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terça-feira, 22 de setembro de 2015

LENDO A CANÇÃO

Por Leonardo Davino*



"Quanto mais o tempo passa, mais me afasto, mais vejo outras possibilidades de ser que não são propriamente possibilidades femininas, mas possibilidades limpas, como, por exemplo, intrigar-me neuroticamente com o canto dos bem-te-vis, que não é nada, nem masculino nem feminino, é limpo", anota o narrador do livro Rato, de Luís Capucho.

Parece ser nesse "canto limpo", puro, assemântico que se baseia a tradição filosófica de matriz grega, a fim de definir o lugar da voz em nossas vidas: o lugar onde o semântico (masculino) se perde na sedução vocálica (feminina) e, portanto, deve ser evitado.

Porém, assim como também sugere o narrador de Rato - "mais vejo outras possibilidades de ser que não são propriamente possibilidades femininas" -, tal filosofia esquece que todo canto pressupõe uma audição e que a voz sempre vence. Ora, quem foi que disse que o bem-te-vi diz "bem-te-vi" enquanto canta senão a interpretação humana? Ou melhor, nossa tendência a dar sentido a tudo que nos cerca - eliminando os riscos do desconhecido?

A ideia de um canto limpo (assexuado) tenta recuperar o paraíso materno: o casulo infinitamente abundante que nos abrigou por um tempo e para o qual parecemos estar sempre querendo retornar. O canto do bem-te-vi, ouvido como uma representação de um dos sons da natureza, recupera esse canto ideal: inatingível. Mas é sempre um som vazio, preenchido de sentidos pela lógica de quem escuta. Ou melhor, a voz não comunica nada, a não ser a própria comunicação.

O segredo da canção está no fato de que cada voz é única. É na voz que se encontra a unicidade. "Eu minto, mas minha voz não mente", diria o sujeito de "Drama", de Caetano Veloso. É assim que uma "mesma" canção (mediatizada, massiva) afeta cada ouvinte por lugares diferentes. É assim também que uma "mesma" canção, ao ser cantada por outra voz, ganha novos sons.

"A voz não é apenas som, mas é sempre a voz de alguém que vibra em sintonia com os sons naturais e artificiais do mundo em que vive", registra Adriana Cavarero no livroVozes plurais. O canto é o nada, que é tudo, poderia dizer o narrador de Rato, a respeito dos bem-te-vis que lhe perturbam o pensamento.

O canto de um pássaro e o canto humano não são, obviamente, a mesma coisa. A voz os distingue. A voz humana carrega a palavra que, por sua vez - phoné semantiké - carrega o humano. Jogando com tais categorias, o sujeito de "Musa Cabocla", de Gilberto Gil e Waly Salomão, por exemplo, cria o efeito de presença de si a partir daquilo que fala.

Para tanto, o sujeito (poeta, cancionista) evoca a musa cabocla, híbrida. Ouvintes comuns que somos, só temos acesso àquilo que ela fala através da mediação do sujeito (cancionista, poeta, cantor). Ele ouve e canta: é sereia que canta sentada na pedra a medrar o marinheiro. Classicamente um híbrido (mulher e animal), a sereia/musa aqui é cabocla.

Gal Costa é a musa cabocla do título da canção: aquela que inspira Gilberto Gil e Waly Salomão a compor um discurso a ser engendrado na voz da própria musa. Por trás da voz (ficcional) do sujeito da canção há a voz de uma pessoa de carne e osso: uma garganta.

Feitas refrão, as afirmativas que serpenteiam a letra - "Sou pau de resposta, jibóia sou eu, canela / Sereia eu sou, uma tela sou eu, sou ela" - reforçam o desenho (visão) da "Mãe matriz da fogosa palavra cantada / Geratriz da canção popular desvairada / Nota mágica no tom mais alto, afinada" que Gal Costa (voz) encarna.

A finalidade lúdica (poética) de "Musa cabocla" (Minha voz minha vida, 1982) é restaurar o sentido da significação. Dito de outro modo, o sujeito (sereia), através da proliferação de significantes e comparações, deixa a sereia cantar: engendra um canto sirênico em que "quem" fala é tão importante quanto aquilo que é "falado". Um empenho feliz do primado da voz sobre a palavra.

"Mãe matriz da fogosa palavra cantada / Geratriz da canção popular desvairada / Nota mágica no tom mais alto, afinada". Tais palavras guardam o medo que certa filosofia tem com relação à canção, à voz. Interpreta-se que a sereia é causa da perda da razão do indivíduo. Daí o emudecimento progressivo do logos. Esquecendo-se, deste modo, da unicidade inimitável de cada voz e de que é possível pensar com os pulmões.

