho, Claudionor Germano e André Rio, entre muitos outros, Michiles aprendeu música de ouvido. Sobrinho de Orlando Dias, diz já ter nascido contaminado pelo micróbio do frevo.

Em 1966, aos 23 anos, venceu o prêmio Uma Canção para o Recife, quando concorria com mestres como Capiba e Nelson Ferreira, mestres responsáveis pela formação de sua estética musical. Daí em diante, trocou definitivamente as salas de aula pelos estúdios. Exatos 20 anos mais tarde, estouraria seu primeiro sucesso, “Bom Demais”, na voz de Alceu Valença. O Carnaval do Recife nunca mais seria o mesmo.

NENA QUEIROGA – Maria Consuelo Gama de Queiroga é majestade no Carnaval Recifense. No maior bloco carnavalesco do mundo, quem canta de galo é ela, única mulher que, desde 2005, tem um trio próprio e faz todo o percurso do Galo da Madrugada cantando sem parar.

A paixão pela música, Nena trouxe do berço. Filha do compositor, radialista e humorista Luiz Queiroga e da cantora Mêves Gama, célebres representantes da era de ouro do rádio pernambucano, Nena cresceu entre microfones e ensaios.

Aos 12 anos, sempre acompanhando a mãe, começou a aprender com ela a usar a voz como ferramenta de trabalho. Passou a fazer pequenas gravações e até chegou a integrar um grupo infantil, o Quarto Crescente, com o irmão Lula Queiroga. Também foi na barra da saia de Mêves, cantora de orquestra e intérprete de frevo, que descobriu o Carnaval. E foi arrebatada no ato. Aos 16, já cantava em orquestras, animando bailes momescos, aos quais foi conduzida pelas mãos de ninguém menos que maestro Duda. A carioca criada no Recife, cidadã pernambucana e recifense não desceu mais dos palcos da cidade. Já são quatro discos gravados, um DVD e muitos carnavais.

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