sábado, 10 de janeiro de 2015

45 ANOS SEM ARGENTINA BARBOSA VIANA

Por Semira Adler Vainsencher


Argentina Barbosa Viana Maciel nasceu no Recife, no dia 7 de março de 1888, no seio de uma família culta, já que seu pai era Antônio Joaquim Araújo Maciel, um escritor e poeta. Argentina deu início aos estudos musicais com Teresa Fonseca Borges Diniz, ou Terezinha, conhecida professora de piano, e uma das melhores do Recife, entre os anos 1902 e 1908. Argentina se apresentou no Teatro Santa Isabel ainda bem jovem. Sendo uma moça de extremo talento e sensibilidade, ela estudou pintura com o artista pernambucano Teles Júnior, pintou vários quadros e escreveu poesias.

Casou-se, em 1910, com José do Rego Araújo Maciel e foi morar em Pesqueira. Lá, além de ter se tornado organista da igreja matriz, encenou operetas, incentivou o movimento artístico local e fundou uma escola de piano. Um dos alunos foi o padre Diniz, seu futuro biógrafo. O casal teve dois filhos.

Em Pesqueira, Argentina compôs músicas sacras para as festas religiosas do município, valsas e pás-de-quatre. A valsa Meu amor, em 1915, dedicada ao marido, foi sua primeira composição impressa. Neste mesmo ano, compôs outra valsa: Meninice.

Durante o I Ciclo de Música Pernambucana ela apresentou as músicas Que saudade, Bela hespéria e Pobre sertão. Compôs, ainda, uma coletânea chamada Pérolas do cinema, cujas valsas eram intituladas com os nomes dos artistas que tinham destaque na indústria cinematográfica.

De autoria de Argentina são, inclusive, as seguintes músicas: Bigodinho, Canção campesina, Leonorzinha, Maria, Mocidade Clube, O salutaris, O vermutim, Pesqueira, Saltitante, Tantum Ergo, Vem meu benzinho e Virgem de maio.

Em 1950, sete anos após a morte de seu esposo, ela veio morar em Olinda. A compositora, pianista, pintora e poetisa Argentina Barbosa Viana Maciel, com a idade já avançada, faleceu naquela cidade, no dia 12 de janeiro de 1970.

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