Sereia, diferente do bem-te-vi, do sabiá, da cigarra, o sujeito de "Musa cabocla" canta palavras: palavras que ele mesmo (musa que também é) engendra no poeta. Travestindo-se na canção, o sujeito (monstro canoro) se presentifica. "Sereia eu sou, uma tela sou eu, sou ela", diz.


***

Musa cabocla
(Gilberto Gil / Waly Salomão)


Uirapuru canta no seio da mata
Papagaio nenhum solta um pio
Sereia canta sentada na pedra
Marinheiro tonto medra pelo mar

Sou pau de resposta, gibóia sou eu, canela
Sereia eu sou, uma tela sou eu, sou ela
Coração pipoca na chapa do braseiro
Sou baunilha, sou lenha que queima
Que queima na porta do formigueiro
E ouriça o pelo do tamanduá

Mãe matriz da fogosa palavra cantada
Geratriz da canção popular desvairada
Nota mágica no tom mais alto, afinada

Sou pau de resposta, jibóia sou eu, canela
Sereia eu sou, uma tela sou eu, sou ela



* Pesquisador de canção, ensaísta, especialista e mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e doutor em Literatura Comparada, Leonardo também é autor do livro "Canção: a musa híbrida de Caetano Veloso" e está presente nos livros "Caetano e a filosofia", assim como também na coletânea "Muitos: outras leituras de Caetano Veloso". Além desses atributos é titular dos blogs "Lendo a canção", "Mirar e Ver", "365 Canções".

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

LEONARDO BESSA - ENTREVISTA EXCLUSIVA

De família musical, o artista destaca-se como m dos nomes mais conceituados do grupo especial das escolas de samba do Rio de Janeiro


Por Bruno Negromonte




Intérprete oficial da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro a quatro carnavais, Leonardo Bessa tem em sua biografia uma forte ligação com o universo do sambas-enredo. Com mais de 25 anos de carreira, o filho do conceituado músico Reginaldo Bessa hoje participa de carnavais que vão além do Rio de Janeiro como podemos tomar conhecimento a partir da matéria já publicada aqui mesmo em nosso espaço sob o título DE MODO NADA CONTUMAZ LEONARDO BESSA MOSTRA, DE MODO SOLO, AQUILO QUE LHE CONSTITUI. Agora Bessa, que está gravando um vídeo clipe com a participação do cantor e instrumentista Xande de Pilares (vocalista do grupo Revelação), volta ao nosso espaço para conceder uma pequena entrevista onde nos conta o porquê de só agora resolver abraçar a carreira solo e nos conta também sobre futuros projetos referentes ao álbum "Parece um sonho" entre outras curiosidades acerca de sua biografia e vida artística conforme podemos conferir logo abaixo. Excelente leitura! 


Quais as lembranças mais remotas do seu envolvimento com a música?

LB - Minhas idas ao extinto clube do samba com meu pai quando eu tinha uns 5 anos mais ou menos.


Talvez seja possível afirmar que o seu pai seja uma de suas maiores inspirações na profissão na qual você abraçou. Quando foi que você de fato contou com o apoio dele para seguir profissionalmente a carreira artística?

LB - Minha mãe sempre foi minha grande incentivadora e meu pai era o crítico...essas duas partes me fizeram ser o que sou hoje.


A sua biografia confunde-se com a contemporânea história das escolas de samba do Rio de Janeiro. No seu ponto de vista houve mudanças significativas nessas últimas décadas no modo de compor os sambas-enredo? 

LB - Muito... aliás o próprio carnaval mudou muito. Hoje o carnaval basicamente se resume na Sapucaí... na minha infância o carnaval de bairros era muito forte, eu brincava tanto que quase não assistia os desfiles na TV. Quanto ao samba enredo ele se tornou funcional e com prazo de validade. Dificilmente os sambas atuais serão lembrados daqui há 10, 20 anos... e estaremos ainda cantando os sambas dos anos 70 e 80.


Apesar de sua pouca idade o seu, digamos, "matrimônio" com o samba já ultrapassou as bodas de prata. O que você poderia destacar nesta carreira de mais de 25 anos?
LB - Ah posso dizer que no samba já fiz quase tudo... de enredo, samba, barracão, mestre sala, bateria, cavaco, ala, empurrar carro alegórico, cantar, jurado etc... etc... sou sambista de carreira

Depois de anos como intérprete não só no carnaval carioca mais de outras localidades no país só agora você resolveu lançar um álbum solo, mostrando inclusive entre outras facetas o seu lado autoral, por que só agora esse registro? 

LB - É difícil demais tirar o rótulo de puxador de samba e ser reconhecido com intérprete... muito preconceito e acomodação, mas tô na luta e estou tentando quebrar esse estigma. Consegui uma pré-indicação do meu primeiro cd ao prêmio da música brasileira deste ano, pode parecer pouco para alguns, mas nenhum outro intérprete de samba enredo conseguiu chegar perto disso.



