segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

DURVAL FERREIRA, 80 ANOS

Arranjador, compositor, instrumentista e produtor musical, Durval faleceu em 2007, mas se estivesse vivo estaria completando oitenta anos.






Recebeu de sua mãe, bandolinista, as primeiras noções de violão, desenvolvendo, em seguida, sua própria técnica. Mais tarde, aperfeiçoou-se, a partir do contato com vários músicos, como Johnny Alf, Luiz Eça, João Donato, Antonio Carlos Jobim, Herbie Mann e Cannomball Adderley. Em 1958, compôs a canção "Sambop" (c/ Maurício Einhorn), registrada, dois anos depois, por Claudette Soares, no LP "Nova geração em ritmo de samba". 

Em 1959, participou do "Festival de bossa nova", realizado no Liceu Franco Brasileiro, e do show de bossa nova da Faculdade de Arquitetura da UFRJ, ambos no Rio. Nessa época, formou seu primeiro conjunto, com o qual acompanhou, como guitarrista, a cantora Leny Andrade, que fez muito sucesso interpretando suas composições "Batida diferente" (c/ Maurício Einhorn) e "Estamos aí" (c/ Maurício Einhorn e Regina Werneck). 

Em 1962, fez parte do conjunto de Ed Lincoln e do Sexteto Bossa Rio, de Sergio Mendes, com o qual se apresentou no Festival de Bossa Nova, realizado no Carnegie Hall de Nova York, nos Estados Unidos, onde gravou também com o saxofonista norte-americano Cannonball Adderley. 

Ainda na década de 1960, atuou com o Tamba Trio e liderou o conjunto Os Gatos, com o qual gravou os LPs "Aquele som dos Gatos" (1965) e "Os Gatos" (1966), lançados pela Philips. 

Foi membro do júri do III e do IV Festival Internacional da Canção (RJ). 



Compôs vinhetas para a Rádio Nacional FM (RJ) e, com Orlandivo, para a Rádio Nacional AM (RJ).

Exerceu o cargo de diretor artístico das gravadoras BMG, RGE, CID, Line Records, Impacto Music e PolyGram, tendo sido responsável pelo lançamento de artistas como Sandra de Sá, Emílio Santiago e Joanna, entre outros. 

Foi o responsável pela produção do projeto "Bossa Nova - História, Som e Imagem" (Spala/Caras). 

Co-produziu, com Aloysio de Oliveira, os discos "O som brasileiro de Sarah Vaughn" e "Miúcha e Tom Jobim". 

Vem realizando, em teatros e casas noturnas, projetos musicais e culturais, com destaque para os shows "O som brasileiro de Denise Pinaud", "Para os intimos, muito prazer - Lysias Ênio", contando com a participação de artistas como João Donato, Roberto Menescal e Wanda Sá, entre outros. 

Apresenta-se, também, com seu próprio grupo Estamos Aí. 

Juntamente com Charles Gavin, do grupo Titãs, vem realizando assessoria para o selo inglês Whatmusic.com, inaugurado em março de 2001, cuja especialidade é a edição de vinis de 180 gramas ou CDs de embalagem digipack fiéis aos originais, para comercialização mundial.

Em 2003, venceu um festival de música em Jacareí (SP), com sua canção "Antonio Brasileiro" (c/ Tibério Gaspar), dedicada a Tom Jobim.


Lançou, em 2004, o CD "Batida diferente", contendo suas canções "Nuvens" e a faixa-título, ambas com Maurício Einhorn, "Chuva" e "Verdade em paz", ambas com Pedro Camargo, "E nada mais" e "Moça flor", ambas com Lula Freire, "Estamos aí" (c/ Maurício Einhorn e Regina Werneck), "Nostalgia da Bossa" (c/ Regina Werneck), "Tristeza de nós dois" (c/ Bebeto e Maurício Einhorn), "São Salvador" (c/ Aglaê), "Vivendo de ilusão" (c/ Orlando Henriques) e "I love you", além de "Alegria de viver" (Luiz Eça). Nesse mesmo ano, fez show no bar Partitura (RJ). Também em 2004, apresentou-se, ao lado de Johnny Alf, João Donato, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Wanda Sá, Pery Ribeiro, Leny Andrade, Eliane Elias, Marcos Valle, Os Cariocas e Bossacucanova, no espetáculo "Bossa Nova in Concert", realizado no Canecão (RJ). O show foi apresentado por Miele e contou com uma banda de apoio formada por pelo próprio violonista, ao lado de Adriano Giffoni (contrabaixo), Marcio Bahia (bateria), Fernando Merlino (teclados), Ricardo Pontes (sax e flauta) e Jessé Sadoc (trompete), concepção e direção artística de Solange Kafuri, direção musical de Roberto Menescal, pesquisa e textos de Heloisa Tapajós, cenários de Ney Madeira e Lídia Kosovski, e projeções de Sílvio Braga.

Em 2005, apresentou-se no J Club, piano-bar da Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa (RJ), ao lado de Paulo Midosi (piano), Haroldo Cazes (baixo) e José Boto (bateria), interpretando composições próprias e músicas de Tom Jobim, Roberto Menescal e Carlos Lyra.

Entre seus maiores sucessos, destacam-se "Batida diferente" (c/ Maurício Einhorn), "Chuva" (c/ Pedro Camargo), "Estamos aí" (c/ Maurício Einhorn e Regina Werneck), "Moça flor" (c/ Lula Freire) e "Tristeza de nós dois" (c/ Maurício Einhorn e Bebeto Castilho).

Constam da relação dos intérpretes de suas canções vários artistas, como Baden Powell, Ed Lincoln, Roberto Menescal, Tamba Trio, Sexteto Bossa Rio, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Emílio Santiago, Sergio Mendes, Eumir Deodato, Agostinho dos Santos, Elizeth Cardoso, Wilson Simonal, Chico Feitosa, Claudette Soares, Geraldo Vespar, Johnny Alf, Elis Regina, Sílvio César, Marisa Gata Mansa, Os Cariocas, Marcos Valle, João Donato, Clara Nunes, Ângela Maria, Milton Banana, Walter Wanderley, Leila Pinheiro, Wanda Sá, Mauro Senise, Wes Montgomery, Sarah Vaughan e Herbie Mann, entre outros.


Fonte: Dicionario da MPB

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