Seu nome hoje já pode ser considerado como uma das marcas indeléveis do carnaval carioca não só por sua atuação como intérprete mas também como produtor dos álbuns junto aos grupos das escolas de samba. A sua notoriedade neste universo musical facilitou para que as portas fossem abertas neste seu novo projeto?

LB - Ajuda sim, mas sonho com o dia em que teremos tratamento igual da mídia o ano todo e não só no carnaval.


Segundo o título do seu álbum você vislumbra as coisas tais quais sonhos. Aproveitando o embalo desse título ainda existe algum grande sonho ou conquista a ser realizado como profissional?

LB - Acho que o reconhecimento do trabalho e igualdade nos espaços da mídia.



Amigos de infância seus resolveram migrar do universo do sambas-enredo ainda muito novos para atuar ora em carreiras solos ou em grupos renomados como foram os casos do cantor Dudu Nobre e Do líder do grupo Molejo, Anderson Leonardo. No entanto mesmo com o boom desse estilo musical você manteve-se coerente naquilo que fazia. Você cogitou a possibilidade de lançar-se cantor naquela época? E se sim por que não arriscou?

LB - Na verdade eu tive atividades paralelas ao carnaval também. Fiz parte de alguns grupos de pagode, acompanhei vários astros da mpb, só não tive o mesmo desprendimento do carnaval. O Dudu sempre que me encontrava me dizia que eu deveria investir nisso e ter a escola de samba como um hobby... rs


Seu nome consta entre os pré-selecionados para o prêmio "Música Brasileira" com este seu primeiro projeto solo. Como você avalia esse reconhecimento?


LB - Como eu disse acima... nenhum outro interprete de samba enredo atual conseguiu chegar perto disso...


Reconhecimentos como estes são verdadeiros estímulos para dar continuidade a essa jornada. O que podemos esperar de Leonardo Bessa em 2014? Cogita registrar "Parece um sonho" em DVD?

LB - Tenho esse sonho mas preciso de apoiadores para dar vida a esse projeto.



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

DE MODO NADA CONTUMAZ LEONARDO BESSA MOSTRA, DE MODO SOLO, AQUILO QUE LHE CONSTITUI

Intérprete do grupo especial das escolas de samba do Rio de Janeiro, o compositor e produto musical carioca chega de modo solo ao mercado fonográfico com "Parece um sonho"

Por Bruno Negromonte




Quando nos referimos a samba de qualidade lembramos quase que de imediato do Rio de Janeiro, pois ao longo dos anos a cidade acabou tornando-se um dos maiores expoentes do ritmo de raízes africanas. Nomes como Cartola, Nelson Cavaquinho, Wilson Batista, Nelson Sargento, Walter Alfaiate, Noel Rosa e tantos outros não só transformaram-se em baluartes do gênero, mas como precursores fizeram verdadeiras escolas para toda uma geração de artistas que hoje figuram na vanguarda do gênero defendendo-o e fazendo com que o som que antes era feito nos morros tenha a oportunidade de descer ao asfalto figurando entre as referências da música brasileira.

Com esta oportunidade de descer os morros cariocas o samba não só fincou raízes no asfalto mas também agregou-se a outras manifestações culturais como o carnaval, onde a partir de 1873 através dos ranchos carnavalescos houveram as primeiras manifestações. Esses ranchos tinham como trilha sonora canções em sua maioria feitas com um andamento dolente, arrastado, deixando a euforia dos primeiros sambistas a ver navios, fazendo com que a insatisfação gerasse a ideia de criar um novo ritmo que permitisse cantar, dançar e desfilar, ao mesmo tempo. O cantor e compositor Ismael Silva apossou-se dessa ideia e juntamente com alguns amigos criou a escola "Deixa falar", um bloco carnavalesco e registrado, que fez a sua primeira aparição oficial no carnaval de 1929, na Praça Onze. Nos que sucederam este primeiro desfile foi possível perceber o surgimento de mais diversas agremiações para somar força, beleza e tradição as já existentes como é possível hoje atestar, principalmente através dos dois dias de desfiles no sambódromo carioca, evento este acompanhado por milhões de pessoas não só no Brasil como também no exterior através dos canais de televisão, tornando-se inclusive produto de exportação em nosso país. É nesse cenário, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, que surge Bessa, embebecido nesta forte tradição do universo do samba.


Leonardo deixou-se envolver com a música ainda criança talvez por influência do pai, o Maestro Reginaldo Bessa (músico também bastante conhecido no universo carnavalesco carioca). Sua carreira neste universo musical teve seus primeiros passos na escola de samba mirim Alegria da Passarela, onde juntamente com nomes como Dudu Nobre e Anderson Leonardo (integrante e vocalista do grupo Molejo) atuou não só como intérprete assim como também como compositor; depois teve a oportunidade de atuar também  na Aprendizes do Salgueiro, outra escola que deu a oportunidade de Leonardo mostrar suas habilidades musicais, tanto no instrumento quanto nas composições.

Desde os primeiros momentos descritos no parágrafo acima até os dias atuais passaram-se cerca de três décadas onde Leonardo, hoje com 39 anos, chegou a atuar em diversas escolas tais quais, além da já citadas, Beija-Flor, Grande Rio, Caprichosos e União da Ilha. Como intérprete oficial de escolas de samba, deu início a sua carreira por volta de 2004 no Arranco do Engenho de Dentro. Dois anos depois passou a defender a São Clemente durante três anos. Sem contar que também participa como interprete oficial no carnaval de Uruguaiana, Rio Grande do Sul onde já chegou a ganhar os carnavais de 2008 e 2009. Está atualmente na Acadêmicos do Salgueiro, onde iniciou como apoio de carro de som e hoje, após efetivado como intérprete oficial ao lado de Quinho e Serginho do Porto, solta a voz na cidade maravilhosa fazendo a Marquês de Sapucaí tremer. Além de intérprete Bessa já teve a oportunidade de mostrar suas habilidades como instrumentista acompanhando diversos nomes do samba como Bezerra da Silva, Moreira da Silva, Roberta Miranda, Jorge Benjor, seu pai, Neguinho da Beija-FlorJorge Aragão. Sem contar alguns projetos paralelos, como a produção dos cd's da Liga das Escolas de Samba do Grupo de acesso A e B.

Atualmente o artista vem mostrando ao grande público o seu primeiro disco solo,  editado pela Sala de Som Records cujo título é "Parece um sonho". Um disco de essência autoral onde o artista dá vazão ao seu lado compositor assinando, além da faixa que batiza o disco, mais três das dez faixas existentes. Seu pai assina duas faixas em parceria com Délcio Carvalho e Ney Lopes. As outras canções presentes levam a assinatura de nomes como Gilson Bernine, Xande de Pilares, Sereno, André Renato, Espanhol, Silvio PauloBranca Dineve, que assina 'Salgueiro é uma raiz', canção que expressa sua afetividade à agremiação a qual defende. Além desse tributo a sua atual escola o disco aborda temas recorrentes como as relações afetivas e o amor e suas variantes como pode observar-se na faixa que dá nome ao álbum, 'Uma história de amor', 'Sinto que não acabou' e nas demais faixas. A saudade também é abordada na faixa 'Fragmentos'.

A ficha técnica do disco conta com nomes como Fabio Miudinho, Rafael Queiroz, Daniel Aranha, Vítor Botelho, Rafael Chaves, Fellipe (percussão geral); Luciano Broa e Paulo Bonfim (bateria); Charles Bonfim e Dudu Dias (baixo); Celso Santana e Sandro Cordeiro (teclado); Dirceu Leite (saxes e faluta); Geraldo Alves (trombone, trompete e fluggel); Gege e Rafael Prates (cavaco, violão  e banjo); Daniel Aranha (bandolim e violão); Ewerton Cesar (violão); Carlinhos 7 cordas (violão);  além do coro de Julia Alan, Babi Mello, Tuninho JR, Cloves Pe, Gabriel Teixeira, Débora Bessa e Marcelle Aranha. O disco ainda conta com a participação da  Marcela Galv (cello) e da Bateria Furiosa do Salgueiro com Mestre Marcão, Guilherme, Gustavo, Lolo e Vítor.

Resta ao samba, o mais brasileiro dos ritmos, agradecer a Leonardo Bessa todo o serviço prestado e toda devoção dedicada a ele ao longo das últimas décadas e por muitas que virão. Leonardo traz em seu canto uma responsabilidade inata e um incontestável papel neste cenário musical. Pode-se afirmar hoje que seu canto, somado ao de outros intérpretes da atual cena do samba carioca, é talvez a mais representativa das vozes dessa variante do ritmo que fez que o carnaval carioca ganhasse proporções inimagináveis. Os seus samba-enredos sem dúvida alguma são responsáveis por uma parcela significativa pelo elo existente entre a contemporaneidade do samba com o tradicionalismo e o legado deixado pelos bambas de outrora.


Maiores Informações:
Facebook (Página oficial): https://www.facebook.com/LeonardoBessaPareceUmSonho
Myspace - https://myspace.com/leonardobessa
Orkut (comunidade):
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=19515063
Rdio - http://www.rdio.com/artist/Leonardo_Bessa/
Vendas Online:
Itunes - https://itunes.apple.com/br/artist/leonardo-bessa/id388014238
Amazon - http://www.amazon.com/Parece-um-Sonho/dp/B00AP7XVEA
Tradebit - http://www.tradebit.com/mp3-artist/1485692/leonardo-bessa

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